sábado, 30 de julho de 2016

Lançamento de publicações no Rio de Janeiro celebra 80 anos do Iphan

O Rio de Janeiro é roteiro das comemorações de 80 anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No próximo dia 03 de agosto, o Paço Imperial sediará o lançamento de duas publicações que ressaltam a magnitude e complexidade do patrimônio cultural brasileiro. 
O evento que ocorrerá às 17h30 apresenta à comunidade carioca a Coleção Lina Bo Bardi, de Marcelo Ferraz, e o livro Preservação do Patrimônio Edificado: A Questão do Uso, do arquiteto Cyro Corrêa Lyra. 
Uma conversa com os autores também faz parte da programação e será aberta pela presidente do Iphan, Kátia Bogéa. O bate papo será mediado pelo Diretor do Departamento de Patrimônio Material do Iphan, Andrey Schlee, e contará também com outros diretores e técnicos do Instituto. 
Coleção Lina Bo Bardi 
Responsável por inovações estéticas na arquitetura nacional, a obra intelectual e profissional de Lina Bo Bardi estava em consonância com a herança libertária dos movimentos de vanguarda do início do século XX. Ela participou ativamente da produção cultural do país, ao lado de nomes como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Athos Bulcão, Burle Marx, Portinari, o escultor Landucci e outros.
A coletânea sobre o trabalho da arquiteta ítalo-brasileira aborda seus principais projetos, a exemplo dos paulistanos: Museu de Arte de São Paulo (MASP); Teatro Oficina e Sesc Pompeia, além de  própria residência, conhecida como Casa de Vidro,  tombada pelo Iphan em 2007. O Museu de Arte Moderna da Bahia e a Casa de Cultura, em Recife são outras obras que revelam os traços de Bo Bardi.  
Com seis exemplares, a publicação bilíngue (português e inglês) foi feita em parceria com a Edições Sesc São Paulo e o Instituto Lina Bo P.M Bardi, e traz depoimentos e escritos de Lina a respeito de seus projetos, somados às análises contemporâneas e farta ilustração. O leitor pode conferir textos, croquis, aquarelas, desenhos, fotos, reproduções de maquetes e construções.
Preservação do Patrimônio Edificado: A Questão do Uso
A outra publicação lançada faz parte da Coleção Arquitetura do Iphan e chama atenção para um aspecto central da política de preservação do patrimônio cultural nos dias de hoje: a intensificação e atualização do uso e da apropriação de monumentos e sítios urbanos protegidos. Em oito capítulos, o arquiteto Cyro Corrêa Lyra trata desde a reutilização do patrimônio edificado até a revitalização na obra de arquitetura, passando por uma exploração da experiência brasileira. 
O uso cotidiano da obra arquitetônica é objeto de indagação na primeira parte do livro que examina a importância dada ao assunto na história da preservação, destacando a experiência francesa, que influenciou a organização da proteção do patrimônio no Brasil, passando ainda pela utilização do patrimônio edificado nas resoluções internacionais. 

A segunda parte aborda a experiência brasileira por meio de uma revisão da história da ação federal de preservação do patrimônio construído, abrangendo a formação teórica e prática do arquiteto de patrimônio. O autor traz ainda uma síntese da ação e do pensamento sobre o patrimônio e encerra a segunda parte do livro apresentando dois exemplos de requalificação urbana da orla marítima: o projeto do parque do Flamengo e o projeto Porto Maravilha, ambos na cidade do Rio de Janeiro. 
Serviço: 
Lançamento Coletânea Lina Bo Bardi e Preservação do Patrimônio Edificado 
Data: dia 03 de agosto, às 17h30
Local: Paço Imperial
Endereço: Praça XV de Novembro, 48. Centro - Rio de Janeiro
Entrada gratuita 

Valor dos livros
Coleção Lina Bo Bardi: R$ 60
Preservação do Patrimônio Edificado: R$ 50
O pagamento será aceito somente em espécie ou cheque. Não haverá venda por meio de cartões de crédito ou débito. 






























Fonte das Imagens: Site Iphan

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Unesco inclui 17 obras de Le Corbusier como Patrimônio Mundial

Além de reconhecer o Conjunto Moderno da Pampulha como Patrimônio Mundial da Humanidade, neste último domingo (17), em Istambul, na Turquia, a Unesco consagrou com a mesma honraria nada menos que 17 edifícios projetados pelo arquiteto franco-suíço Le Corbusier em sete países.
Entre as obras estão a Maison Guiette, na Antuérpia (Bélgica); o Museu Nacional para Arte Ocidental, em Tóquio (Japão); a Capela de Ronchamp, em Haute-Saone, e a Villa Savoye, em Paris (ambas na França). A lista inclui ainda edificações construídas na Suíça, Argentina, Alemanha e Índia.
A instituição considera que o trabalho de Le Corbusier “é um testemunho para a invenção de uma nova linguagem arquitetônica que fez uma ruptura com o passado”. E complementa ao citar que os projetos reconhecidos pelas soluções do movimento modernista também atestam a internacionalização da prática arquitetônica em todo o planeta.
Em nota divulgada pelo governo suíço, as nomeações abrem a possibilidade de mais financiamento para a conservação dos locais. "O trabalho de Le Corbusier é uma contribuição central para a arquitetura moderna", disse em comunicado. As propriedades "incorporam as excepcionais respostas arquitetônicas e construtivas aos desafios sociais do século 20", acrescentou.
Para a Fundação Le Corbusier, a preservação do patrimônio moderno – em especial o legado do arquiteto franco-suíço – é um compromisso de longo prazo. “A inscrição das 17 obras de Le Corbusier na lista de Patrimônio Mundial nos incentiva a continuar nossos esforços em manter vivo este patrimônio e transmitir às gerações futuras”, informa.
Considerado o pai do movimento modernista e percussor da teoria dos cinco pontos da nova arquitetura, Charles-Edouard Jeanneret nasceu na cidade de La Chaux-de-Fonds, na Suíça, em 1887. Ele adotou o apelido Le Corbusier em 1920, vindo de seu avô paterno, Lecorbesier. Tornou-se cidadão francês em 1930 e morreu em 1965, aos 78 anos.
Confira abaixo a lista completa dos 17 edifícios declarados Patrimônio Mundial da Humanidade:
Projeto: Unidade Habitacional
Local: Marselha, França
Ano: 1952
Projeto: Maison Guiette
Local: Antuérpia, Bélgica
Ano: 1926
Projeto: Capitol Complex
Local: Chandigarh, Índia
Ano: 1963
Projeto: Museu Nacional para Arte Ocidental
Local: Tóquio, Japão
Ano: 1959
Projeto: Weissenhof-Siedlung Estate
Local: Stuttgart, Alemanha
Ano: 1927
Projeto: Maison Curutchet
Local: La Plata, Argentina
Ano: 1955
Projeto: Dominican Monastery of La Tourette,
Local: Lyon, França
Ano: 1960
Projeto: Villa Savoye 
Local: Paris, França
Ano: 1929
Projeto: Notre-Dame du Haut (Capela de Ronchamp)
Local: Ronchamp, França
Ano: 1950 – 1955
Projeto: Maison La Roche
Local: Paris, França
Ano: 1925
Projeto: Villa Le Lac
Local: Corseaux, Suíça
Ano: 1923
Projeto: Cité Frugès
Local: Pessac, França
Ano: 1924
Projeto: Immeuble Clarté (Casa de Vidro)
Local: Genebra, Suíça
Ano: 1930
Projeto: Immeuble Molitor
Local: Paris, França
Ano: 1931 - 1934
Projeto: Usine Claude et Duval Factory
Local: Saint-Dié, França
Ano: 1946
Projeto: Cabana de Le Corbusier
Local: Roquebrune-Cap-Martin, França
Ano: 1951
Projeto: Maison de la Culture
Local: Firminy, França
Ano: 1953
Assista também o vídeo institucional da candidatura das obras:

domingo, 17 de julho de 2016

Conjunto da Pampulha ganha título de Patrimônio Mundial da Unesco

Complexo modernista criado por Niemeyer foi avaliado em Istambul. Os quatro prédios de BH foram construídos na década de 40.


Thais Pimentel
Do G1 MG
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha se tornou Patrimônio Mundial da Humanidade neste domingo (17). A decisão foi tomada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em Istambul, na Turquia. Em Minas Gerais, os centros históricos de Ouro Preto e Diamantina, além do Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas, já possuem este título. Agora são 20 os patrimônios mundiais da humanidade  tombados pela Unesco no Brasil.
A informação foi confirmada pelo Ministro da Cultura, Marcelo Calero. Em sua conta no Twitter, Calero postou às 6h41 deste domingo: "Viva! Pampulha Patrimônio Mundial!"
(O G1 apresentou nesta semana uma série de reportagens sobre os quatro edifícios modernistas da Pampulha, idealizados por Juscelino Kubitscheck e criados pelo Oscar Niemeyer).
“A candidatura foi muito bem fundamentada. O conjunto foi um marco da arquitetura mundial moderna nos anos 40”, disse o presidente do Icomos no Brasil, Leonardo Castriota. O órgão é uma entidade da Unesco que analisa candidaturas a Patrimônio Mundial da Humanidade.
Cassino, hoje Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile, que se transformou em Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e do Design, a Igreja de São Francisco de Assis e o Iate Tênis Clubeforam criados para transformar aquela região de Belo Horizonte em um espaço de lazer e de turismo. O projeto, desenvolvido nos anos 40, contou com a participação do artista plástico Cândido Portinari e do paisagista Burle Marx.
“O conjunto foi criado para que fosse um marco de modernidade. Teria que ser ousado. Oscar Niemeyer usou dos movimentos modernos para dar uma identidade vanguardista. JK já era um homem preocupado em trazer modernidade para a jovem capital que não tinha nem 40 anos”, disse o historiador e diretor do Arquivo Público de Belo Horizonte, Yuri Mesquita.
Para a manutenção do título, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deve retirar a guarita da Casa do Bailereestruturar as praças Dino Barbieri e Dalva Simão, demolir o prédio anexo do Iate Tênis Clube, além de despoluir a Lagoa da Pampulha.
A PBH informou que tem três anos para fazer as readequações necessárias. Ainda segundo a prefeitura, outros trabalhos de restauração das formas e curvas criadas por Niemeyer também estão previstos.
“Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”, dizia o arquiteto.









Museu de Arte da Pampulha é um dos atrativos da capital (Foto: Carlos Alberto/Imprensa MG)









Na do Casa do Baile, beleza dos traços de Niemeyer se funde à beleza da natureza (Foto: Reprodução/TV Globo)









Igreja da Pampulha despertou polêmica à epóca da inauguração(Foto: Reprodução/TV Globo)

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Feliz (RS) – Antigo cinema deve virar museu e cervejaria

A equipe da Escaiola Arquitetura Rara realizou na última sexta-feira ações de educação patrimonial na cidade de Feliz. A atividade faz parte do projeto “Casarão Amália Noll: um mosaico arquitetônico da imigração no sul do Brasil” que foi apresentado em maio no Congresso Euro-Americano Rehabend 2016, realizado na Universidade de Burgos, na Espanha.
Para participar do Congresso a Escaiola Arquiterura Rara foi habilitada em edital de Intercâmbio do Ministério da Cultura. E o trabalho de conscientização da comunidade é uma contrapartida ao recurso recebido do Ministério. A equipe é composta pelas arquitetas Cristiane Rauber, Juliana Betemps e Mirela Dalmás, a acadêmica Andressa Brustolin e a produtora cultural, Carmen Langaro. A proposta é de tornar o prédio histórico numa típica cervejaria alemã e num museu dedicado à cerveja artesanal. No local chegou a funcionar salão de beleza, armazém de secos e molhados, dentista e até mesmo salão de baile.
E por volta de 1960, a ousada Amália Noll, que era amante da fotografia, importou da Alemanha uma máquina de projeção de filmes, transformando parte do casarão em um cinema.
Na última sexta-feira, 1º de julho, ocorreram várias atividades envolvendo alunos do Ensino Médio e Fundamental, que receberam o certificado de Protetores do patrimônio. Entre as ações aconteceram um pedágio educacional, passeio com a história recontada e palestra técnica sobre o trabalho apresentado na Espanha. Na pesquisa, iniciada no ano passado, conforme a arquiteta e urbanista Juliana Betemps, foi feito um projeto de restauração arquitetônica que consiste no levantamento do prédio, o que é possível preservar e como pode ser feita a recuperação.
Por Guilherme Baptista
Fonte original da notícia: Fato Novo
Projeto também foi apresentado à comunidade e estudantes participaram de várias atividades /Diego Leonhardt/Prefeitura

domingo, 10 de julho de 2016

Imagens raríssimas da Exposição Universal de 1900

A Exposição Universal de 1900 em Paris foi inaugurada no dia 14 de Abril e recebeu nos sete meses em que esteve aberta 50,8 milhões de visitantes.

Edificada no Campo de Marte a exposição ocupava uma área gigantesca, com pavilhões nacionais e temáticos, exibindo produtos das várias nações, como metalurgia e indústrias de madeira e têxtil de países como Rússia, Japão, Itália e Hungria. A exposição também fazia a propaganda da ação “civilizadora” que países como a França, Inglaterra e Holanda, tinham nas suas colônias: Tunísia, Argélia, Indochina, Madagascar, Sudão, Índia, Indonésia e Transval.
A Exposição foi inaugurada pelo Presidente francês Emile Loubet. Edificada no Campo de Marte, o evento esteve aberto durante sete meses. A área da feira abrangia 108 hectares, entre o Champ-de-Mars, os Invalides, o Trocadéro e a Champs Élysées a que se juntariam dois anexos fora de Paris: Vincennes e Billancourt, onde foram construídos grandes pavilhões nacionais e temáticos, que exibiam a novidade da eletricidade e em que a construção em ferro ocupava um lugar chave – a que não era alheia a grandiosidade da Torre Eiffel, construída dez anos antes. Para edificar as construções francesas foi escolhido o engenheiro Alfred Picard, nomeado comissário-geral.
Na verdade a exposição pretendia fazer o balanço de um século que progrediu enormemente nas ciências e indústria e reafirmar a liderança de Paris nas Artes e Civilização.
As principais atrações da exposição eram os novos meios de transporte, a inauguração da primeira linha de metrô de Paris – Porte de Vincennes-Porte Maillot, aberta para a exposição, as novas estações de comboio – D’Orsay, Invalides e Lyon), a fonte luminosa e o uso pela primeira vez da eletricidade para iluminar os ambientes externos, a projeção dos filmes dos Irmãos Lumière, a construção dos Petit e Grand Palais, além dos jogos olímpicos de 1900 que foram organizados durante a exposição.
Fontes:http://theurbanearth.net/ wikipedia (imagens)



























quinta-feira, 7 de julho de 2016

Catedral da Sé é tombada pelo patrimônio histórico de São Paulo

A decisão inclui também o tombamento do a Praça da Sé.
Proposta foi feita em 1999 e finalizada em reunião na segunda-feira.


A Catedral Metropolitana da Sé, no Centro de São Paulo, foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), anunciou nesta sexta-feira (24) a Secretaria de Estado da Cultura. A decisão feita após reunião do conselho na última segunda-feira (20) inclui também o tombamento da Praça da Sé.
Além da Catedral Metropolitana da Sé, foram tombados o Monumento Marco Zero, Aléia de palmeiras e o Monumento ao Padre José de Anchieta. O tombamento não recaiu sobre a Praça Clóvis Bevilacqua.
O tombamento reconhece o local como Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo e implica que as intervenções físicas (obras, reformas, restaurações, instalação de mobiliário urbano, como bancos e paradas de ônibus) ficam sujeitas à aprovação prévia do Condephaat. O órgão explica que tombamento não altera a situação de propriedade. Do mesmo modo, não interfere no uso dos bens tombados, desde que não hajam intervenções físicas nesses locais.
O processo de tombamento havia sido iniciado em 1999. “O tombamento da Catedral da Sé de São Paulo apresenta importância pelo reconhecimento do valor material e simbólico do edifício e da praça de mesmo nome", afirma José Eduardo Lefèvre, presidente do conselho do Condephaat. "A Catedral e sua praça fronteira sempre desempenharam um importantíssimo papel cívico, além do religioso."
Catedral da Sé
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 19h; sábado, das 8h às 17h; domingo, das 8h às 13h.
Horário das missas: de segunda e sexta, às 9h, às 12h e às 18h; terça, quarta e quinta, às 12h e às 18h; sábado às 12h; domingo às 9h, 11h e 17h.
End.: Praça da Sé, s/n - Centro - São Paulo (Metrô Sé).
Tel.: (11) 3107-6832
















Pessoas observam o marco zero de SP, instalado no centro da Praça da Sé (Foto: Paulo Piza/G1)

Tradição e memória estão preservadas em cidades catarinenses

Nascidas de imigrantes europeus, especialmente das atuais Alemanha, Itália, Polônia e Ucrânia, cidades do Estado de Santa Catarina têm preservado a história de seus ascendentes que chegaram à região entre meados do século XIX e XX. Enquanto a região Sul do estado concentrou as influências da imigração italiana, na região do Vale do Itajaí, onde estão os municípios de Jaraguá do Sul e Pomerode, as referências da imigração alemã estão por toda parte.
A língua nativa de seus antepassados, ensinada às gerações mais novas, é usual nas conversas familiares e reflete o orgulho de pertencimento à cultura do povo que ali fincou raízes. À mesa, estão receitas tradicionais como o pão de cará, o kochkäse (queijo cozido), a gengibirra ou cerveja de gengibre (ingwerbier ou spritzbier), além da linguiça. No passeio pela região sulista, além dos conjuntos urbanos e rurais de Rio da Luz e Testo Alto, estão também construções enxaimel, uma técnica trazida para o Brasil pelos imigrantes alemães. 
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem auxiliado no trabalho de preservação já desenvolvido pela própria comunidade e promove ações de proteção e valorização da produção tradicional e do modo de vida relacionado à paisagem cultural da Imigração em Santa Catarina. 
Oficinas de formação em educação patrimonial, o resgate de receitas tradicionais e a criação dos Roteiros da Imigração são algumas das iniciativas do Instituto que alia a preservação do patrimônio cultural com uma alternativa de desenvolvimento humano e econômico equilibrado e sustentável, sendo uma forma alternativa de geração de renda que, com a visitação local, pode trazer uma nova oportunidade de sustentação econômica para vários municípios. 
O tombamento como instrumento de proteção 
O patrimônio cultural pode ser protegido por legislação em três esferas: nacional, estadual e municipal. O Iphan é o órgão federal responsável por fiscalizar a manutenção das características daquele bem que detém interesse público. O objetivo do tombamento é preservar a paisagem e a ambiência da região, algo que poderia se perder caso as demandas por construções, ampliações, reformas e parcelamento do solo fossem executadas sem qualquer critério. 
Antes da proteção federal, ocorrem notificações, audiências públicas e encontros comunitários abertos para falar sobre o processo e elaboração das normativas, a exemplo do que aconteceu na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, um no Salão Barg no Rio da Luz- Jaraguá do Sul e outro no Salão Belz, em Testo Alto - Pomerode.
Os tombamentos de bens relacionados ao patrimônio da imigração em Santa Catarina incluem casas, igrejas, escolas, sítios e lojas, além dos núcleos rurais de Rio da Luz e Testo Alto. O reconhecimento é fruto de um trabalho de mais de vinte anos desenvolvido pela Superintendência do Iphan em Santa Catarina, em conjunto com a Fundação Catarinense de Cultura e com os diversos municípios que integram o projeto. A parceria entre Iphan, Estado e municípios foi oficialmente criada em 2007, quandofoi assinadoo Termo de Cooperação do projeto Roteiros Nacionais de Imigração.
Projetos de modificação e adaptação 
Por ser uma propriedade privada, o Iphan não possui ingerência sobre a venda de terrenos ou imóveis.Sendo um bem de interesse público, cabe ao Instituto preservar as características que resultaram no reconhecimento, orientando o interessado sobre as adaptações podem ser feitas no projeto em função das diretrizes estabelecidas para o local. Todos os projetos encaminhados recebem  resposta  do Instituto em até 45 dias, prazo máximo legal determinado pela portaria nº 420/2010. 
A responsabilidade do bem é do proprietário e cabe a ele a preservação. Não tendo condições de fazê-lo, deve informar oficialmente ao Iphan de sua hipossuficiência. Todavia, o Iphan desenvolve com frequência projetos voltados a auxiliar os proprietários dos imóveis em relação à manutenção dos bens. No projeto Roteiros Nacionais da Imigração, que abrange 16 municípios, foram realizadas diversas obras de restauração pelo Iphan, em vários municípios, entre elas pode-se citar: o Sítio Tribess, a Casa Rux, a Casa Siewert, a Casa Wacholz, a Casa Wunderwald, em Testo Alto e Rio da Luz, nos municípios de Pomerode e Jaraguá do Sul. 
Atendimento à comunidade
A Representação do Iphan em Santa Catarina no Vale do Itajaí recebe a comunidade para atendimento e esclarecimento de dúvidas tanto em Jaraguá do Sul quanto em Pomerode. A Representação está localizada junto à Fundação Cultural de Jaraguá do Sul e para atendimento basta ligar para (47) 2106.8700 ou agendar pelo e-mail representacao.sc@iphan.gov.br. Já em Pomerode, o atendimento é realizado nas quintas-feiras na Fundação Cultural de Pomerode das 14h às 17h e não é necessário agendamento. Os projetos podem ser encaminhados diretamente ao Iphan ou por meio das prefeituras municipais de Pomerode e Jaraguá do Sul.
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Iphan

comunicacao@iphan.gov.br
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Ananda Figueiredo – ananda.figueiredo@iphan.gov.br
Carmen Lutosa – carmen.costa@iphan.gov.br
Iris Santos – iris.santos@iphan.gov.br
Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br
(61) 2024-5512 / 2024-5513 
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Fonte da Imagem: Site Iphan