terça-feira, 21 de abril de 2015

Brasília, Patrimônio Mundial, completa 55 anos

A Capital federal comemora, hoje, 55 anos de fundação. Criada a partir do projeto modernista de Lucio Costa, seu conjunto arquitetônico e urbanístico foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1987 e inscrito no Livro de Tombo Histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 14 de março de 1990. A principal característica de Brasília é a monumentalidade, determinada por suas quatro escalas: monumental, residencial, bucólica e gregária e por sua arquitetura inovadora.
Para celebrar o aniversário de Brasília, o Iphan lançou duas publicações, neste ano, em homenagem a um dos mais expressivos conjuntos urbanísticos produzidos pelo homem moderno: o livro Projetos para Brasília 1927-1957, de Jeferson Tavares, e o Relatório do Plano Piloto de Brasília, do Iphan-DF. Ambas as publicações destacam o projeto ousado de Lucio Costa para a futura capital do Brasil, que sagrou-se vencedor do Concurso do Plano Piloto de Brasília, em 1957.
Ainda como parte das comemorações, está montada no Salão Negro do Congresso Nacional, a exposição Memórias Femininas na Construção de Brasília, que rememora a construção da cidade pelo olhar das mulheres que chegaram à capital, vindas de todas as partes do Brasil e do mundo. O evento, que conta com o apoio do Iphan, irá promover atividades voltadas à participação das mulheres nos campos da política, da arquitetura e na moda no cenário brasiliense, tanto na década de 1960 como na atualidade.
Projetos para Brasília 
A publicação de Jeferson Tavares, resultado de sua pesquisa de mestrado no Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP São Carlos, em 2004, analisa tanto as curvas e formas intrigantes do projeto do pioneiro da arquitetura modernista no Brasil e vencedor do Concurso do Plano Piloto de Brasília, Lucio Costa, como também os outros 26 projetos participantes. 
O livro aborda, ainda, com riqueza e profundidade, as origens das ideias e conceitos do ponto de vista histórico, político e urbanístico que influenciaram a localização e configuração urbana de Brasília.
Clique no link aqui e saiba mais.
Relatório do Plano Piloto de Brasília
O Relatório do Plano Piloto de Brasília, escrito por Lucio Costa em 1956, foi relançado, no formato de livro, com o título Brasília, cidade que inventei – Relatório do Plano Piloto de Brasília, editado pela superintendência do Iphan-DF, em parceria com Secretaria de Cultura do Distrito Federal. 
A publicação traz o documento, na íntegra, que explica os conceitos que o arquiteto pensou e utilizou ao projetar a nova capital do país e que foi apresentado ao júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil. A seleção foi lançada com o intuito de avaliar diversas propostas que trouxessem uma concepção moderna de cidade.
Clique no link aqui e saiba mais.
Serviço:
Exposição Memórias Femininas na Construção de Brasília
Data:
 Até 30 de maio
Local: Salão Negro do Congresso Nacional, Esplanada dos Ministérios
Horários: De segunda a domingo, das 9h às 17h30
Entrada gratuita 











Fonte da Imagem: do site


Milionária pinta casa com listras vermelhas para se vingar de vizinhos

Planos de demolir casa para erguer construção de cinco andares tinham sido vetados após protesto de moradores.


Da BBC:

Na pacata rua South End, no distrito de Kensington, uma das áreas mais nobres de Londres, no Reino Unido, uma casa se destaca na paisagem.
Quem passa por ali não consegue deixar de notar a fachada coberta por listras vermelhas e brancas, destoando radicalmente das tradicionais construções em estilo georgiano características desta região da cidade.
Mas não se trata de uma excentricidade de um milionário e, sim, de uma vingança.
A dona da propriedade, avaliada em 15 milhões de libras (R$ 60 milhões), tinha planos de demolir a casa e erguer, em seu lugar, uma nova construção de cinco andares, com um enorme porão onde seriam instalados uma piscina e uma academia.
Mas os vizinhos foram à Justiça e conseguiram que o plano fosse vetado. Como consequência, um belo dia, o bairro amanheceu com a casa pintada de listras brancas e vermelhas, destoando de forma gritante do resto das casas da rua.
A casa incomoda os vizinhos não só por sua estética, mas também por atrair turistas ao pacato bairro residencial.
"Há muitas pessoas aqui furiosas com isso", disse ao jornal Daily Telegraph a estudante Saskia Moyle, de 18 anos, que mora em frente à polêmica residência.
"É muito espalhafatoso, uma mistura de barraca de praia e circo. A rua toda está unida pelo ódio por esta casa."

Distúrbio
A autora da vingança é Zipporah Lisle-Mainwaring, de 71 anos, uma milionária que trabalha com incorporação de imóveis e que vive entre Londres e Genebra, na Suíça.

Ela teve seu pedido de reforma negado em julho de 2013 perla administração do distrito e Kensington e Chelsea, que avaliou que uma obra tão grande geraria distúrbios na área e que a escavação do solo poderia afetar as fundações de casas próximas. Lisle-Mainwaring entrou com um recurso e conseguiu uma aprovação, que depois foi rejeitada em instância máxima, após ação movida pelos moradores.
Mas, para pintar a casa, não era preciso obter uma permissão. Um porta-voz do distrito confirmou que vários moradores registraram queixa contra a pintura.
Os advogados de Lisle-Mainwarting afirmaram à imprensa britânica que ela não comentará sobre a polêmica.













Agora listrada, casa destoa de outras residências do bairro londrino (Foto: AFP)

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Centenário Teatro Amazonas pode virar Patrimônio Mundial, diz Unesco

O Teatro Amazonas pode virar Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A confirmação foi dada ao G1 pela própria Unesco.
O monumento está na lista indicativa junto ao Teatro da Paz, localizado em Belém. "A inscrição é seriada e envolve dois teatros que representam a Amazônia do século 19. Agora, o Governo Federal deve construir um dossiê, que será apresentado ao comitê do Patrimônio Mundial", explicou a coordenadora de cultura da Unesco no Brasil, Patrícia Reis.
O texto apresentado na lista indicativa aponta que os teatros Amazonas e da Paz mantêm as suas características originais, "permitindo uma leitura e compreensão dos seus atributos arquitetônicos, históricos, culturais e simbólicos".
Ainda segundo Patrícia, o comitê do Patrimônio faz reuniões anuais para decidir a entrada de monumentos como Patrimônio da Humanidade ou Mundial. No entanto, não há previsão para entrega do dossiê dos dois teatros e nem para a aprovação do documento.
Internacional
Um dos pontos turísticos mais visitados por brasileiros e estrangeiros em Manaus, o Teatro Amazonas também é destaque em publicações internacionais.

O jornal britânico The Guardian colocou recentemente o monumento em uma série que apresenta os prédios históricos mais importantes do mundo. O texto, de Drew Reed, destaca a história e o papel do Teatro no turismo em Manaus.
História
Inaugurado há 118 anos, o Teatro Amazonas esbanja prestígio entre os amantes da arte. Do erudito ao popular não faltam histórias neste lugar visitado e apreciado por pessoas do mundo todo.

O local conta ao todo com 700 lugares e já teve em seu palco apresentações de grandes nomes da arte no mundo. Nos últimos 40 anos, destaque para Margot Fonteyn, uma das maiores bailarinas de todos os tempos, em setembro de 1975; o tenor José Carreras, em fevereiro de 1996; além do bailarino russo Mikhail Baryshnikov, em outubro de 2010. Até a banda de rock White Stripes fez um show no Teatro.
Vídeos ou imagens eternizam apresentações, mas uma delas não há registro no lugar, ficou apenas na memória. Na quarta-feira de cinzas de 1994, Luciano Pavarotti visitou o Amazonas. O tenor esteve no Teatro Amazonas e na época apenas dois funcionários teriam visto o mesmo admirando, do palco, o salão de espetáculos. Neste momento ele teria, por alguns instantes, cantado no local.
No Teatro Amazonas, suas características particulares se destacam em relação a outros lugares voltados a arte. O salão nobre, por exemplo, conta com 12 mil pedaços de madeiras nobres. Pau-brasil, jacarandá, pau-marfim, pinho de riga e carvalho são apenas encaixados, não há prego ou cola.
As paredes são decoradas com telas de linho lonado. Nelas estão presentes a fauna, a floresta amazônica e imortais da literatura e músicas brasileiras. A principal tela do lugar é uma alusão a 'O Guarany', ópera de Carlos Gomes.
A obra mais importante está no teto e foi a última a ser concluída. Em 'O Olimpo dos Artistas', anjos estão sobre a Floresta Amazônica. Trata-se de uma pintura em perspectiva do artista Domenico de Angelis, levou dois anos para ficar pronta. Os espelhos e os móveis do lugar são os mesmos da inauguração. Era nesse espaço que os frequentadores dançavam após os espetáculos.
A sala de espetáculos, sozinha, é uma atração do teatro. No teto, uma homenagem a dança, a música e ao teatro. No palco, um dos panos de boca representa a transição da monarquia para a república. O outro, um desenho da natureza em forma de mulher, separa os rios Negro e Solimões, o encontro das águas.
A cúpula do Teatro Amazonas é constituída de 36 mil peças em cerâmica esmaltada e telhas vitrificadas, vindas da Alsácia. Foi adquirida na Casa Koch Frères, em Paris. Possui um mosaico colorido em verde, azul e amarelo, uma menção às cores da bandeira brasileira.









Teatro Amazonas faz parte dos monumentos do Largo (Foto: Jamile Alves/G1 AM)








Teatro Amazonas foi destaque no jornal The Guardian (Foto: Reprodução)







No Teatro Amazonas, pintura representa homenagem às belas artes (Foto: Camila Henriques/G1 AM)






Salão Nobre recebia os barões da Borracha no início do século 20 (Foto: Camila Henriques/G1 AM)




















Sala de espetáculos conta com 22 máscaras da tragédia grega representando importantes artistas e filósofos (Foto: Frank Cunha)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Livro para colorir reúne ilustrações de 60 cidades mundiais

Um livro para colorir com ilustrações de 60 cidades reais ao redor do mundo - como Nova York, Paris, Instambul e Tóquio - acaba de ser editado pelo artista canadense Steve McDonald. Com um largo formato quadrangular, a publicação da Chronicle Books apresenta perspectivas originais que permitem ver a habitação de um novo ponto de vista e, ainda, contemplar os efeitos do crescimento e desenvolvimento urbano do planeta.
O livro está disponível para pré-venda na Amazon e será lançado em julho. Veja algumas das ilustrações na galeria.
Fonte: http://arcoweb.com.br/noticias/design/livro-oferece-ilustracoes-60-cidades-para-colorir



























































Fonte das Imagens: do site Arcoweb

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Fortaleza vai sediar o 6° Seminário do Patrimônio Cultural

A sexta edição do Seminário do Patrimônio Cultural acontecerá entre os dias 14 a 16 de abril de 2015, no Museu da Indústria em Fortaleza. O evento é uma promoção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em sua programação estão inclusos cursos, oficinas e mesas redondas com a participação de especialistas no assunto em âmbito local e nacional, no intuito de debater sobre a preservação e valorização dos bens culturais do estado. 
Neste ano em que Fortaleza completa 289 anos, o Seminário volta a integrar parte da programação em comemoração do aniversário da cidade e terá como tema central Memórias e Desenvolvimento Sustentável. Buscando promover ações de sustentabilidade e de percepção mais crítica para os bens históricos e culturais do estado.
A conferência terá como público-alvo: os estudantes de ensino fundamental e médio; estudantes do ensino superior das áreas de Patrimônio, Arquitetura, História, Turismo, Artes Visuais, dentre outras; professores da rede municipal e estadual de ensino; pesquisadores interessados; detentores e detentoras de bens registrados como patrimônio material; organizações da sociedade civil; representantes de movimentos sociais; profissionais de turismo; e profissionais da educação da cidade.
Os interessados em participar da programação poderão se inscrever online, até o dia 10 de abril, por meio do formulário disponível em: http://goo.gl/forms/nTDV4fpS7n. Serão ofertadas 150 vagas e os participantes inscritos terão direito a certificado (cumprindo 75% da frequência). As inscrições para as oficinas e cursos serão realizadas posteriormente.
Programação completa
14 de abril (terça-feira)
8h às 17h - Credenciamento
9h às 12h - Curso: Projetos Culturais e Gestão do Patrimônio Cultural | Ministrante: Diego Dionísio | Local: Centro Cultural do Banco do Nordeste | Vagas: 35 vagas | Serão abertas inscrições específicas no primeiro dia do evento (14/4/2015), por ordem de chegada, às 8h30. *A pessoa inscrita deverá participar de dois dias de curso para receber o certificado.
13h30 – Abertura do evento
14h às 15h30 - Mesa Redonda – Patrimônio Cultural e desenvolvimento sustentável das cidades, com o Prof. Dr. Leonardo Castriota (UFMG) e Prof. Ms. Emanuel Oliveira Braga (Iphan – PB).
16h às 18h00 - Mesa redonda - Educação Integral, Territórios Educativos e Patrimônio Cultural com a Profa. Dra. Vanessa Louise Batista (UFC), Profa. Ms. Sônia Regina Rampim Florêncio (Ceduc / DAF/ Iphan) e a Ms. Beatriz Goulart.
18h – Abertura da exposição “Centros” | Curadoria: João Lucas Vieira e Eugênio Moreira

15 de abril (quarta-feira)
8h às 12h - Curso: Projetos Culturais e Gestão do Patrimônio Cultural | Ministrante: Diego Dionísio | Local: Centro Cultural do Banco do Nordeste | Ministrante: Diego Dinísio | Local: Centro Cultural do Banco do Nordeste.
9h às 11h – Oficina: Um olhar brincante para a cultura brasileira | Ministrante: Rosane Almeida (Instituto Brincante) / Local: Teatro Antonieta Noronha
13h30 às 15h30 - Mesa redonda – Os inventários como metodologias para a preservação com Igor de Menezes(Iphan/CE); Ms. Adriano Paulino de Almeida (Inventário Bom Jardim); Ms. Susana Cristina Marques Caramelo (Inventário de Fortaleza); e Ms. Alênio Carlos Noronha Alencar (Inventário de Fortaleza).
16h às 18h00 - Mesa redonda – Registros e as políticas de salvaguarda com o Prof. Diego Dionisio (Instituto Abaçai – SP); Ms. Romério Zeferino (Associação Cultural de Zabelê – PB) e Ms. Mônia Silvestrin (DPI – Iphan).
18h - Lançamento do livro “Cultura, Políticas e Identidades: Ceará em perspectiva” (Vol. I) – Organizadores: Igor de Menezes Soares e Ítala Byanca Morais da Silva (Iphan).

16 de abril (quinta-feira)
9h às 12h – Mesa Redonda: Patrimônio, projetos culturais e desenvolvimento local com a Profa. Dra. Simone Scifoni (USP), Luiz Eduardo Sarmento (Paço do Frevo - Recife) e o Dr. Leandro Brusadin (UFOP).
14h às 18h – Mesa Debate – Patrimônio e Desenvolvimento Urbano com Rosane Almeida (Instituto Brincante), Dra. Nádia Somekh (Presidente do CONPRESP), André Montenegro (Sinduscon), Cristina Chaul (Sindicato dos Corretores), Lia Parente (IPLANFOR), Dra. Águeda Muniz (SEUMA) e Reinaldo Salmito (COPFOR).
18h – Lançamento: Coleção Pajeú sobre a História dos bairros de Fortaleza.

Serviço:
6° Seminário do Patrimônio Cultural
Data: 14 a 16 de abril de 2015
Local: Museu da Indústria, Rua Dr. João Moreira, nº 143 – Centro, Fortaleza/ CE
Mais informações: (85) 3105-1291


Seis bens brasileiros são incluídos na Lista Indicativa do Patrimônio Mundial da Unesco

A partir de solicitação do Governo Brasileiro, por intermédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mais seis bens culturais foram incluídos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Lista Indicativa brasileira do Patrimônio Mundial, em 2015. Poderão ser futuramente apresentados ao Comitê do Patrimônio Mundial para serem avaliados e receberem o título de Patrimônio Mundial, os Geoglifos do Acre (AC), Teatros da Amazônia (AM, PA), Itacoatiaras do Rio Ingá (PB),Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá(CE), Sítio Roberto Burle Marx (RJ) e o Conjunto de Fortificações do Brasil (AP, AM, RO, MS, SP, SC, RJ, BA, PE, RN).
Na última atualização da Lista Indicativa pela Unesco, em 2014, três bens culturais brasileiros foram incluídos na Lista, juntamente com outros, totalizando 18 bens naturais e culturais: Cais do Valongo (Rio de Janeiro/RJ), a Vila Ferroviária de Paranapiacaba (Santo André/SP) e o Ver-o-Peso(Belém/PA). Agora a Lista Indicativa brasileira consta de 24 bens no total.
A Lista Indicativa funciona como um instrumento de planejamento de preparação de candidaturas, assemelhando-se a um inventário, e é composta pela indicação de bens culturais, naturais e mistos, apresentados pelos países que ratificaram a Convenção do Patrimônio Mundial da Unesco. Essa iniciativa pode ensejar a participação de gestores de sítios, autoridades locais e regionais, comunidades locais, ONGs e outros interessados na preservação do patrimônio cultural e natural do país.
Novos bens culturais brasileiros inscritos na Lista Indicativa do Patrimônio Mundial
Geoglifos do Acre (Acre): trata-se de estruturas de terra escavadas no solo e formadas por valetas e muretas que representam figuras geométricas de diferentes formas. Foram encontrados na região sudoeste da Amazônia ocidental, mais predominantemente na porção leste do estado do Acre, estando localizados em áreas de interflúvios, nascentes de igarapés e várzeas. As pesquisas arqueológicas nestas áreas, ainda que esparsas, dão conta de informações importantes sobre o manejo da paisagem amazônica por grupos indígenas que habitaram a região entre, aproximadamente, 200 AC - AD 1300, e sugerem um novo paradigma sobre o modelo de ocupação da Amazônia por densas sociedades pré-coloniais.
Teatros da Amazônia (Amazonas e Pará):construídos em finais do século XIX, os Teatros Amazonas e da Paz, localizados na região amazônica brasileira, respectivamente nas cidades de Manaus e Belém, são expressivos monumentos implantados nos dois maiores centros urbanos da região, como símbolos do apogeu econômico alcançado e representado por um modelo de civilidade europeizada, então reproduzido nos trópicos em função do auge do Ciclo da Borracha na América do Sul.
Itacoatiaras do Rio Ingá (Paraíba): localiza-se na zona rural do Município de Ingá, cerca de 105 km de distância da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. As primeiras manifestações de arte rupestre na Região Nordeste do Brasil surgiram antes de 10.000 A.C. e, apesar dos escassos estudos sobre estas populações pré-históricas, constata-se a produção de uma arte expressiva de gravura rupestre com elevada capacidade técnica. O sítio das Itacoatiaras do Rio Ingá congrega o mais representativo conjunto conhecido desse tipo de gravura no Brasil, que se notabiliza pelo uso quase exclusivo de representações não figurativas na composição de grandes painéis de arte rupestre, exprimindo o gênio criativo de um grupo humano que se apropriou de padrões estéticos abstratos como forma de expressão, e possivelmente, de conceitos simbólico-religiosos, diferentemente de outras culturas que, em sua maioria, utilizaram-se de representações antropomórficas e zoomórficas.
Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá (Ceará): a Barragem do Cedro, com sua parede em arco de alvenaria de pedra, foi a primeira grande obra hidráulica moderna do continente sul-americano e uma das pioneiras obras do seu tipo e do seu porte no mundo. Para além de sua funcionalidade de represamento d’água para irrigação, sua implantação, seu desenho e seu esmero de execução resultaram numa paisagem de beleza ímpar, combinando arrojo e elegância, monumentalidade e singeleza, numa simbiose entre o engenho humano e a obra da natureza existente no local, formado por monólitos que dão uma característica singular ao local.
Sítio Roberto Burle Marx – SRBM (Rio de Janeiro): compreendido como obra de arte, o SRBM espelha de forma notável a cultura, a energia criadora e a preocupação científica de Roberto Burle Marx, cuja obra, ao produzir o conceito moderno de jardim tropical, constituiu um paradigma especial no âmbito do movimento modernista brasileiro. Trata-se de um referencial de paisagem construída, um testemunho vivo da mudança do conceito europeu de jardim com rigor formal da composição geometrizada para o conceito de modernidade do jardim tropical, como uma forma de manifestação artística.
Conjunto de Fortificações do Brasil (AP, AM, RO, MS, SP, SC, RJ, BA, PE, RN): o conjunto de fortificações do Brasil apresenta-se como um testemunho material único de um contato produzido entre diferentes culturas do Velho e do Novo Mundo. As fortificações, edificadas em resposta a esses contatos, marcam o sucesso de uma fórmula singular de ocupação do território, onde os moradores do Brasil tiveram um papel mais fundamental do que a ação dos governos das metrópoles do Velho Mundo, ao contrário do que ocorreu em outras colônias europeias no resto do mundo. As construções feitas com o objetivo de garantir a posse e a segurança dos novos territórios formam um conjunto sem semelhança a outros sistemas fortificados edificados no mesmo período em outros lugares do mundo, tendo um importante papel na ocupação territorial da América do Sul. Abrange a Fortaleza de São José, em Macapá (AP); o Forte Coimbra, em Corumbá (MS); Forte de Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO); a Fortaleza dos Reis Magos, em Natal (RN); o Forte de Santa Catarina, em Cabedelo (PB); o Forte de Santa Cruz (Forte Orange), em Itamaracá (PE); o Forte São João Batista do Brum, no Recife (PE); o Forte São Tiago das Cinco Pontas, no Recife (PE); o Forte de Santo Antônio da Barra, em Salvador (BA); o Forte São Diogo, em Salvador (BA); o Forte São Marcelo, em Salvador (BA); o Forte de Santa Maria, em Salvador (BA); o Forte de N. S. de Montserrat, em Salvador (BA); a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói (RJ); a Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro (RJ); a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá (SP); o Forte São João, em Bertioga (SP); a Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirim, em Governador Celso Ramos (SC); e o Forte de Santo Antônio de Ratones, em Florianópolis (SC).
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