sexta-feira, 26 de junho de 2020

Parque Histórico Nacional das Missões (RS) recebe obras de conservação

Os povoados missioneiros criados pelos jesuítas e índios Guarani nos séculos XVII e XVIII, em território que hoje engloba parte do Brasil, Argentina e Paraguai, deixaram estruturas remanescentes que são uma singular marca no tempo de parte da história brasileira. Para preservar essas ruínas e sua memória, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, realiza continuamente um trabalho de conservação nos sítios históricos e arqueológicos que compõem o Parque Histórico Nacional das Missões, no Rio Grande do Sul.
Nesta última semana de junho, recomeça mais uma etapa desse trabalho com as obras de conservação e recuperação da frontaria e das arcadas das ruínas da antiga igreja de São Miguel Arcanjo, no sítio histórico de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões (RS). A obra também inclui as estruturas em ruínas dos sítios de São João Batista e São Lourenço Mártir, localizados nos municípios de Entre-Ijuís e São Luiz Gonzaga, respectivamente. Ao todo, o conjunto de ações conta com investimentos de mais de R$ 656 mil. 
Os trabalhos de consolidação nos sítios chegaram a ser iniciados em março, com a execução de serviços preliminares relativos a instalações provisórias, mas foram interrompidos em seguida devido às medidas de segurança e saúde recomendadas durante a pandemia do novo coronavírus. Agora, as obras serão retomadas, começando pelo sítio de São João Batista, com uma previsão de 12 meses de execução. 
Os serviços previstos visam estabilizar estruturas desagregadas, sanar pontos de infiltração e realizar tratamentos para evitar o ingresso de novos pontos de umidade, problemas que decorrem do desgaste natural das edificações ao longo do tempo e de eventuais intempéries. As metodologias que serão aplicadas, levando em conta as especificidades de cada sítio, foram discutidas em encontro técnico realizado em março, envolvendo técnicos de diversas áreas do Iphan e a empresa contratada para realizar a obra, repassando conhecimentos e discutindo as melhores estratégias para a intervenção. 
A conservação das estruturas em ruínas do Parque Histórico Nacional das Missões faz parte de um trabalho permanente do Iphan, que contempla ações básicas de manutenção, realizadas pela equipe de artífices, e projetos específicos, como a nova intervenção. O parque foi criado em 2009 como uma unidade da Instituição, vinculada à Superintendência do Iphan-RS, e reúne os sítios arqueológicos de São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São Nicolau e São João Batista. Ao longo desses anos, o Iphan vem realizando diversos trabalhos no sentido da continuada preservação dos bens, buscando consolidar e recuperar as estruturas desgastadas e manter a integridade e autenticidade das edificações.
 
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Catedral Imperial, em Petrópolis (RJ), vai passar pela maior restauração de sua história

Quem passeia pelo Centro Histórico de Petrópolis (RJ), logo tem a atenção captada pela Catedral de São Pedro de Alcântara. Um dos principais símbolos da cidade, este monumento vai passar pela maior restauração de sua história. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou o projeto de intervenções, proposto pela Mitra Diocesana de Petrópolis. A execução conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, por meio do BNDES Fundo Cultural, vai investir R$ 13,1 milhões para revitalizar a fachada e os ambientes internos do edifício, além de implementar uma galeria de exposições.
Também conhecido como Catedral Imperial, o monumento foi tombado pelo Iphan em 1980. O tombamento da igreja é uma extensão da proteção conferida, desde 1964, à Avenida Köeler, inscrita no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
A edificação estampa inúmeros cartões-postais da cidade, famosa pela pluralidade de atrações históricas e arquitetônicas. As intervenções vão permitir a reabertura do mausoléu no qual se encontram os restos mortais da família imperial. Atualmente, todas as áreas superiores da catedral - órgão, coro, torres e telhado -, assim como o mausoléu, encontram-se fechados para visitação.
 
As obras estão previstas para começar em agosto. Empresas e trabalhadores locais vão executar a empreitada de modo a incrementar a economia da cidade. A restauração vai ser dividida em três ações. A parte externa abrange a recuperação da cobertura, do madeiramento estrutural, dos elementos de ornamentação e das calhas; bem como a recolocação das rosáceas. Além disso, as intervenções incluem a modernização da parte elétrica da igreja e a instalação do sistema de combate a incêndio. Também serão realizados o restauro e a requalificação interna, com recuperação de elementos artísticos.
Destaca-se no projeto a implantação de uma galeria expositiva nos dois primeiros pavimentos da torre que antecedem o sino. Nas cúpulas e agulhas neogóticas, serão instaladas uma passarela e telas de projeção, tanto para contar a história da construção do templo quanto para exibir documentos históricos da fundação da cidade. Esta nova área vai viabilizar o acesso do público à torre: no alto dos 70 metros de altura, exibe de forma panorâmica uma das vistas mais impressionantes da cidade.

O Acervo da Avenida Köeler e a Catedral Imperial – A Avenida Köeler é um dos principais logradouros do plano urbanístico de Petrópolis. De autoria do Major Júlio Frederico Köeler, a via conserva com fidelidade aspectos paisagísticos e urbanísticos originais. Tendo no eixo central o leito do Rio Quitandinha, afluente do Piabanha, a avenida se inicia na antiga Praça de São Pedro de Alcântara - onde se localiza a Catedral - e termina na Praça de Rui Barbosa.
Construídos na segunda metade do século XIX ou na passagem deste para o século XX, o acervo apresenta variedade de estilos: algumas edificações se ligam ao neoclássico final; outras se filiam à fase romântica dos chalés e há ainda os exemplares ecléticos.
O atual edifício da igreja começou a ser construído em 1884. Inspirado nas antigas catedrais do norte da França, o engenheiro e arquiteto baiano Francisco Caminhoá planejou o projeto arquitetônico em estilo neogótico, muito em voga na época. Em 1925, foi inaugurada a matriz, após 37 anos de trabalhos. As obras da fachada, contudo, só começaram em 1929, e a torre só foi erguida entre 1960 e 1969. O templo ostenta um carrilhão de cinco sinos de bronze fundidos em Passau (Alemanha), que pesa nove toneladas.

Essa matéria foi escrita com informações do BNDES
 
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sábado, 6 de junho de 2020

Cidade mais antiga do Tocantins completa 286 anos e ruína de igreja construída por escravos passa por revitalização

Natividade fica na região sudeste do Tocantins e é parte do patrimônio histórico nacional. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos não chegou a ser concluída.

O município de Natividade, o mais antigo de todo o Tocantins, completa 286 anos nesta segunda-feira (1º). A cidade é parte do patrimônio histórico nacional e é conhecida pela arquitetura colonial e as ruas com pedras batidas. Uma das estruturas mais simbólicas da cidade está passando por uma revitalização, a ruína da igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

O prédio nunca chegou a ficar pronto. Ele começou a ser construído por escravos no século XVIII, mas apenas as paredes e os arcos ficaram prontos. Mesmo assim, a igreja acabou se tornando um símbolo do estado.

A obra está sob responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e deve custar aproximadamente R$ 348 mil. A ideia é estabilizar a estrutura e tratar as superfícies. O canteiro de obras é aberto para que a população possa acompanhar o trabalho de perto.O trabalho deve durar três meses.

A cidade foi inspiração para cenários e personagens da novela O Outro Lado do Paraíso, produzida pela Rede Globo em 2018. Uma das referência era a enigmática personagem Mercedes, interpretada por Fernanda Montenegro e inspirada em Dona Romana. O município também serviu de locação para séries e filmes é conhecido como a terra do ouro, da religiosidade e também é lá que se produz o biscoito Amor Perfeito, muito popular em todo o estado.

Fonte: https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2020/06/01/cidade-mais-antiga-do-tocantins-completa-286-anos-e-ruina-de-igreja-construida-por-escravos-passa-por-revitalizacao.ghtml










Crédito: Prefeitura de Natividade










Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Crédito: Prefeitura de Natividade