quinta-feira, 19 de julho de 2018

Museu de Artes Visuais e Casa do Tambor de Crioula são inaugurados em São Luís

Obras de reformas dos prédios foram realizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O prédio onde agora funciona o Museu de Artes Visuais estava fechado para reforma desde 2016 e foi inaugurado nesta sexta-feira (13) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Uma fachada imponente, com azulejos antigos na Rua Portugal, no Centro Histórico de São Luís. A primeira exposição para apreciação popular deve começar no dia 28 de julho. A noite teve ainda a entrega de outro prédio dedicado ao tambor de crioula.
A estrutura do museu conta com três andares e um mirante, e é um prédio de século 19. No museu serão abrigadas obras importantes de artistas nacionais e internacionais. O público vai poder conhecer a história e o trabalho de artistas como Newton Sá, Cícero Dias e Tarsila do Amaral.
- É um sobrado que antigamente no térreo era um comércio e no primeiro andar era residencial e no segundo andar era hospedaria – disse o superintendente do Iphan, Maurício Itapary.
As obras começaram em dezembro de 2016. O valor da obra foi de cerca de R$ 732 mil de responsabilidade do Iphan, em um projeto do PAC Cidades Históricas. O primeiro prazo de entrega era para dezembro de 2017, o que não aconteceu. E segundo a presidente do Iphan Nacional, Kátia Bogea, que esteve presente na entrega do imóvel, atrasos podem ocorrer devido a quantidade de reparos necessários e por se tratar de um prédio histórico.
- São obras difíceis. Não se trata de simples reforma, pois são obras em edificações históricas, então é necessário que tenham profissionais restaurados que compreendam a delicadeza do serviço que eles estão executando – disse Kátia Bogea.
Ainda na Praia Grande outro casarão histórico também foi entregue nesta sexta-feira, a Casa do Tambor de Crioula. A recuperação do grande sobrado que estava em ruínas desde a década de 70, custou quase R$ 2 milhões e também foi realizada pelo Iphan. Ele foi totalmente reformado e adaptado para se tornar um centro de referência de uma das mais autênticas manifestações da cultura popular do Maranhão, o tambor de crioula.

















Museu de Artes Visiuais inaugurado em São Luís 
(Foto: Reprodução / TV Mirante)
















Casa do Tambor de Crioula também é localizada na Praia Grande 
(Foto: Reprodução / TV Mirante)

Paço Municipal e Sobrado dos Toledos, em Iguape (SP), começam a ser restaurados


Dois importantes edifícios da cidade de Iguape (SP), serão restaurados a partir desse mês de julho. As obras pretendem restabelecer a infraestrutura e conservação dos espaços, significativos para a história e arquitetura do município
Com mais de R$ 10 milhões em previsão de investimentos, o Sobrado dos Toledos e o Paço Municipal, dois importantes edifícios da cidade de Iguape (SP), serão restaurados a partir desse mês de julho. As obras pretendem restabelecer a infraestrutura e conservação dos espaços, significativos para a história e arquitetura do município, e serão realizadas com recursos do PAC Cidades Históricas, programa do Governo Federal, com execução do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A ordem de serviço que dá início às intervenções será assinada no dia 04 de julho, com a presença do diretor do Departamento de Projetos Especiais do Iphan, Robson de Almeida; da superintendente do Iphan em São Paulo, Maria Cristina Donadelli; e representantes da Administração Municipal e da Mitra Diocesana de Registro. A previsão é que os trabalhos estejam concluídos em cerca de um ano e meio.
O sobrado que abriga o Paço Municipal foi construído na segunda metade do século XIX, pelo comendador Luis Álvares da Silva, homem mais rico e influente da região à época. Posteriormente, o prédio passou a sediar o Club Beneficente e Recreativo Iguapense e a Câmara Municipal, vindo a ser adquirido pela Prefeitura em 1945. Desde então, passou a funcionar como Paço Municipal. 
Já o sobrado dos Toledos leva esse nome por ter sido residência de outro cidadão importante da região, José Carlos de Toledo. Construído na primeira metade do século XIX, durante o ciclo do arroz, o prédio foi doado pelos herdeiros, em 1931, ao Santuário de Iguape, para que abrigasse romeiros durante as festividades do Bom Jesus, época em que o edifício ficou conhecido como Sobrado do Santo. Depois disso, o prédio sediou diversos empreendimentos e, atualmente, encontra-se em ruínas, restando ainda as características originais das fachadas.
Os dois edifícios estão localizados na área do conjunto histórico de Iguape, tombada pelo Iphan. As duas intervenções se somam à restauração da Antiga Casa de Fundição, concluída em dezembro de 2015, com recursos de R$ 837 mil, também pelo PAC Cidades Históricas, representando um significativo investimento no Patrimônio Cultural da cidade. O programa está presente em 44 cidades brasileiras, sendo três delas no Estado de São Paulo: Iguape, Santo André e São Luiz do Paraitinga – incluindo 16 ações e uma previsão de investimentos de R$ 54,7 milhões.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/jornal/news/read/2902




















[Imagem: Divulgação]




















[Imagem: Divulgação]

Porto Alegre tem mais de 5 mil imóveis protegidos pelo Patrimônio Histórico e Cultural

Número é maior do que em outras capitais do país, como Rio de Janeiro e São Paulo. Assunto divide opiniões dos moradores da capital gaúcha.

Porto Alegre tem mais de 5 mil imóveis protegidos pelo Patrimônio Histórico e Cultural. É um número bem maior em comparação com outras capitais do país. Cerca de 7% dos imóveis da capital gaúcha tem algum grau de preservação. No Rio de Janeiro, o percentual é de 6,3%. Em São Paulo, 0,1%.
Os prédios protegidos em Porto Alegre estão distribuídos em 40 bairros. Quase 80% se concentram no Centro Histórico, Floresta, Iapi, Cidade Baixa e São Geraldo.
"Porto Alegre é uma das únicas cidades do Brasil que trabalha com o inventário como forma de proteção. Historicamente, o inventário tem essa conotação. Ele é um levantamento de dados sobre determinadas residências de onde sai uma seleção do que vai ser protegido, mas como consta na constituição que os bens culturais podem ser protegidos através de tombamentos, inventários, registros, então em Porto Alegre se criou uma lei específica, onde o inventário passou a ser uma forma de proteção", afirma o coordenador da Memória Cultural da Secretaria Municipal da Cultura, Eduardo Hahn.
A lei prevê duas formas de proteção de imóveis: o tombamento, normalmente aplicado para construções de grande importância, como o Paço Municipal, o Palácio Piratini e o Mercado Público, e o inventário, para prédios residenciais e comerciais. A proteção é definida por leis municipais, com critérios próprios.

5,5 mil imóveis inventariados

A família de Elias Scalco e Maria Helena Scalco é dona de três casas que ficam lado a lado, em uma rua do bairro Petrópolis, em Porto Alegre. A ideia deles era demolir os imóveis e construir um edifício. Mas, quando deram entrada com o projeto na prefeitura, tiveram uma surpresa, conforme relata Elias.
As residências fazem parte de uma lista com 5,5 mil imóveis inventariados em Porto Alegre, e por isso, não podem ser demolidas e precisam seguir regras rigorosas no caso de reformas.
O levantamento dos prédios históricos de Porto Alegre começou pela área central e com o passar do tempo se estendeu para outras regiões da cidade. Até que em 2012, técnicos do Patrimônio Histórico chegaram ao bairro Petrópolis. Isso causou uma divisão entre os moradores. Até hoje, o inventário do bairro não foi concluído.
No Centro Histórico de Porto Alegre existe um exemplo claro do impasse criado entre poder público e proprietários de imóveis inventariados. Um casarão que corre o risco de desabar fez com que uma importante rua da cidade fosse bloqueada, mas os proprietários alegam não ter dinheiro para reformar o prédio, e a prefeitura ainda cobra dívida de R$ 200 mil em IPTU.

Tema divide opiniões

Mais de 400 imóveis estão na lista de interesse do Patrimônio Histórico no Petrópolis. O assunto divide opiniões entre os moradores. Alguns criticam a forma como a prefeitura conduziu o processo.
"A Amai (Associação dos Moradores Atingidos pelo Inventário do Petrópolis) não é contra a preservação, e sim, a falta de critérios. A prefeitura simplesmente disse 'o imóvel de vocês é bacana, ele vai ficar inventariado, mas todo o custo de manutenção é de vocês'", afirma o presidente da Amai, Márcio Divino.
Outros moradores são a favor da preservação. "A questão da preservação do bairro era unânime entre todos os moradores. Se dizia que era um bairro tradicional com casas que remontavam aos anos 40, 50, 30 e o pessoal gostava de morar aqui. Isso valorizava o bairro porque as pessoas queriam vir para o Petrópolis", explica o presidente do movimento Proteja Petrópolis, Álvaro Arrosi.
O dono de uma casa inventariada defende a preservação para não perder a qualidade de vida.
"Nós viemos para cá em 1995 e quando nós viemos não tinham prédios na rua, era só casas. Aí começaram a construir prédios e nós estamos preocupados porque se isso aqui continuar vai acabar a nossa rua", afirma o médico José Roque Guimarães.

Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/porto-alegre-tem-mais-de-5-mil-imoveis-protegidos-pelo-patrimonio-historico-e-cultural.ghtml


















Opinião de moradores e população se divide acerca do tratamento de imóveis incluídos no inventário (Foto: Reprodução/RBS TV)


















Imóvel acumula dívida de R$ 200 mil em IPTU e corre risco de desabar (Foto: Reprodução/RBS TV)