quinta-feira, 28 de março de 2019

Centro Histórico de Cuiabá (MT) recebe obras de requalificação urbana

No mês de abril, a cidade de Cuiabá (MT) comemora seu aniversário de 300 anos. Em meio às celebrações, destaca-se um grande e importante desafio: a preservação de seu Centro Histórico, que é símbolo da memória e identidade mato-grossense, representante da formação urbana e da história da cidade e de sua gente. Como parte dessa proposta, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia do Ministério da Cidadania, e a Prefeitura de Cuiabá entregam, no próximo dia 02, as obras de requalificação das praças Caetano de Albuquerque e Doutor Alberto Novis, e da escadaria do Beco Alto, fundamentais espaços públicos da capital do Mato Grosso.
Ainda como parte desse presente para a cidade, também serão assinadas as ordens de serviço para início da restauração do Casarão da Rua Sete de Setembro, atual sede do Iphan, e retomada da obra do Casarão de Bém-Bém. O secretário especial da Cultura, José Henrique Pires, a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, o diretor do Departamento de Projetos Especiais do Iphan, Robson de Almeida, e a superintendente do Iphan no Mato Grosso, Amelia Hirata, estarão presentes na solenidade, assim como o prefeito Emanuel Pinheiro e outros representantes dos governos Estadual e Municipal.
Todas essas ações estão sendo executadas pela Prefeitura, com recursos do Iphan, por meio do PAC Cidades Históricas. “Com essas obras concluídas e o início de novas ações, o Iphan reforça seu esforço em preservar o Centro Histórico de Cuiabá, valorizando essa área tão importante para a cidade e que é um Patrimônio Cultural Brasileiro. Mas não só preservar: é preciso trazer vida, comércio, movimento e uso para a região. Esse é o verdadeiro presente que Cuiabá precisa nesses 300 anos!”, afirma a presidente Kátia Bogéa. 
Espaços públicos do Centro Histórico
Juntos, os três espaços que foram requalificados no Centro Histórico de Cuiabá somam investimentos de cerca de R$ 603 mil. Integrantes do conjunto protegido pelo tombamento federal, as praças Caetano de Albuquerque e Doutor Alberto Novis, assim como a escadaria do Beco Alto, receberam novo mobiliário urbano, paisagismo, iluminação, pavimentação e adaptações às condições de acessibilidade, garantindo melhores condições de uso e implementando novos espaços de lazer e convivência aos moradores e visitantes. 
Um exemplo disso é na Praça Caetano de Albuquerque, também conhecida como Praça do Rasqueado, por ser tradicionalmente utilizada para apresentações musicais e festejos populares. Essas atividades, que atraem movimento e desenvolvem a região, poderão agora ser retomadas, com o espaço transformado e em melhores condições de receber a população. Já a escadaria do Beco Alto corresponde à área onde se encontram as ruas Pedro Celestino e Ricardo Franco, em trecho inclinado do terreno, próximo ao Largo da Mandioca. Ela recebeu novos degraus, paisagismo e áreas de convivência, melhorando a circulação e permanência de pedestres no local. As intervenções nas áreas também permitiram a descoberta de um testemunho do calçamento original, datado do século XVIII, durante a pesquisa arqueológica na Praça Doutor Alberto Novis, colocando em destaque a história e a memória da cidade.
Intervenções nas edificações
Também será iniciada a obra do Casarão da Rua Sete de Setembro. O edifício, que hoje abriga a sede do Iphan no Mato Grosso, receberá investimentos de R$ 474 mil, em obra que prevê a restauração de toda a casa, incluindo nova disposição dos ambientes e recuperação de aspectos que estão danificados, como alvenarias e pisos, rede elétrica e de telefonia, e também a implantação de condições de acessibilidade. A previsão é de que, depois da intervenção, o edifício também amplie seu uso, passando a receber, além do Iphan, mais um equipamento cultural do Centro Histórico de Cuiabá.
Outro ponto importante é a restauração do Casarão de Bém-Bém. A obra havia sido iniciada em 2017, mas, em dezembro do mesmo ano, um desmoronamento arruinou parte do edifício. Foi então realizada uma ação emergencial junto ao bem e, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta, a Prefeitura Municipal apresentou novo projeto ao Iphan, com as adequações necessárias à preservação do edifício. Agora, a ação será então retomada, com previsão de investimentos de R$ 2,1 milhões, para a recuperação do imóvel e sua ampliação para a implantação da Escola de Música do Projeto Ciranda, conduzido pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo.
Ao todo, o PAC Cidades Históricas prevê investimentos de mais de R$ 11 milhões em 16 ações no Centro Histórico de Cuiabá. Delas, já foram concluídas a restauração do Casarão de Barão de Melgaço e do Museu da Imagem e do Som de Cuiabá, além da requalificação das praças Senhor dos Passos e do Largo Feirinha da Mandioca. Essas obras somam um investimento de R$ 4,6 milhões já realizado pelo Iphan na cidade nos últimos dois anos.
Serviços:
Entrega das obras de requalificação das praças Caetano de Albuquerque e Doutor Alberto Novis e da escadaria do Beco Alto
Data: 02 de abril de 2019, às 09h
O evento terá início na Praça Doutor Alberto Novis e segue percorrendo os outros espaços, até o MISC, onde será inaugurada a exposição fotográfica História do Futebol desde a década de 30


Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan

comunicacao@iphan.gov.br
Fernanda Pereira – fernanda.pereira@iphan.gov.br 
Déborah Gouthier – deborah.gouthier@iphan.gov.br
(61) 2024-5511- 2024-5513 - 2024-5531
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGovBr | www.twitter.com/IphanGovBr
www.youtube.com/IphanGovBr














Fonte das Imagens: do site Iphan

segunda-feira, 18 de março de 2019

Astrolábio português com a idade do Brasil é o mais antigo do mundo

Instrumento usado em expedição de Vasco da Gama à Índia, encontrado onde duas naus naufragaram em 1503, acaba de entrar para o livro dos recordes.

Quando Pedro Álvares Cabral tomou conhecimento da existência do Brasil, em 1500, os portugueses queriam mesmo era saber das Índias. Portugal estava doido para consolidar uma rota marítima que levasse as especiarias indianas diretamente até a Europa. Tornar-se o primeiro estado europeu a estabelecer essa rota era uma imensa vantagem comercial. Acaba de entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes, uma relíquia dessa época: um astrolábio português perdido em naufrágio de 1503 foi declarado o mais antigo do mundo.

O instrumento era uma mão na roda para os exploradores da época. Bastava apontá-lo para o céu, durante uma noite estrelada, para que ele determinasse a posição dos astros — o que permitia ter certeza de que o barco navegava na direção certa. Com origens que remontam à Grécia Antiga, o primeiro astrolábio moderno usado para fins náuticos é atribuído a uma viagem de portugueses pela costa ocidental da África em 1481. Daí para a frente, todos os grandes navegadores usaram-no: Cristóvão Colombo, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama.

O astrolábio tornou-se bastante popular na era das Grandes Navegações. O que acaba de entrar para o Guinness estava a bordo de uma das duas embarcações que naufragaram durante a quarta armada de Portugal às Índias, comandada por Vasco da Gama. Aportadas perto da pequena ilha de Al Hallaniyah, a poucos quilômetros do litoral de Omã, na Península Arábica, as naus Esmeralda e São Pedro afundaram em 1503 após uma forte tempestade. O local ganhou o nome de Sodré, comandante do pequeno esquadrão militar.

Pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, recuperaram o histórico objeto durante escavações conduzidas no local em 2014. Mais detalhes sobre a descoberta foram publicados neste sábado (16) no periódico International Journal of Nautical Archaeology. Auditores do Guinness Bookacabam de certificar que, de fato, o astrolábio de Sodré é o mais antigo de que se tem registro entre os 104 exemplares conhecidos no mundo. São considerados os mais raros e valiosos artefatos que se pode resgatar de naufrágios.

Os especialistas acreditam que o instrumento tenha sido construído entre 1496 e 1501, pois suas características são únicas. Além de ostentar o brasão de armas de Portugal, algo que não era comum, o achado também preenche uma lacuna. É uma espécie de elo entre os primeiros modelos de astrolábio, que tinham forma de planisfério, e versões aprimoradas de discos com janelas abertas que se tornaram comuns a partir de 1517.

O astrolábio de Sodré é um disco metálico bem leve e pequeno, com 344 gramas e 17,5 centímetros de diâmetro. Seu pioneirismo tecnológico na Era dos Descobrimentos foi atestado pelos pesquisadores através de técnica de escaneamento a laser. Um modelo virtual 3D do objeto foi criado e uma posterior análise do espaçamento entre as marcas da escala comprovou que se trata do astrolábio mais antigo já descoberto. Historiadores e cientistas agora podem entender melhor os navios portugueses — e como eles navegavam.



















 (David Mearns/Divulgação)

Histórico casarão de Porto Alegre vai virar centro cultural. Mas só uma vez por mês

Empresa que venceu licitação para ocupar e restaurar a Casa da Estrela deve iniciar as obras em seis meses.

Protegida como patrimônio cultural da cidade, a Casa da Estrela, construída em 1946, hoje desabitada e malcuidada no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, vai virar centro cultural ainda neste ano.

A empresa Surya venceu a licitação para ocupar e restaurar o casarão da Rua Camerino – o imóvel foi repassado ao município em 2009, após um acordo com a proprietária. Embora preveja uma reforma de R$ 600 mil, o projeto, por enquanto, não é lá muito empolgante.

Clarice Ficagna, sócia da Surya, diz que a Casa da Estrela deverá ser aberta ao público uma vez por mês para saraus, exposições de arte e outros eventos culturais. No restante do tempo, ela servirá apenas de sede à empresa. 

O casarão em estilo neocolonial tem 165 metros quadrados e chama atenção pela vasta escadaria que cerca o imóvel. Com uma enorme estrela pintada no piso do jardim, a casa passou por uma reintegração de posse em novembro – na época, um casal que morava havia dois anos com uma criança no imóvel aceitou deixar o local.

As obras na Casa da Estrela devem começar daqui a seis meses e se estender até o fim do ano.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/paulo-germano/noticia/2019/03/historico-casarao-de-porto-alegre-vai-virar-centro-cultural-mas-so-uma-vez-por-mes-cjtel8us804bs01uj5thsyl5y.html










Com 165 metros quadrados, imóvel em estilo neocolonial foi construído em 1946
Maria Ana Krack / PMPA

terça-feira, 5 de março de 2019

Arata Isozaki vence o Prêmio Pritzker 2019

Arata Isozaki foi nomeado o vencedor de 2019 do Prêmio Pritzker de Arquitetura. Isozaki, que pratica arquitetura desde os anos 1960, tem sido considerado um visionário arquitetônico por sua abordagem transnacional e destemidamente futurista ao projeto. Com mais de 100 obras construídas, Isozaki também é incrivelmente prolífico e influente entre seus contemporâneos. Ele é o 49º arquiteto e oitavo arquiteto japonês a receber a honra.
De acordo com o júri, na citação do prêmio: “... em sua busca por uma arquitetura significativa, ele criou edifícios de grande qualidade que até hoje desafiam categorizações, refletem sua constante evolução e estão sempre atualizados em sua abordagem”.
"Eu sempre senti que o mais importante é encontrar uma maneira de escapar da estrutura ou consciência estética com a qual estou oprimido."
Nascido em 1931 em Oita, uma cidade na ilha de Kyushu, no Japão, o início de Isozaki na arquitetura foi profundamente afetado pelos eventos mundiais da época. Isozaki tinha apenas 12 anos quando Hiroshima e Nagasaki foram dizimadas na Segunda Guerra Mundial; sua cidade natal foi incendiada durante a guerra. “Quando eu tinha idade suficiente para começar a entender o mundo, minha cidade natal foi incendiada. Do outro lado da costa, a bomba atômica foi lançada em Hiroshima, então eu cresci no marco zero. Tudo estava em ruínas, e não havia arquitetura, nem edifícios e nem mesmo uma cidade ... Então, minha primeira experiência em arquitetura foi o vazio da arquitetura, e comecei a considerar como as pessoas poderiam reconstruir suas casas e cidades.”
Isozaki levou esta visão de mundo com ele para a Universidade de Tóquio, onde se formou na Faculdade de Arquitetura e Engenharia em 1954. Prosseguiu os estudos com um Ph.D. na mesma faculdade antes de iniciar sua carreira arquitetônica a sério no escritório de Kenzo Tange. Isozaki rapidamente se tornou o protegido de Tange, trabalhando em estreita colaboração com o Prêmio Pritzker de 1987, antes de estabelecer seu próprio escritório em 1963.
O Japão na época estava em um período de imensa mudança e reinvenção. O país havia sido libertado da Ocupação Aliada apenas uma década antes, e ainda estava se recuperando dos efeitos posteriores da guerra. "A fim de encontrar a maneira mais adequada para resolver esses problemas, não pude me apoiar em um único estilo", diz Isozaki. “A mudança se tornou constante. Paradoxalmente, isso veio a ser meu próprio estilo ”.
“A mudança se tornou constante. Paradoxalmente, isso veio a ser meu próprio estilo ”.
De fato, a obra inicial de Isozaki é notável por sua abordagem decididamente futurista, visível em City in the Air, seu aspirante a masterplan para Shinjuku. Nessa proposta, camadas elevadas de prédios, residências e transportes flutuariam acima da cidade antiga - uma resposta extrema ao ritmo voraz da urbanização e modernização no Japão (da época). Embora o plano nunca tenha sido realizado, ele deu o tom para muitos dos futuros projetos de Isozaki e liderou mais planos / visões urbanas para cidades em todo o mundo.
A linguagem formal que caracteriza grande parte das obras de Isozaki - uma combinação característica de Metabolismo e Brutalismo - foi desenvolvida em colaboração com o mentor Kenzo Tange, o arquiteto considerado fundador do metabolismo japonês.
Originalmente chamado de Burnt Ash School, por conta do local onde nasceu, o Metabolismo fundiu idéias de crescimento orgânico com a arquitetura das megaestruturas futuristas. Isozaki estava profundamente envolvido no desenvolvimento e na perpetuação do Metabolismo, como visto em projetos como a Biblioteca da Província de Oita, a Escola Secundária de Iwata Girls e vários projetos para o Fukuoka City Bank.
Mas foi em 1970 que o Isozaki ganhou fama internacional, já que seu projeto Festival Plaza na EXPO70 (a primeira feira mundial sediada no Japão) cativou os visitantes globais. Isozaki completou outras obras significativas, como a Torre de Arte Mitor, o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles e o Palau Sant Jordi em Barcelona. Mais recentemente, Isozaki completou o Museu Provincial de Hunan, o Harbin Concert Hall, o Krakow Concert Hall e a Allianz Tower em Milão.
“A obra de Isozaki foi descrita como heterogênea e abrange descrições de vernacular a alta tecnologia”, disse o júri do Pritzker na citação do prêmio. "O que é claro é que não vem seguindo tendências, mas forjando seu próprio caminho."
Isozaki recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua carreira, mais notavelmente o Prêmio Anual do Architectural Institute of Japan em 1974, a Medalha de Ouro do RIBA em 1986 e o American Institute of Architects Honor Award em 1992.
A cerimônia do Prêmio Pritzker de 2019 será realizada no Chateau de Versailles, na França, em maio, e será acompanhada por uma palestra pública de Isozaki, em Paris.

Citação do Júri

Arata Isozaki, nascido em Ōita, na ilha de Kyushu, no Japão, é conhecido como um arquiteto versátil, influente e verdadeiramente internacional. Estabeleceu sua própria prática na década de 1960 e tornou-se o primeiro arquiteto japonês a forjar uma relação profunda e duradoura entre o Oriente e o Ocidente. Isozaki possui um profundo conhecimento da história e teoria da arquitetura e, abraçando a vanguarda, nunca meramente reproduziu o status quo, mas o desafiou. Em sua busca por uma arquitetura significativa, criou edifícios de grande qualidade que até hoje desafiam categorizações, refletem sua constante evolução e estão sempre atualizados em sua abordagem.
Ao longo dos mais de 50 anos de profissão, Arata Isozaki teve um impacto na arquitetura mundial, através de seus trabalhos, escritos, exposições, organização de importantes conferências e participação em júris de concursos. Ele apoiou muitos jovens arquitetos de todo o mundo a terem uma chance de realizar seu potencial. Em empreendimentos como o Fukuoka Nexus World Housing (1988-1991) ou o programa Machi-no-Kao (“face da cidade”) da Prefeitura de Toyama (1991-1999), Isozaki convidou jovens arquitetos internacionais para desenvolver projetos catalíticos no Japão. Sua obra foi descrita como heterogênea e que abrange descrições do vernacular à alta tecnologia. O que é evidente é que ele não segue as tendências, mas forjou seu próprio caminho. Uma exploração inicial de uma nova visão para a cidade é vista no projeto City in the Air, do início dos anos 1960, para uma cidade multifacetada que paira sobre a cidade tradicional.
Seus primeiros trabalhos no Japão, seu país natal, incluem uma obra-prima do brutalismo japonês, a Biblioteca Municipal de Ōita (1966). Projetos como a Biblioteca Central de Kitakyushu (1974) e o Museu de Arte Moderna da Prefeitura de Gunma, inaugurado em 1974, revelam uma exploração de uma arquitetura mais pessoal. No museu, a geometria clara do cubo reflete seu fascínio pelo vazio e pela grade, à medida que busca alcançar um equilíbrio na exibição de obras de arte em mudança.
O alcance e o repertório de Arata Isozaki se expandiram ao longo dos anos e passaram a incluir projetos de muitas escalas e tipologias e em vários países. Nos Estados Unidos, Isozaki é provavelmente mais conhecido por ter projetado o Museu de Arte Contemporânea em Los Angeles (1986) e o edifício Team Disney na Flórida (1991). O primeiro é um estudo da abóbada, ou o que ele chama de “retórica do cilindro”, e o segundo é evidenciado por um uso mais lúdico de formas com um toque pós-moderno.
Muitos conhecem o seu trabalho através de edifícios tão significativos como o Estádio Sant Jordi para as Olimpíadas de 1992 em Barcelona. Ele realizou trabalhos exemplares na China, como o Museu de Arte CAFA (Academia Central de Belas Artes da China) em Pequim, inaugurado em 2008, ou o Centro Cultural de Shenzhen (2007), em Shenzhen, Guangdong.
Isozaki mostrou extraordinário dinamismo nos últimos anos com obras como Qatar Convention Center (2011), o inflável viajante Ark Nova (2013) projetado com Anish Kapoor para regiões afetadas pelo tsunami de 2011 no Japão, e o poderoso e elegante Allianz Tower em Milão inaugurado em 2018. Mais uma vez, é um testemunho da sua capacidade de compreender o contexto em toda a sua complexidade e de criar um edifício notável, bem trabalhado, inspirador, e que é bem sucedido desde a escala da cidade até aos espaços interiores.
Claramente, é uma das figuras mais influentes na arquitetura do mundo contemporâneo que está em uma busca constante, sem medo de mudar e tentar novas idéias. Sua arquitetura repousa na compreensão profunda, não apenas da arquitetura, mas também da filosofia, história, teoria e cultura. Ele uniu o Oriente e o Ocidente, não por meio de mimetismo ou como academia, mas através da criação de novos caminhos. Isozaki deu um exemplo de generosidade ao apoiar outros arquitetos e incentivá-los em competições ou através de trabalhos colaborativos. Por todas essas razões, o Júri do Prêmio Pritzker selecionou Arata Isozaki como laureado em 2019.
Júri do Prêmio Pritzker 2019 
  • Stephen Breyer: Supremo Tribunal dos EUA. Washington DC.
  • André Aranha Corrêa do Lago: atual embaixador do Brasil no Japão.
  • Richard Rogers: Arquiteto e Prêmio Pritzker 2007. Londres, Inglaterra.
  • Kazuyo Sejima: Arquiteto e Prêmio Pritzker 2010. Japão.
  • Benedetta Tagliabue: Arquiteta e Educadora. Barcelona, Espanha.
  • Ratan N. Tata: Presidente Emérito da Tata Sons, a holding do Grupo Tata. Mumbai, índia.
  • Wang Shu: Arquiteto e Prêmio Pritzker 2012. República Popular da China.
  • Martha Thorne (Diretora Executiva): Dean, IE School of Architecture & Design. Madri, Espanha.





























Fonte das Imagens: do Site Archdaily