Arquitetura, Arte, História, Pensamentos , Reflexões... "A gente precisa sentir que a vida é importante, que é preciso haver fantasia para poder viver um pouco melhor."(OSCAR NIEMEYER)
domingo, 20 de dezembro de 2020
Iphan investe R$ 1,4 milhão no restauro do Clube Blondin em Laguna (SC)
domingo, 1 de novembro de 2020
Desprezo pela história do país - Abandono da Cinemateca Brasileira
Roberto Gervitz
A produção cultural brasileira já enfrentou ataques demolidores por parte de muitos governos — os anos Collor foram exemplares: levaram consigo estúdios, laboratórios, planos e sonhos. Foram anos de terra arrasada, mas nos reerguemos. Os governos terminam, mas a produção cultural segue pulsando — a criação é uma necessidade atávica do ser humano.
Já estamos cruzando o semiárido cultural, mas não iremos desaparecer porque não se mata uma cultura, e o nosso cinema é a prova indiscutível da capacidade de resistir e de seguir criando. Será mesmo possível e desejável apagar nosso passado — o conjunto das imagens que encerram nossos olhares, depositado na Cinemateca Brasileira, nosso museu do olhar, como definiu Cacá Diegues?
Ela abriga esse grande tesouro composto de registros de amadores que vêm desde o início do século XX até hoje, todo o arquivo do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, o DIP, parte considerável do acervo da TV Tupi, todas as imagens e matérias do Canal 100 e quase toda a produção audiovisual brasileira contemporânea. São 250 mil rolos de filmes e cerca de 1 milhão de documentos.
No início deste ano, a Cinemateca Brasileira entrou num período de total e completo abandono por parte da União. Dado o risco alarmante que corriam seu acervo e instalações, foram organizadas importantes mobilizações da comunidade cinematográfica, com destacado apoio internacional e da sociedade brasileira. A tais manifestações, que contaram com ampla cobertura da imprensa, se somou uma ação contra a União movida pelo Ministério Público Federal.
No início de agosto, em aparente resposta a essas movimentações, o governo federal, por meio do secretário substituto do Audiovisual, inaugurava um momento de diálogo com as entidades da sociedade civil e a comunidade cinematográfica. Chegou-se até mesmo a discutir alternativas para que se garantisse a preservação do acervo e das edificações.
Transcorridos 50 dias, foram garantidos os serviços básicos e emergenciais de água e de luz; foram contratadas uma minibrigada anti-incêndio e uma empresa de vigilância patrimonial e os serviços de limpeza e manutenção da climatização, embora não detenham a expertise necessária.
No entanto, entre as necessidades emergenciais, falta o fundamental trabalho dos funcionários especializados, sem os quais o acervo não estará seguro, mesmo com a retomada dos serviços básicos acima descritos. O secretário solicitou um plano de trabalho à Sociedade Amigos da Cinemateca, a SAC, para que isso fosse possível, mas tal plano não foi aprovado até o momento. E, assim, apesar dos esforços empreendidos pelas partes, segue inalterada a situação de enorme risco.
Para completar, a dotação prevista no projeto da Lei Orçamentária da União para a Cinemateca Brasileira em 2021 é uma regressão jamais vista. Com tais recursos, a Cinemateca Brasileira será reduzida a um mero depósito de filmes, anulando toda a sua importância e excelência como centro de preservação, irradiador de cinema e cultura.
Este texto, ao lado de uma carta da comunidade cinematográfica já publicada e enviada, é um alerta à comunidade audiovisual e à sociedade brasileira, bem como ao atual governo, que hoje é inteiramente responsável por tudo o que vier a ocorrer com uma das maiores cinematecas da América Latina.
As manifestações que conheceram um justo e paciente arrefecimento em função das negociações podem ser retomadas se o importante diálogo que iniciamos não resultar em soluções efetivas. É urgente que se coloque um ponto final na insustentável situação em que se encontra a Cinemateca.
As associações de cineastas, de preservadores audiovisuais, as cinematecas de todo o mundo, os festivais de cinema, a imprensa nacional e internacional, a comunidade artística e os frequentadores e amantes do cinema aguardam uma solução urgente e imediata para a Cinemateca Brasileira. Quem sabe, viabilizada por uma parceria inédita entre o poder público e a sociedade civil? A reabertura imediata da Cinemateca Brasileira é fundamental, não só para o cinema, como também para o conjunto da cultura e da própria história do país.
nota
NE – publicação original do artigo: GERVITZ, Roberto. Desprezo pela história do país. O Globo, Rio de Janeiro, 13 out. 2020.
sobre o autor
Roberto Gervitz é cineasta.
Fonte: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/20.243/7905
Antigo Matadouro de São Paulo, atual Cinemateca Brasileira
Foto Nelson Kon
Iphan entrega obra de ampliação da Casa Eichendorf em Santa Catarina
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entrega, na tarde desta sexta (16), ao município de São Bento do Sul (SC), os serviços de ampliação da “Casa Eichendorf”, edificação que integra o conjunto de casas tombadas pelo Iphan, nos Roteiros Nacionais de Imigração de Santa Catarina, criado em 2007.
Com investimento de R$ 313 mil do Instituto, a obra contemplou a construção de um anexo com copa e lavabos, construção de rampa de acessibilidade, calçadas e estacionamento, além de melhorias na área externa com grama e iluminação da fachada. Internamente, foram feitas as instalações elétricas e de equipamentos para prevenção e combate a incêndio.
O Iphan já realizou outros serviços na Casa Eichendorf em anos anteriores. Em 2008, por exemplo, foi feita obra emergencial de escoramento e colocação de tapumes; em 2012, restauração da edificação; e, em 2014, os recursos foram aplicados no reparo das pinturas murais da Casa.
Casa Eichendorf
O município de São Bento do Sul possui um importante conjunto de edificações singulares, dentre as quais está a Casa Eichendorf, construída nos primeiros anos do século XX às margens da estrada Dona Francisca.
Sua construção mescla duas técnicas tradicionais da arquitetura usada pelos colonos descendentes de alemães em Santa Catarina: a estrutura enxaimel e a alvenaria autoportante.
A cerimônia de entrega oficial da obra de restauração e ampliação da Casa é promovida pela Fundação Cultural de São Bento do Sul e conta com presença da Superintendente do Iphan-SC, Liliane Nizzola; do presidente da Câmara de Vereadores de São Bento do Sul, Peter Kneubuhler; da chefe de gabinete, Nilva Holz; da diretora de Turismo da prefeitura de São Bento do Sul, Luiza da Silva, e de representantes da Fundação Cultural.
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sábado, 12 de setembro de 2020
Prefeitura da Serra inaugura ruínas de Queimado restauradas
Fonte: https://www.seculodiario.com.br/cidades/prefeitura-da-serra-inaugura-ruinas-de-queimado-restauradas
As ruínas estão localizados numa região rural e isolada na Serra. Foto: Vitor Taveira
Vista de cima do mezanino construído dentro da Igreja. Foto: Vitor Taveira
Prefeitura anuncia revitalização da Estação Ferroviária em Divinópolis
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
Casa do Barão de Vassouras (RJ) começa a ser restaurada
Com ar bucólico de cidade pequena, Vassouras - na Região do Médio Vale do Paraíba (RJ) - não perde para nenhuma grande metrópole quando o quesito é a vinculação com a memória nacional. O paisagismo da Praça Barão de Campo Belo, com seu chafariz monumental, as centenárias fazendas do interior, assim como os sobrados que abrigaram gerações de barões e baronesas são elementos que marcam identidade da cidade na história do Brasil.
Para valorizar esses marcos ancestrais nos tempos atuais, as mais variadas intervenções vêm sendo realizadas nas edificações históricas da região. Chegou a vez de um símbolo do Patrimônio Cultural do município receber obras de restauração: a Casa do Barão de Vassouras. Localizada em um ponto privilegiado do Centro, a casa térrea faz parte do Conjunto Paisagístico e Urbanístico da cidade, inscrito em 1958 no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A obra é fruto de termo de compromisso do Iphan com a Prefeitura de Vassouras. O Instituto vai investir aproximadamente R$ 8 milhões em obras que serão executadas pela Prefeitura e estão previstas para durarem cerca de dois anos. Entre as intervenções de restauro estão previstas a recuperação de pisos, paredes, esquadrias, pinturas, forros, telhados e fachadas históricos; a reorganização dos espaços internos; bem como a adaptação dos ambientes às normas de acessibilidade dos dias atuais.
Situada na então entrada da cidade, o solar captava a atenção dos recém-chegados. De baixa altura, posicionava-se à frente do olhar e o seu jardim exuberante se espalhava pelas amplas varandas para dar as boas-vindas aos visitantes. O monumento é um exemplar raro de arquitetura residencial térrea. Mescla elementos do estilo neoclássico, marcantes da primeira metade do século XIX, com aspectos típicos de construções mineiras, como o avarandado na área posterior.
A casa foi construída para ser a residência de Francisco José Teixeira Leite (1804-1884), filho do Barão do Itambé e futuro Barão de Vassouras. Depois, permaneceu na posse dos herdeiros do Barão de Vassouras até o início dos anos de 1990, quando foi vendida a um grupo empresarial. Em 2018, o imóvel foi doado ao município, que se comprometeu a implementar o Projeto Executivo das obras de restauração aprovado pelo Iphan.
Vassouras e outras 14 cidades dos arredores compõem o Vale do Café, região que se transformou na locomotiva da economia nacional do século XIX e que, na época, chegou a produzir 75% do café consumido no mundo. Atualmente, o município se fortalece cada vez mais como um núcleo de turismo alternativo do estado, atraindo visitantes que desejam fugir da agitação urbana. A intensa programação cultural, a variedade de passeios históricos e hospedagens de charme em propriedades rurais são apenas alguns dos principais atrativos.
Investimentos na região
Vassouras vem recebendo uma série de investimentos do Iphan nos últimos anos. Ao todo, R$ 2,8 milhões já foram destinados à elaboração de projetos executivos de restauração. O Museu Casa da Hera e a Biblioteca Maurício de Lacerda foram alguns dos beneficiados. Já os projetos dos Sete Chafarizes do Centro Histórico e do Antigo Pátio da Oficina estão em fase final de elaboração.
Alguns dos projetos foram executados com recursos da iniciativa privada, como as intervenções no Centro Cultural Cazuza, já finalizadas; e a restauração do Antigo Asilo do Barão do Amparo, em execução. Com projeto e obras financiadas pelo Iphan, a Sede da Associação de Paroquianos de Vassouras (Asepava) foi restaurada com investimentos de cerca de R$740 mil.
Além da Casa do Barão de Vassouras, o Iphan firmou uma série de convênios com Prefeituras da região a fim de revitalizar bens tombados. Atualmente há intervenções das mais diversas em execução. Foram designados R$ 300 mil para a restauração da Torre Sineira da Catedral de Santana, em Barra do Piraí; já a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Paty do Alferes, recebeu cerca de R$ 1 milhão. Nos próximos meses, vão ser iniciadas obras na Igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Barra Mansa (RJ).
Por fim, completa a lista a restauração da Casa do Barão do Ribeirão, também em Vassouras. Trata-se de obra sob a responsabilidade direta do Iphan. Localizado na Praça Barão de Campo Belo, o antigo casarão apresenta requinte arquitetônico e se destaca das edificações dos arredores pela grandeza das dimensões. Com investimentos da ordem de aproximadamente R$ 6 milhões, a intervenção está prevista para terminar em 2021.
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Fonte das Imagens: do site Iphan
sexta-feira, 31 de julho de 2020
MISTÉRIO RESOLVIDO: ESPECIALISTAS ACREDITAM TER DESVENDADO AS ORIGENS DE STONEHENGE
Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/misterio-resolvido-especialistas-acreditam-ter-desvendado-origens-de-stonehenge.phtml?fbclid=IwAR37ND19y1pORgpYodyZUBj5cd5hjo1ISNIc0dRsYYCCOsv0GmfU5m-xoqg
sexta-feira, 26 de junho de 2020
Parque Histórico Nacional das Missões (RS) recebe obras de conservação
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Catedral Imperial, em Petrópolis (RJ), vai passar pela maior restauração de sua história
O Acervo da Avenida Köeler e a Catedral Imperial – A Avenida Köeler é um dos principais logradouros do plano urbanístico de Petrópolis. De autoria do Major Júlio Frederico Köeler, a via conserva com fidelidade aspectos paisagísticos e urbanísticos originais. Tendo no eixo central o leito do Rio Quitandinha, afluente do Piabanha, a avenida se inicia na antiga Praça de São Pedro de Alcântara - onde se localiza a Catedral - e termina na Praça de Rui Barbosa.
Essa matéria foi escrita com informações do BNDES
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