quarta-feira, 24 de maio de 2017

Lendas de Fernando de Noronha podem virar Patrimônio Imaterial

“Dois gigantes viveram um romance proibido em Fernando de Noronha, por castigo os órgãos genitais do casal foram petrificados: o pênis do homem virou o Morro do Pico e os seios da mulher foram transformados no Morro Dois Irmãos (fotos)”. Essa é a Lenda do Pecado, uma das dez conhecidas na ilha, as lendas de Noronha podem virar transformadas em Patrimônio Imaterial, título outorgado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A defesa do projeto foi feita pela pesquisadora Marieta Borges, na sede do instituto no Recife, nessa segunda-feira (22).

“Caso as lendas sejam consideradas Patrimônio Imaterial, esta será a primeira vez no Brasil que o Iphan reconhecerá um conjunto de lendas com importância para uma localidade, que é a ilha”, falou Marieta Borges. A pesquisadora, responsável pelo resgate da história de Noronha há mais de 40 anos, já registrou as lendas em dois livros.

As lendas e os fatos pitorescos de Fernando de Noronha foram tema do enredo da Escola de Samba Mangueira, do Rio de Janeiro, no ano de 1995. Na época a apresentadora da Rede Globo Angélica encarnou a Alamoa, uma linda mulher loura que seduzia os homens em noites de lua cheia, fazia sexo e depois matava o parceiro. O resgate dessas histórias foi relatado no encontro com  os técnicos do Iphan,  a superintende regional do instituto, Renata Borba, e a representante do Ministério da Cultura no Nordeste, Maria do Céu.

“Eu já havia feito um pedido para que as lendas fossem consideradas Patrimônio Imaterial, mas o processo não andou.  Agora a representante do Minc, Maria do Céu, resolveu encampar o projeto e organizou a reunião”, contou Marieta Borges. “Esse é um projeto importante, a reunião foi muito produtiva, a Administração da Ilha vai dar as informações e nós vamos encaminhar o processo”, disse Maria do Céu.

Palestra
Nesta terça-feira (23), a historiadora Marieta Borges dá início a uma série de palestras para os profissionais da Administração de Fernando de Noronha, no Recife. A ideia  é capacitar os profissionais com informações históricas. Nos eventos serãos sorteados livros “Fernando de Noronha – Cinco Séculos de História”, da autoria de Marieta.


 





















A historiadora Marieta Borges defendeu o projeto (Foto: Divulgação)


























Angélica no desfile em 1995 (Foto: reprodução livro Fernando de Noronha – Cinco Séculos de História)

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