No Museu da Cidade, localizado na parte da esquina da rua Riachuelo com a Andradas, já foi retirado todo o assoalho, que estava bastante danificado e será substituído por um novo, e feito o escoramento do telhado com andaimes metálicos para as obras. O madeiramento do telhado desta área está em situação crítica e deverá receber reforço com estruturas metálicas. A intenção é intercalar as tesouras de madeira com estruturas metálicas, o que aliviará o peso sobre as primeiras, preservando-as. O inspetor-chefe da Alfândega no Porto do Rio Grande, Marco Antônio Medeiros, disse que está sendo esperada a primeira estrutura metálica para avaliação da medida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Corpo Técnico da Receita Federal. Se ambos aprovarem, serão contratadas as demais pela empresa executora da restauração.
Essa solução para preservar as tesouras de madeira foi definida em reuniões entre a RF, Iphan e a empresa executora. Conforme Silvia Silva, servidora da Alfândega e fiscal do contrato, não se encontra mais madeiras nas dimensões (sete e oito metros de comprimento cada peça das tesouras) das utilizadas na estrutura de sustentação desse telhado. A primeira fase de restauro ainda inclui a adaptação de quatro sanitários para portadores de necessidades especiais, sendo que em dois esse serviço já foi realizado e em outros dois está em execução. A drenagem dos pátios internos e a colocação dos condutores pluviais também já foram feitas.
O prédio histórico, construído entre 1875 e 1879, ocupa uma quadra inteira do centro rio-grandino, tendo as fachadas no alinhamento das ruas Marechal Floriano, Ewbank, Riachuelo e Andradas. Atualmente abriga a Alfândega do Porto rio-grandino e a agência da Receita Federal, além do Museu da Cidade do Rio Grande e a Procuradoria da Fazenda Nacional. Todo o telhado apresentava infiltrações e apodrecimento do madeiramento que o sustenta. O restauro incluiu a colocação de um subtelhado de alumínio, o qual, mesmo que telhas sejam quebradas, evitará que chova dentro do prédio, como vinha ocorrendo em alguns pontos. A troca do sistema de calhas, é outro serviço que integra essa primeira fase. Estão sendo instaladas calhas de cobre cobertas com telas do mesmo material.
Inicialmente orçada em R$ 3,5 milhões, a primeira etapa do restauro já exigiu três aditamentos e atualmente está com custo de R$ 4,2 milhões. São recursos próprios que a RF está investindo no local. Uma segunda fase de obras está programada para conclusão do restauro da Alfândega. Nesta será realizada pintura, recuperação do assoalho de parte do prédio, a restauração dos elementos de decoração e do reboco interno e externo, mais as redes elétrica, lógica e a climatização do prédio. O projeto para a segunda etapa, orçado em R$ 12 milhões, está pronto e aprovado pelo Iphan. Falta licitar. A expectativa de Medeiros é que a licitação seja feita ainda este ano. Será uma obra que deverá estender-se por três ou quatro anos.
Fonte Original da Notícia: http://www.defender.org.br/rio-granders-primeira-fase-do-restauro-fica-pronta-em-junho/
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