Tombada por seu valor histórico e arquitetônico, a Casa Rosa, na rua
Bocaiúva, Centro de Florianópolis, ficou abandonada durante nove anos,
servindo de refúgio a moradores de rua e usuários de drogas. Agora, o
casarão será restaurado pela construtora responsável pela obra do novo
prédio do MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), que fica atrás
do imóvel. A ideia é que a Casa Rosa receba um memorial do MP-SC e conte
com um espaço para eventos culturais.
Para garantir que as exigências legais e os requisitos técnicos da
restauração sejam cumpridos, o Ministério Público se comprometeu em
acompanhar todas as etapas do processo. Representantes do MP-SC e do
Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) vistoriaram o
casarão. Na Casa Rosa foram feitos o mapeamento dos danos e a análise da
edificação. Também será realizado um levantamento histórico para o
processo de recuperação.
O MP-SC quer que a história e a arquitetura original do imóvel sejam
preservadas de forma integral, para isso o processo demanda mais tempo. O
objetivo é que até o segundo semestre de 2017, a casa esteja
restaurada.
O primeiro passo são as obras de proteção, para que as máquinas que
estão trabalhando na construção do prédio ao fundo não abalem a
estrutura da Casa Rosa, e a limpeza controlada, que identificará se nos
entulhos tem algum tipo de objeto histórico, importante para o resgate
cultural. As pinturas das paredes internas contêm parte da história do
casarão. Por isso, especialistas vão ao local para fazer o resgate.
Estilo do novo prédio aliado ao patrimônio tombado
Para valorizar a Casa Rosa, o MP-SC (Ministério Público de Santa
Catarina) pediu à construtora que altere da fachada do prédio em
construção para que fique em harmonia com as edificações tombadas no
entorno, como a Casa do Barão, ao lado, além da Casa Rosa. A adequação,
de acordo com o MP-SC, atende ao pensamento do Ipuf (Instituto de
Planejamento Urbano de Florianópolis), que, em parecer, manifestou a
preocupação de que o novo prédio deve se adaptar aos imóveis tombados.
A restauração da Casa Rosa é apoiada pelo aposentado Rogemar Coelho,
65, morador da rua Bocaiúva. “A comunidade precisa aproveitar este
espaço. A modernidade vai chegando e acabamos perdendo muito da
história. É uma atitude nobre e que só acrescentará à nossa cultura”,
assegurou. Por Elaine Stepanski
Fonte: Notícias do Dia
Fonte da Matéria: http://defender.org.br/noticias/florianopolis-sc-restauracao-da-casa-rosa-valoriza-patrimonio-historico-e-historia-do-ministerio-publico/
Local também receberá eventos artísticos e culturais após as obras de recuperação. Fernando Mendes/ND
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