Discute –se muito hoje a necessidade de preservação do Patrimônio Cultural, valorização do passado e memória coletiva das cidades; não só na arquitetura, mas em diversas áreas do conhecimento humano.
O Patrimônio Arquitetônico representa uma produção simbólica e material, carregada de diferentes valores e capaz de expressar as experiências sociais de uma sociedade.
Mas, com o rápido e desordenado crescimento das cidades brasileiras, com uma progressiva perda e descaracterização do Patrimônio Histórico, nos faz refletir acerca da constante necessidade de transformação dos espaços urbanos, paralelo às implicações referentes à qualidade ambiental e preservação do patrimônio construído.
Nossas cidades não são locais onde apenas se ganha dinheiro, não se resumem em ser apenas dormitório para seus habitantes.Nela vivem seres humanos que possuem memória própria e são parte integrante da nossa história.Por esse motivo, não passa despercebido pelos habitantes das cidades à destruição da casa de seus antepassados, de antigos cinemas, bares, teatros e outros prédios históricos.Toda essa “destruição do patrimônio” para dar lugar ao automóvel ou aos gigantes edifícios de aço e concreto deixam nossas cidades poluídas, sem emoção e seus habitantes perde um pouco da identidade e identificação com o local onde vivem.
Passado a euforia do modernismo, o homem se volta para a busca de seu passado, de suas memórias.Essa busca vem do anseio de uma civilização dominada pela técnica que deseja voltar seus olhos para o passado.Uma espécie de saudade da época em que nossas cidades eram mais humanas, em que o homem tinha mais tempo para refletir sobre seu destino.
Assim, a memória coletiva das cidades está em seus velhos edifícios.Eles são o testemunho mudo, porém valioso, de um passado distante.Servem para transmitir às gerações posteriores os episódios históricos que neles tiveram lugar e também como referência urbana e arquitetônica para o nosso momento atual.Preservá –los não só para os turistas tirarem fotos ou para mostrar aos nossos filhos e netos, mas para que as gerações futuras possam sentir “in loco” a visão de uma cidade humana e como se vive nela.Para terminar, parafraseio um importante historiador: “Uma cidade sem seus velhos edifícios é como um homem sem memória”.
Eder Santos Carvalho
Encruzilhada do Sul, Abril de 2009
Oi Eder, mais uma vez aqui lendo seu blog.
ResponderExcluirMuito interessantes as colocações no seu texto. Como você sabe, sou uma defensora da preservação e principalmente da manutenção do patrimônio histórico como um todo.
Mantenho a idéia de que nosso patrimônio tanto arquitetônico como artístico em geral, é a nossa história.
Torço para que as pessoas tomem consciência disso e façam parte desse processo. A cidade como um todo, na minha visão (e não só minha) reflete a nossa cultura, nossos hábitos, nossas raízes e nosso futuro. Esse último item é o mais importante na minha opinião, pois, em função da não conscientização da maior parte das pessoas, e aí estão incluídos o Estado e o cidadão, nossas cidades estão se tornando um caos e sua história está se perdendo em função da especulação absurda.
Vamos trocar idéias sobre o assunto. Parabéns pelo texto, é um assunto que deve ser discutido e levantado sempre envolvendo todos os seus aspetos, arquitetônicos, urbanísticos e sociológicos.
um abraço
Beatriz Brasil
Faço das suas palavras as minhas , devemos preservar sempre. Vai chegar um momento no futuro que a humanidade vai parar e ver que sua história foi apagada em nome do progresso.
ExcluirOlá,
ResponderExcluircheguei aqui por acaso e gostei do texto sobre o patrimônio histórico.
Visite meu blog que também trata de questões ligadas à preservação do patrimônio histórico
http://daquidepitangui.blogspot.com/
Abraço
Eder, parabéns pelo texto. Tomei a liberdade de reproduzí-lo (com os devidos créditos) em nosso blog: www.daquidepitangui.blogspot.com
ResponderExcluirUm abraço.
te indicquei no meu twitter @valorizar
ResponderExcluirmuito obrigado
ResponderExcluirParabéns pelo incrível texto,concordo plenamente com suas palavras...Acrescento também, que preservar não é "congelar"a cidade no tempo e sim procurar cuidar de suas memórias,afinal preservação e renovação são ações que se contemplam...Bjos
ResponderExcluirAh uma pergunta: és de Encruzilhada do sul?
Respondendo à Lavínia Mendes, sou de Encruzilhada do Sul sim.
ExcluirGostei muito deste seu comentário! Pena que poucos pensam assim :'( ...
ExcluirBom dia Eder!Muito feliz em descobrir este blog, que colaborou para um pre projeto de Pesquisa na área de Direito, citei seu texto acima! Obrigada!Daiana Padilha
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