segunda-feira, 19 de março de 2012

Obras de Recuperação do Paço Municipal em Porto Alegre - RS

O pedaço de andaime visível na janela do segundo andar da prefeitura de Porto Alegre anuncia: o centro do poder municipal passa por uma renovação. Desde novembro do ano passado, arquitetos trabalham sem alarde na restauração do interior do centenário Paço Municipal, tratando de recuperar sua beleza e – mais urgente ainda – evitar algum acidente.

O foco dos trabalhos é o Salão Nobre. Além do mau estado de algumas estruturas, havia o risco de queda de partes do teto. As chuvas que atingiram o telhado na última década atuaram de forma inclemente. A água penetrou a conta-gotas e, aos poucos, causou avarias no salão. As porções afetadas foram consertadas por uma empresa especializada em restaurações.

A última grande reforma do prédio ocorreu em 2003. Desde então, o tempo agiu também sobre a pintura. A rápida transformação do dourado brilhante que cobria os detalhes do salão em uma cor fosca e escura é surpreendente. A poluição transportada pelos aparelhos de ar-condicionado e a iluminação trabalharam para que a tinta oxidasse, explica a arquiteta da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) Doris Saraiva de Oliveira, que coordenou a obra de 2003 e mantém o posto na atual restauração. Ela entende que o prédio não é importante somente por ser o centro do poder municipal.

– É fundamental pela sua importância arquitetônica. Trata-se do primeiro prédio em estilo eclético construído em Porto Alegre, utilizando elementos da arquitetura clássica e composições mais livres – informou.

A perspectiva é terminar as obras até julho. Além do Salão Nobre, outras pequenas intervenções serão realizadas. Uma delas é a colocação de lâmpadas no belo mas apagado lustre da entrada da prefeitura. O telhado também está sendo arrumado.

O Paço Municipal não é o único patrimônio que está sendo revitalizado na Capital. Auditório Araújo Vianna, Igreja da Conceição e a Praça da Alfândega são outros exemplos que seguem uma onda causada pela aproximação da Copa do Mundo de 2014, entende o coordenador da Memória da SMC, Luiz Antônio Custódio:

– É um efeito causado por esse motivador chamado Copa. Quando uma obra arranca, outras vão atrás.

Fonte da Notícia: http://www.defender.org.br/porto-alegrers-obra-recupera-o-paco-municipal/

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