Um passeio pelo Guaíba a bordo do Cisne Branco marcou nesta quinta-feira a criação oficial da comissão que tentará dar à capital gaúcha um dos mais completos museus sobre a água do mundo. Mas a proposta ainda precisará navegar muito antes de se tornar realidade.
Por enquanto, o futuro Museu das Águas de Porto Alegre não tem local para ser construído, nem projeto arquitetônico do prédio e muito mesmo estimativas de custo e alternativas para obter financiamento para a obra.
Mas sobram ideias e disposição dos integrantes da Comissão Pró-Museu das Águas, que trabalham informalmente desde 2009, quando a proposta surgiu no âmbito do comitê criado para elaborar o planejamento urbanístico da orla do Guaíba.
Desde então, o grupo já obteve o apoio de universidades (UFRGS e UniRitter), entidades de classe (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Associação Riograndense de Imprensa, Instituto dos Arquitetos do Brasil), órgãos públicos (Corsan, Metroplan, Departamento Municipal de Água e Esgotos), organizações ambientalistas (Agapan) e governos (prefeitura de Porto Alegre e Secretaria Estadual do Meio Ambiente). A ideia agora é engajar a cidade inteira no projeto.
— O que estamos fazendo hoje é partilhar o sonho desse pequeno grupo com toda a comunidade — explica a artista plástica Zoravia Bettiol, uma das líderes do movimento, que chega a fica com a voz embargada de emoção quando fala do museu.
— Será um espaço de educação contínua, relacionado à água e à vida — define.
Também membro do comitê, o engenheiro civil Luiz Antônio Timm Grassi diz que a proposta inicial é construir o museu às margens do Guaíba, próximo à rótula das avenidas Edvaldo Pereira Paiva, Aureliano de Figueiredo Pinto e Augusto de Carvalho, no espaço que atualmente costumam ser usado para a montagem de circos. Segundo ele, será feito um concurso público para a escolha do projeto arquitetônico do prédio.
— Depois, iremos em busca de financiamento — diz.
O prefeito José Fortunati, que participou do passeio pelo Guaíba, também lembrou que será fundamental o engajamento da comunidade.
— A prefeitura vai apoiar o projeto, tanto financeiramente quanto na escolha de um local adequado. Mas a sociedade precisa abraçar a ideia, se não ela já nasce morta — afirmou.
Como será o museu
Inspirado em experiências semelhantes em outros países, o Museu das Águas de Porto Alegre pretende ser referência em questões relacionadas com a proteção e gestão da água e de seus muitos usos (consumo, agricultura, navegação, geração de energia). Mas também terá espaços educativos e artísticos. O projeto é centrado em três eixos:
Educativo
Desenvolver os aspectos da água, exibir modelos reduzidos e maquetes de bacias hidrográficas, estações de tratamento, sistemas de irrigação e de hidrelétricas, além de organizar cursos, concursos, seminários e jogos.
Histórico
Preservação e exposição de artefatos, máquinas e documentos relacionados com o uso da água, peças, máquinas de valor histórico, tecnologias, mostra de fotos, filmes, livros, revistas, cartazes e vídeos relacionados à água.
Artístico
Mostras permanentes e temporárias, espaços para exposição de obras de artistas, realização de concursos, cursos e oficinas.
Outros museus no mundo
Em todo o mundo, não são muitos os museus relacionados especificamente à água e a maioria aborda apenas temas históricos relacionados ao abastecimento das populações. Os exemplos que inspiram o futuro museu porto-alegrense são:
— Lisboa (Portugal): existe desde 1919 e se divide em quatro sedes em cidades diferentes
— Arnhem (Holanda): interativo, aborda aspectos ligadas à água doce
— Nova York (EUA): apresenta uma perspectiva global sobre a água
— São Petersburgo (Rússia): inaugurado em 2003, fica num antigo reservatório
— Perugia (Itália): estimula uma viagem de descoberta da água
— Londres (Grã-Bretanha): um dos mais antigos, o Kew Bridge Steam Museum existe desde o século 19
— Buenos Aires (Argentina): funciona num reservatório desativado da companhia de abastecimento
— Espanha: um dos raros países com mais de um museu dedicada à água: um na Andaluzia, outro em Múrcia
— Blumenau (Brasil): a primeira estação de tratamento de água da cidade abriga o Museu da Água desde 1999.
Por enquanto, o futuro Museu das Águas de Porto Alegre não tem local para ser construído, nem projeto arquitetônico do prédio e muito mesmo estimativas de custo e alternativas para obter financiamento para a obra.
Mas sobram ideias e disposição dos integrantes da Comissão Pró-Museu das Águas, que trabalham informalmente desde 2009, quando a proposta surgiu no âmbito do comitê criado para elaborar o planejamento urbanístico da orla do Guaíba.
Desde então, o grupo já obteve o apoio de universidades (UFRGS e UniRitter), entidades de classe (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Associação Riograndense de Imprensa, Instituto dos Arquitetos do Brasil), órgãos públicos (Corsan, Metroplan, Departamento Municipal de Água e Esgotos), organizações ambientalistas (Agapan) e governos (prefeitura de Porto Alegre e Secretaria Estadual do Meio Ambiente). A ideia agora é engajar a cidade inteira no projeto.
— O que estamos fazendo hoje é partilhar o sonho desse pequeno grupo com toda a comunidade — explica a artista plástica Zoravia Bettiol, uma das líderes do movimento, que chega a fica com a voz embargada de emoção quando fala do museu.
— Será um espaço de educação contínua, relacionado à água e à vida — define.
Também membro do comitê, o engenheiro civil Luiz Antônio Timm Grassi diz que a proposta inicial é construir o museu às margens do Guaíba, próximo à rótula das avenidas Edvaldo Pereira Paiva, Aureliano de Figueiredo Pinto e Augusto de Carvalho, no espaço que atualmente costumam ser usado para a montagem de circos. Segundo ele, será feito um concurso público para a escolha do projeto arquitetônico do prédio.
— Depois, iremos em busca de financiamento — diz.
O prefeito José Fortunati, que participou do passeio pelo Guaíba, também lembrou que será fundamental o engajamento da comunidade.
— A prefeitura vai apoiar o projeto, tanto financeiramente quanto na escolha de um local adequado. Mas a sociedade precisa abraçar a ideia, se não ela já nasce morta — afirmou.
Como será o museu
Inspirado em experiências semelhantes em outros países, o Museu das Águas de Porto Alegre pretende ser referência em questões relacionadas com a proteção e gestão da água e de seus muitos usos (consumo, agricultura, navegação, geração de energia). Mas também terá espaços educativos e artísticos. O projeto é centrado em três eixos:
Educativo
Desenvolver os aspectos da água, exibir modelos reduzidos e maquetes de bacias hidrográficas, estações de tratamento, sistemas de irrigação e de hidrelétricas, além de organizar cursos, concursos, seminários e jogos.
Histórico
Preservação e exposição de artefatos, máquinas e documentos relacionados com o uso da água, peças, máquinas de valor histórico, tecnologias, mostra de fotos, filmes, livros, revistas, cartazes e vídeos relacionados à água.
Artístico
Mostras permanentes e temporárias, espaços para exposição de obras de artistas, realização de concursos, cursos e oficinas.
Outros museus no mundo
Em todo o mundo, não são muitos os museus relacionados especificamente à água e a maioria aborda apenas temas históricos relacionados ao abastecimento das populações. Os exemplos que inspiram o futuro museu porto-alegrense são:
— Lisboa (Portugal): existe desde 1919 e se divide em quatro sedes em cidades diferentes
— Arnhem (Holanda): interativo, aborda aspectos ligadas à água doce
— Nova York (EUA): apresenta uma perspectiva global sobre a água
— São Petersburgo (Rússia): inaugurado em 2003, fica num antigo reservatório
— Perugia (Itália): estimula uma viagem de descoberta da água
— Londres (Grã-Bretanha): um dos mais antigos, o Kew Bridge Steam Museum existe desde o século 19
— Buenos Aires (Argentina): funciona num reservatório desativado da companhia de abastecimento
— Espanha: um dos raros países com mais de um museu dedicada à água: um na Andaluzia, outro em Múrcia
— Blumenau (Brasil): a primeira estação de tratamento de água da cidade abriga o Museu da Água desde 1999.
Fonte Original da Notícia: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/03/passeio-no-guaiba-lanca-projeto-de-museu-das-aguas-em-porto-alegre-3703308.html
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