Um espaço que convida o visitante a embarcar em uma viagem no tempo.
Lá é possível visitar uma cozinha com artefatos de 1860 e, em poucos
passos, avistar uma sala com móveis de 1930. Penteadeiras, louças,
bíblias e muitos quadros. É possível encontrar de tudo um pouco.
Desativado desde fevereiro deste ano, o acervo privado do Museu Colonial
de Emigdio Henrique de Campos Engelmann, localizado em Sinimbu, em
breve voltará a receber visitas. Desta vez, em Santa Cruz do Sul.
O lugar, que guarda memórias de muitas gerações, fica junto à Pousada
Engelmann. Em 1933, seu avô, Henrique Engelmann Sobrinho, deu início às
primeiras hospedagens para veranistas. Antes disso, o lugar já recebia
tropeiros que desciam a Serra para vender produtos em Santa Cruz e Rio
Pardo. O local também abrigou um Clube de Atiradores de Sinimbu. No
entanto, entre 1965 e 1998, a pousada esteve inativa. Quando voltou a
receber veranistas, também se tornou conhecida pela preservação
histórica e cultural, graças à criação do Museu Colonial.
Em fevereiro do ano passado, todos os imóveis que compõem a pousada
foram alugados para um empresário porto-alegrense, que mudou a espécie
de serviço desenvolvido. Para evitar o abandono do acervo, que reúne
relíquias valiosas para a história e cultura da região, Engelmann fez
uma proposta à Prefeitura de Santa Cruz, que, através de uma parceria
entre as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e
Tecnologia e Educação e Cultura, aceitou.
Tudo começou como um hob-by de Engelmann, ainda na década de 90. Além
de manter o acervo com objetos pertencentes a sua família, o
santa-cruzense, que é chefe do Departamento de Informática da
Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), reuniu relíquias encontradas
nos próprios prédios que abrigam a pousada e passou a recolher doações
de moradores da região. O resultado foi uma linha extensa de móveis,
utensílios de decoração, livros, armas, instrumentos musicais e muito
mais. Entre eles, alguns muito peculiares.
Mediante um contrato de cedência por empréstimo à Prefeitura de Santa
Cruz, os materiais serão transferidos ao município polo do Vale do Rio
Pardo no início do próximo ano. “O prazo do contrato ainda será
estabelecido, entre quatro e cinco anos, podendo ser renovado após esse
período”, explica o atual proprietário das peças. Entre as exigências
feitas ao poder executivo, que passará a ser o responsável pelas
relíquias, estão seguro global sobre o acervo, manutenção das peças e
catalogação, que hoje existe, mas é incompleta. Por Luisa Ziemann
Fonte: http://defender.org.br/noticias/rio-grande-do-sul/santa-cruz-rs-tera-novo-acervo-colonial/
Relíquias ainda estão espalhadas por diversos cômodos de um prédio junto à Pousada Engelmann. Foto: Bruno Pedry
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