Cristina Romanelli
Degustações de vinho, apresentações musicais, mostras de cinema,
exposições e até uma rádio na internet: vale de tudo para divulgar as 35
toneladas de documentos do Centro de Memória da Amazônia (CMA), da
Universidade Federal do Pará. Ainda que as ações se estendam a todo o
acervo, foi a divulgação do projeto Belém dos Imigrantes – voltado desde
2008 à documentação de imigrantes na capital – que chamou mais atenção e
ganhou o último prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Iphan.
“Nosso foco é o público não acadêmico. Nós tentamos ao máximo
popularizar os documentos. Deixamos na internet, por exemplo,
informações sobre os inventários das principais nacionalidades de
imigrantes: a portuguesa, a espanhola, a marroquina e a italiana”, conta
Antonio Otaviano Vieira Junior, historiador e coordenador do CMA.
Os documentos são de 1795 a 1970, e pertenciam ao Tribunal de Justiça
do Pará: “Eles seriam todos descartados. Quando a UFPA assumiu o
material, em 2007, não tinha nem onde guardá-lo”, conta o historiador.
Hoje, os documentos estão bem armazenados. E para atrair ainda mais o
público, o CMA deve criar em breve uma sala de memória, onde será
possível ouvir músicas tradicionais, consultar livros, assistir a vídeos
e acessar a internet.
Saiba Mais
Centro de Memória da Amazônia
Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/belem-afora
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