Das doze cidades brasileiras com bens reconhecidos como Patrimônio
Cultural da Humanidade, três estão em Minas Gerais. Somos o
único estado com mais de um município na lista da Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o primeiro do
país a receber o título – o centro histórico de Ouro Preto, a 100
quilômetros da capital, foi incluído em 1980. “Para o Brasil,
artisticamente, não há lugar mais importante que a antiga Vila Rica”,
afirma o jornalista belo-horizontino Guilherme Aragão. “Na década de
20, os modernistas já reconheciam sua relevância.” Aragão se uniu, no
ano passado, ao fotógrafo carioca Cesar Duarte para produzir Patrimônio
Material – Centros Históricos, Conjunto Arquitetônico, Santuários e
Ruínas (M4; 180 páginas, 72 reais), um livro com fotografias e textos
sobre nove das cidades brasileiras reconhecidas pela Unesco, que tem
lançamento previsto para este sábado (16), na livraria Scriptum, na
Savassi. Diamantina (a 200 quilômetros de BH) e o Santuário do Bom Jesus
de Matosinhos, em Congonhas (a 83 quilômetros), são os outros destinos
de Minas que representam “exemplos extraordinários da arquitetura de um
estágio significativo da história”, um dos critérios da organização
internacional com sede em Paris.
Galeria de fotos:
Patrimômio da Humanidade
Patrimômio da Humanidade
Para Aragão, que costumava frequentar as cidades históricas com os
amigos no tempo de faculdade, voltar a esses lugares para a pesquisa foi
uma oportunidade de descobrir novas informações. “Fala-se muito de
Aleijadinho, por exemplo, mas as pessoas se esquecem da história do
português Feliciano Mendes, que foi quem idealizou o Santuário do Bom
Jesus, inspirado em exemplos europeus”, conta. Estão no livro ainda
Brasília, Goiás Velho (GO), Olinda (PE), Salvador, São Luís e São Miguel
das Missões (RS). Ficaram de fora São Cristóvão (SE) e a cidade do Rio
de Janeiro – reconhecidas em 2010 e 2012, respectivamente -, além do
Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, de importância
arqueológica. Receber o título internacional não é tarefa fácil. O nosso
Conjunto Arquitetônico da Pampulha, por exemplo, é candidato desde 1996
e ainda não o conseguiu. “A lista da Unesco é uma reedição moderna das
sete maravilhas do mundo”, compara Fernando Fernandes da Silva,
especialista em patrimônio cultural e pesquisador da UniSantos. Assim,
Ouro Preto, Diamantina e o Santuário do Bom Jesus têm o mesmo status de
monumentos como a Grande Muralha da China ou as Pirâmides do Egito e
atraem turistas do mundo todo para conferir as belas imagens que
ilustram esta reportagem e foram registradas no livro de Aragão e
Duarte. Por Cedê Silva
Fonte: http://www.defender.org.br/tres-cidades-mineiras-estao-no-livro-que-reune-fotos-e-textos-sobre-cidades-que-viraram-patrimonio-cultural-da-humanidade/
A antiga Vila Rica: A Rua Bernardo de Vasconcelos e a Igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto: o primeiro município brasileiro a receber o título da Unesco.
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