A cidade de Oeiras, localizada a 313 quilômetros de Teresina, ao Sul do Piauí,
integra a Rede de Patrimônio Cultural do estado com algumas edificações
tombadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan). No entanto, alguns prédios antigos, que compõem o Centro
Histórico da cidade, que foi a primeira capital do estado, estão
ameaçando desabar.
Um exemplo é o ‘Casarão dos Portelas’, localizado no cruzamento das ruas Cônego João com a Getúlio Vargas. Segundo a oeirense Ester Rêgo Ribeiro, vizinha do prédio, a situação do antigo casarão é crítica e ele ameaça desabar por completo a qualquer momento.
Um exemplo é o ‘Casarão dos Portelas’, localizado no cruzamento das ruas Cônego João com a Getúlio Vargas. Segundo a oeirense Ester Rêgo Ribeiro, vizinha do prédio, a situação do antigo casarão é crítica e ele ameaça desabar por completo a qualquer momento.
“Isso está causando muita preocupação para os moradores dessa região,
pois o prédio está em ruinas e qualquer ventania ou uma chuva forte pode
destruir tudo e causar um problema maior”, disse.
De acordo com o antigo dono do casarão, Francisco Portela Barbosa, logo
que o prédio apresentou problemas a família ainda tentou fazer uma
reforma, porém uma comissão do Iphan não teria autorizado as
intervenções no casarão.
“As autoridades têm que tomar providências antes que aconteça uma
tragédia. A gente fica sem saber a quem recorrer, pois existe um jogo de
empurra sobre a quem cabe a responsabilidade na restauração da casa
antiga”, falou Portela.
Segundo ele, a última vez que técnicos do Iphan estiveram no local foi
há dois anos. “Queremos que nossa história seja mantida para outras
pessoas conhecerem como era antigamente”, disse o aposentado.
Claudiana Cruz dos Anjos, superintendente do IPHAN no Piauí, explica
que existe um entrave com relação ao proprietário do imóvel, que não vem
obedecendo as diretrizes impostas pelo IPHAN.
“A antiga pensão Portela, quando foi tombada em 2010, ela já estava em
avançado estado de degradação, já estava arruinada. Desde então a gente
vem buscando um entendimento com os proprietário. Houve uma notificação,
auto de infração e todos os procecimentos administrativos possíveis
foram realizados em relação a Pensão Portela", explica.
A gestora desmente que o órgão esteve no local há dois anos e fala sobre
a atual situação do ímovel. "Solicitamos à Defesa Civil municipal que
isolasse a área, mas não fomos atendidos.
Na última vistoria realizada, em fevereiro de 2013, verificamos que o dono está construindo uma garagem na área. Essa construção foi embargada e isso foi comunicado ao Ministério Publico Estadual", relata.
Na última vistoria realizada, em fevereiro de 2013, verificamos que o dono está construindo uma garagem na área. Essa construção foi embargada e isso foi comunicado ao Ministério Publico Estadual", relata.
Valor histórico
Em função de seu valor histórico de primeira capital do Piauí, entre os anos de 1939 e 1940, o Iphan tombou isoladamente três bens em Oeiras: a Ponte Grande, o Sobrado João Nepomuceno (1939) e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória (1940).
A proposta do Instituto é abranger uma área mais ampla do Centro Histórico, que inclui alguns dos trechos mais antigos da cidade, como o conjunto da Praça das Vitórias, o entorno dos riachos do Môcha e da Pouca Vergonha, o conjunto da Praça do Mercado Público Municipal e Praça Mafrense e o conjunto do Largo do Rosário.
Além destes, o Iphan também pretende tombar a Casa do Canela, uma antiga propriedade rural de arquitetura tipicamente piauiense e totalmente preservada, e a Casa da Pólvora, o único edifício militar remanescente do período colonial no Piauí, construída para abrigar o paiol das forças militares da Capitania.
Associadas a esse conjunto também se destacam manifestações culturais de longa tradição, que permanecem vivas no seio da comunidade em celebrações religiosas como a Procissão dos Passos, a Procissão do Fogaréu, eventos religiosos realizados durante a Semana Santa e que conseguem atrair diversos turistas. Outra manifestação é Congo de Oeiras, dança africana que chegou ao Piauí no início da colonização.
Em função de seu valor histórico de primeira capital do Piauí, entre os anos de 1939 e 1940, o Iphan tombou isoladamente três bens em Oeiras: a Ponte Grande, o Sobrado João Nepomuceno (1939) e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória (1940).
A proposta do Instituto é abranger uma área mais ampla do Centro Histórico, que inclui alguns dos trechos mais antigos da cidade, como o conjunto da Praça das Vitórias, o entorno dos riachos do Môcha e da Pouca Vergonha, o conjunto da Praça do Mercado Público Municipal e Praça Mafrense e o conjunto do Largo do Rosário.
Além destes, o Iphan também pretende tombar a Casa do Canela, uma antiga propriedade rural de arquitetura tipicamente piauiense e totalmente preservada, e a Casa da Pólvora, o único edifício militar remanescente do período colonial no Piauí, construída para abrigar o paiol das forças militares da Capitania.
Associadas a esse conjunto também se destacam manifestações culturais de longa tradição, que permanecem vivas no seio da comunidade em celebrações religiosas como a Procissão dos Passos, a Procissão do Fogaréu, eventos religiosos realizados durante a Semana Santa e que conseguem atrair diversos turistas. Outra manifestação é Congo de Oeiras, dança africana que chegou ao Piauí no início da colonização.
Fonte: http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/05/casarao-no-centro-historico-de-oeiras-no-piaui-ameaca-cair.html
Situação da Pensão dos Portelas envolve proprietários e IPHAN (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Ester Rêgo Ribeiro, diz que situação do casarão
é preocupante (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Francisco Portela Barbosa afirma que IPHAN não
autorizou reforma no prédio (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
"Casarão já estava aruinado quando foi tombado", diz
superintendente do IPHAN (Foto: Pedro Santiago/G1)
Pensão Portela ameaça cair (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
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