Com estilo neogótico e traços semelhantes aos de outros templos da
região, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, de Passo do Sobrado, sofre em
silêncio. Erguida na década de 1930 e nunca antes reformada, sua
estrutura apresenta problemas principalmente com cupins e infiltrações.
Levando em conta que as falhas atingem tanto a parte interna quanto
externa do prédio, a comunidade trabalha para obter o restauro da
igreja. O presidente da comissão que trata do assunto, Paulo Abrahão,
explica que está em fase de estudo a melhor forma de arrecadar recursos
para a obra, orçada em R$ 500 mil a R$ 700 mil. A tendência é que 15
terrenos pertencentes à paróquia sejam comercializados para conseguir a
verba.
Há quatro anos, o técnico em restauração e proprietário da Bonança
Construções e Restaurações, Dirceu Schirmer, efetuou um levantamento
completo do local. De lá para cá, a situação só se agravou. Explica que o
público que frequenta a igreja não corre risco imediato, mas acrescenta
que parte da estrutura do telhado, sobre o altar-mor, apresenta risco
iminente de ruptura. O forro de estuque, localizado em parte do teto do
altar, possui foco de cupins, mas não está totalmente comprometido. Nas
telhas, não há uniformidade: pelo menos quatro tipos diferentes compõem o
telhado, o que favorece as infiltrações.
As calhas do templo parecem peneiras: enferrujadas e cheias de
buracos, deixando vazar a água da chuva para as paredes. Do lado Norte
da igreja, o nível do pátio está acima ao da igreja. Quando chove,
então, a água da chuva e do lençol freático vão parar nas paredes do
templo por capilaridade, também conhecido como efeito esponja devido à
absorção. “A água da chuva infiltra tanto pela base, de baixo para cima,
quanto de cima para baixo, através do telhado”, explica Schirmer. A
umidade presente no prédio deteriora o reboco interno e externo da
estrutura.
Fonte: http://defender.org.br/2013/05/15/restauro-da-igreja-desafia-a-comunidade-de-passo-do-sobrado-rs/
Parte do teto sobre o altar-mor (fundo), onde padre Lunardi reza a missa, apresenta risco de ruptura. Foto: Rodrigo Assmann
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