A chegada efetiva dos açorianos no Rio Grande do Sul foi entre 1752 e 1754, tendo em vista o povoamento das chamadas Missões Orientais, território cedido pela Espanha a Portugal, pelo Tratado de Madri, em troca da Colônia de Sacramento. Na Capitania de São Pedro do Rio Grande, os imigrantes açorianos se estabeleceram inicialmente em Viamão, dispersando-se a seguir para Rio Pardo, Santo Amaro e Taquari.
De Rio Pardo, chegaram até Encruzilhada por volta de 1810, que nessa época era habitada por tropeiros e soldados portugueses aqui instalados para defender o Forte Jesus Maria José do ataque dos espanhóis. A partir dessa data, começa efetivamente o desenvolvimento da malha urbana do município, com a nítida influência dos traçados portugueses, traçados que se fazem de acordo com a topografia, com ruas retas, mas não tão retas assim, pois nem sempre são paralelas ou ortogonais umas em relação às outras.
Essa influência no urbanismo se estende também aos prédios. A Igreja, situada em um ponto central, de preferência o mais alto, tem uma arquitetura simples, se comparada à arquitetura religiosa do centro do país. É interessante notar que na maioria das cidades que recebem imigrantes açorianos, a igreja se configura como o ponto central da cidade, e a partir dela, se organiza toda a malha urbana da cidade. A influência açoriana marcou presença também nos prédios públicos e residências.Arquitetura que hoje, ainda que precariamente, é preservada.
Os açorianos deixaram um legado que vai além da arquitetura e do urbanismo. Deixaram marcas acentuadas na estrutura social do povo encruzilhadense, com a língua usada em todos os recantos do município, os usos e costumes do povo, as brincadeiras infantis, as canções de ninar, os festejos populares e as festas religiosas.
Eder Santos Carvalho
Encruzilhada do Sul, 23 de Julho de 2009
Bibliografia consultada
Memória Encruzilhadense - Humberto Castro Fossa – Vol.3. Alice Therezinha Campos Moreira, Dione Teixeira Borges Moreira (org.). Porto Alegre. Evangraf - 2008
BARROSO, Vera Lucia Maciel (org.). Presença açoriana em Santo Antonio da Patrulha e no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EST, 1993.
De Rio Pardo, chegaram até Encruzilhada por volta de 1810, que nessa época era habitada por tropeiros e soldados portugueses aqui instalados para defender o Forte Jesus Maria José do ataque dos espanhóis. A partir dessa data, começa efetivamente o desenvolvimento da malha urbana do município, com a nítida influência dos traçados portugueses, traçados que se fazem de acordo com a topografia, com ruas retas, mas não tão retas assim, pois nem sempre são paralelas ou ortogonais umas em relação às outras.
Essa influência no urbanismo se estende também aos prédios. A Igreja, situada em um ponto central, de preferência o mais alto, tem uma arquitetura simples, se comparada à arquitetura religiosa do centro do país. É interessante notar que na maioria das cidades que recebem imigrantes açorianos, a igreja se configura como o ponto central da cidade, e a partir dela, se organiza toda a malha urbana da cidade. A influência açoriana marcou presença também nos prédios públicos e residências.Arquitetura que hoje, ainda que precariamente, é preservada.
Os açorianos deixaram um legado que vai além da arquitetura e do urbanismo. Deixaram marcas acentuadas na estrutura social do povo encruzilhadense, com a língua usada em todos os recantos do município, os usos e costumes do povo, as brincadeiras infantis, as canções de ninar, os festejos populares e as festas religiosas.
Eder Santos Carvalho
Encruzilhada do Sul, 23 de Julho de 2009
Bibliografia consultada
Memória Encruzilhadense - Humberto Castro Fossa – Vol.3. Alice Therezinha Campos Moreira, Dione Teixeira Borges Moreira (org.). Porto Alegre. Evangraf - 2008
BARROSO, Vera Lucia Maciel (org.). Presença açoriana em Santo Antonio da Patrulha e no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EST, 1993.