quarta-feira, 29 de outubro de 2014

São Paulo lança projeto para revitalizar chafarizes históricos


A PREVISÃO É REVITALIZAR 18 CHAFARIZES, QUE UTILIZARÃO APENAS A ÁGUA DAS CHUVAS


A Prefeitura de São Paulo lançou um projeto para revitalizar 27 fontes históricas, situadas em diversas regiões da cidade. Tradicionais pontos de encontro dos paulistanos até meados do século 20, os chafarizes serão reformados com apoio de empresas privadas, enquanto os serviços regulares de manutenção e limpeza ficarão a cargo da administração municipal.
Monumento mais antigo de São Paulo, o Obelisco do Largo da Memória já foi parcialmente reparado para a comemoração de seu aniversário de 200 anos. Ao longo dos próximos 24 meses, a Prefeitura prometeu restaurar os azulejos, reparar a iluminação e integrar a obra à estação do metrô Anhangabaú.
Uma vez religadas, as fontes utilizarão apenas água pluvial, que serão armazenadas por meio de cisternas adjacentes a fim de evitar desperdícios frente à atual crise hídrica.
A revitalização das fontes contará com ações paralelas de cunho educativo e cultural sobre a conservação de patrimônios.
Para acelerar as obras e reduzir os gastos públicos, parcerias com universiadades e a iniciativa privada serão incentivadas.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Obra no Museu das Bandeiras é concluída pelo Iphan

Na próxima quarta-feira, 29 de outubro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entrega ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) a conclusão da obra de conservação do Museu das Bandeiras, localizado na Cidade de Goiás. Os trabalhos foram realizados pela empresa Marson Engenharia, contratada pelo valor de R$ 798.750,92, e tiveram a duração de nove meses.
Antes de o Museu das Bandeiras ser reaberto à visitação do público, no entanto, o IBRAM cuidará ainda de sua revisão expográfica. Já o Iphan foi o responsável por sanar problemas diagnosticados no edifício, garantindo a continuidade de seu uso como museu e as adequadas condições para a guarda do acervo e atendimento ao público. Entre os serviços realizados estão a execução de ações emergenciais (cobertura e drenagem), essenciais (estabilização e revisão estrutural, revisão das instalações, adequação das instalações de detecção e combate ao incêndio, substituição de reboco e repintura) e, ainda, serviços estratégicos como a elaboração de projetos executivos de restauração.
O Museu das Bandeiras é localizado no Largo do Chafariz, na Praça Brasil Ramos Caiado, na Cidade de Goiás, no edifício que antes sediava a Casa de Câmara e Cadeia local. A tipologia desse tipo de construção é normalmente semelhante, com dois pavimentos (sendo o inferior para a cadeia e o superior para a câmara) e torre central para o sino. O projeto do exemplar vilaboense foi mandado pela corte portuguesa especialmente para esse fim, e é considerado um dos mais imponentes do Estado.
Construída em 1766, a Casa de Câmara e Cadeia é símbolo da formação do núcleo urbano na antiga Vila Boa de Goyaz e foi tombada pelo Iphan ainda em 1951, como exemplo da arquitetura civil portuguesa. Três anos depois, foi instalado ali o Museu das Bandeiras e, em 2009, com a criação do IBRAM, o edifício passou para responsabilidade da nova autarquia. A obra de conservação é mais uma parceria dos dois institutos, assim como ocorre com a obra que se iniciará no próximo mês no Museu de Arte Sacra, também situado na antiga capital goiana.
Outras informações:
IPHAN em Goiás
Telefones: (62) 3224-6402/3224-1310 
Assessoria de Comunicação: Déborah Gouthier 
Fonte: Ascom-IphanGO

http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=18668&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia


















Em parceria com o IBRAM, foram realizados serviços de conservação na antiga Casa de Câmara e Cadeia, da Cidade de Goiás

Prédio histórico dos Correios em Porto Alegre completa cem anos

Os Correios comemoram o centenário do seu prédio histórico no centro da capital gaúcha na quinta-feira(30). A comemoração inicia-se às 15h, no Espaço Cultural Correios (ECC), com o lançamento de selos personalizados e de um carimbo comemorativo que homenageiam os cem anos do prédio histórico.
A construção foi projetada pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn, que também foi responsável pelos prédios do Hotel Majestic, atual Casa de Cultura Mário Quintana, e do Edifício Ely, onde hoje está instalada a Loja Tumelero, em Porto Alegre. Filatelistas, familiares do arquiteto Theo Wiederspahn, o patrono da edição deste ano da Feira do Livro de Porto Alegre, Airton Ortiz, e o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Marco Cena, estão entre os convidados para participar da obliteração dos selos. O evento segue com as palestras do historiador Paulo Roberto Renner e do arquiteto e professor da UFRGS Cláudio Calovi Pereira.
Inaugurado em 21 de abril de 1914, o prédio dos Correios em Porto Alegre teve projeto influenciado pela arquitetura alemã do início do século passado, marcada pela tendência às formas barrocas. A construção abrigou diversas unidades da empresa, entre elas um Centro de Distribuição e a Agência Filatélica. Atualmente, o prédio é sede do Memorial do Rio Grande do Sul e também do Espaço Cultural Correios. Outras informações podem ser obtidas pelo mail espacocultural-rs@correios.com.br .
* Com informações da assessoria dos Correios








Programação especial para comemorar o aniversário do prédio| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

terça-feira, 21 de outubro de 2014

sábado, 18 de outubro de 2014

Ilha das Flores: antiga hospedaria de imigrantes em São Gonçalo é aberta a visitas

Pessoas de todos os cantos do mundo passaram pelo espaço entre o fim do século XIX e o ano de 1966

POR 
SÃO GONÇALO - Desconhecido por boa parte dos moradores da região, um dos marcos da história da imigração no Brasil está em São Gonçalo, e é aberto a visitações desde 2012. No espaço que hoje abriga a Base Naval da Ilha das Flores, às margens da BR-101, na altura do bairro Neves, funcionou a primeira hospedaria de imigrantes do país.
— A hospedaria fazia parte de uma política pública para a imigração. Era um dispositivo para dar suporte aos estrangeiros de baixa renda que chegavam ao país. Todo passageiro de terceira classe dos navios que aportavam no Rio de Janeiro era obrigado a passar pela ilha, onde recebia abrigo, tratamento médico e orientações para conseguir um emprego — explica o historiador Thiago Rodrigues Nascimento, do Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores.
Segundo ele, a escolha do local foi estratégica. A ideia principal era que a hospedaria fosse afastada do centro urbano, mas nem tanto:
— O estrangeiro não tinha contato com a população. O objetivo era protegê-lo, já que o Rio era infestada de doenças na época.
Pessoas de todos os cantos do mundo passaram pelo espaço entre o fim do século XIX e o ano de 1966, quando ela foi extinta. No entanto, é possível definir perfis predominantes em cada período. No início, a maioria era de colonos vindos de Alemanha, Portugal e Itália. Já no pós-guerra, o perfil predominante é de refugiados do Leste Europeu.
Uma das pessoas que passou por lá foi Elke Maravilha. Em 1951, quando tinha 6 anos, ela desembarcou com a família no Rio e passou dias na hospedaria antes de se fixar na cidade de Itabira (MG):
— Viemos para o Brasil porque papai era refugiado político da Rússia. Eu era muito pequena... Não tenho lembranças dos dias na hospedaria.
O nome Ilha das Flores pode soar estranho nos dias de hoje, já que é possível visitá-la de carro ou a pé sem precisar de passar por qualquer ponte. Isso acontece porque durante a construção da BR-101, houve um aterramento ligando o território ao continente.
As visitas devem ser agendadas pelo site da hospedaria.


















Preservado . Antigos alojamentos ainda guardam arquitetura original - Felipe Hanower / felipe hanower

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Fortes da época da Guerra do Paraguai são tombados em MS

Estruturas militares ficam localizadas na região do Pantanal do estado. Medida administrativa tem o objetivo de preservar as estruturas históricas.

Na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, dois fortes erguidos na época da Guerra do Paraguai, que mantêm até hoje a arquitetura original, foram tombados pelo Patrimônio Histórico e agora são protegidos por lei.
O Forte Junqueira, na margem direita do rio, ainda dez intactos os dez canhões instalados para fazer a defesa da região. A estrutura é uma das cinco fortificações erguidas após o conflito por que os militares consideravam a região  desprotegida e suscetível a novas invasões.
Também foi considerado patrimônio nacional a Base Naval em Ladário. Trata-se do único complexo da Marinha em Mato Grosso do Sul. O portal que dá acesso à base mantém o mesmo formato desde mil oitocentos e setenta e três, assim como os 15 canhões, intactos, localizados na muralha da edificação na mesma posição da época em que foram instalados.
O tombamento, realizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é um ato administrativo para preservar bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também afetivo da população, impedindo assim a destruição ou descaracterização das estruturas.







Fonte: do site

domingo, 12 de outubro de 2014

Chegada de locomotiva histórica é recepcionada com fogos

A chegada da Catita nº 3 ao Rio Grande do Norte, no início da tarde deste sábado (11), foi saudada por uma queima de fogos discreta e um público não muito grande, mas bastante interessado em sua história. 

Uma dos primeiras locomotivas a vapor a cruzar o solo potiguar e a única que sobrou para contar a história das estradas de ferro que rasgaram o Estado na virada do século 19 para o 20, a Catita nº 3 estava encostada há 39 anos no Museu do Trem em Recife, sem receber os devidos cuidados, e retornou ao RN após uma luta encampada há 11 anos pelo Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural e da Cidadania (IAPHACC).

Para recepcionar a locomotiva, o presidente do IAPHACC, Ricardo da Silva Tersuliano, convidou o Clube de Carros Antigos de Natal, o Jipe Clube do RN, representantes da Federação dos Motociclistas do RN e ferroviários, que se concentram a partir das 13h na frente da Igreja Católica de Parnamirim, na Avenida Castor Vieira Regis, e seguiam em carreata, saindo às 15h, pelas principais vias de Natal até as Rocas.
 
Na verdade, segundo Tersuliano, a locomotiva chegou em Natal ainda ontem (10) a noite e ficou guardada na garagem do Grupo Duarte, que além de ceder gratuitamente a carreta para o transporte, também fez a higienização da Catita nº 3. "O empresário Alexandre Duarte foi muito sensível a essa causa", registrou o presidente do IAPHACC.

Para o presidente do Clube dos Carros Antigos, Eriberto Gomes, o retono da locomotiva é tão importante que ele e parte dos membros do clube deixaram de participar do Encontro Norte-Nordeste de Carros Antigos, em Gravatá, para receber a Catita nº 3. "Esse é um acontecimento importantíssimo para Natal, cidade carente de história e de museus".      

A devolução da Catita nº 3 foi determinada pelo juiz federal Janílson Bezerra de Siqueira no último dia 11 de setembro. A locomotiva será restaurada para figurar como atração principal do Museu Ferroviário, nas Rocas, cuja inauguração está prevista para maio de 2015.

O nome do museu, Manoel Tomé de Souza, é uma homenagem ao mecânico que salvou a pequena locomotiva de virar sucata no final da década de 1950, quando a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) resolveu substituir todas as locomotivas a vapor por máquinas a diesel.

Fabricada na Inglaterra em 1902, a Catita nº 3 chegou ao RN em 1906. Em 1916 fez a travessia inaugural na antiga ponte de ferro sobre o rio Potengi, puxando a velocidade média de 15km/h a composição que conduzia figuras importantes do cenário local, como o então governador Joaquim Ferreira Chaves, Januário Cicco, Henrique Castriciano e Juvenal Lamartine. Ainda participou da inauguração da ponte de Igapó, em 1970, antes de se aposentar definitivamente em 1975, quando seguiu para 
Pernambuco. 

“A central regional da RFFSA era no Recife, e quando viram a Catita funcionando ficaram loucos com aquela preciosidade e mandaram buscar”, disse Ricardo da Silva Tersuliano, presidente do IAPHACC. 

A locomotiva ficará sob a guarda da entidade civil em parceria com o IFRN-Cidade Alta, que está à frente da reforma da antiga oficina de trens nas Rocas, a rotunda, que irá abrigar o Museu Ferroviário.


Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/chegada-de-locomotiva-hista-rica-a-recepcionada-com-fogos/295739


















Locomotiva histórica foi uma das primeiras a cruzar o solo potiguar
Adriano Abreu

sábado, 11 de outubro de 2014

Centro Cultural de Aracaju será inaugurado no dia 20

A cultura sergipana vai ganhar mais um espaço: o novo Centro Cultural de Aracaju, que será inaugurado no próximo dia 20 de outubro, a partir das 17h. O projeto, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria Municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), conta com administração e planejamento cultural da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).
O Centro irá ocupar o antigo prédio da Alfândega, localizado na Praça General Valadão, Centro de Aracaju. O imóvel foi erguido na segunda metade do século XIX, passando por reformas somente em meados do século seguinte, para então sediar a Receita Federal. Tombado por meio do decreto estadual nº 21.765, de 9 de abril de 2003, o estabelecimento foi transferido da União para a Prefeitura dois anos depois.
Para abrigar o Centro, o espaço passou por uma grande restauração baseada em um levantamento histórico prévio sobre arquitetura original do prédio, que respeitou a fidelidade estética, histórica e artística da construção original. O volume de recursos investidos no local foi na ordem de R$ 3.700.278 milhões, sendo R$ 3.360.278 com recursos do BID e o restante, contrapartida da PMA.
Agora, todo restaurado, o casarão passa a abrigar salas de oficinas, memoriais, teatro, sala de exposições, cine clube, entre outras ocupações. “É por isso que chamamos de Centro Cultural, pois esse espaço vai oferecer uma grande diversidade de atividades artísticas e culturais para a nossa cidade”, ressaltou a vice-presidente da Funcaju e coordenadora de cultura do Centro, Aglaé Fontes.
Uma das opções que o Centro oferece ao público é a Biblioteca Escritor Mário Cabral, que tem como acervo principal títulos de autores sergipanos. O Centro conta ainda com uma sala de Cultura Popular, com o Museu Prefeito Viana de Assis e passa a ser sede do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV).
Na inauguração, o público poderá assistir a quatro apresentações: do Grupo de Chorinho da Escola de Arte Valdice Teles; Grupo Renantique; Orquestra Sanfônica de Aracaju; e do Grupo de Teatro Mamulengo de Cheiroso. Outra atração que o publico poderá visitar é a Exposição de Arte: Espaço e Forma, que reúne nove esculturas e 21 telas de artistas sergipanos renomados como Álvaro Santos, Eurico Luiz, Antônio Maia, Jordão Oliveira, entre outros, que marcaram época.
Fonte: Ascom Funcaju












Fonte: Ascom

Sede do governo de MT é tombada como patrimônio histórico e cultural

O palácio Paiaguás, sede do governo do estado, e o mural externo 'Bovinocultura', foram tombados como patrimônio histórico, artístico e cultural de Mato Grosso. Localizado no Centro Político Administrativo de Cuiabá, o prédio começou a ser construído em 1973, durante a gestão do então governador José Fragelli, e foi entregue em 1975, ano em que José Garcia Neto assumiu o posto de chefe do Executivo estadual. O mural, obra do artista plástico Humberto Espíndola, é do ano de 1974.
Segundo a Secretaria de Cultura do estado (SEC), a proposta de tombamento foi feita pelo chefe da Casa Civil do estado, Pedro Nadaf, no primeiro semestre deste ano. O G1 tentou falar com Nadaf, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno.
A portaria, com data de 6 de outubro de 2014 e assinada pelo secretário de Cultura de Mato Grosso, Fabiano Prates, foi publicada no Diário Oficial que circula nesta quarta-feira (8). Uma das justificativas seria a importância do prédio e da obra para a história político-social do estado, conforme concluiu estudo da Coordenadoria de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural realizado durante o processo de tombamento.
O palácio foi erguido numa área de 2.200 hectares doada pela prefeitura de Cuiabá, e tem três unidades integradas num sistema modular aberto, articulado por meio de estruturas predefinidas encaixadas umas às outras.
O prédio tem três pisos e escadas de concreto na parte externa do prédio, além de uma praça quadrada, que funciona como um hall público. O mural 'Bovinocultura' fica na área interna da praça e na lateral do prédio. Pintada nas cores azul, amarelo, branco e preto, a obra representa o boi, um dos símbolos da economia do estado. 
Com o tombamento, os bens passam a ter proteção especial do poder público estadual.
Antes da construção do palácio Paiaguás, a sede do governo do estado ficava no Palácio Alencastro, no centro da capital.









Palácio Paiaguás e mural 'Bovinocultura', em Cuiabá, foram tombados como patrimônio do estado (Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT)

Educação Patrimonial obrigatória nas escolas

O Ensino Formal prepara brasileiros do futuro com o mínimo conhecimento sobre o sentido e o valor do Patrimônio Cultural Brasileiro, alma de qualquer sociedade. As ações pontuais ora executadas são insuficientes para corrigir essa deficiência no ensino nacional, portanto:
PUGNAMOS pela inclusão imediata e obrigatória no Currículo do Ensino Fundamental e Médio, da disciplina Educação Patrimonial, em rigoroso e absoluto cumprimento ao Artigo 215 da Constituição Federal.
Precisamos de 1.000 assinaturas, por favor, se concordar assine o abaixo-assinado, divulgue e compartilhe.

Por um IPHAN mais completo, mais forte e mais eficiente

Vimos, pela presente, PUGNAR PELA URGENTE capacitação e adequação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, frente as imperiosas demandas do Patrimônio Cultural Brasileiro, definido pelo Decreto-Lei nº 25 de 30/11/1937, aprimorado e ampliado pelo artigo 216, da Constituição da República Federativa do Brasil, através da realização de todos os concursos necessários para complementação total de seu quadro de técnicos e servidores, habilitando de forma plena esse Instituto ao obrigatório cumprimento de suas funções estabelecidas, incluindo o Artigo 30; Inciso IX C.F., bem como, em atendimento as Cartas Patrimoniais assinadas pelo Brasil junto a Unesco e Icomos, para que esse Instituto possa funcionar com a devida eficiência e presteza que a sociedade exige e merece.
Se concordar, assine e compartilhe.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Paisagem e Arquitetura: Restauro do Fórum Romano de Empúries, por Lola Domènech

Nas cidades romanas, o Fórum era o espaço destinado a acolher as manifestações mais importantes da sociedade, era o cenário da atividade política, econômica, religiosa e judicial da cidade. Desde 2001, o estúdio de arquitetura dirigido por Lola Domènech e arqueólogos especializados planejam a necessidade de adequar museograficamente todo o conjunto arqueológico, já que um dos principais problemas detectados era que o visitante não poderia reconhecer com clareza as diferentes zonas, espaços e edifícios que conformavam o Fórum.
Sob dois objetivos principais: garantir a conservação das estruturas originais através de restaurações necessárias e facilitar aos visitantes de Empúries o acesso e a correta interpretação do conjunto monumental da área do Fórum, o projeto pretende, basicamente, recriar a atmosfera da ordem que impera na cidade romana.
Conheça mais detalhes sobre o projeto, a seguir.
Antecedentes históricos / estado original
Descrição da arquiteta. O Fórum romano de Empúries, situado ao sul da Bahia de Roses, é um dos patrimônios histórico-culturais mais relevantes do Mediterrâneo. Com esta intervenção se recuperou um dos espaços mais importantes da antiga cidade romana.

Empúries é o único sítio arqueológico da península ibérica onde convivem os restos de uma cidade grega - Emporion - com os restos da cidade romana criada no início do século I a.C.

A cidade romana se situa na parte mais alta e plana da colina de Empúries, dominando a área de um dos portos mais antigos do Mediterrâneo e da antiga cidade grega. A ocupação mais antiga da cidade romana data do século II aC. e corresponde a um acampamento militar que serviu para garantir a presença romana nessa região, base para iniciar a conquista do território.
A posterior fundação da cidade no início do séc I a.C. se concretizou com a definição do perímetro da muralha e de uma trama urbana ortogonal, com quadras retangulares separadas por seis grandes ruas longitudinais e outras transversais. Esse planejamento urbano incluía também a reserva de um espaço público (o Fórum) onde, com o passar do tempo, se construíram as diferentes edificações que conformariam o centro cívico-religioso da cidade romana. Em planta, este espaço ocupava uma extensão de quatro quadras e se situava na confluência de dois eixos viários principais, o cardus e o decumanus máximos.
Nas cidades romanas, o Fórum era o espaço destinado a acolher as manifestações mais importantes da sociedade, era o cenário da atividade política, econômica, religiosa e judicial da cidade.
O Fórum era uma grande praça aberta que articulava, ao seu redor, uma variada tipologia de edifícios destinados às diferentes funções. O grande templo central (templum) e o pequeno santuário (sacellum), a basílica para a administração da justiça, a sala para as reuniões do governo municipal (curia), o arquivo da cidade (tabularium), os locais para as transações comerciais (tarbernae), e os grandes pórticos que rodeavam o espaço central da praça e conferiam identidade e personalidade ao Fórum.
Objeto de intervenção
Uma vez analisados e detectados os problemas, foram estabelecidos os objetivos chaves para levar a cabo a intervenção: em primeiro lugar, conservar e preservar as ruínas arqueológicas; e em segundo lugar, era necessário tornar o conjunto acessível, visitável e compreensível.

O visitante poderá agora entender de forma clara, a relação entre os diferentes espaços que conformavam o Fórum: a praça, o ambulacro, as tabernae, a basílica, a curia, o templo, o jardim e o criptopórtico. O projeto pretende, basicamente, recriar a atmosfera da ordem que reinava na cidade romana.
Análise e problemática
Uma vez finalizadas as escavações do Fórum, no ano de 2001, surge a necessidade de adequar museograficamente todo o conjunto arqueológico.

Antes de iniciar o projeto de adequação do Fórum romano, a equipe de arquitetos e arqueólogos realizou um longo processo de análise para detectar os problemas principais do conjunto e poder definir assim as diretrizes de intervenção.
Um dos maiores problemas encontrados era que o visitante não podia reconhecer com clareza as diferentes zonas, espaços e edifícios que conformavam o Fórum. O visitante também não conseguia detectar os eixos principais do cardus e o decumanus.
Além disso, havia um grande problema de acessibilidade e falta de percursos dentro do espaço: além de inacessível, o conjunto do Fórum era perigoso, devido à irregularidade dos níveis resultado das próprias escavações arqueológicas e da erosão das chuvas.
Foi dado atenção especial ao tratamento dos materiais adequados, tanto para garantir o respeito às ruínas originais como para seu entorno.
  • Pedra natural para as distintas reproduções de elementos arqueológicos.
  • Pavimentos drenantes de diferentes tipos para cada uma das áreas do Fórum.
  • Madeira especial para exteriores (sobre estrutura de aço cortén) em todos os acessos (escadas, rampas...)
  • Madeira para as estruturas da cobertura do pórtico
  • Grades em aço cortén
Critérios de intervenção
O projeto apresenta quatro aspectos fundamentais:

  1. Desfazer todas as reproduções errôneas executadas em intervenções arqueológicas anteriores
  2. Consolidar, restaurar e reconstruir alguns dos elementos arqueológicos mais significativos e relevantes.
  3. Recuperar os níveis originais do assentamento e sugerir de forma sutil como eram os diferentes espaços arquitetônicos que configuravam o Fórum Romano. Trata-se de mostrar e potencializar os elementos emblemáticos que configuravam a arquitetura romana com um tratamento diferenciado de pavimentos drenantes em cada uma das áreas.
  4. Finalmente, adequar o itinerário dos visitantes dentro e no entorno das ruínas. Os novos acessos de pedestres se colocam estrategicamente sobre os antigos eixos, potenciando com clareza a ideia da ordem cartesiana definida basicamente pelos dois eixos principais: o cardo máximus (N-S) e o decumanus máximus (L-O)

O visitante poderá agora entender de forma clara, a relação entre os diferentes espaços que conformavam o Fórum: a praça, o ambulacro, as tabernae, a basílica, a curia, o templo, o jardim e o criptopórtico. O projeto pretende, basicamente, recriar a atmosfera da ordem que reinava na cidade romana.
Resultados
A intervenção permitiu alcançar os seguintes resultados:

  • A recuperação e conservação de todas as ruínas originais
  • A melhoria e adequação do percurso para o público
  • A melhoria da compreensão dos diferentes espaços que integravam o conjunto do Fórum
  • A intervenção é respeitosa e sensível às ruínas originais e à paisagem
  • A disposição de um novo cenário para atividades lúdicas (concertos, teatros, dança, poesia...) em um entorno excepcional. 
Arquitetos: Lola Domènech - em colaboração com a equipe de arqueólogos do MAC (museu de arqueología de cataluúnia)
Colaboradores projeto: Ignasi Ribas - estrutura / Julian Ríos - engenheiro
Direção de obra: Lola Domènech (arquiteta)  e equipe de arqueólogos do MAC / Josep Luís Reventós (engenheiro)
Promotor: Departamento de patrimônio - prefeitura de catalunya

Área: 7.435 m² 
Localização: Empúries, Girona, Espanha
Projeto: 2000/2001/2007 
Execução: 2008/2009  
Fotografias: Adrià Goula / MAC

Pré-Finalista - XI BEAU. Bienal espanhola de arquitetura e urbanismo 
Selecionado - Premis Fad 2010 / Finalista prêmios Girona 2010 
Selecionado - VI Bienal Europea del Paisatge-Barcelona

Fonte:Yávar, Javiera. "Paisagem e Arquitetura: Restauro do Fórum Romano de Empúries, por Lola Domènech" [Paisaje y Arquitectura: Restauración del Fórum Romano de Empúries por Lola Domènech ] 07 Oct 2014.ArchDaily Brasil. (Trad. Gabriel Pedrotti) Acessado 7 Out 2014.













© Adrià Goula