quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Manual de Acessibilidade em Centros Históricos está disponível no site do Iphan

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) disponibiliza para download gratuito o Caderno Técnico nº 09 - Mobilidade e acessibilidade urbana em centros históricos. A publicação faz parte do cumprimento da Portaria Iphan n° 623/2009, que estabelece um conjunto de ações no campo da mobilidade e acessibilidade urbana. O Caderno Técnico foi lançado em abril de 2014, no âmbito do Seminário Iberoamericano de Acessibilidade no Patrimonio Cultural, realizado em Salvador (BA).
Para o Iphan, a acessibilidade deve proporcionar um deslocamento fácil e seguro para todos os usuários. As áreas consagradas como patrimônio cultural devem se constituir em espaços onde é possível conhecer, usufruir e desfrutar do patrimônio cultural. Os centros históricos devem possibilitar o usufruto do espaço público e do patrimônio, garantindo o direito constitucional à cidade e à cultura.
Acesse aqui o Caderno Técnico nº 09 - Mobilidade e acessibilidade urbana em centros históricos.
Fonte: Iphan

http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=18724&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Azul Cobalto, Azulejos e Memórias

Exposição Azul Cobalto - Azulejos e memórias. 

Coleção Nelson Torzecki

 

          Um objeto polissêmico portador de múltiplos significados. Produtos da vida cotidiana presente e pretérita, capazes de revelar traços marcantes da sociedade que aqui se formou. Material perfeitamente adaptado à vida nos trópicos, cumprindo uma função utilitária e decorativa, capaz de desvelar influências, gostos, redes de comércio, relações, estórias e memórias. Elemento ao mesmo tempo abrangente, capaz de descrever parte do progresso técnico e cultural da Sociedade Ocidental, restrito e particular, uma vez que foi testemunho da vida cotidiana e doméstica nas cidades. Apresentar parte dessa história é o que pretende a exposição Azul Cobalto – Azulejos e Memórias.  
           No final da década de 80, o colecionador e empresário Nelson Torzecki foi seduzido pela arte do azulejo. Contando com o apoio do amigo e sócio Plinio Froes, o colecionador foi mergulhando cada vez mais em sua paixão, e entre feiras e antiquários, foi garimpando essas joias do passado. No decorrer de sua trajetória Nelson Torzecki acumulou um acervo ímpar, constituído por mais de duzentos tipos diferentes de azulejos, totalizando cerca de 3.000 itens, que vão de  peças avulsas a grades painéis azulejares. Esses fragmentos da história, pertencentes a residências, prédios, palacetes e outros tipos de imóveis demolidos ou desocupados nas mais antigas capitais brasileiras consubstanciam-se em um dos mais importantes acervos dentro das linhas de pesquisa da urbanização das cidades, com especial destaque para o Rio de Janeiro. No intuito de reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento social e cultural da cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Rio Scenarium catalogou e selecionou as principais peças da Coleção de Azulejos Nelson Torzecki, a fim de apresenta-las para o grande público.   
         A exposição traz azulejos produzidos em distintos países, como Holanda, França, Bélgica, Portugal, Alemanha e Inglaterra, e discorre sobre a evolução técnica e estilística destes objetos, presentes na arquitetura brasileira desde o século XVII. Da Coleção de Azulejos Nelson Torzecki, destacam-se os acervos de azulejaria holandesa de motivo isolado, produzidos entre os séculos XVII e XX; os azulejos Barroco e Rococó, elaborados em Portugal nos séculos XVIII e XIX, incluindo um antigo painel da igreja do Convento de Santo Antônio, situado na cidade do Rio de Janeiro; traz ainda Registros de Santos existentes nas antigas casas de subúrbio e outros inúmeros azulejos produzidos entre o final do século XIX e inicio do XX, que integraram os interiores e fachadas das edificações de nossas cidades.
             Cedido pelo IPHAN, será exposto parte de um painel inédito elaborado por Cândido Portinari para o Palácio Gustavo Capanema, prédio considerado um marco na arquitetura modernista da cidade e do Brasil. A exposição também trará  peças cerâmicas produzidas por outros grandes artistas brasileiros como Ivan Serpa, Anísio Medeiros e Burle Marx. O tema da azulejaria na contemporaneidade será referenciado nos trabalhos de Adriana Varejão, Jorge Selarón, e o Coletivo Muda do Rio de Janeiro.
      A exposição Azul Cobalto – Azulejos e Memórias se insere na primeira etapa do desenvolvimento do Circuito Colaborativo Arte e Cultura Scenarium, que visa identificar, selecionar, pesquisar, catalogar e organizar o acervo de obras de arte e antiguidades, acervos documentais, objetos decorativos e mobiliário que compõem o acervo do Grupo Scenarium, buscando reconhecer seu interesse histórico e cultural e, consequentemente, seu interesse público, permitindo assim, sua  incorporação definitiva à Coleção do Instituto Rio Scenarium.

Serviço
Exposição Azul Cobalto – Azulejos e Memórias
Abertura: 05 de novembro - 20h
Horário: A partir do dia 06/11 de terça a sábado, de 12h às 20h
Local: Galeria Scenarium – Rua do Lavradio, 15 – Centro Antigo – RJ
Entrada: Franca






















Crédito das imagens: Iolanda Vieira