domingo, 29 de outubro de 2017

Memorial projetado por Niemeyer em homenagem a Prestes é inaugurado em Porto Alegre

Solenidade foi marcada por discursos de lideranças de esquerda e ataques a Michel Temer 

Neste sábado (28), ocorreu a cerimônia de inauguração do Memorial Luiz Carlos Prestes. Construído na Avenida Beira-Rio, próximo à sede da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), é a primeira obra de Oscar Niemeyer em Porto Alegre. 

Cerca de 400 pessoas participaram do evento, que foi marcado por discursos de políticos de esquerda. Na ocasião, Olívio Dutra (PT), ex-prefeito de Porto Alegre e ex-governador, contou que Niemeyer não apenas tomou o projeto como prioridade, como também destacou que não cobraria nada porque era muito amigo de Prestes. A deputada federal Maria do Rosário (PT) também discursou, destacando que o memorial "representa a unidade da esquerda", e Ciro Gomes (PDT) opinou:

— Pode se amar, pode se odiar, mas ninguém pode ser neutro na passagem de Luiz Carlos Prestes na construção de um Brasil melhor. 

Vieira da Cunha, que, como vereador do PDT, apresentou na Câmara o projeto do memorial, foi homenageado. Nomes como os deputados estaduais Pedro Ruas (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Adão Villaverde (PT), o presidente da FGF, Francisco Novelletto, e o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, também marcaram presença. A primogênita de Prestes, Anita Leocádia Prestes, enviou uma carta relatando que não pôde comparecer em razão de um acidente — sem dar mais detalhes — e grafou: " essa obra é um local privilegiado para a preservação dos ideais de Prestes".

A solenidade foi marcada por revolta contra o governo Michel Temer (PMDB). Em vários momentos, os presentes gritaram: "Fora Temer". 

No começo da solenidade, os convidados assistiram a um vídeo contando a história do líder comunista. Quando falhou a sonoplastia e o Hino Nacional não começou, Ciro Gomes e Olívio Dutra puxaram coro, para a entonação à capela. 

O memorial não é consenso: os últimos dias foram marcados por movimentos contrários à inauguração. No domingo passado, integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) organizaram um protesto em frente ao prédio e, na quarta-feira, a Câmara Municipal se dividiu a respeito de um projeto do vereador Wambert Di Lorenzo (Pros) que pretendia mudar a destinação do imóvel. A matéria acabou rejeitada por 19 votos a 13. 

SOBRE O MEMORIAL: 

Se em 1998 a pedra fundamental foi lançada, o acordo que possibilitou a construção do Memorial Luiz Carlos Prestes demorou mais uma década para ser firmado. Em 2008, a Federação Gaúcha de Futebol recebeu 50% do terreno para construir sua sede ali e se comprometeu a executar a obra do memorial — investiu cerca de R$ 12 milhões na obra. 

A obra tem aproximadamente 700 m². Paulo Sergio Niemeyer, que criou o projeto com o bisavô, ressaltou a ZH, em setembro, a "pureza e simplicidade ímpares" do prédio. Fechada com vidro, a edificação circular lembra uma nave flutuando, observa o arquiteto.

Niemeyer criou uma linha do tempo da vida de Prestes, contada nas curvas e retas de uma parede vermelha — cor inspirada no ideário comunista. O acervo de 135 fotografias espalhadas pelo memorial foi cedido por Anita Leocádia Prestes, filha do político. A parede leva os visitantes a um pequeno auditório, com 25 lugares.

Um segundo ambiente, amplo e também marcado pelas curvas vermelhas projetadas por Niemeyer, deve ser utilizado para exposições itinerantes que dialoguem com o tripé do memorial, que homenageia o líder patriota, revolucionário e comunista.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2017/10/memorial-projetado-por-niemeyer-em-homenagem-a-prestes-e-inaugurado-em-porto-alegre-cj9cafoeq034n01o66xa5138b.html
 















Mateus Bruxel / Agencia RBS

















Mateus Bruxel / Agencia RBS


















Mateus Bruxel / Agencia RBS

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Cidade conquistada por Alexandre, o Grande, é descoberta no Iraque

Matheus Gonçalves
Uma cidade perdida que foi invadida por Alexandre, o Grande, em sua conquista à Pérsia, finalmente foi descoberta no Iraque, décadas depois de ter sido vista pela primeira vez em imagens de satélite.
O local, chamado Qalatga Darband, estava na rota que Alexandre o Grande tomou ao perseguir o governante persa Dario III, em 331 AC, antes da batalha épica em Gaugamela. O sítio tem sinais de influência greco-romana, incluindo prensas de vinho e estátuas esmagadas que podem ter retratado os deuses Perséfone e Adônis.
“Estamos nos primeiros dias, mas pensamos que teria sido uma cidade movimentada em uma estrada do Iraque para o Irã. Pode-se imaginar pessoas que fornecem vinho para soldados que passam”, disse o historiador John MacGinnis, do British Museum.
Dados de espionagem surpreendentes
Na década de 1960, as imagens de satélites espiões estadunidenses revelaram a existência de um sítio antigo, perto da passagem rochosa Darband-i Rania, no Iraque. Quando os dados finalmente foram publicados, arqueólogos do British Museum os examinaram. Mais tarde, imagens de drones na área revelaram vários blocos de pedra calcária, bem como a sugestão de grandes edifícios enterrados sob o solo. No entanto, quando os arqueólogos conheceram a existência do local, a instabilidade política dificultou o estudo da região, disseram eles.
Somente nos últimos anos, a área tornou-se segura o suficiente para que os arqueólogos britânicos observassem de perto. Quando o fizeram, encontraram uma enorme quantidade de artefatos antigos. A cerâmica encontrada sugere que pelo menos uma área de Qalatga Darband foi fundada durante os séculos II AC e II pelos selêucidas, povo helenístico que governou depois de Alexandre o Grande, de acordo com um comunicado. Mais tarde, os selêucidas foram derrubados e seguidos pelos partos, que podem ter construído muros de fortificação extra para proteger contra os romanos que estavam em expansão nesse período.
O sítio contém um grande forte, bem como várias estruturas que provavelmente são prensas de vinho. Além disso, dois edifícios utilizam telhas de terracota, que são características da arquitetura greco-romana da época.
No extremo sul do local, os arqueólogos encontraram uma grande quantidade de pedras, sob as quais havia uma gigantesca estrutura semelhante a um templo. O prédio continha estátuas esmagadas que pareciam deuses gregos. Um, de um homem nu, provavelmente seria Adônis, enquanto outra figura feminina sentada provavelmente era a deusa Perséfone, de acordo com o comunicado.
Nas proximidades de Darband-I Rania, os arqueólogos também descobriram evidências de um assentamento ainda mais antigo. Essa fortaleza provavelmente data do período assírio, aproximadamente no século VII AC. O forte tinha paredes de 6 metros de espessura e era provavelmente uma maneira para os assírios controlar o fluxo de pessoas através da passagem. No mesmo local, os arqueólogos descobriram um túmulo com uma moeda que data do período dos partos, disseram os pesquisadores.
O túmulo traz a inscrição “Rei dos reis, benéfico, o justo, o manifesto, amigo dos gregos, este é o rei que lutou contra o exército romano liderado por Crasso em 54/53 AC”.
Essa inscrição sugere que a sepultura pertence ao rei Orodes II, que governou entre 57 AC e 38 AC, e pode ter se referido a um período em que os romanos tentaram conquistar os partos. Os partos desviaram esse ataque com arqueiros a cavalo que, de acordo com a declaração.
Traduzido e adaptado de Live Science.







A cidade perdida foi encontrada perto do monte rochoso Darband-i Rania nas Montanhas Zagros, no Iraque.
Crédito: The British Museum

sábado, 14 de outubro de 2017

Exposição inédita aborda quatro icônicas casas de vidro modernas

PROJETOS DE MIES VAN DER ROHE, PHILIP JOHNSON, CHARLES E RAY EAMES E LINA BO BARDI SÃO TEMA DA MOSTRA REALIZADA NA CASA DE VIDRO, EM SÃO PAULO

A exposição inédita “Casas de Vidro - História e Conservação” será aberta ao público na próxima quinta-feira, 12 de outubro, na Casa de Vidro - sede do Instituto Bardi, localizada no bairro do Morumbi, zona sul da capital paulista. 
O objetivo é abordar a utilização intensiva do vidro na arquitetura, tendo como eixo central a comparação entre casas de vidro projetadas por importantes arquitetos do século 20: Philip Johnson, Charles e Ray Eames e Mies Van Der Rohe, nos Estados Unidos; e Lina Bo Bardi no Brasil.
Composta por 20 expositores, a mostra na Casa de Vidro conta com imagens de arquivo, estudos e comparações entre os arquitetos, suas poéticas de trabalho, métodos, referências e a vida íntima de cada um. Também serão exibidas 12 maquetes produzidas especialmente para o evento.
Na quarta-feira, 11 de outubro, às 19h, o Instituto Bardi promoverá um painel de debate relacionado à temática da exposição "Casas de Vidro-História e Conservação" no auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Aberto e gratuito, o evento tem mediação do curador da mostra Renato Anelli e a presença dos diretores e curadores das quatro casas de vidro: Sol Camacho (Instituto Bardi/Casa de Vidro), Maurice Parrish (Farnsworth House), Lucia Atwood (Eames Foundation), Hilary Lewis e Scott Drevnig (The Glass House – Philip Johnson).
A exposição complementa o projeto da Casa de Vidro dos Bardi, apoiado pela Getty Foundation por meio do programa Keeping it Modern, em desenvolvimento por uma equipe do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

Exposição "Casas de Vidro-História e Conservação"
Local Casa de Vidro
Endereço R. General Almério de Moura, 200, Morumbi, 
São Paulo - SP
Período 12 de outubro de 2017 a 4 de março de 2018
Visitação De quinta a domingo, em horários específicos: 10h15, 11h45, 14h e 15h30
Entrada R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (meia)
Informações (11) 3744-9902
Visitas educativas agendamentoeducativo@institutobardi.org
Publicada originalmente em ARCOweb em 03 de Outubro de 2017

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/noticias/arquitetura/exposicao-inedita-aborda-quatro-iconicas-casas-de-vidro-modernas



















Casa de Vidro, São Paulo (Foto: Cortesia do Acervo Instituto Bardi / Casa de Vidro)














Eames House, Pacific Palisades, California. USA (Foto: Cortesia da Eames Foundation)

















Farnsworth House, Plano Illinois. USA (Foto: Cortesia Farnsworth House)



















Philip Johnson Glass House, New Canaan, Connecticut. USA (Foto: Cortesia The P.J. Glass House)

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Pavimentos superiores do Coliseu de Roma são reabertos ao público

Pela primeira vez em mais de 40 anos, o público poderá acessar os níveis mais altos do monumento histórico mais popular da Itália, o Coliseu de Roma, após a conclusão de um grande projeto de restauro.
A partir de 1 de novembro, visitas guiadas levarão os visitantes ao quarto e quinto pavimento do histórico estádio, 36 metros acima do nível do solo. 
Assim como os estádios de hoje, a hierarquia do Coliseu era determinada pela riqueza e classe social: o imperador ocupava um camarote especial, senadores em bancos de mármore perto do campo, cavaleiros nos níveis intermediários e comerciantes no quarto nível. O quinto nível era geralmente ocupado por pessoas comuns - plebeus - que se sentavam em bancos de madeira para assistir às batalhas na arena. A capacidade do estádio é estimada entre 50.000 e 80.000 pessoas.
"Por 40 anos não foi possível visitar essa parte do Coliseu", comentou o ministro da Cultura, Dario Franceschini. "Este projeto devolve esta outra parte do monumento ao público e oferece vistas incríveis não só do Coliseu, mas também de Roma."






© Flickr de garyullah. Licença CC BY 2.0






© Flickr de zoe_toseland. Licença CC BY-NC 2.0

domingo, 8 de outubro de 2017

300 anos de Aparecida: concluídas as obras da segunda maior igreja do mundo

71 anos depois do lançamento de sua pedra fundamental, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida está finalmente concluído, com a inauguração do mosaico da cúpula.

Neste ano, a festa da padroeira do Brasil se reveste de um caráter especial. Em 12 de outubro de 2017, comemoram-se os 300 anos desde que a pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada no rio Paraíba do Sul pelos pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia. Estima-se que neste mês mais de um milhão de devotos se dirijam até o interior paulista para visitar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – 200 mil só no dia 12.
Mas é no dia 11 que, finalmente, será apresentada ao público a parte que faltava para completar a basílica: o mosaico da cúpula, formado por mais de 5 milhões de pastilhas estendidas por 2 mil metros quadrados, que retrata a figura bíblica da árvore da vida, rodeada de pássaros da fauna brasileira. Assim, estará concluído o Santuário Nacional – a segunda maior igreja do mundo, atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano –, 71 anos depois do lançamento de sua pedra fundamental.

Uma basílica única no mundo

Algumas características fazem do Santuário Nacional uma igreja única. Não se trata apenas de suas dimensões monumentais, mas chama a atenção o cuidado com a concepção artística e litúrgica do local, assinada pelo artista sacro Cláudio Pastro, falecido há um ano.
“Pastro soube aproximar piedade popular e a liturgia, a fé do povo com a teologia, e assim, revelar uma Igreja de muitos rostos, cores e sotaques. Temos orgulho, do ponto de vista litúrgico-teológico e arquitetônico, de termos um espaço como o Santuário Nacional”, garante o padre Thiago Faccini Paro, assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no setor dedicado ao espaço litúrgico. “Em Aparecida, todos os espaços dialogam entre si. Cada cor, imagem, textura e material tem uma função e significado”.
O projeto arquitetônico do santuário data de 1947 e é assinado por Benedito Calixto Neto, que viajou naquele ano para a América do Norte a fim de estudar a arquitetura religiosa moderna. O projeto de Calixto é uma versão mais simplificada, mas maior, do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington.
Não se tratou de nenhuma grande inovação, mas para Pastro esse era o grande trunfo da construção. Isso porque a basílica segue o estilo neorromânico, que remonta ao primeiro milênio e ganhou um revival no início do século XX. Para o artista, trata-se de um estilo arquitetônico especialmente apropriado para a liturgia católica, por sua austeridade, repetição de formas e espaços amplos.
Sobre os tijolos que revestem o templo – de barro cozido, assim como a imagem de Nossa Senhora – Pastro projetou 34 painéis retratando cenas do Evangelho. Além disso, há outros quatro painéis maiores, retratando patriarcas, profetas, apóstolos, santos e personagens da história da Igreja no Brasil, tudo em azulejo. A opção pela azulejaria se baseou na herança da colonização portuguesa do país e na durabilidade do material – no Brasil, a umidade degenera as pinturas com facilidade.
A preocupação do projeto do interior da basílica era refletir a centralidade de Cristo na vida da Igreja e conduzir os fiéis a uma grande catequese sobre os grandes temas da vida cristã. “O centro é o altar e a cruz. Maria está ao fundo de uma das naves, fora do espaço celebrativo, acolhendo e conduzindo para aquele que é o centro de nossa fé”, diz Paro. “Através da devoção a Maria, deseja-se aproximar os peregrinos e devotos do seu filho Jesus”.

Comemoração


As atividades começam cedo no dia 12 em Aparecida. Devotos participarão de uma vigília da meia-noite às 5h, quando haverá a primeira missa do dia. A missa principal será às 9h30, no pátio da basílica. Representando o papa Francisco, estará presente o cardeal italiano Giovanni Battista Re, que presidiu a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, realizada em Aparecida em 2007, bem como o conclave que elegeu Francisco em 2013.
À tarde, uma procissão sairá do Porto Itaguaçu, ponto do rio em que a imagem foi encontrada, até o santuário, onde haverá mais uma missa e um grande show que deve reunir Daniel, Fafá de Belém, Elba Ramalho e outros cantores.
No dia anterior, 11, a imagem de Aparecida ganhará uma coroa comemorativa que contém, em seu interior, terra proveniente das 27 unidades federativas do Brasil.

Datas marcantes

De um oratório à beira da estrada a uma basílica imensa visitada por três papas: a história do Santuário Nacional
1717 – Três pescadores encontram a imagem no Rio Paraíba, primeiro o corpo, depois a cabeça. Conta-se que a pesca, que não tinha dado resultado até então, foi abundante logo depois da descoberta.
1745 – É inaugurada a primeira igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A imagem, que até então ficava na casa de Felipe Pedroso, um dos pescadores, e depois foi para um oratório à beira da estrada, é levada para a capela.
1888 – É inaugurado a Igreja de Monte Carmelo, hoje conhecido como Basílica Velha ou Matriz Basílica, cuja construção tinha sido iniciada em 1844.
1894 – As atividades da igreja são confiadas a missionários redentoristas vindos da Alemanha.
1930 – O papa Pio XI proclama Nossa Senhora Aparecida padroeira do Brasil.
1946 – É lançada a pedra fundamental do novo santuário, mas ela foi roubada na mesma noite e a nova pedra só foi colocada em 1954.
1953 – A data da festa de Aparecida é fixada em 12 de outubro. Antes disso, ela era festejada em 7 de setembro.
1955 – Tem início a construção do santuário.
1978 – A imagem é retirada do nicho por um rapaz com distúrbios psicológicos que, ao ser pego, a derruba, quebrando-a em mais de duzentos pedaços. Reconstituída, a imagem só voltou à igreja no ano seguinte.
1980 – O papa João Paulo II inaugura o novo santuário. Uma lei declara 12 de outubro feriado nacional.
1983 – A CNBB dá ao templo o título de Santuário Nacional.
2007 – O santuário recebe a visita do papa Bento XVI e sedia a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano.
2013 – O papa Francisco visita o santuário.

Como a imagem foi parar no rio?

Segundo a historiadora Tereza Pasin, a imagem venerada em Aparecida teria sido esculpida no século XVII. Nossa Senhora da Conceição era uma devoção em alta naquela época e era costume que imagens pequenas como a de Aparecida adornassem oratórios domésticos. O frei Agostinho de Jesus é considerado o provável autor da imagem.
Mas como a imagem foi parar no rio? Segundo Pasin, pode ser que alguém, desejando se desfazer da imagem quebrada, a tenha jogado ali. Outra hipótese é que ela ficasse em uma capelinha na cidade vizinha de Roseira que foi arrastada por uma enchente.

71 anos?

Os 71 anos da basílica de Aparecida – na verdade 62, se contarmos a partir do início efetivo da construção, em 1955 – são um piscar de olhos perto do tempo de construção de outras grandes igrejas do mundo.
Catedral de Colônia, Alemanha – 1248-1473 e 1840-1880 – 245 anos
Catedral de Notre-Dame, Paris, França – 1163-1345 – 182 anos
Templo Expiatório da Sagrada Família, Barcelona, Espanha – 1882-2028 (previsto) – 146 anos
Basílica de São Pedro, Vaticano – 1506-1626 – 120 anos
  

O baldaquino em torno do altar retrata a fauna e a flora brasileiras, remetendo à figura do paraíso bíblico (foto: divulgação/Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida).













Painel “A evangelização do Brasil”, obra de Pastro em Aparecida. Divulgação/Santuário Nacional
















O altar, no centro da basílica, é circundado por linhas em ziguezague que, na tradição indígena, representam o movimento das águas. O símbolo remete ao profeta Ezequiel, que falava da água que corre do altar e fecunda toda a terra. Divulgação/Santuário Nacional

























A coroa comemorativa dos 300 anos. Divulgação/Santuário Nacional















O projeto arquitetônico é baseado no Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington. Divulgação/Santuário Nacional
















A imagem encontrada em 1717, no nicho da basílica que a abriga. Divulgação/Santuário Nacional
















Detalhe do mosaico da cúpula. Divulgação/Santuário Nacional