segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Iluminação devolve glamour ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro

O brilho cristalino do lustre que adorna a sala de espetáculos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro arremata o projeto de modernização luminotécnica conduzido por Mônica Lobo. A experiente lighting designer, titular do LD Studio, desde 2009 andava às voltas com a intrincada tarefa de tornar eficiente o princípio de iluminação difusa e decorativa, pontual, característico da ambiência suntuosa da centenária instituição carioca.
As 180 lâmpadas incandescentes do lustre de cristal foram substituídas por halógenas com bulbo de incandescente que, embora de potência similar (da ordem de 40 watts), têm 50% a mais de fluxo luminoso (630 lumens) e vida útil maior (2 mil horas contra 750).
A delicadeza dessa intervenção respeitosa foi a tônica do projeto de iluminação do LD Studio - que acaba de comemorar a marca de mil projetos desenvolvidos - para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
A prioridade da proposta foi a manutenção e o restauro das luminárias - pendentes, arandelas e abajures -, simultaneamente à melhora geral do desempenho luminotécnico.
Houve a substituição completa das lâmpadas, a criação de cenários de luz através da dimerização dos equipamentos, a individualização dos circuitos e, caso a caso, a inserção de pequenos refletores ocultos no corpo das antigas peças.
“O teatro estava apagado, triste. O estado de conservação das luminárias era ruim e faltava cuidado nas áreas com pinturas especiais, como o foyer do balcão nobre”, salienta Mônica Lobo, titular do LD.
Inserido no processo global de revitalização e modernização das instalações do Municipal, o projeto luminotécnico foi conceitualmente setorizado em três áreas de intervenção: a sala de espetáculos, os foyers e espaços de estar e circulação pública, e, por último, as laterais de apoio e serviços...

Continuação do Texto e das Imagens no link abaixo, no site da ArcoWeb:
http://www.arcoweb.com.br/lighting/ld-studio-teatro-municiapal-rio-janeiro-23-11-2011.html 





















Substituídas as lâmpadas e restauradas as luminárias da sala de espetáculos, criou-se iluminação homogênea e difusa, de grande eficiência





















No foyer do balcão nobre, refletores de fachos variados, ocultos nas cimalhas sobre os pilares, iluminam homogeneamente a abóbada e garantem translucidez ao vitral da fachada















A iluminação da fachada prioriza o efeito homogêneo

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Finalizada a restauração dos azulejos da fachada do Museu Republicano “Convenção de Itu”

A restauração da azulejaria externa do Mudeu Republicano “Convenção de Itu”/MP/USP, iniciada em agosto de 2012, foi finalizada e está disponível para observação da população. A obra esteve a cargo do Estúdio Sarasá, altamente especializado em restauração de edifícios históricos, especialmente de azulejos. A maior parte dos azulejos foi restaurada. Uma pequena parte foi substituída por réplicas.
Como o Museu Republicano é um museu universitário, pertencente à Universidade de São Paulo, ocorreram algumas ações relacionadas:
  • A obra foi acompanhada pela Engenheira Fabiana Oliveira, professora da FAUUSP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo).
  • Com a retirada parcial de azulejos, exemplares estão sendo analisados em laboratório do Instituto de Física da USP, pela Profa. Dra. Márcia Rizutto, com a finalidade de conhecermos mais precisamente a composição dos azulejos (argila, pigmentos, etc.).
  • Uma série de ações de curadoria museológica foi realizada, como a exposição de azulejos portugueses apresentada atualmente no Museu e um caderno sobre os azulejos do Museu.
Durante as obras, o Museu não fechou ao público. Foram colocados andaimes sobre a fachada, mas sobre ela foi instalada uma tela de proteção decorada com a fachada do próprio Museu. Isto se tornou um atrativo a mais.
A restauração da azulejaria interna foi feita em 2011. O serviço específico de recuperação dos azulejos internos e externos foi realizado ao longo de outras obras nos últimos anos e não há como recuperar o valor específico deste serviço.


 

Lançamento do livro Kruchin, uma poética da história. Obra de Restauro

Samuel Kruchin é titular da Kruchin Arquitetura – um dos primeiros escritórios a trabalhar, no âmbito privado, com a área de preservação e restauro
Kruchin: uma poética da história ‐ obra de restauro apresenta, em edição bilíngue com 360 páginas ilustradas, a atuação do arquiteto Samuel Kruchin no âmbito do restauro em arquitetura.
Abrindo com 5 ensaios nos quais o arquiteto discute conceitos centrais para o trabalho de restauro – Memória, Tempo, Unidade de Intervenção, Registro e Expressão do Monumento, entre outros – apresenta também o desenvolvimento 26 projetos e obras realizadas no âmbito da preservação da arquitetura e do urbanismo e das intervenções contemporâneas nesses ambientes, mostrando os processos de trabalho e os conceitos adotados para cada caso. Entre os projetos, destacam‐se monumentos que perpassam os quatro últimos séculos da formação brasileira, de seu universo rural à formação metropolitana. Destacam‐se o Palácio da Justiça e o Palacete Conde de Sarzedas, o Sítio do Capão (Casa do Regente Feijó) e sede da Universidade Cruzeiro do Sul, a Estação Ferroviária de Bananal, o Cine Marabá, a Fazenda Catitó, a Fábrica Santa Helena entre outros.


 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Governo assina convênio para restauração do Instituto de Educação, em Porto Alegre/RS

O Governo do Estado assinou, nesta quarta-feira (19), convênio para a elaboração do projeto de restauro do Instituto Estadual de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre. A iniciativa conjunta entre as secretarias de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano (SOP) e da Educação (Seduc), que destinará recurso no valor de R$ 591 mil, atende a uma demanda de mais de uma década no sentido da melhoria das instalações. A empresa vencedora da licitação, 3C Arquitetura e Urbanismo Ltda, terá um prazo de 180 dias para a elaboração do projeto de restauração.
O titular da SOP, Luiz Carlos Busato, destacou que serão “reformados desde o piso até o telhado, mantendo o histórico do prédio, sua representatividade para Porto Alegre e para todo o Estado”, disse. Uma das prioridades são as obras de acessibilidade, pois, atualmente, existe apenas uma rampa, em situação precária, no acesso à escola pelo estacionamento.
O secretário da Educação, José Clóvis de Azevedo, enfatizou a importância histórica do instituto, patrimônio tombado pelo Estado. A instituição, durante 60 anos, foi a única formadora de professores no Rio Grande do Sul. “O instituto é a vertente da educação gaúcha. A realização do projeto de restauro é o símbolo da retomada e do resgate da educação em nosso Estado”, afirmou.
Os secretários destacaram que o prazo para a entrega do projeto é de 180 dias. Por dia circulam no local mais de 2 mil pessoas, entre alunos e funcionários. Texto: Assessoria SOP/Foto: Walter Fagundes/Edição: Redação Secom

Fonte: http://www.defender.org.br/governo-assina-convenio-para-restauracao-do-instituto-de-educacao-em-porto-alegrers/

 

Manuscritos do Mar Morto poderão ser acessados na internet

Iniciativa é da Autoridade Israelense de Antiguidades, que fotografou o material.
Os Manuscritos do Mar Morto, que remontam há mais de 2 mil anos, poderão ser acessados por meio da internet. A iniciativa é da Autoridade Israelense de Antiguidades que fotografou o material e colocou à disposição na internet. Atualmente o material está guardado no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.
Na relação que poderá ser consultada estão os fragmentos mais antigos dos pergaminhos do Antigo Testamento, como os  Dez Mandamentos, alguns capítulos de Génesis, dos Salmos, de Isaías e textos apócrifos.
Para reproduzir as imagens, foram utilizadas as técnicas mais modernas, desenvolvidas por especialistas da agência espacial norte-americana, a Nasa. Segundo especialistas, os documentos mais antigos são do século 3 antes de Cristo e o mais recente é do ano 70, quando houve o domínio romano sobre a região que hoje é Israel.
Os Manuscritos do Mar Morto são uma coleção de centenas de textos e fragmentos de texto encontrados em cavernas de Qumran, no Mar Morto, entre os anos de 1940 e 1950. O trabalho de compilação do material é atribuído aos essênios, grupo que viveu em Qumran, no período anterior a Jesus Cristo.

Fonte: http://www.defender.org.br/manuscritos-do-mar-morto-poderao-ser-acessados-na-internet/ 










Conheça as cidades mais antigas do planeta

Reportagem do Site da Revista Casa Vogue, sobre as cidades mais antigas do mundo:
 
Elas não foram as primeiras cidades a serem fundadas na história, mas podem se vangloriar de ser, hoje, as detentoras do título de urbes mais antigas ainda "em atividade" no mundo. Conheça abaixo as cinco cidades do planeta que permanecem habitadas há mais tempo, reunindo, há milênios, moradores, visitantes, muita cultura e muita história.

Jericó, Palestina  desde 9000 a.C.
É dífícil de acreditar que esta pequena cidade de apenas 20 mil habitantes seja a aglomeração urbana mais antiga de que ainda existe. Mas o vilarejo agrícola situado nas proximidades do rio Jordão tem vestígios de ocupação que datam do ano 9600 a.C. De acordo com escavações arqueológicas, no ano de 9400 a.C., o local reunia nada menos do que 70 casas, com um total de mil habitantes.
A importância de Jericó na história do Oriente Médio é tanta que a Bíblia Sagrada cita a cidade 70 vezes. Foi ali, por exemplo, que Jesus Cristo curou dois cegos. Antes disso, ela esteve sob domínio de persas, helenos e romanos, passando em 660 d.C. para o domínio do califado árabe. De 1517 a 1918, pertenceu ao Império Turco-Otomano e, atualmente, pertence à Palestina.











 Damasco, Síria – desde 6300 a.C.
Capital da Síria, Damasco é a segunda cidade seguidamente habitada há mais tempo. Algumas escavações, porém, levantam a possibilidade de que sua região já contasse com assentamentos humanos por volta de 9000 a.C. Registros históricos descrevem a colonização do local desde 6300 a.C., sendo que, a partir do segundo milênio a.C., ela já tinha importância política reconhecida.
Atualmente, a região metropolitana de Damasco tem uma população estimada em mais de 4,8 milhões de habitantes. Sua posição geográfica justifica tanta importância. A apenas 80 km do mar Mediterrâneo, seu território está próximo do rio Eufrates, o que a colocou durante milênios nas principais rotas comerciais entre Oriente e Ocidente.















Biblos, Líbano  desde 5000 a.C.
Biblos é considerada a mais antiga cidade da mais antiga civilização da Idade Antiga: os fenícios. Ela está situada a 42 km ao norte de Beirute, Líbano, em uma região que atrai turistas estrangeiros não somente por sua importância histórica, mas por conta da beleza de suas praias. Há inúmeros sítios arqueológicos dentro de sua area urbana, alguns deles comprovando a existência, ainda no terceiro milênio a.C., de casas com aspecto similar.
Sua ocupação milenar também se justifica pela posição geográfica, na rota entre Europa e Ásia. A cidade esteve sob domínio árabe a partir de 636 d.C., passando para domínio Cruzado em 1098 e para o Império Turco-Otomano em 1516. Atualmente, sua população é de apenas 40 mil habitantes, boa parte deles dedicada ao turismo e aos esportes navais.

















Alepo, Síria – desde 5000 a.C.
Mais populosa cidade da Síria, Alepo possui mais de 5,1 milhões de habitantes. A pesquisa arqueológica na região é dificultada não apenas pelo atual isolamento do país, mas também porque boa parte dos modernos edifícios de seu centro foi construída sobre os antigos assentamentos. Mas os poucos registros comprovados datam as primeiras aglomerações em mais de 5000 a.C.
Documentos e registros históricos, porém, afirmam que Alepo era o principal entroncamento entre as rotas que ligavam a Europa à China, à Mesopotâmia e, por terra, ao Egito. Atividades comerciais e religiosas fizeram da cidade um dos centros urbanos mais cosmopolitas da Idade Antiga.

















Atenas, Grécia  desde 5000 a.C.
Capital da Grécia, Atenas é, há milênios, a principal aglomeração urbana do sudeste da Europa. Centro de política, arte e filosofia, a cidade é o berço da cultura ocidental, tanto pela relevância da Civilização Grega quanto por sua influência sobre o Império Romano. Embora haja registros de ocupação de 5000 a.C., a região só ganhou importância a partir do segundo milênio a.C.
Durante a Idade Média, a cidade entrou em franca decadência, ganhando novamente importância durante o Império Bizantino e as Cruzadas. Atenas também esteve sob domínio do Império Turco-Otomano, mas, desde o século 19, quando conquistou a independência, é a capital da Grécia. Seus sítios arqueológicos, como a Acrópole, são conhecidos mundialmente.











Fonte: http://casavogue.globo.com/LazerCultura/noticia/2012/07/conheca-cidades-mais-antigas-do-planeta.html

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mensagem de Natal e Ano Novo do Blog

A todos os leitores e seguidores do Blog História e Arquitetura, meu muito obrigado pelo carinho, desejando a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

Eder Santos Carvalho - Proprietário do Blog

Que neste Natal,
eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.

Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.

Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.

Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.

Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.

Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.

Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.

Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.

Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.

Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.

Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.

Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra.





















Arquitetura de Madeira Russa

Arquitetura de madeira russa vive época de renascimento
Construções estão necessitando de restauração
A arquitetura de madeira do norte da Rússia se encontra em estado grave e pode ser completamente perdida nos próximos dez anos. Esta declaração foi feita pelo diretor de Centro de Voluntariado de Restauração das Igrejas de Madeira do Norte, “Causa Comum”, sacerdote Alexey Yakovlev. Ele observou que os belos exemplos desta arte, e principalmente as suas igrejas, conseguiram sobreviver nos tempos soviéticos graças ao seu uso para fins agrícolas, que as salvou da destruição.
Segundo sacerdote, nos últimos 20 anos as construções desse tipo foram completamente abandonadas e precisam de uma reparação urgente. Atualmente, em estado grave se encontram as igrejas de diferentes épocas, muitas delas pertencem aos séculos XVII e VIII e cada uma tem a sua história própria. Numa dessas igrejas, por exemplo, foi encontrada uma bomba alemã dos tempos da II Guerra Mundial que não podia ser transportada. A equipe do Ministério para Situações de Emergência teve que explodi-la diretamente na igreja, causando danos significativos para construção.
Em cinco anos de existência, os funcionários do Centro de Voluntariado de Restauração das Igrejas de Madeira do Norte conseguiram organizar por conta própria cerca de 70 expedições. Em 85 templos, foram realizadas as obras de emergência com retirada dos restos de demolição. No total, os trabalhos de restauração aconteceram em 120 igrejas e em, aproximadamente, 15 templos já podem ser realizadas as missas.
Segundo Alexey Yakovlev, o número exato de igrejas de madeira é desconhecido, pois até agora continuam sendo descobertas as novas construções perdidas no tempo.

Fonte: http://arquiteturaeurbe.com/2012/12/20/arquitetura-de-madeira-russa/ 

http://russiashow.blogspot.com.br/2011/05/as-construcoes-de-madeira-no-norte-da.html 
 














quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

ALOÍSIO MAGALHÃES - O Bem Cultural

“Definir o que seja bem cultural implica por princípio numa antidefinição, dada a multiplicidade das manifestações que emergem das estruturas sociais formadoras da civilização brasileira.
Assim, chegaríamos a tantos conceitos de bem cultural quantas fossem as situações específicas geradoras de cultura. Cultura entendida aqui como o processo global que não separa as condições do meio ambiente daquelas do fazer do homem. Que não privilegia o produto – habitação, templo, artefato, dança, canto, palavra – em detrimento das condições do espaço ecológico em que tal produto se encontra densamente inserido.
Dessa forma, cultura e educação evidenciam também a sua indissolubilidade, uma vez que a formação erudita do profissional que projeta a casa, a escola, a igreja, a cidade, tem o seu equivalente na aprendizagem só aparentemente informal do artífice popular, que desde a infância absorve dos mestres locais a elaborada tecnologia ligada à atividade da agricultura, da pesca, e à produção de olaria, de trançado, de tecelagem.
Já em 1937 Mário de Andrade, autor do anteprojeto que deu origem a Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, propunha a superação do “sofisma sentimental do ensino primário” e acrescentava: “Ele é imprescindível, mas são imprescindíveis igualmente os institutos culturais em que a pesquisa vá de mãos dadas com a vulgarização, com a popularização da inteligência.” Enfatizando que “defender o nosso patrimônio histórico e artístico é alfabetização” , Mário insistia também num “maior entendimento mútuo”, num “maior nivelamento geral da cultura que... a torne mais acessível a todos, e em consequência lhe dê uma validade verdadeiramente funcional.” Reivindicava ainda um movimento recíproco de maior conhecimento entre saber erudito e saber popular através de uma atividade que provocasse  “o erguimento das partes que estão na sombra, pondo-as em condição de receber mais luz”.
O pensamento de Rodrigo Mello Franco de Andrade encontrava-se em perfeita consonância com o de Mário. No “Programa” da revista do novo órgão, lançada em 1937, Rodrigo ressaltava: “O presente número desde logo se ressente de grandes falhas, versando quase todo sobre monumentos arquitetônicos como se o patrimônio histórico e artístico nacional consistisse principalmente nestes. A verdade, entretanto, é que, tal como foi definido pelo decreto-lei de 30 de novembro, aquele patrimônio se constitui do ‘conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por se acharem vinculados a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico’. Equiparam-se ainda a esses valores ‘os monumentos naturais, bem como sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana’.” Era de esperar a ênfase conferida, na época, aos bens monumentais arquitetônicos. Fazia-se realmente necessária uma política de proteção, com caráter de emergência, diante da ameaça de total destruição a que achavam expostos aqueles bens na década de 30. E o Serviço do patrimônio teve o descortino de não só tomar consciência das prioridades de ação exigidas pelo momento como também de efetivamente atuar para atende-las. A geração de Rodrigo e de Mário preservou pra nós os monumentos expressivos do passado ainda existentes no território nacional, quando assumiu essa responsabilidade.
Contradiz também a auto-exigência e o rigoroso escrúpulo de Rodrigo Quanto às  “grandes falhas” da primeira publicação, o fato de constarem dela, e das subsequentes, ensaios sobre a proteção à natureza, culturas indígenas, arquitetura popular, pesca, arqueologia.
Diante de uma sociedade em permanente e desigual transformação, num momento histórico diverso, é nossa tarefa procurar adequar os serviços deste Instituto às solicitações do nosso tempo.
Inscrevem-se nessa preocupação os estudos atualmente em curso objetivando integrar ao IPHAN dois outros órgãos que nos últimos anos vêm ampliando nosso envolvimento com os bens culturais brasileiros: o Programa de Cidades Históricas e o Centro Nacional de Referência Cultural. A fusão desses esforços nos permitirá enfrentar o desafio de hoje com a esperança de acerto que nos compele a solicitar a participação de todos – do indivíduo à comunidade – para o diálogo contínuo e aberto, imprescindível e contemporâneo a qualquer ação que se faça sentir sobre um patrimônio cultural comum.
Esta publicação é um primeiro passo nesse sentido.
Terá cumprido a sua função quando as respostas e iniciativas que suscitar venham integrar-se a uma prática coletiva, elaborada continuamente, que entenda os bens culturais como expressão completa da qualidade de vida do homem.”
( Aloísio Magalhães Diretor-Geral do IPHAN – Editorial do n.º0 Publicação IPHAN – 1979)

Fonte: http://proteuseducacaopatrimonial.blogspot.com.br/2012/12/aloisio-magalhaes.html 












 Nuvem de palavras produzida a partir do conceito de bem cultural construído coletivamente na eletiva Memória e bens culturais

MG – Projeto da UFMG de restauração da Casa de Câmara e Cadeia de Mariana será lançado esta semana

A partir de projeto coordenado pelos professores Leonardo Castriota e Flávio Carsalade, da Escola de Arquitetura da UFMG, a Câmara de Mariana – a primeira de Minas Gerais e única ainda em funcionamento no primeiro prédio construído com o propósito de abrigá-la – vai ser restaurada e ganhar ampliação contemporânea. O projeto será lançado na próxima quinta-feira, 20 de dezembro, a partir das 19h, no próprio prédio, juntamente com livro e exposição relativos à história da antiga Casa de Câmara e Cadeia e ao projeto de restauro.
Tombada como patrimônio nacional pelo Iphan em 1947, a Casa de Câmara e Cadeia será restaurada e ampliada em parceria da Câmara com a UFMG.O edifício, que mantém seu uso original desde os tempos do Brasil Colônia, hoje não comporta a estrutura do Poder Legislativo de Mariana, que aluga outras edificações.
De acordo com o professor Leonardo Castriota, apesar de manter seu uso e ter seu valor histórico e arquitetônico chancelado pelo tombamento federal, o edifício encontra-se em mau estado de conservação. “O prédio tem problemas como a perda parcial de peças de madeira do forro, instalações elétricas aparentes, trincas, desgaste no piso em madeira, infiltrações, luminárias instaladas diretamente no forro, instalações sanitárias inadequadas, manchas nas paredes e apodrecimento de peças estruturais de madeira do forro”, diz Castriota.
Para solucionar as questões da falta de espaço e da necessidade de restauração, a administração da Câmara recorreu ao Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da UFMG, programa interdisciplinar que reúne docentes e pesquisadores das mais diversas áreas atuando no campo do patrimônio cultural. O projeto envolveu equipe interdisciplinar formada por arquitetos, engenheiros, historiadores e turismólogos, entre outros profissionais.

O projeto
De acordo com os autores do projeto, transferir a sede da Câmara Municipal de Mariana – um dos principais símbolos do poder civil de Minas Gerais – para outro local seria esvaziar o grande significado simbólico tanto do edifício, quanto do trecho urbano onde ele se insere, perdendo a oportunidade preservar a história e a memória. “O prédio está localizado na Praça Minas Gerais, em diálogo com as igrejas, o que aponta as dimensões sagrada e civil que marcam particularmente a nossa história”, destaca Castriota. Os espaços disponíveis foram usados para a ampliação de modo discreto, e os acessos buscam atender a dois critérios básicos: o da acessibilidade universal e o da sua valorização.
O livro e a exposição Casa de Câmara e Cadeia de Mariana: a recuperação de um patrimônio nacional apresentam os estudos realizados para o projeto de restauro da Câmara de Mariana e para a construção de um anexo. De acordo com os professores da UFMG, os produtos abordam simultaneamente as questões da restauração e da intervenção transformadora nos monumentos históricos – problema que tem causado polêmica desde o século 19, quando se contrapõem os defensores do restauro estilístico e os da conservação pura, questão que merece discussões mais aprofundadas no Brasil.
“A mostra e a publicação também registram etapa preliminar e necessária de qualquer proposta de conservação e intervenção: os estudos prévios para conhecimento do monumento histórico”, ressalta Leonardo Castriota. “Os estudos históricos, arqueológicos, construtivos e patológicos são fundamentais tanto para a determinação dos critérios a se empregar na restauração, quanto na própria atribuição de valor aos edifícios históricos, ou seja, na determinação de seu caráter como verdadeiro patrimônio arquitetônico. Em última instância, é esse trabalho que indica os caminhos para a intervenção.”

Fonte:  http://www.defender.org.br/mg-projeto-da-ufmg-de-restauracao-da-casa-de-camara-e-cadeia-de-mariana-sera-lancado-esta-semana/




MG – Moradores de Estrela do Sul fazem reforma de igreja tombada

Prefeitura diz que não tem verba para executar projeto de restauração. IEPHA alerta sobre fato de que toda obra deve ser acompanhada.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, em Estrela do Sul, no Alto Paranaíba,  está sendo reformada pelos moradores da cidade. Construída há cerca de 200 anos, a obra em estilo colonial está abandonada há pelo menos 20. Segundo o prefeito da cidade, Lycurgo Farani, não existe verba para executar um projeto de restauração, feito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 1996, e orçado em R$400 mil. “Hoje Estrela do Sul tem uma arrecadação de R$850 mil a R$900 mil por mês e essa restauração tem um valor significativo, que infelizmente a Prefeitura não tem condições de assumir”, justificou. Contudo, ao G1, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) alertou para o fato que toda obra precisa ser acompanhada por especialistas.
Diante da impossibilidade da restauração, o padre Devanir Machado e a moradora Rosa Maria Ferreira começaram uma campanha para arrecadar dinheiro para uma reforma. Com R$100 mil eles já reforçaram a estrutura com ferro, reconstruíram o altar, o telhado e parte das paredes. “Nós fizemos um trabalho emergencial, de forma que essa igreja ficasse em pé e esse patrimônio preservado”, disse o padre.
Ainda segundo o padre, o acompanhamento de um profissional da área de restauração realmente não foi possível por questões financeiras. “Estamos fazendo da maneira que damos conta, mas precisamos de mais profissionais e mais dinheiro para tornar essa igreja um lugar melhor do que está”, acrescentou.
Durante o tempo em que ficou abandonada, a igreja virou ponto de uso de drogas. Os bancos já não são os originais porque foram roubados, nem o assoalho, que foi queimado por invasores que fizeram buracos para tentar achar diamantes que eles pensaram que os escravos pudessem ter escondido.
Nem o promotor de Justiça conseguiu ajudar. De acordo com André Melo, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) não reconhece que Estrela do Sul é uma cidade de relevância histórica e que o ICMS recolhido não vai para os projetos de restauração de imóveis na cidade. “Hoje nós temos mais de 100 imóveis tombados em nível municipal”, disse o promotor.
Os moradores gostariam de ver a igreja funcionando novamente.“A gente sente mal porque é uma coisa da época dos escravos e a gente vê ela abandonada. Sentimos tristeza por isso”, lamentou o morador Nivaldo Batista.
A assessoria de imprensa do IEPHA informou ao G1, por telefone, que não tem nenhum imóvel tombado em Estrela do Sul, mas que isso não impede que a Prefeitura tombe bens que acredite que sejam importantes para a história da cidade.
Ainda segundo a assessoria, a restauração de um bem tombado deve ser feita acompanhada de especialistas, engenheiros e arquitetos, por exemplo, e que se a intervenção for feita sem a supervisão desses profissionais o bem acaba sendo descaracterizado e a história se perde. O IEPHA recomendou, ainda, que os projetos de restauração sejam encaminhados para as Leis de Incentivo à Cultura para que empresas possam bancar as restaurações.

Fonte: http://www.defender.org.br/mg-moradores-de-estrela-do-sul-fazem-reforma-de-igreja-tombada/ 
















Igreja em Estrela do Sul é reformada por moradores (Foto: Reprodução/TV Integração)

Caxias do Sul/RS – Livro sobre cultura italiana e restauro das casas centenárias

A restauração de duas casas centenárias de madeira em estilo colonial italiano, com influência internacional dos chalés, edificadas em 1904 e 1908 na comunidade de Galópolis (em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha) e pertencentes ao imigrante italiano Hércules Galló, é o embrião de um centro cultural e também tema de um livro, lançado recentemente.
Com o título Galópolis e os italianos: patrimônio histórico preservado a serviço da cultura, a publicação tem como autor e editor o jornalista porto-alegrense Ricardo Bueno, da Alma da Palavra, e conta com o apoio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura. A obra é uma realização da Quattro Projetos para o Instituto Hércules Galló, presidido por José Galló, diretor-presidente das Lojas Renner e neto de Hércules Galló. O Instituto foi criado em 2011 com a missão de gerir o futuro centro cultural e turístico que está sendo idealizado para a comunidade de Galópolis, com forte presença e influência da imigração italiana.
Todo o processo de intervenção dos dois imóveis, herdados por José Galló e tombados pelo Patrimônio Histórico do Município de Caxias do Sul em 1º de julho de 2010, é cuidadosamente retratado na publicação, que também faz um apanhado da história da imigração italiana com suas tradições que se mantêm vivas e pulsantes no vilarejo até os dias de hoje.
Com 144 páginas, o livro é dividido em três partes. A chegada dos imigrantes, o surgimento da vila, a construção das primeiras casas, a economia local e os personagens que tiveram papel relevante nessa história são resgatados na primeira parte. A segunda parte é dedicada ao estilo e à influência arquitetônica da região e das casas restauradas, acompanhando de perto desde a história dos moradores que ocuparam os imóveis até o momento do tombamento e a idealização do centro cultural que, futuramente, deve abrigar um memorial e um museu com a história da indústria têxtil de Galópolis e da região, que têm seu desenvolvimento profundamente ligado a esse setor. O livro pode ser adquirido em www.galopoliseositalianos.com.br

Fonte: http://www.defender.org.br/caxias-do-sulrs-livro-sobre-cultura-italiana-e-restauro-das-casas-centenarias/ 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

IV Seminário docomomo sul - norma e licença na arquitetura moderna do cone sul

CHAMADA DE TRABALHOS
IV Seminário DOCOMOMO SUL, com o tema PEDRA, BARRO E METAL: norma e licença na arquitetura moderna do cone sul americano. 1930-1970, promovido pelo PROPAR-UFRGS (Programa de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a realizar-se durante os dias 25 a 27 de março de 2013 no auditório da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Porto Alegre. O evento é co-promovido pelo DOCOMOMO Brasil e DOCOMOMO Rio Grande do Sul sediados no programa assim como pelo DOCOMOMO Paraná, o capítulo brasileiro e braços locais da organização internacional empenhada na documentação e conservação do movimento moderno em arquitetura. Tem o apoio da Uniritter, via seu Núcleo de Projetos e Laboratório de Teoria e História da Arquitetura. O seminário se enquadra na série dos seminários DOCOMOMO, já consagrados como o principal evento sobre a arquitetura moderna no país. Desde 1995, já foram realizados 9 Seminários DOCOMOMO Brasil, 3 Seminários DOCOMOMO São Paulo, 4 Seminários DOCOMOMO Norte-Nordeste e 3 Seminários DOCOMOMO Sul, 2 Seminários DOCOMOMO RJ e 1 DOCOMOMO MG. Note- se que, dada a situação de Porto Alegre, o Seminário DOCOMOMO Sul é na verdade um seminário internacional no seu escopo. O material no seu site www.ufrgs.br/docomomo está sendo publicado tanto em português quanto em espanhol e inglês.
O seminário quer recordar a importância técnica, formal e simbólica da pedra, do barro e do metal para a arquitetura moderna em terras sul-americanas, incluindo todo tipo de componentes técnico-construtivos feitos a partir desses materiais (blocos, paralelepípedos, placas, tijolos, perfis, telhas, revestimentos cerâmicos, etc). Visa examinar, revisar e discutir as diversas maneiras como arquitetos e engenheiros da região abaixo do paralelo 22 reagem no período 1930-70 às potencialidades e problemas da pedra, do barro e do metal enquanto estrutura, cobertura, compartimentação, pavimentação, revestimento, mobiliário, como respondem a uma condição orgânica carregada de conotações naturalistas e a uma capacidade de industrialização e/ou mineralização inovadoras, como se enquadram nos discursos e nas práticas do período, em que medida referendam norma ou constituem licença, como se comparam com experiências pregressas e contemporâneas em outros lugares.
Nessa perspectiva, serão bem-vindos trabalhos inéditos de estudiosos brasileiros e estrangeiros tratando da documentação, conservação e análise de edifícios, componentes de edifícios e/ou espaços abertos conformes aos parâmetros geográficos, cronológicos, estilísticos e materiais que o tema propõe. As apresentações de trabalho conformes à chamada, a se desenvolver em sessões paralelas durante dois dias. Como no I Seminário DOCOMOMO SUL que versou sobre Vidro, no II Seminário DOCOMOMO SUL que versou sobre Concreto, e no III Seminário, que versou sobre Madeira, o programa começa com o exame do estado da arte no começo do período de estudo e termina com uma discussão sobre as perspectivas contemporâneas do material.

PROGRAMA
DIA 1 - PANORAMAS manhã
Sessão de abertura, conferências e mesa redonda - Pedra, barro e metal na arquitetura moderna
Maristella Casciato - Roma
Theo Prudon - Nova York
Mario Mendonça - Salvador
tarde
Sessão de comunicações e avaliação

DIA 2 - DESENVOLVIMENTOS manhã
Sessão de comunicações e avaliação
tarde
Sessão de comunicações e avaliação

DIA 3 - REFLEXOS manhã
Sessão de conferências - Pedra, barro e metal na arquitetura atual
Solano Benitez - Assunção
Sebastián Irarrazaval - Santiago
Fernanda Bárbara - São Paulo
tarde
sessões de comunicação e avaliação
Encerramento

CRONOGRAMA
A Comissão Científica do IV Seminário DOCOMOMO Sul fará a seleção de trabalhos para apresentação oral com publicação ou simples publicação. A seleção será feita em duas etapas. A primeira seleção se fará através de resumo (máximo de 600 palavras), com iconografia e bibliografia. A segunda etapa da seleção definirá a categoria de apresentação do trabalho e será feita por meio da análise do texto completo. O cronograma segue abaixo:
02/01 - Data limite para envio dos resumos; (prazo já prorrogado)
15/01 - Informe da seleção dos resumos;
17/02 - Data limite para envio do texto completo;
03/03 - Informe da categorização dos trabalhos;
25/03 - Abertura do evento.

Mais informações no site do Evento: http://www.docomomo.org.br/indexfutura.htm 


 

A Casa da Flor - tudo caquinho transformado em beleza

18/12/2012   
Construída com objetos retirados do lixo, e de lugares inesperados, a Casa da Flor guarda um mundo de imaginação, historia e curiosidades.
O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e Amelia Zaluar lançam, na próxima quinta-feira, dia 20, às 18h, o livro A Casa da Flor – tudo caquinho transformado em beleza. A Obra é resultado de pesquisas realizadas entre 1978 e 1985, por Amelia Zaluar junto com o criador do casa, Gabriel Joaquim dos Santos. A partir dai a autora vem desenvolvendo um trabalho de divulgação da Casa da Flor com o objetivo de preservar o local e todo o trabalho realizado.
A Casa da Flor foi construída em 1912 em São Pedro da Aldeia (RJ), por Gabriel Joaquim dos Santos (1892-1985), um trabalhador nas salinas, filho de uma índia e de um ex-escravo africano, com muita atitude e criatividade. Os materiais utilizados veem de lixos domésticos e de obras civis, que dão todo formato, sendo guiados por sonhos e uma fértil imaginação. Desde 1986 é um monumento tombado pelo governo do estado do Rio de Janeiro e está em processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (IPHAN).
O livro com 120 páginas e 94 fotografias foi organizado pela autora em capítulos que apresentam a biografia do artista; a descrição do espaço social e da ornamentação da edificação; os cadernos de apontamentos do artista. Para a autora, a Casa da Flor é a “obra-prima da arquitetura espontânea em nosso país”. A obra contém, ainda, imagens poéticas faladas por Gabriel nas entrevistas e um capítulo sobre a restauração completa do imóvel em 2001.
Serviço
Lançamento do livro: A Casa da Flor – tudo caquinho transformado em beleza
Data: 20 de dezembro de 2012, às 18h
Local: Biblioteca Amadeu Amaral
 Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular
 Rua do Catete, 179 (Metrô Catete)

Mais informações
Setor de Difusão Cultural
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular – CNFCP
Rua do Catete, 179, Catete (metrô Catete), Rio de Janeiro, RJ 22.220-000
Tel.: (21) 2285-0441/ 2285-0891/ 2205-0090
www.cnfcp.gov.br
Fonte: Ascom - CNFCP 

Fonte:  http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=0E5A2B26DDC2FF0D59A28ABFA41C8EA2?id=17099&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia


domingo, 16 de dezembro de 2012

Cidade de São José - Santa Catarina

O município de São José faz parte da região metropolitana de Florianópolis, no litoral do estado, conurbando-se com a capital catarinense. Possui, segundo o Censo IBGE do ano de 2010, uma população de 209.804 habitantes, sendo o quarto município mais populoso do estado, atrás de Joinville, Florianópolis e Blumenau.

Centro cheio de história 
As praças Arnoldo de Souza e Hercílio Luz, que compõem o Centro Histórico, foram espaços de grandes acontecimentos. Conforme as lembranças do historiador e morador do local, Osni Machado, aos redores das praças ficavam a Prefeitura, a Câmara de Vereadores, o cinema, igreja, campo de futebol e o teatro.
“Ali moravam as famílias tradicionais, como os Gerlach, Olavo da Silva e Souza. Entre os anos 30 a 50, Diba Elias Gerber era uma figura muito conhecida por ser parteira. Desde 1944, Machado vive no Centro, espaço que era destinado às brincadeiras do Grupo Escolar Francisco Tolentino.
O atual jardim da Câmara de Vereadores era o antigo campo de futebol, que durou até 1970. “O time Ipiranga tinha bons jogadores que foram aos times profissionais. Em dias de jogo, a praça ficava cheia. Era o ponto de encontro”, ressalta. Atrás da atual Câmara, ele lembra que existia uma empresa de exportação de madeira, mas após a Segunda Guerra Mundial o estabelecimento fechou.
“Hoje, o local está mais arborizado e urbanizado. mas deixou de ser o ponto de encontro, não tem cinema, nem campo de futebol. As lembranças estão vivas somente na memória de quem passou por ali”, destaca Machado. A Festa do Divino Espírito Santo é uma das poucas atividades que foi mantida, segundo o historiador. “A comemoração deixou de ser simples para dar lugar as roupas luxuosas, sofisticadas e brilhantes”, observa.

Loteamento se torna bairro 
O nome Kobrasol surgiu da junção das maiores empresas que se localizavam na região, como a Brasilpinho e Cassol. Em 1970, foi lançado o loteamento Parque Residencial Kobrasol, que fazia parte do bairro Campinas. Paulo Vitorino da Silva, morador há 14 anos, lembra como o local era calmo.
Todas as vias eram de lajotas, o que segundo Silva, ajudava no escoamento da água da chuva. “Com o asfalto, a água não consegue vazar porque as tubulações não são adequadas. O bairro cresceu muito e a infraestrutura não estava preparada”, afirma. O morador lembra que o transporte coletivo era mais precário, não existiam os circulares e, dependendo do destino, era preciso ir ao Centro de Florianópolis para pegar a condução.
“Logo que cheguei ao bairro, a movimentação comercial começou, mas o ponto de partida foi a inauguração do calçadão avenida Lédio João Martins, em março de 2000, que melhorou a situação dos pedestres”, diz Silva. A população do Kobrasol é de 40 mil habitantes, 19% de toda a cidade, é o bairro com o maior número de pessoas por metro quadrado do Estado. “Não perdemos nada a Capital, tem de tudo aqui”, avisa.
A segurança pública de antes é elogiada pelo morador, já a de hoje, é criticada. “Encontrávamos facilmente policiais transitando nas ruas, agora é muito difícil achá-los”, reclama.

População de Campinas mais que dobrou em dez anos
Na década de 60, havia somente 40 residências em Campinas e a avenida Josué di Bernardi era até a ponte sobre o Rio Araújo, o restante era mato. A Procasa e próximo de onde é o Shopping Itaguaçu também não existiam, conta Nilzo José Heck. “Campinas era um pasto. Tinha um abatedouro e o gado ficava solto até onde é o atual Kobrasol”, recorda. Hoje, são 28 mil habitantes.
Segundo Heck, as primeiras casas começaram a aparecer na década de 70 e onde é o atual colégio havia duas salas de aula. “O comércio surgiu depois de 1985, com a chegada das Casas da Água. Quando o Germano Vieira foi prefeito, calçou todas as ruas e isso incentivou a construção civil”, lembra.
Um dos moradores mais antigos de Campinas, Heck relata que o bairro não tinha vida própria e a comunidade dependia de localidades vizinhas como o Estreito e o Centro da Capital. “Hoje é muito diferente. As principais lojas de materiais de construção estão aqui hoje. Os preços dos imóveis estão comparados aos da Beira-mar de Florianópolis. Há um condomínio que será lançado e venderá apartamentos por mais de R$ 1 milhão”, acrescenta.
Heck é proprietário do bar dentro do Ginásio de Campinas. Ele acompanhou a construção da área de lazer e recorda que as características do local não mudaram. “O ginásio atende a comunidade até hoje. Aqui há escolinhas esportivas e grandes atletas jogaram fora do País começaram aqui”, informa.

Beleza e valorização à Beira-mar 
Há 40 anos, Reinaldo Conrado vive da pesca. Ele costumava pescar camarão, berbigão, siri e todas as espécies de peixe no Rio Araújo e na baía josefense. Ele se lembra das águas claras e da possibilidade da pescar na beira do mar. “Eu tinha um rancho no rio. Podíamos viver somente da atividade pesqueira. Agora, conseguimos pescar somente tainhota”, lembra.
A vida de pescador de hoje é mais complicada. É preciso pegar o barco e ir mar adentro devido à sujeira. “Onde é a Beira-mar de São José era mar. O espaço foi aterrado e trouxe pontos positivos e negativos à comunidade”, observa. A tranquilidade das décadas anteriores foi transformada na beleza e insegurança da avenida de hoje, inaugurada há cerca de dez anos.
Com a construção dos primeiros prédios e oficinas, os dejetos começaram a ser jogados no mar. “Até a década de 80, era possível pescar de anzol, depois a cidade foi crescendo muito e a fiscalização não acompanhou o desenvolvimento”, reclama. O pescador diz que a Beira-mar de hoje é bonita, trouxe desenvolvimento ao local, mas também preocupação e medo.
“De dia é ótimo passar por aqui. Há um movimento intenso de veículos, mas à noite não há nada. É deserto. É um local de usuários de drogas e mendigos. Não podemos estacionar o carro e ir pescar à noite. O vandalismo tomou conta do lugar. Ainda está muito longe de ser um espaço para diversão e lazer”, descreve Conrado. 

Publicado em 19/03-11:29 por: Paulo Jorge Pereira Cassapo Dias Marques.
Atualizado em 15/12-23:34 

Por Mariella Caldas



No link abaixo - Blog São José City - informações mais detalhadas sobre o município de São José, seu centro histórico e fatos marcantes da cidade:

















Casarão da Sede da Freguezia
















Casario Açoriano
















Solar da Guarda Nacional



















Igreja Matriz São José 













  


Casa de Câmara e Cadeia


 
















Teatro Adolpho Mello

  













Casario Açoriano - Casas em fita



 















Arcos em tijolo maciço