domingo, 30 de agosto de 2015

Primeiro arranha-céu do país é tombado pelo Iphan


Criado em 28/08/15 18h36 e atualizado em 28/08/15 19h27 

Por Nanna Pôssa Fonte:Radioagência Nacional

Quem passa pela Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro nos dias de hoje não consegue reconhecer o antigo esplendor do primeiro arranha-céu da América Latina: o edifício A Noite. O prédio histórico está há mais de 3 anos fechado, e acaba de entrar na lista de bens culturais protegidos pelo governo brasileiro.
O tombamento do imóvel foi aprovado pelo conselho do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em abril de 2013, mas a homologação somente foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (27).  

O edifício foi inaugurado em 1929. De acordo com o parecer do Iphan, o prédio de 22 com vista para a Baía de Guanabara é emblemático tanto pelo aspecto arquitetônico como cultural.
Ele é o marco do processo de verticalização da cidade e também era de lá que a Rádio Nacional transmitia para todo o país notícias, músicas e novelas. Nos corredores, circulavam artistas como Cauby Peixoto, Emilinha Borba, Marlene e Francisco Alves.

 A atriz e radialista Daisy Lúcidi começou a trabalhar no edifício A Noite no início da década de 1950 e até hoje comanda o programa Alô, Daisy!, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Daisy lembra do glamour na época de ouro da rádio. "A Rádio Nacional foi um marco  na vida do Brasil. Nós tínhamos rádio teatro desde oito e meia da manhã, até dez horas na noite um teatro completo, e à noite nós trabalhávamos a rigor. Nós tínhamos camarim, nós levávamos vestidos compridos, os homens, smoking".

 Hoje o edifício A Noite pertence ao governo federal e está fechado precisando de uma reformas estruturais. Os últimos a saírem foram os trabalhadores da Rádio Nacional e da Agência Brasil que foram transferidos em 2012. Mesmo desativado, a manutenção mínima e vigilância 24 horas consomem por mês em média R$ 388 mil dos cofres públicos. Quem paga é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que ocupava 18 andares do imóvel.

 O destino do prédio ainda é incerto. O INPI afirmou que lançou em 2012 uma licitação para elaboração de um projeto de reforma, mas por causa de restrições orçamentárias os planos nunca saíram do papel. O tombamento, que proíbe que o prédio seja desconfigurado do original, ajudou a encarecer a proposta de revitalização. De acordo com a nota do INPI hoje o órgão avalia junto com os Ministérios do Desenvolvimento e do Planejamento alternativas para viabilizar a utilização do edifício.

























Edifício A Noite - Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Edif%C3%ADcio_Joseph_Gire#/media/File:EdificioANoite.jpg


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Restauro da Torre Arco-íris em Milão é concluído

O Conselho Municipal de Milão, em parceria com a Rete Ferroviaria Italiana Gruppo FS Italiane, concluiu o restauro da famosa Torre Arcobaleno (Torre Arco-íris) em Porto Garibaldi.
Um inexpressivo reservatório de água dos anos 1960, a torre foi renovada para a Copa do Mundo de 1990 como parte de uma iniciativa italiana de transformar estruturas urbanas em ícones reconhecíveis. Naquela época, a torre fez parte do projeto Worderline, que buscava levar cores a projetos artísticos e arquitetônicos.
O escritório milanês Original Designers 6R5 Network liderou tanto o projeto original como o de restauração, que também contou com o apoio de companhias como Bazzea-B Construction Technology, Condor, Fila Solutions, Mapei e Marazzi.
O restauro dos quase 100 mil azulejos cerâmicos da torre levou 71 dias para ser finalizado e sua conclusão celebra a Expo Milão 2015.
Saiba mais sobre o projeto através do vídeo e das fotografias a seguir.
Fonte: Santos, Sabrina. "Restauro da Torre Arco-íris em Milão é concluído" [Milan Restores Famous Rainbow Tower Tiles] 25 Ago 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 27 Ago 2015. <http://www.archdaily.com.br/br/772384/restauro-da-torre-arco-iris-em-milao-e-concluido>

Imagens: Courtesy of Studio Original Designers 6R5 Network

 



















terça-feira, 18 de agosto de 2015

Modernismo de Brasília inspira história em quadrinhos criada por arquiteto

A cidade de Brasília começou a ser planejada e desenvolvida em 1956 por Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O plano piloto da cidade trouxe características arquitetônicas modernistas e, apesar de seu visual se diferenciar frente a muitas cidades do mundo, muitos pontos da cidade seguem desconhecidos – não só para o resto do país, mas também por seus próprios residentes.
 Pensando nisso, Frederico Flósculo, arquiteto e professor da UnB (Universidade Nacional de Brasília), teve a ideia de resgatar e explorar pontos pouco conhecidos da cidade de Brasília. Surgiu então Thalija, uma história em quadrinhos desenhada totalmente a mão. A obra foi inspirada nas filhas do arquiteto – Thaís (24), Lívia (30) e Jaina (21) – e em como elas vivem e amam a cidade. 
A HQ conta a história de Thalija, uma garota sonhadora e corajosa que nutre um amor pelos traços moderno da capital federal enquanto enfrenta o dilema de seguir ou não a carreira de arquiteta.
As ilustrações remetem a diversos pontos turísticos da cidade e localidades comuns, como praças e quadras. A intenção é destacar pontos que os moradores da cidade frequentemente transitam, mas sem observar a beleza arquitetônica do local. A HQ conta com 60 páginas repletas de imagens produzidas pelo arquiteto em momentos de ócio funcional, como em filas de banco, aguardando ônibus e esperando atendimentos.
A aceitação do quadrinho Thalija impactou também o lado acadêmico do arquiteto que, a partir de 2016, deve implantar dentro da sua grade uma disciplina intitulada ‘Ateliê de 
Histórias e Quadrinhos em Arquitetura e Urbanismo’, na qual seus alunos desenvolvem uma revista como produto final. A intenção é trazer de volta o amor ao desenho, que acabou sendo deixado de lado pelo avanço da tecnologia.
O quadrinho, com tiragem de 500 exemplares, custa R$ 30 e está sendo publicado pela editora Kiron.
Crédito/fonte da foto: Correio Braziliense
Fonte do post: Correio Braziliense
















domingo, 16 de agosto de 2015

Restauração do Casarão dos Veronese - Flores da Cunha

O Casarão dos Veronese, bem tombado estadual, será restaurado com recursos da LIC – Lei de Incentivo à Cultura estadual – e patrocínio de empresas de Flores da Cunha. A empresa Arquium Construções e Restauro, de Porto Alegre, foi a vencedora da licitação. A conclusão das obras está prevista para 2017. 
O casarão de pedra está localizado na zona rural do município, sendo representativo da arquitetura de imigração italiana na região. Foi construído em 1895 e tombado pelo patrimônio histórico estadual em 1986. Atualmente desocupado, o casarão pertence à prefeitura de Flores da Cunha e será transformado em Casa de Cultura, incluindo museu com salas temáticas da cultura local, espaços multiuso e um espaço gastronômico.
Participaram da cerimônia de lançamento das obras a diretora do IPHAE - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, Mirian Sartori Rodrigues; o assessor técnico da Secretaria Estadual da Cultura, João Tonus; o prefeito de Flores da Cunha, Lídio Scortegagna; o Presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Antônio Pereira dos Santos, os representantes da empresa Keko Acessórios e da empresa Florense, patrocinadores do projeto cultural; descendentes da família Veronese, secretários municipais, vereadores, deputados estaduais e federais entre outras autoridades. O coral Nova Trento animou a festividade com música típica italiana.


Fonte: http://www.iphae.rs.gov.br/Main.php?do=noticiasDetalhesAc&item=57700





















Foto IPHAE 2011

Eleições na vila

Na primeira vila cearense, o registro de uma eleição administrativa

Expedito Eloísio Ximenes
O gênero documental Termosignifica na linguagem forense um auto, um assentamento de um evento. Trata-se aqui, portanto, do registro de um ato público que foi a entrega das chaves da arca que guarda os pelouros. Pelouros, por sua vez, vem de pila ou bola. No contexto colonial brasileiro, os pelouros eram bolas de cera nas quais se guardavam os votos dos administradores de uma vila. No dia primeiro de janeiro era realizado o sorteio para saber quem administraria a vila pelo período de um ano.
O documento tem este significado: registrar que os pelouros contendo os votos foram depositados dentro de sacos, trancados em uma arca e as chaves entregues a três pessoas diferentes. No tempo devido, seriam solicitadas as chaves para a abertura da arca. O texto é escrito no dia 18 de abril de 1735, mas se refere às eleições dos três anos seguintes.
A mancha de texto preenche todo o fólio 4 recto, escrita sem margens laterais. Na margem superior se destacam um pequeno resumo, o número do fólio e a rubrica do escrivão, seguido do carimbo do arquivo. A margem inferior culmina com as assinaturas dos oficiais da câmara.
O papel encontra-se em estado bom de conservação. A tinta é de cor amarelada. O texto não apresenta rasuras, borrões ou dificuldades de leitura. A letra é a cursiva humanística, inclinada para a direita. É visível o uso de palavras emendadas, consoantes geminadas como “ll”, “ff” “nn” e “cc” mais frequentes. Há o uso de “u” por “v”, emprego desnecessário do grafema “h”, troca de “m” por “n”, de “e” por “i” e ‘’s” por “z”. Também encontramos registros de “ph” caracterizando a grafia pseudo-etimológica da língua portuguesa, uso de maiúsculas indevidas, poucas abreviaturas, falta de pontuação, dentre outros fenômenos.
O documento pertence ao acervo do Arquivo Público do Estado do Ceará (APEC), do fundo câmera municipal de Aquiraz, termo de vereação juramentos e posse. Livro 20. Período de 1735 a 1742. Ele encontra-se disponível no site Portal da História do Ceará (http://portal.ceara.pro.br/).
Expedito Eloísio Ximenesé professor da Universidade Estadual do Ceará e autor de Fraseologias jurídicas: estudos filológico e linguístico do período colonial (Appris, 2013).
CONTEXTO HISTÓRICO
Aqui mora a lei
O documento se situa na primeira metade do século XVIII. É escrito na vila de São José de Ribamar, a primeira a ser criada na então capitania do Ceará Grande, pela ordem régia de 23 de fevereiro de 1699. No contexto colonial brasileiro, conforme o antigo regime português, as câmaras das vilas ou o senado, como era denominado também, era o órgão maior da administração pública local. O presidente da câmara era escolhido pela população. Geralmente, era um juiz ordinário que, além de exercer o cargo político e administrativo da vila, também respondia pelo Judiciário. Ouvir queixas dos crimes, escrever os autos, prender os infratores eram algumas de suas funções. Além do juiz ordinário, as câmaras compunham-se de três ou quatro vereadores, um escrivão e um procurador. Mas isso dependia da realidade de cada uma. Como mostra o documento em análise, além dos componentes da câmara, estão escolhendo um juiz de órfão e seu escrivão.
Solução do “Decifre”
Fl. 4r
   [rubrica]
Termo da emtrega das chauez da Arcca
que serue deguardar os pelouros para
os Annos  de 736 37 38

Aos dezoito dias domes deAbril demil sete centos
etrinta esinco Annos nesta Villa de Sam Joseph de
riba Mar do Aquiras capitania doCeará grande
nas cazas do Doutor ouuidor geral eCorregedor  daCo
marca aonde seacharão os officiaes daCamara
abaixo asignados ahj em prezença detodos reco
lhe aArca três Sacos hum das cameras pera os tres
Annos outro de Escrivão della e outro de Juis de or
phaoeñs eseu escriuaõ os quais Sacos em presença
dos ditos officiais daCamera foraõ metidos pello
sobre dito Ministro na referida Arca fechada
com tres chaues as quais mandaraõ emtregar pera
dellas dar conta a seu tempo hua ao Capitaõ Ma
noel daffonsequa Leitaõ, outra ao Alferes Du
arte Pacheco Pimentel e a ultima a Antonio Di
as Alvarez todos moradores nesta Villa eseus arebal
des Cuja distribuhiçaõ de chaues foi assim feita
em rezaõ dos descontos que setem experimentado
entregandoçe apessoas que Viuem longe desta
Villa e deComo assim seobrou tudo semandou fa
Zer este Termo que asignou o Doutor correge
dor Pedro Cardozo de Novaes Pereira e o Juis o Al
feres Esteuaõ Alvarez Bezerra eo Vereador Antonio
Martins eo Vereador Antonio deSousa Caual
cante eo procurador do Concelho Manoel  Rodriguez de
Souza com os depozitarios das chaues eeu Do
minges daCosta de Magalhaes escriuaõ da Camera
que o escreuy
Pereira
Bezerra
Martinz
Cavalcante
 Souza

Fonte da imagem: do site

Conheça o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular

O minucioso trabalho das rendeiras e a complexa confecção de cestas de palha apenas provam como é rica a cultura brasileira. A exuberância dos artesanatos produzidos nos quatro cantos do país, cantigas e tantas outras manifestações artísticas - são inúmeros os exemplos da pluralidade do país. Para preservar e documentar estas importantes tradições que fazem parte do imaginário popular foi criado o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), conhecido popularmente como Museu do Folclore. 
A instituição integra a estrutura do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde o fim de 2003. Sua trajetória, entretanto, começou há muito tempo, em 1947, com a Comissão Nacional de Folclore. Era um movimento vinculado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O processo deu origem, em 1958, à instalação da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, primeiro órgão permanente dedicado a esse campo, vinculado ao então Ministério da Educação e Cultura. Em 1976, a Campanha foi incorporada à Funarte como Instituto Nacional do Folclore.
Instalado no conjunto arquitetônico do Catete, no estado do Rio de Janeiro, o Centro desenvolve e executa programas e projetos de estudo, pesquisa, documentação, difusão e fomento de expressões dos saberes e fazeres do povo brasileiro. E informação é o que não falta por lá. O espaço conta com um museu que foi criado em 1968, o Museu de Folclore Edison Carneiro. Atualmente reúne aproximadamente 14 mil objetos de vários autores, técnicas e procedências. E a Biblioteca Amadeu Amaral, criada em 1961, que soma hoje 130 mil documentos bibliográficos e cerca de 70 mil documentos audiovisuais.
A boa notícia é que todos estes tesouros estão disponíveis para consulta – apenas no caso do acervo museológico em reservas técnicas o acesso é restrito a especialistas, em nível de pós-graduação, mediante agendamento. No site oficial do CNFCP também é possível acessar diversos materiais. O acervo digital inclui exemplares da Revista Brasil de Folclore e tantas outras publicações, como a Cordelteca, que é composta por títulos de folhetos de cordel provenientes, em sua maioria, de pesquisas de campo e doações de cordelistas.
Com direção da museóloga Claudia Marcia Ferreira, o CNFCP desenvolve uma série de programas permanentes. Na área de fomento à produção artesanal, destacam-se a Sala do Artista Popular e o Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural (Promoart), que busca apoiar produtores de artesanato de tradição cultural no Brasil, enfatizando seu profundo enraizamento na cultura local e o valor identitário que assume para diferentes grupos sociais. Na área de formação de público, o programa educativo propõe temas e novas abordagens de assuntos já estudados em sala de aula, oferecendo serviços e recursos para apoiar educadores na criação de alternativas para o estudo de folclore e cultura popular. 
Espaços
A Sala do Artista Popular (SAP) e a Galeria Mestre Vitalino (atualmente em reforma) são espaços para exposições. Na SAP são realizadas, desde 1983, entre 8 e 10 exposições por ano. Precedidas de pesquisas de campo e documentação fotográfica, as mostras contam com edição de catálogo etnográfico e, em decorrência da divulgação e do contato direto com o público, propiciam, para artistas e artesãos, oportunidades de expansão de mercado e condições de participação mais efetiva no processo de valorização e comercialização de sua produção. A Sala do Artista Popular (SAP) oferece, ainda, para esses artistas e comunidades, um canal permanente em seu ponto de comercialização.











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Bens culturais de natureza imaterial: 15 anos de proteção

Há 15 anos o povo brasileiro conta com um importante instrumento de proteção do Patrimônio Cultural: o Decreto nº. 3.551, de 4 de agosto de 2000, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) e consolidou o Inventário Nacional de Referências Culturais (INCR). A partir daí, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) passou a encaminhar também ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural as propostas de registro dos mais variados bens, responsáveis pela construção da identidade nacional. 
A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação – como o Registro e o Inventário. Os bens culturais de natureza imaterial são as práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
Transmitido de de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, o Patrimônio Cultural Imaterial gera um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. É apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." Esta definição está de acordo com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em março de 2006. 
Em 2004, uma política de salvaguarda mais estruturada e sistemática começou a ser implementada pelo Iphan a partir da criação do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI). Os princípios, ações e resultados das ações de salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial podem ser consultados em Os Sambas, as Rodas, os Bumbas, os Meus e os Bois. Em 2010, um novo instrumento - o Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL), instituído pelo Decreto nº. 7.387, de 9 de dezembro de 2010 - passou a ser utilizado para reconhecimento e valorização das línguas portadoras de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.













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domingo, 2 de agosto de 2015

Dois novos sítios latino-americanos são declarados Patrimônio da Humanidade

24 novos sítios de 17 países foram declarados Patrimônio da Humanidade na última reunião do Comitê do Patrimônio Mundial que terminou semana passada em Bonn, Alemanha.
Dos 24 sítios protegidos, dois são latino-americanos: o Aqueduto do Padre Tembleque, no México, e a Paisagem Cultural Industrial de Fray Bentos, no Uruguai. A lista atualizada do Patrimônio Mundial conta agora com 1.031 sítios de 163 países.
Conheça, a seguir, um pouco da história e importância cultural dos novos sítios latino-americanos.
Aqueduto do Padre Tembleque (México)
Construído entre 1554 e 1571, este sistema hidráulico foi idealizado pelo sacerdote franciscano Francisco de Tembleque e construído com a ajuda dos habitantes de 40 povoados da região central do país.
O principal objetivo da estrutura era distribuir água aos povoados próximos do aqueduto em uma extensão de 48 quilômetros entre os estados de Hidalgo e México.
De acordo com a Unesco, foram três os critérios usados para eleger a estrutura. O primeiro corresponde ao fato de que ela "representa uma obra prima do gênio humano". O segundo é que, mediante o desenvolvimento da arquitetura, da tecnologia, das artes monumentais, do planejamento urbano e do paisagismo, se intercambiam valores durante um período determinado ou uma área cultural em particular. 
Finalmente, o terceiro critério consiste em que este projeto é um exemplo de um tipo de construção que simboliza um ou vários períodos significativos da história da humanidade.
Paisagem Cultural Industrial de Fray Bentos (Uruguai)
Em 1859, na cidade de Fray Bentos, na margem do rio Uruguai, começou a ser construído um complexo de edifícios, instalações e habitações para acolher, na época, uma pequena indústria pecuária.
Com o passar dos anos, a produção desta indústria começou a ser exportada para a Europa, o que a tornou um dos centros de produção pecuária mais importantes do mundo, reunindo em um só local todas as instalações para as diferentes etapas do processo.
Não apenas as instalações pecuárias foram protegidas, mas também os molhes sobre o rio, os campos que hoje se destinam a pastagens e as casas dos operários provenientes de 55 nacionalidades que foram trazidos até o local.
No total, a área protegida tem 275 hectares e, de acordo com a organização internacional, a paisagem cultural de Fray Bentos é um reflexo da "evolução da estrutura social e econômica dos séculos XIX e XX no Uruguai e na região."
Fonte:Gaete, Constanza Martínez. "Dois novos sítios latino-americanos são declarados Patrimônio da Humanidade" [Los dos nuevos sitios latinoamericanos declarados Patrimonio de la Humanidad] 01 Ago 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 2 Ago 2015.







© Espacio de la Imagen. Fonte: Unesco (con licencia CC)








Via Twitter. El Acueducto del Padre Tembleque construido por 40 comunidaddes indígenas, hoy es #PatrimonioMundial @UNESCO_es









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