segunda-feira, 31 de março de 2014

Exposição "Deutscher Werkbund – 100 anos de Arquitetura e Design na Alemanha", no CCSP

Amanhã, sábado 29 de março, será aberta a exposição “Deutscher Werkbund – 100 anos de Arquitetura e Design na Alemanha”, no Centro Cultural São Paulo (CCSP). A exposição, inédita no Brasil, faz parte da programação da Temporada da Alemanha no Brasil. Criado em 1907, o Deutscher Werkbund foi um dos primeiros movimentos do mundo a estabelecer paradigmas para uma arquitetura mais adequada à era industrial, assim como um design industrial mais funcional. Ativo até hoje, o movimento completou 100 anos em 2007.
A exposição no CCSP estará aberta à visitação do dia 29 de março ao dia 18 de maio de 2014. Inédita no Brasil, São Paulo é a primeira estadia do Werkbund na América Latina, de onde seguirá para Montevidéu, Santiago e La Paz.
Responsável pela famosa exposição de arquitetura de Stuttgart, em 1927, o Werkbund revolucionou a concepção de arquitetura moderna no país e, com a Bauhaus, ajudou a consolidar o design alemão como referência europeia de vanguarda. No entanto, o movimento Werkbund ainda é conhecido apenas em círculos especializados no Brasil. A turnê internacional da exposição pretende mudar esse cenário apresentando ao público a trajetória de vanguarda que mudou os rumos da arquitetura e do design na Alemanha e no mundo.
A exposição conta com 88 painéis de informações, 11 modelos arquitetônicos, 12 vitrines de louça e 16 peças de móveis que farão uma reconstrução histórica do Werkbund através do último século. Serão apresentadas obras de Walter Gropius, Mies van der Rohe, Marcel Breuer, Peter Behrens, Hermann Gretsch, Wilhelm Wagenfeld e Richard Riemerschmid entre outros. 
“Deutscher Werkbund” é uma realização do Museu de Arquitetura da Universidade Técnica de Munique (TU München) e do Instituto para Assuntos Internacionais de Stuttgart (IFA). A sua vinda para o Brasil conta com o apoio do Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo (DWIH-SP) em cooperação com o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e o escritório para América Latina da Universidade Técnica de Munique (TUM). 
Deutscher Werkbund – 100 anos de Arquitetura e Design na Alemanha
  • Abertura: 29 de março de 2014 às 15h 
  • Local: Centro Cultural de São Paulo (CCSP) - Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo - SP
  • Visitação: de 29 de março a 18 de maio de 2014 
  • Horários: de terça a sexta-feira das 10h às 20h - sábado, domingos e feriados das 10h às18h 
  • Visitas guiadas mediante agendamento
Fonte:Romullo Baratto. "Exposição "Deutscher Werkbund – 100 anos de Arquitetura e Design na Alemanha", no CCSP" 28 Mar 2014. ArchDaily. Accessed 31 Mar 2014.

http://www.archdaily.com.br/br/01-186314/exposicao-deutscher-werkbund-100-anos-de-arquitetura-e-design-na-alemanha-no-ccsp 




Exposição de croquis de Oscar Niemeyer na ETEL, São Paulo

A partir do dia 3 de abril, a ETEL será palco de uma exposição dedicada a um dos mestres da arquitetura moderna: Oscar Niemeyer. A mostra reunirá  croquis para a Mesquita da Universidade de Constantine, projeto que seria construído na Argélia em 1977.
“Depois de Paris, foi em Argel onde mais me demorei. (...) Mas foi em Constantine que deixei um dos meus melhores trabalhos: a Universidade de Constantine”, disse Oscar Niemeyer. O projeto da Mesquita em exibição faria parte do conjunto arquitetônico dessa Universidade. Os croquis foram doados à Fundação Oscar Niemeyer por Luiz Marçal, colaborador do escritório de Niemeyer na Argélia, entre os anos 1960 e 1970 – período em que o arquiteto ficou exilado na Europa.
Esses croquis são uma pequena amostra do acervo da Fundação Oscar Niemeyer. O acervo, que está sendo digitalizado, será amplamente apresentado ao público paulista a partir de junho, em exposição no Itaú Cultural”, diz Carlos Ricardo Niemeyer, superintendente da Fundação.
A entrada é gratuita e a exposição fica em cartaz até dia 23 de abril, na ETEL.

Oscar Niemeyer, Mesquita da Universidade de Constantine
  • Data: de 3 a 23 de abril
  • Horário: segunda à sexta-feira, das 9h30 às 18h30; aos sábados, das 10h às 14h
  • Local: ETEL Interiores
  • Endereço: Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1834
Fonte:Romullo Baratto. "Exposição de croquis de Oscar Niemeyer na ETEL, São Paulo" 29 Mar 2014. ArchDaily. Accessed 31 Mar 2014.
http://www.archdaily.com.br/br/01-186293/exposicao-de-croquis-de-oscar-niemeyer-na-etel-sao-paulo 









Croqui para a Mesquita da Universidade de Constantine 











Croqui para a Mesquita da Universidade de Constantine

Extensão do City Hall do Porto de Santamaría / Daroca Arquitectos

Arquitetos: Daroca Arquitectos
Localização: Plaza Isaac Peral, 11500 El Puerto, Cádiz, Espanha
Arquitetos : Jose Antonio Carbajal Navarro, Jose L. Daroca Bruño
Colaboradores: Nicolas Carbajal Ballel, Rodrigo Carbajal Ballel
Área: 4474.0 m²
Ano Do Projeto: 2012
Fotografias: Jose Morón


Entre as qualidades que reúnem o trabalho de arquitetura, funcionalidade, estética e boa construção, talvez a funcionalidade, a condição de se adaptar às demandas sociais e institucionais que dão origem, é hoje, por causa de seus custos, a mais séria das suas obrigações. Também neste projeto de ampliação e reforma pensamos que o respeito excessivo com o terreno e edifício valorizam o meio ambiente e podem acelerar o crescimento e organização do Novo Town Hall. Gostaríamos que o novo edifício acomodasse sem esforços extras o programa do Antigo Town Hall.
Um edifício limpo, flexível, transparente em suas circulações, com espaços confortáveis, bem iluminado e que se volta naturalmente para as ruas laterais. A estrutura deste edifício foi feita de aço, com colunas, vigas e lajes de chapa de aço, alternandas com telas de concreto em todo o perímetro. Pavimentos flutuantes permitem a passagem e conexão das instalações. Divisórias de madeira, vidro e policarbonato, tetos falsos e painéis de madeira também suspendem as lajes.

Fonte:"Extensão do City Hall do Porto de Santamaría / Daroca Arquitectos" [Puerto de Santamaría City Hall Extension / Daroca Arquitectos] 16 Feb 2014. ArchDaily. Accessed 31 Mar 2014.  

http://www.archdaily.com.br/br/01-176145/extensao-do-city-hall-do-porto-de-santamaria-slash-daroca-arquitectos 

  
























 






















© Jose Morón 

terça-feira, 25 de março de 2014

Orla de Coqueiros e Itaguaçu, obras de Hassis e praias de Florianópolis são tombadas

Decretos foram assinados pelo prefeito Cesar Souza Júnior durante o aniversário de Florianópolis, no domingo

 

Felipe Alves  -  Florianópolis

Praias, pedras e obras artísticas que fazem parte da história de Florianópolis foram tombadas neste domingo como patrimônio cultural, artístico, histórico e paisagístico. Os decretos de tombamento foram assinados pelo prefeito Cesar Souza Júnior (PSD), no parque de Coqueiros, dentro da programação do aniversário de 288 anos da Capital.
“Eram espaços que, para minha surpresa, não estavam tombados da forma correta. Com estes decretos, iremos proteger estes importantes locais da cidade, que têm grande valor cultural, artístico e histórico”, disse o prefeito. Hoje, Cesar se licencia do cargo de prefeito durante duas semanas, para cumprir agenda oficial na Colômbia e nos Estados Unidos. O vice João Amin assume o cargo.
Toda a orla de Coqueiros e Itaguaçu, no Continente, assim como as pedras do local, agora são tombadas como patrimônios paisagístico e cultural. Já os conjuntos históricos e paisagísticos do Ribeirão da Ilha, de Santo Antônio de Lisboa e da praia das Flores, em Sambaqui, também receberam o título de patrimônio histórico, artístico e natural da cidade.
A pavimentação em pedras portuguesas do tipo petit-pavé em preto e branco espalhada pela praça 15, no Centro da Capital, também foi tombada. Os 47 painéis do artista plástico Hassis, confeccionados na década de 1960, são agora patrimônios históricos e artísticos de Florianópolis.
Segundo o prefeito, durante um ano o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o Sephan (Serviço de Patrimônio Histórico) e o Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) trabalharam para os tombamentos. Agora, esses órgãos estão dando encaminhando para que outros locais de Florianópolis também sejam tombados.



segunda-feira, 24 de março de 2014

Instituto NT busca recursos para não fechar as portas

Com as portas fechadas ao público desde o começo de janeiro, quando entrou em recesso de verão, o Instituto NT de Cinema e Cultura ameaça tornar definitiva a suspensão das atividades caso não consiga patrocínio para a exibição de filmes.
Se a direção do NT seguir sem apoio financeiro até o fim do próximo mês, deverá oficializar o fim do espaço cultural que funciona em um casarão histórico da Capital desde 2009.
Esse é o último estágio de uma longa busca por uma maneira de tornar o instituto sustentável economicamente. Com uma sala de exibição de 50 lugares, outra de exposições e uma cafeteria, o NT exigia até 2013 cerca de R$ 50 mil mensais para manutenção – valor que pode se alterar conforme a proposta de utilização do lugar. Como as receitas não cobrem os custos, o diretor do espaço, Roberto Turquenitch, desde o lançamento do projeto tenta encontrar um patrocinador. Sem sucesso.
– Se eu pudesse pegar o instituto e levá-lo para Rio ou São Paulo, faria isso. Aqui eu tento encontrar um apoiador há vários anos e não consigo. Tentei órgãos públicos e empresas, e até agora não deu em nada. Lá (no centro do país) é bem mais fácil –desabafa Turquenitch.
Uma das últimas apostas do responsável pelo Instituto NT (iniciais do nome de seu pai, Naum Turquenitch) é a proposta de parceria encaminhada a dois grandes bancos brasileiros por ele, que também é diretor da produtora TGD Filmes. Beto, como é mais conhecido, espera uma definição até o final de abril. Depois disso, pretende selar o destino do espaço cultural que foi inaugurado com uma mostra dedicada ao diretor italiano Federico Fellini e se tornou conhecido pela programação dedicada a filmes de arte.
Além do significado artístico, o casarão localizado no número 1.111 da Rua Marquês do Pombal, no bairro Auxiliadora, tem importância histórica: tombada pelo patrimônio histórico, a construção erguida no princípio do século passado é conhecida como Casa Boni por ter sido projetada pelo arquiteto italiano Armando Boni, também responsável por prédios como o da Livraria do Globo, na Rua dos Andradas, e pela concha acústica do antigo Auditório Araújo Vianna.
O imóvel já se encontra disponível para aluguel – o que poderia ser revisto se Turquenitch finalmente encontrar o patrocinador que tanto procura. Se não conseguir, o cinema de arte deverá mesmo ser despejado do antigo casarão da Marquês do Pombal.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2014/03/instituto-nt-busca-recursos-para-nao-fechar-as-portas-4454319.html 


















O Instituto NT ocupa um casarão tombado, na Rua Marquês do Pombal Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS

Arqueólogos descobrem 2 colossais estátuas egípcias

Arqueólogos descobriram duas novas estátuas colossais do faraó Amenhotep III no famoso templo da cidade Luxor.
Os dois monólitos em quartzito vermelho foram criados no templo de Amenhotep III, na margem oeste do Nilo. O templo já é famoso por seus já existentes colossos de Memnon, que possuem 3.400 anos de idade – estátuas gêmeas de Amenhotep III, cujo reinado marcou o apogeu político e cultural da antiga civilização egípcia.
O mundo até então conhecia dois colossos de Memnon, mas a partir de hoje vai conhecer quatro deles”, disse a arqueóloga alemã-armênia Hourig Sourouzian, que lidera o projeto para a conservação do templo de Amenhotep III.
As duas estátuas existentes, ambas mostrando o faraó sentado, são conhecidas em todo o mundo. Elas resistiram aos danos graves ao longo dos séculos e foram restauradas, disse Sourouzian.
“As estátuas tinham ficado em pedaços, danificadas por forças destrutivas da natureza, como terremotos, e mais tarde pela água da irrigação, invasões e vandalismo,” disse ela no domingo.
Uma das estátuas “novas” pesa 250 toneladas e mais uma vez mostra o faraó sentado, com as mãos sobre os joelhos. Possui 11,5 metros de altura, com uma base de 1,5 metros de altura por 3,6 metros de largura. [News.com.au]


domingo, 23 de março de 2014

Teatro de Arena de Porto Alegre: memória viva nos altos do viaduto da Borges

Roberta Fofonka
Para contar a história do Teatro de Arena de Porto Alegre seria preciso mais do que uma matéria, pois o pequeno teatro das escadarias da Borges de Medeiros permeia a vida de muita gente, fazendo com que a história necessitasse de incontáveis braços. O que faremos será relembrar passagens e reavivar a memória de tantos acontecimentos.
Vamos ao passado: em meados de 1966, enquanto caminhava nos altos do viaduto da Borges, guiado por um cheiro forte de esgoto, o ator Jairo de Andrade descobriu, por uma janelinha, o porão do edifício Duque de Caxias. No ano seguinte, precisamente em 17 de outubro, no mesmo local seria inaugurado o Teatro de Arena, com a peça O Santo Inquérito, de Dias Gomes, construído pelas mãos dos próprios atores.
Após negociações com o proprietário (uma proposta de venda que culminou em empréstimo do espaço até a obra finalizar) Jairo e membros do Grupo de Teatro Independente, o GTI, começaram a escavar e reformar a estrutura, que nem de longe tinha aspecto de teatro. Com consultorias de amigos arquitetos e o braço de tantos outros estudantes e artistas, a estrutura de arena com três lados de arquibancadas e 110 lugares foi tomando forma. “Tinha gente chegando para o espetáculo de estreia e alguns de nós ainda estávamos cortando as tábuas do acento da plateia” relembra o ator Hamilton Braga, membro do GTI antes mesmo da descoberta do Arena.
Um dos resquícios da obra figura até hoje no foyer do teatro. A chamada “pedra da resistência”, rocha mais difícil de ser extraída do espaço aonde ficaria o palco, que somente foi retirada com o uso de um martele especial emprestado pela Carris.

Arte de resistência
O GTI foi fundado em 1965 com uma linha de trabalho específica, o teatro político. Em plena ditadura militar, o Arena, agora ninho do GTI, foi um ícone de resistência artística e da crítica constante ao regime. Após as peças, eram feitos debates sobre a situação política vigente. “Qual era o sentido do teatro nos anos de chumbo? Era uma forma de mostrar para quem via mas não enxergava o que estava ocorrendo no país”, explica Sergio Vargas, o Zezo, que entrou para o GTI somente em 1970. Seu irmão mais velho, Câncio, participou da construção, assim como Hamilton. “A censura vinha e tirava um trecho do roteiro que julgava abusivo. A gente ia lá e substituía, por algo ainda pior. E eles nem notavam, parece é que tinham só que mostrar que tinham o poder para mandar alterar. Mas a gente acabava botando em cima algo sempre pior”, conta.
Zezo relata que se deu conta da conduta do Teatro de Arena quando, muito antes de se aventurar como ator lá, foi alistar-se no exército, aos 19 anos. Zezo percebeu que, para cada garoto, um militar ia perguntando os locais de trabalho e estudo. Zezo não mantinha nenhum dos dois. “Então, para não acharem que eu era vagabundo, lembrei do Teatro de Arena, afinal, tinha a ver com o meu irmão mais velho, era uma referência de estabelecimento que eu tinha.” Quando chegou a vez de Zezo responder se trabalhava, ele decidiu afirmar que sim. “Aonde? – No Teatro de Arena! – eu respondi. E o soldado sem pensar duas vezes me deu uma bofetada.”
O Arena publicava também as edições de Teatro em Revista, um projeto paralelo sobre as encenações do teatro, eventualmente o programa de apresentações, tudo datilografado por Hamilton. Na primeira fase do teatro, foram apresentadas peças como Álbum de família (de Nelson Rodrigues, recém liberada pela censura, em 1968), Quando as máquinas param (de Plínio Marcos), Arturo Ui e Os Fuzis da Senhora Carrar (ambos de Bertold Brecht), Mockinpott (de Peter Weiss), e Cordélia Brasil (de Antônio Bivar), além de outras. Pelo caráter político das apresentações, era raro que não houvesse intervenções do exército.
Em Os Fuzis da Senhora Carrar, por exemplo, que tinha fuzis desativados emprestados pela Brigada Militar como objeto cênico, o exército apreendeu de forma violenta, mesmo com o documento de empréstimo assinado pela Brigada Militar. Tudo permeado por confusão e violência, claro, que resultou na detenção de Jairo de Andrade por várias horas para prestar depoimento no 18º R.I.
“SR. MOCKINPOTT – Mas será que nesta terra não há mais justiça? Eu nunca ofendi a lei, nem a polícia. Eu nunca comprei a briga de ninguém. Eu nunca cobicei o que o outro tem. Sempre com modéstia eu acho ter vivido. E sempre procurei evitar mal-entendidos. Um dia, de repente, sem saber como é que é, a gente acaba preso e acorrentado no pé.” (Trecho de Mockinpott proibido pela censura brasileira, retirado do livro Teatro de Arena – Palco de resistência [Libretos, 2007])
Constantemente vigiados, os atores, bem como as prostitutas, possuíam uma carteirinha de identificação para transitar na cidade, significado de que estavam “limpos”. Era comum a presença de militares à paisana nos arredores do Arena, assim como a presença durante os espetáculos. “Tu começas a ser amordaçado e vai perdendo as forças”, define Zezo, que inclusive foi detido em um dia que não portava a tal carteirinha.
No início de 1975, uma atividade bastante marcante do Teatro de Arena eram as “Rodas de som”, produzidas por Carlinhos Hartlieb, que aconteciam sempre nas sextas-feiras à meia-noite, com o objetivo de apresentar ao público novos nomes da música gaúcha. De lá saíram e ganharam repercussão trabalhos como de Bixo da Seda (antiga banda Liverpool), Bebeto Alves, Nelson Coelho de Castro, Mutuca, Mauro Kwitko.
Mesmo com a repressão, o fechamento veio em 1979 por motivos financeiros. Apesar de protestos pela reabertura em 1980, foi somente em 1988, quase dez anos depois sem atividades, que o espaço passou a ser considerado utilidade pública e integrar a Secretaria estadual de Cultura. A reinauguração oficial ocorreu em 1991.

A reabertura e o movimento atual constante
De volta à ativa há mais de duas décadas, o Teatro de Arena abriga o Espaço Sonia Duro, um Centro de Documentação e Pesquisa em Artes Cênicas, que inclusive reúne textos provenientes do Departamento de Censura da Polícia Federal à época do regime militar, com 2.100 textos dramáticos censurados, e o projeto Memória Viva, com arquivos históricos de vídeo. Devido às dificuldades de conservação, o próximo passo, agora, é digitalizar todo o material.
O Arena mantém-se vivo de forma muito forte atualmente. A diretora Marlise Damin explica que a rotina do teatro às vezes tem ocupação de domingo a domingo, não só com peças e ensaios, mas com projetos paralelos, como o ensino de música para crianças, o Projeto Música Autoral, em parceria com o músico Mozart Dutra, que abre espaço mensalmente para o aparecimento de novos compositores e bandas, e um projeto de teatro clown para deficientes em recuperação. Além disso, o Arena recebe, todo ano, os festivais Palco Giratório, Porto Alegre em Cena e Porto Verão Alegre, e tem já consolidado o Prêmio de Incentivo à Pesquisa Teatral no Teatro de Arena, edital que dispõe de R$ 30 mil e estrutura física para dois grupos desenvolverem um projeto, cada um em um semestre. Além da já tradicional semana de aniversário, em outubro, em que acontecem atividades especiais todos os dias.
Com essa atividade intensa, porém, a estrutura vai ficando debilitada. Marlise espera ansiosa por recursos de uma emenda parlamentar que deve contemplar o projeto de reforma total do teatro, um novo passo na história do Arena. “A gente vai tentando sempre fazer o máximo com o mínimo. Isso aqui é um lugar precioso que precisa ser mantido”, sintetiza. Ela conta que também está tentando conseguir uma sala de ensaios à parte ao teatro — que já está pequeno para a agenda que oferece, e que também está começando os diálogos para intercâmbios artísticos com o Teatro de Arena do Rio de Janeiro. É muita coisa.
“Até hoje ele mantém o clima dos primeiros tempos”, afirma Hamilton, sentado na plateia, contemplativo. E não é de se duvidar. A própria atmosfera do lugar é diferente. Ao entrar, as paredes pretas com o ar de enigma, sufocante e ao mesmo tempo íntimo, convidam à suspeita. A sensação é de que a memória continua ali, em algum lugar, inaudível. Mas muito presente.

Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/teatro-de-arena-de-porto-alegre-memoria-viva-nos-altos-do-viaduto-da-borges/ 


















No foyer ainda figura a placa da década de 1960 | Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21


















Anseio da administração atual é que estrutura passe por uma reforma total | Foto: Governo do Estado/Divulgação


















Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21


















Teatro fica nos altos do viaduto Otávio Rocha, na Av. Borges de Medeiros | Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21    

Requalificação do primeiro pavimento da Torre Eiffel / Moatti-Rivière

 Arquitetos: Moatti-Rivière
Localização: Torre Eiffel, Champ de Mars, 5 Avenue Anatole France, 75007 Paris, França
Área: 4586.0 m²
Ano Do Projeto: 2014
Fotografias: Courtesy of Moatti-Rivière
Museologia: Lydia Elhadad
Projeto Lumínico: 8’18’’
Escritório De Design: GINGER
Economista: Fabrice Bougon
Multimídia: Vincent Taurisson
Engenharia De Fachada: RFR
Construtora: BATEG
Cliente: SETE

Novas edificações e espaços públicos inteiramente requalificados para tornar o primeiro pavimento da Torre Eiffel novamente o lugar mais espetacular e atraente de Paris, 57 metros acima da cidade.
Desde a última transformação do primeiro pavimento há 30 anos, a Torre recebeu mais visitantes que durante todo seu primeiro século de existência. Os pavilhões e espaços públicos dos anos 1980 estão agora obsoletos e não comportam mais contingente de visitantes, suas expectativas e padrões.
O projeto de reorganização do pavimento inclui: reconstruir a recepção e salas de conferência, transformando-as no local de eventos mais atrativo de Paris; reconstruir o pavilhão dedicado aos serviços de visitantes, particularmente restaurante e lojas; criar um trajeto museográfico educativo; e, finalmente, criar duas atrações: descobrir os detalhes do monumento através da pavimentação e guarda-corpos de vidro, e um filme "imersão" que promete fortes emoções. 
Objetivos importantes da política de desenvolvimento sustentável para a Torre Eiffel: acessibilidade e redução da pegada de carbono.
Hoje em dia, pessoas com dificuldades de mobilidade não podem acessar a maior parte do primeiro pavimento da Torre. Com a reorganização, todos os visitantes poderão desfrutar de todo o espaço e serviços.
Novos padrões de construção, energia solar para aquecimento, energia hidráulica e reuso de água da chuva, iluminação LED: diversas estratégias serão implantadas para ajudar a melhorar o desempenho energético da Torre.
Um arquitetura "influenciada", projetada inteiramente em diagonais e transparência pelos arquitetos Moatti-Rivière, proporcionando uma melhor experiência da Torre e de Parais, além de respeitar o monumento e sua história. 
Os novos pavilhões são influenciados pelos pilares projetados por Gustave Eiffel, eles abraçam a inclinação da Torre. Os volumes são incorporados pelas curvas dos pilares. As áreas de serviço estão localizadas próximas aos frontões para preservar a transparência central. 
O pavimento é projetado como um espaço urbano real, com suas ruas, seus edifícios e seu espaço central, 57 metros acima do solo. 
O projeto oferece uma melhor experiência da Torre e de Paris, uma experiência sensorial e de entretenimento.
A requalificação está sob responsabilidade dos arquitetos do escritório Moatti-Rivière, em um consórcio com Bateg, responsável pela construção. 

Fonte: Aguilar, Cristian. "Requalificação do primeiro pavimento da Torre Eiffel / Moatti-Rivière" [Eiffel Tower's 1st Floor Redevelopment / Moatti-Rivière] 22 Mar 2014. ArchDaily. (Baratto, Romullo Trans.) Accessed 23 Mar 2014.

http://www.archdaily.com.br/br/01-183870/requalificacao-do-primeiro-pavimento-da-torre-eiffel-slash-moatti-riviere 






 

sexta-feira, 21 de março de 2014

Começa restauração do Forte Príncipe da Beira, em Rondônia

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) começou a restaurar as ruínas do Real Forte Príncipe da Beira, monumento militar instalado no município de Costa Marques (RO). Os trabalhos dão continuidade às atividades iniciadas em 2007, e têm previsão de entrega em 2015.
A restauração será realizada em parceria entre o IPHAN, que vai acompanhar e dar orientação técnica, e o Exército, que vai ceder o madeiramento e disponibilizar a mão-de-obra. A demanda é considerada urgente, pois a estrutura do Forte está comprometida.
O primeiro passo vai ser o escoramento emergencial, ação provisória de apoio às estruturas e elementos que apresentam riscos de perda do monumento, em seguida, serão feitas as obras de estabilização de uma das edificações.       
        
O monumento
O Real Forte Príncipe da Beira é uma fortaleza militar do final do século XVIII, tido como uma das maiores construções portuguesas fora de Portugal. Erguida em plena floresta amazônica, é considerada uma das mais desafiadoras construções realizadas no final de 1700 no Brasil. Sua importância para a história do país e para a formação do atual território nacional foi reconhecida por meio do tombamento pelo IPHAN no ano de 1950.
A fortaleza é composta de uma muralha de aproximadamente 980 metros, erguida em taipa de formigão e protegida por cortinas de pedra tapiocanga aparelhada. Cercado por muralhas que medem 10 metros de altura, o Forte Príncipe da Beira é basicamente constituído por uma praça central, onde existem as ruínas de quinze prédios. Além do tombamento pela União, é tombado como patrimônio do Estado de Rondônia.

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=18380&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia 

Aprovada a construção de um estacionamento subterrâneo na Esplanada dos Ministérios

Os membros do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) aprovaram recentemente o artigo do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) que prevê a construção de uma garagem subterrânea para 10 mil veículos no gramado central da Esplanada dos Ministérios. Essa possibilidade havia sido vetada pelo grupo de técnicos e especialistas, formado pela Câmara Legislativa para revisar o PPCub, mas acabou aprovada na votação de semana passada.
O grupo de trabalho continha integrantes do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHGDF), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Sedhab, do IAB-DF e da UnB, entretanto, os técnicos deixam a votação por não concordarem com a metodologia de análise do PPCub. 
O projeto foi anunciado pelo governador em janeiro do ano passado e previa um estacionamento subterrâneo com 10 mil vagas na Esplanada dos Ministérios. A construção seria erguida a partir de uma parceria público privada (PPP), em conjunto com a Câmara dos Deputados e o Senado.
egundo o governador do Distrito Federal, o estacionamento servirá à cidade, mas principalmente à Câmara dos Deputados e ao Senado. Por se tratar de uma PPP, a entrada no estacionamento seria cobrada, entretanto, devido às polêmicas acerca de sua aprovação, o controverso projeto encontrava-se estagnado até semana passada, antes de sua construção ser, finalmente, aprovada pela Conplan.

Via correiobraziliense

Fonte: http://iabto.blogspot.com.br/2014/03/aprovada-construcao-de-um.html 






 

Conheça Palmanova, a cidade-estrela italiana

A cidade de Palmanova está localizada no nordeste da Itália, perto da fronteira com a Eslovênia. Embora as origens da cidade se estendam por milhares de anos, a cidade moderna começou como uma fortaleza construída pelo império veneziano nos séculos 16 e 17 para impedir ataques de forças austríacas e turcas.
A cidade foi fundada em 1593, mas sua construção levou cerca de um século para ser concluída. Construída em uma formação de estrela concêntrica, a cidade é composta por três anéis que foram construídos em etapas. A cidade inteira está dentro de uma área circular com um perímetro de 7 km. Este é cercado por um fosso, com nove baluartes interconectados em forma de setas, que se projetavam para fora da cidade para que os pontos pudessem defender uns aos outros. A entrada para a cidade é feita através de três portões.
A ideia original de Palmanova era ser habitada por mercadores autossustentáveis, artesãos e agricultores. Os construtores impuseram uma harmonia geométrica em seu design, pois acreditavam que a beleza reforçava o bem-estar de uma sociedade. Cada estrada foi cuidadosamente calculada e cada parte do plano original da cidade deveria ser cumprida.


Cada pessoa que residisse na cidade teria o mesmo grau de responsabilidade sobre a terra e teria de servir a um propósito específico. No entanto, apesar das condições e do layout elegante da nova cidade, quase ninguém aprovou a ideia de se mudar para lá. Em desespero, o governo veneziano perdoou uma quantidade de presos em 1622 e deu-lhes propriedade em Palmanova.
Embora uma fortaleza, a elegante cidade nunca viu uma batalha. E apesar de sua defesa aparentemente impenetrável, Palmanova foi conquistada duas vezes: Primeiro por Napoleão, e depois de volta pela Itália. Durante a Primeira Guerra Mundial, a cidade tornou-se uma base para o exército italiano, que montou hospitais, instalações de armazenamento e áreas de perfuração. Durante a Segunda Guerra Mundial, também serviu como base para a Itália.

A cidade tornou-se um monumento nacional em 1960. [AmusingPlanet]

Texto de Leonardo Ambrósio


Palmanova















quarta-feira, 19 de março de 2014

CEASA de Porto Alegre cumpre 40 anos

Hoje, 19 de março de 2014, a CEASA em Porto Alegre cumpre  40 anos de existência. O conjunto de edifícios foi projetado nos anos 70 pelos arquitetos Carlos Maximiliano Fayet, Cláudio Luiz Araújo e Carlos Eduardo Comas, com consultoria dos engenheiros uruguaios Eladio Dieste e Eugênio Montañez.
O edifício é formado por uma repetição contínua de uma mesmo elemento: uma abóbada de tijolo armado com dupla curvatura. São mais de cinquenta abóbadas idênticas intercaladas por aberturas de iluminação. Em cada frente, uma abóbada diferenciada marcas as entradas do edifício.
Ontem, dia 18, a CEASA foi reinaugurada após obras de modernização e revitalização. Até amanhã, dia 20, a CEASA promoverá vários eventos e palestras abertas ao público.
Mais informações sobre a programação de aniversário aqui.










© Acervo João Alberto / FAU UniRitter. Cortesia de Sergio Marques.

IPHAN retoma atividades de proteção ao Forte Príncipe da Beira

Porto Velho - Rondônia: O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), através da Superintendência em Rondônia, retomou na primeira quinzena de fevereiro o projeto de estabilização das ruínas do Real Forte Príncipe da Beira, monumento militar instalado no município de Costa Marques/RO. Os trabalhos dão continuidade às atividades iniciadas em 2007, prevendo ações para 2014 e 2015.
O Real Forte Príncipe da Beira é uma fortaleza militar do final do século XVIII, tido como uma das maiores construções portuguesas fora de Portugal. Erguida em plena floresta amazônica, é considerada uma das mais desafiadoras construções realizadas no final de 1700 no Brasil. Sua importância para a história do país e para a formatação do atual território nacional foi reconhecida por meio do tombamento no ano de 1950.
A equipe de trabalho, integrada pela a engenheira do Departamento de Patrimônio Material (DEPAM) da sede do IPHAN em Brasília/DF, Renata Ceridono Fortes e pelo superintendente substituto do Iphan em Rondônia, Danilo Curado, realizou uma vistoria técnica no Forte no último mês de fevereiro.
Para o superintendente substituto do IPHAN em Rondônia, Danilo Curado, o Instituto pretende acordar parceria técnica com o Exército, procurando viabilizar o escoramento das ruínas das edificações intramuros. “Esta é uma demanda emergencial, pois diversas paredes se encontram em desaprumo. Desta maneira, conforme os contatos iniciais com o então comandante da 17ª Brigada, General Ubiratan Poty, o Exército poderá ceder o madeiramento e disponibilizar a mão-de-obra para a execução do referido escoramento e, por sua vez, contar com acompanhamento e orientação técnica do IPHAN”, afirma Curado.
Após o escoramento emergencial, ação provisória de apoio às estruturas e elementos que apresentam riscos de perda do Bem, deverão ser executadas as obras de estabilização de uma das edificações. “Considerando as dificuldades logísticas inerentes à localidade do Forte, e conforme diretrizes já apresentadas por outros técnicos no passado, e que hoje ainda entendemos ser uma forma de darmos continuidade no projeto, a proposta é a de iniciarmos com uma obra piloto, a qual servirá de parâmetro para a própria execução dos trabalhos, bem como para a apropriação dos custos e especificação técnica destes serviços”, assevera Ceridono.
Para o superintendente substituto do IPHAN em Rondônia, é necessário que ocorram parcerias em prol do monumento. “O Forte Príncipe da Beira não é tão somente um baluarte setecentista. Ele é a representação material dos esforços hercúleos que brasileiros, africanos e europeus dispuseram na Amazônia. Se a quase duzentos e cinquenta anos após sua fundação, nós sentimos hoje a dificuldade de trabalharmos no Forte, é peremptório que reconheçamos todo o suor e sangue empilhado naquelas muralhas de tapiocanga. Para tanto, tal reconhecimento decorre da retomada das atividades no patrimônio”, finaliza Curado.

O monumento

O Forte Príncipe da Beira é uma fortaleza composta de uma muralha de aproximadamente 980 metros de perímetro, erigida em taipa de formigão e protegida por cortinas de pedra tapiocanga aparelhada. Cercado por muralhas que medem 10 metros de altura, a fortaleza é basicamente constituída por uma praça central, onde existem as ruínas de quinze prédios.
Além do tombamento pela União, o Forte é tombado como patrimônio do Estado de Rondônia, sendo reconhecido por meio da Constituição estadual de 1989, artigo 264. Por se encontrar dentro de área militar, a responsabilidade fundiária compete ao Exército Brasileiro.
Autor: Assessoria