sábado, 30 de maio de 2015

Indígenas montam site e contam sua versão da história em materiais didáticos

Portal Índio Educa tem 200 artigos escritos por indígenas para ajudar professores e estudantes

 EM 
Ainda nos primeiros anos da escola, quando as crianças têm seus contatos iniciais com a história brasileira, uma das perguntas propostas por muitos professores é "Quem descobriu o Brasil?". A esta indagação, é comum que se espere que a criançada em coro responda "Pedro Álvares Cabral".
Ao atribuir ao navegador português a descoberta do país, esta versão dos acontecimentos desconsidera as estimadas 5 milhões de pessoas que aqui viviam antes da chegada dos europeus. Para tentar minimizar este e muitos outros desrespeitos à cultura indígena, a ONG Thydêwá resolveu criar uma plataforma online para que os índios desenvolvam materiais didáticos que contem sua história e atualidade.
No site Índio Educa, é possível encontrar artigos a respeito de diferentes etnias e tribos brasileiras, todos escritos por indígenas. Os assuntos são diversos, e vão de aspectos históricos ao cotidiano. "A época do índio sem voz está terminando. Este projeto tem o objetivo de empoderar o indígena para dialogar. Trabalhamos em cima dos preconceitos que existem, como pessoas que acham que eles ainda vivem nus", conta o presidente da Thydêwá, Sebastian Gerlic.
A ideia surgiu em 2008, quando a Lei 11.645 tornou a temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena" obrigatória no currículo oficial da rede de ensino. Desde então, a ONG começou a reunir jovens indígenas interessados em produzir material de apoio a professores e alunos, e o Índio Educa foi lançado em 2011.
"Percebemos uma carência de material didático para dar subsídio a essas disciplinas. Então, chamamos indígenas que estão em universidades para formar um grupo de trabalho. Hoje o site tem 200 matérias provenientes de 10 etnias diferentes", explica Gerlic.
O conteúdo do site é todo em formato de Recurso Educacional Aberto, com licença Creative Commons. Isso significa que o material pode ser utilizado e modificado por outras pessoas, como professores que queiram montar um conteúdo didático próprio.







A ONG Thydewá tem diversos projetos com o objetivo de empoderar os povos indígenas

Faça um passeio pela história gaúcha em Rio Pardo

Um dos primeiros municípios do Rio Grande do Sul, Rio Pardo faz parte da trajetória de inúmeras personalidades da política brasileira

Por: Rosane Tremea
29/05/2015 - 05h01min

Não é na serra gaúcha, tradicional destino de outono/inverno, a sugestão de viagem para o fim de semana. A ideia é mirar um outro ponto não tão badalado, na região central do Estado: que tal dar um passeio rápido pela história e conhecer (ou rever) Rio Pardo? Dá para ir e voltar no mesmo dia, se você estiver na capital gaúcha (fica a 144 quilômetros de Porto Alegre e a 32 quilômetros deSanta Cruz do Sul, só para acrescentar uma referência).
A história da cidade, um dos quatro primeiros municípios do Rio Grande do Sul, nasce no século 17 e se consolida no século 19. E é esse ar de 200 anos atrás que se respira. Eu já tinha estado ali duas vezes, e minha visita de cerca de quatro horas se concentrou em dois pontos:
-O Centro Regional de Cultura, antiga Escola Militar restaurada há uma década e que tinha outro uso ou estava fechada nas outras vezes em que fui à cidade.
-O café Sabor e Arte, que chegou a funcionar no mesmo prédio, mas agora está em outro local, na mesma rua.
Chegar ao centro cultural é fácil: ao ingressar na cidade pelo principal acesso, cai-se na Rua Andrade Neves (o prédio fica no número 679). O local, que por muitos anos ficou em ruínas, foi muito bem restaurado. A construção é do século 19 (iniciada em 1848 e concluída em 1882) e nasceu para ser um hospital da Irmandade de Caridade Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos (a igreja fica ao lado), mas nunca foi ocupada como hospital. Dois anos depois de pronto, o prédio foi cedido às tropas do Império e, em seguida, funcionou como Escola Militar.
Sabe quem estudou por lá? Nomes gravados na nossa história, como Getúlio Vargas, Eurico Gaspar Dutra, Mascarenhas de Moraes e Plácido de Castro, entre outros.
Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) em 1983, mas até a restauração levou quase 20 anos: a obra em si durou de 2002 a 2005. Hoje mantido por uma associação de amigos, o centro cultural abriga o memorial do Exército e a biblioteca pública municipal. Tem espaço para eventos, um auditório/cineclube, conservatório de música, salas de dança e espaço para exposições. Há também uma mostra permanente de fotos interessantes com a evolução da educação e dos costumes ao longo do século 20.
Enquanto fazia a visita, guiada por um funcionário simpático e bem informado, a banda marcial da escola que funciona nos fundos do prédio acrescentava a trilha sonora perfeita.
Dois destinos gaúchos estão na lista dos "mais bonitos do Brasil" feita pela CNN
Saindo dali, caminhei poucos metros até o café Sabor e Arte, lotadíssimo em um sábado à tarde. A vitrine de tortas é apetitosa, o café, tirado com capricho, e, mais do que tudo, chama atenção o atendimento querido que parece ser típico de cidade pequena/média do Interior (Rio Pardo tem pouco mais de 37 mil habitantes).
O que mais há para ver
A partir da Rua Andrade Neves, onde fica o centro cultural, é fácil visitar outros pontos interessantes a pé. Minha recomendação é uma caminhada até a Rua da Ladeira (ou Julio de Castilhos), a primeira do Rio Grande do Sul a receber calçamento, em 1813, e que foi tombada em 1954. As torres de igreja que pontilham a cidade de prédios baixos são outro atrativo. Mas chegue cedo para poder ingressar nelas. Em pelo menos duas, que estavam fechadas, o horário de visita se encerrava às 17h.
Nem todos os prédios, muitos em estilo colonial, estão bem conservados. Há alguns recém restaurados, mas muitos gritam por reformas e outros estão praticamente em ruínas. A cidade, conhecida também pelas celebrações da Semana Santa, merecia uma renovação completa. E muitas, muitas visitas.
Outras atrações
-Capela do Senhor dos Passos
-Capela São Francisco
-Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário
-Alto da Fortaleza Jesus, Maria e José
-Praia dos Ingazeiros (na confluência dos rios Pardo e Jacuí, a dois quilômetros do Centro, tem um restaurante chamado Costaneira, que uma leitora e o colega Marcos Hoffmann, do blog Viajando de Carro, recomendam para almoçar e experimentar um filé de traíra. Um lugar simples, mas, dizem eles, com excelente comida)

Para visitar o centro cultural
Paga-se R$ 1. Funciona de segunda a sexta, das 8h30min às 17h30min; sábados, das 8h30min às 17h; e domingos, das 15h às 18h. A visita guiada leva em média meia hora.






Foto: Rosane Tremea / Agencia RBS





O centro cultural. Foto: Rosane Tremea, Agência RBS







A Rua da Ladeira. Foto: Rosane Tremea, Agência RBS

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Missões Jesuítas Guaranis, Moxos e Chiquitos são declaradas bens culturais do MERCOSUL

A Comissão de Patrimônio Cultural (CPC) do MERCOSUL decidiu por unanimidade, nesta quarta-feira, 27 de maio, reconhecer as Missões Jesuítas Guaranis, Moxos e Chiquitos e La Payada como patrimônio cultural da região. A XI Reunião da CPC acontece em Jaguarão (RS) e segue até o dia 30 de maio. A avaliação técnica da candidatura do Sistema Missioneiro na região Guarani, Moxos e Chiquitos foi elaborada pelo Comitê Técnico ad hoc formado por especialistas da Colômbia, do Chile e Equador, ressaltando os valores e a importância das Missões Jesuíticas para o cenário cultural dos países da América Latina. 
Saiba mais sobre a XI Reunião da Comissão de Patrimônio Cultural do MERCOSUL no site Iphan.
Para o Assessor de Relações Internacionais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e delegado representante do Brasil na XI CPC, Marcelo Brito, esta decisão é de grande importância para os países integrantes do MERCOSUL. Segundo ele, “foi um processo muito rico, de trabalho em conjunto, de troca de ideias e de visões, que culminou com essa aprovação, trazendo avanços para um aprofundamento quanto aos valores materiais e imateriais desse bem, e que servirá de referência para os demais países da região e do mundo”.
A representante do Comitê Técnico ad hoc, Patrícia Huenoqueo Canales, ressalta que os esforços conjuntos entre Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguay e Uruguay foram essenciais para que CPC alcançasse esse resultado. “Esse reconhecimento constitui um vínculo entre cinco países, e dentro dessa perspectiva chegamos num grande avanço para valorização do patrimônio cultural em comum dessa região.” 
Missões Jesuíticas
As Missões Jesuítas Guaranis, Moxos e Chiquitos constituem em alguns aspectos essenciais, um bem patrimonial único, com elementos fortemente vinculados entre si, onde cada parte tem sua singularidade, que ajuda na compreensão e apreciação de um todo. Além disso, o sistema das Missões Jesuíticas faz parte de uma herança comum entre cinco países componentes do MERCOSUL. A partir dessas características, a comissão técnica ad hoc elencou os valores do bem a serem preservados com o reconhecimento pela XI CPC: Valores etnográficos. Históricos, paisagísticos, urbanísticos, arquitetônicos, artísticos e arqueológicos. 
Os remanescentes missioneiros de São Miguel Arcanjo, no Brasil, foram inscritos na Lista do Patrimônio Mundial em 1985, junto com as reduções de San Ignácio Mini, Santa Ana, Nuesta Señora de Loreto e Santa Maria Mayor, na Argentina. Esses são os principais remanescentes das missões jesuíticas em território Guarani, caracterizando uma particular organização social e forma de ocupação do território sul-americano.
La Payada 
La Payada é uma espécie de poesia improvisada predominante em alguns países da América do Sul, entre eles Argentina, Chile e Paraguay. O reconhecimento desse patrimônio, considerando seus aspectos culturais singulares, ressalta a necessidade de valorizar e reconhecer a importância dos versos e da musicalidade desse bem cultural.
A relevância de La Payada para América do Sul apresentada pelo Comitê Técnico ad hoc foi essencial para decisão da CPC em reconhecimento do bem.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Azulejo português vai ser candidato a Patrimônio da Humanidade na Unesco

Da Redação
Com Lusa

A Direção-Geral do Patrimônio Cultural (DGPC) vai preparar a candidatura do azulejo português a Patrimônio da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO), divulgou a Secretaria de Estado da Cultura.
O anúncio feito em 14 de maio pelo secretário de Estado, Jorge Barreto Xavier, ocorreu no Museu Nacional do Azulejo (MNAZ), durante a cerimônia de inauguração da sala Manuel dos Santos, um dos pintores mais destacados na área da azulejaria em Portugal.
De acordo com a SEC, a candidatura será preparada pela DGPC em parceria com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Comissão Nacional da UNESCO/Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O azulejo português surgiu no século XVI, quando entraram em Portugal os azulejos hispano-mouriscos produzidos na Andaluzia, “que, no nosso país, passaram a ser utilizados de uma maneira original, criando uma arquitetura ilusória”, recorda a SEC em comunicado.
A partir daí foram sendo criados vários padrões e estéticas diferentes com utilizações variadas: no século XVIII o azulejo foi utilizado sobretudo no interior de edifícios históricos, enquanto no século XIX passou para as fachadas.
No século XX, o azulejo entrou na arte urbana, por ser utilizado em vários espaços da modernidade, como aeroportos, estações de metro ou de comboio e viadutos rodoviários.
“O azulejo português, ao longo dos últimos anos, tem vindo a ganhar destaque a nível internacional, servindo de inspiração, nomeadamente, a muitos costureiros e designers e está cada vez mais presente um pouco por todo o espaço lusófono”, sustenta a tutela, para justificar a candidatura.
O MNAZ está instalado em Lisboa, no antigo Mosteiro da Madre de Deus, fundado em 1509 pela rainha D. Leonor, cujos espaços arquitetónicos se encontram integrados no circuito de visita do museu
O acervo do museu remonta ao século XV, tendo sido sucessivamente enriquecido com novas peças que estabelecem um percurso entre a azulejaria arcaica, da segunda metade do século XV, e a produção azulejar contemporânea.
Manuel dos Santos, com produção ativa entre 1690-1725, é ainda pouco conhecido do público, ou apenas associável a dois conjuntos de azulejos do primeiro quartel do século XVIII. Segundo o museu, porém, Manuel dos Santos foi um dos pintores de azulejos “mais extraordinários que exerceram atividade em Portugal, não sendo em múltiplos aspectos inferior a António de Oliveira Bernardes, considerado unanimemente como o pintor mais notável do chamado ‘Ciclo dos Mestres’, de cerca de 1690 até próximo de 1725″.
O Ciclo dos Mestres é a designação correspondente ao período áureo da azulejaria portuguesa, da viragem do século XVII para o seguinte, que surgiu sobretudo como reação às importações holandesas.













Museu Nacional do Azulejo, Lisboa © Direção-Geral do Patrimônio Cultural/2011












Exemplar da Arquitetura Colonial em Encruzilhada do Sul, revestido com azulejos trazidos de Portugal no Século XIX

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Egito vai reconstruir o Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo antigo

130 metros, ou um prédio de 43 andares. Era esta a altura do Farol de Alexandria, aquela que, durante muitos séculos, fora uma das maiores construções já erguidas pela humanidade. Tamanha imponência lhe rendeu um lugar na seleta lista das sete maravilhas do mundo antigo, das quais apenas a Grande Pirâmide do Egito se manteve em pé até os dias de hoje. Apesar de o mítico farol não ter resistido à ação do tempo, parece que os humanos do século XXI terão a oportunidade de contemplá-lo em todo o seu esplendor, nas dimensões oficiais, a poucos metros de onde foi originalmente construído.
É o que prometeu o Comitê Permanente do Egito para Antiguidades, depois de uma reunião no fim de maio que aprovou os planos de reconstrução. “Os membros aprovaram um projeto antigo submetido previamente pelo governo de Alexandria, que visa reviver o farol”, declarou Mostafa Amin, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades,ao jornal egípcio The Cairo Post. Agora, falta somente o aval das autoridades locais para o projeto sair do papel e as obras começarem, na mesma ilha de Faros onde a estrutura um dia esteve – o termo “farol”, inclusive, deriva do nome do lugar.
Construída por volta do ano 280 a.C. pelo arquiteto grego Sóstrato de Cnido, a torre de mármore servia não apenas para orientar os barcos que navegavam por aquelas partes do mar Mediterrâneo: ela também ostentava o poderio da dinastia iniciada por Ptolomeu I, um dos generais de Alexandre, o Grande, que tomou o poder na região depois da morte do conquistador macedônio, em 323 a.C. A estrutura permaneceu intacta por muito tempo, mas foi sendo gradativamente deteriorada por terremotos entre os séculos III e XII da Era Cristã.
“Um terremoto grave em 1303 causou uma enorme destruição ao monumento, antes de o sultão mameluco Qaitbay usar as ruínas para construir uma fortaleza (que ainda está em pé e carrega seu nome) no local original em Faros, noroeste de Alexandria”, explicou ao Cairo Posto professor de arqueologia greco-romana Fathy Khourshid. Em seu auge, um espelho era usado no farol durante o dia para refletir a luz do sol e guiar as embarcações, e uma grande chama ardia ao longo da noite. A construção possuía uma base inferior quadrangular, uma seção intermediária octogonal e um topo em formato circular. Em 1994, arqueólogos encontraram ruínas da estrutura original submersas nas proximidades da ilha.






GRAVURA DE FISCHER VON ERLACH (1656-1723) RETRATA O FAROL DE ALEXANDRIA EM TODO O SEU ESPLENDOR (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)









RECONSTITUIÇÃO 3D DO FAROL (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)






A FORTALEZA (OU CIDADELA) DE QAITBAY (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)

Sítio arqueológico pode mudar história da presença dos humanos na América

Local foi descoberto por pesquisadores em Boa Esperança do Sul, SP. Indícios apontam que nômades viveram nessa região há 14 mil anos.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Fundação Araporã estão estudando um sítio arqueológico em Boa Esperança do Sul (SP) que pode mudar a história da chegada do homem à América. Indícios mostram que nômades viveram na região há 14 mil anos.


O pesqueiro onde o sítio arqueológico está localizado fica na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255), que liga as cidades de Araraquara e Boa Esperança do Sul, e basta andar alguns metros para alcançar a área, próxima a uma plantação de cana.

No local, foram encontradas pedras que podem ter sido usadas como ferramentas, cada uma para uma função específica. Uma delas, por exemplo, tem forma arredondada e possivelmente era utilizada como uma espécie de martelo. Outra pedra, com um formato diferente, deve ter sido usada como uma faca.
"Uma das pedras seria como se fosse um raspador, como chamamos, algo utilizado para descamar um animal ou coisas do tipo", disse o arqueólogo Roberto Ávila.
Para encontrar o material, um buraco de mais de um metro de profundidade foi aberto no local. Também na região, geólogos da Unicamp mapearam o solo e recolheram amostras da terra. A ideia é tentar descobrir como era o ambiente em que as pessoas viviam. "Muito provavelmente o ambiente era muito mais seco do que atualmente, uma paisagem completamente diferente", disse o professor Francisco Ladeira.

Passado
Essa não é a primeira vez que os pesquisadores estudam esse terreno. O sítio foi descoberto em 2003, quando eram procuradas áreas com potencial  histórico na região. Mas o foco mudou.
Como algumas áreas têm indícios de ocupação de nômades há 14 mil anos, a pesquisa quer comprovar esse passado. Se for confirmado, o fato pode mudar a história da chegada dos primeiros seres humanos à América.

“A teoria tradicional, que diz que os humanos vieram pelo estreito de Bering e pelo Alasca e entraram nas américas, comprovaria que esse modelo pode estar certo com relação ao caminho, mas errado com relação à idade. O pessoal fala que os primeiros humanos passaram por volta de 12 mil, 13 mil anos. Se o sítio aqui tiver 14 mil anos, com certeza é mais antigo", explicou o pesquisador do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Astolfo Araújo.
Mudanças
O arqueólogo Fábio Grossi dos Santos explicou que é de conhecimento dos pesquisadores que os nômades se reuniam em pequenos grupos. Entretanto, os indícios apontam que o grupo seria maior, o que pode significar um processo de mudança no comportamento.

"Muda até o aspecto de como encarar a nossa história porque até hoje encaramos ela de um modo etnocêntrico e europeu, aquela história de que Cabral chegou há 500 anos. E aqui na nossa região, lá para o século XIX, normalmente. Com isso, estamos vendo que nossa história é muito mais antiga,  na verdade. A gente tem material arqueológico desde a superfície até dois metros de profundidade de uma forma contínua. Isso indica que eles ficaram aqui por muito tempo, então seria talvez um indício de que eles estivessem transformando esse modo de vida, deixando de ser nômades para serem mais sedentários", falou.
O estudo deve prosseguir e, se os indícios forem confirmados, o sítio pode entrar para a história e levantar novos questionamentos, além de ajudar em novas descobertas. “Será que vieram pelo interior ou pelo litoral? Se vieram pelo litoral, esse sítio estaria debaixo da água. Cada dado novo que a gente apresenta, como tudo em ciência, coloca várias outras questões", disse Araújo.









Sítio pode mudar o conhecimento sobre a história da humanidade na América (Foto: Paulo Chiari/EPTV)









Sítio em Boa Esperança do Sul pode ajudar em novas descobertas (Foto: Paulo Chiari/EPTV)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Hotel Nacional, de Niemeyer, passa por restauro no Rio de Janeiro

Considerado um dos ícones da arquitetura modernista do país, o Hotel Nacional, localizado no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, está sendo recuperado para os Jogos Olímpicos, que serão realizados em agosto de 2016.
O projeto é assinado por João Niemeyer, sobrinho de Oscar.
A reforma do edifício - tombado pelo patrimônio do município em 1998 - seguirá o projeto original. Porém, está prevista a construção no terreno de um prédio de dez andares e 30 mil metros quadrados - ainda sem uso definido.
Além da demolição de alguns dos 520 quartos para criação de novas suítes, instalação elétrica e hidráulica, acabamento e substituição dos vidros da fachada, o projeto de retrofit também recuperará obras de arte originais do hotel.
Famoso pela sofisticação e por receber importantes festivais de música e cinema, o Hotel Nacional foi inaugurado em 1972 pela Rede Horsa. Devido a problemas financeiros, foi vendido para a Interunion Capitalização, que veio à falência nos anos 1990 - levando ao seu fechamento em seguida. Desde 2009, o prédio pertence aos proprietários da HN Empreendimentos e Participações.
Hotel Nacional (Foto: Dado Galdieri / Bloomberg)

domingo, 3 de maio de 2015

10 Fotos que Registram Construções Históricas

Às fotografia as vezes tem vários significados em nossa vida com o passar do tempo vamos descobrindo toda sua importância. Nos Dias atuais com todos os dispositivos que temos agora, ostentando uma câmera, tirando imagens de qualquer local de dia ou noite com uma alta resolução é tão comum como verificar o nosso relógio para ver o tempo. Porém nem sempre foi assim vejamos alguns registros de imagens de construções históricas.
Mas há algumas fotografias da história que só nos fazem ficar para trás com espanto. Se ela está capturando o começo de algo novo ou arquivando um momento raro na história da humanidade, há algumas imagens que nos fazem apreciar a tecnologia que temos hoje em dia. Este é especialmente para você, fãs de história. Estas são algumas das fotografias mais raras já capturado ao longo dos tempos . Algumas dessas fotos são tão incrível que mesmo que se você não seja um fã de história, irá se surpreender, como foi feito tudo isto, realmente magnifico.








Abertura da Disneylândia 1955







Construção da Ponte Golden Gate Bridge Under 1937







O inicio de uma empresa de Comunicação MGM 1929







A construção da Torre Eiffel 1888







Construção do Monte Rushmore sendo escupido 1932







A primeira loja Walmart  em 1962







Construção da Estátua da Liberdade 1884







 Construção da Represa Hoove  1936
Fonte das imagens: do site