quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Unicamp se prepara para inaugurar sua nova biblioteca, dedicada a obras raras

Volta e meia, encontramos em bibliotecas ou sebos a inscrição “Livros raros” em alguma prateleira. Mas será que esses lugares têm a infraestrutura necessária para armazenar tais obras? O principal exemplo hoje, no Brasil, é a seção da Biblioteca Nacional (BN) dedicada a mais de 50.000 obras desse tipo. Até o fim de 2013, no entanto, outro exemplo surgirá na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Biblioteca de Obras Raras (Bora) da universidade terá cerca de 4.000 mil títulos raros e mais de 70.000 de coleções especiais. O material estará acessível também na Internet, e a ideia é aumentar ainda mais o acervo.
“O Brasil não tem nenhum órgão que defina quais obras são raras. Nós adotamos os critérios criados pela BN, mas também nos apoiamos em critérios internacionais. Não existem muitas bibliotecas de obras raras no Brasil, isso é algo recente aqui”, explica Edgar De Decca, coordenador-geral da Unicamp. Segundo ele, apesar de ter títulos comoSermoens (1679-1698), do padre Antônio Vieira, o núcleo principal da Bora são as 5.700 obras da coleção pessoal do historiador Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982). “Esse tipo de coleção especial é um segmento da biblioteca de obras raras. Existem, por exemplo, dezenas de edições de Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha, mas apenas um livro com comentários do Sérgio Buarque de Holanda. Também temos a biblioteca do historiador Paulo Duarte (1899-1984), com comentários que mostram um retrato da cultura modernista, e como ele leu essas obras importantes”, diz De Decca.
Todos esses acervos raros e especiais exigem mais cuidados que os demais. Na BN, é feita a restauração, a microfilmagem e a digitalização do material. “É preciso fazer manutenção contínua, e o acesso ao material físico é mais restrito”, conta Ana Virgínia Pinheiro, chefe da Divisão de Obras Raras da BN. Segundo ela, há uma série de critérios que definem quais as obras que merecem esse tratamento privilegiado. O primeiro deles é a idade: todas as publicações do século XVII ou anteriores são enviadas para o setor. “As publicações do século XVIII e posteriores nós selecionamos de acordo com critérios de qualidade, importância histórica e trabalho artístico, entre outros”, explica Ana Virgínia.
Para proporcionar aos livros todas as mordomias necessárias, a estrutura da Bora foi inspirada na biblioteca da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. O projeto custará cerca de R$ 13 milhões e inclui um laboratório de restauro de Primeiro Mundo. A digitalização e a publicação na Internet são uma outra etapa do projeto, que também deve ser concluída em 2013. Para isso, a biblioteca poderá se inspirar no portal www.obrasraras.usp.br, criado pela Universidade de São Paulo (USP) em 2003, onde há mais de 1.000 títulos, datados desde o século XV. E, quem sabe, em breve a USP e outras universidades se inspirem na Unicamp e criem mais bibliotecas com infraestrutura especial para suas obras raras.
Por Cristina Romanelli

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/raridade-que-nao-acaba-mais















Projeto do Arquiteto Cláudio Mafra

Curitiba/PR – Obra de restauro da Catedral será concluída na próxima semana

Com mais de 90% das obras de restauro concluídas, a Catedral Basílica Menor de Curitiba recuperou toda sua imponência e está praticamente pronta para ser entregue à população na próxima semana, como parte das comemorações ao Dia da Padroeira, 8 de setembro.
As obras de restauro, orçadas em R$ 5 milhões, foram financiadas com recursos originários da venda pela Prefeitura de cotas de potencial construtivo. “É um presente para a cidade. Uma de suas edificações mais valiosas, tanto do ponto de vista histórico quanto arquitetônico, está totalmente renovada”, disse a secretária municipal de Urbanismo, Suely Hass, ao fazer uma visita de inspeção à obra nesta terça-feira (27).
A visita foi acompanhada pelo cônego Genivaldo Ximendes da Silva, pároco da Catedral, e pela arquiteta Giceli Portela, responsável pelo projeto de restauro. De acordo com a programação, a inauguração da obra acontecerá na quinta-feira, 6 de setembro, antevéspera da data dedicada à Nossa Senhora da Luz, padroeira de Curitiba.

Marco – A construção que abriga a Catedral Basílica de Curitiba foi inaugurada em 1893 e é um marco na história da cidade, que se desenvolveu ao seu redor. A Praça Tiradentes, onde está inserida, é o núcleo que deu origem a Curitiba e o ponto mais central da cidade.
Construída em estilo eclético, com forte influência da arquitetura gótica, a Catedral tem nas pinturas das paredes uma de suas mais fortes características. Elas foram feitas originariamente pelos artistas italianos Carlos e Anacleto Garbaccio e, agora, foram totalmente recuperadas.
De acordo com a arquiteta Giceli, o restauro atual é o mais amplo e minucioso já executado na edificação. Para chegar ao resultado final, ela passou mais de um ano trabalhando no projeto e foram necessários mais 18 meses de obras.
O restauro da Catedral foi iniciado em janeiro do ano passado e durante algumas etapas chegou a reunir mais de 100 trabalhadores. A grande surpresa que ocorreu durante os trabalhos foi a descoberta de um poço de água, que estava encoberto pelo piso, próximo ao altar.
Para preservar a história da construção, o poço foi mantido e coberto com uma tampa de vidro, para que fique visível durante a visitação de fiéis e turistas. A hipótese mais provável para a existência do poço, de acordo com os técnicos envolvidos no restauro, é que ele estivesse localizado no fundo do terreno da primeira igrejinha da cidade e seja anterior à construção da Catedral.

Preservação – O mecanismo do potencial construtivo que garantiu o restauro da Catedral Basílica de Curitiba é aplicado pelo município desde a década de 80 para estimular a preservação do patrimônio histórico, cultural e arquitetônico da cidade.
A edificação da Catedral está cadastrada na Prefeitura como Unidade de Interesse Especial de Preservação (UIEP), classificação que é reservada às construções com valor mais significativo na história da cidade. A venda de cotas de potencial construtivo para financiar o restaurou levou em conta esta designação.
O resultado da operação foi totalmente revertido para o financiamento da obra. Os trabalhos foram executados sob responsabilidade da Mitra da Arquidiocese de Curitiba, com acompanhamento da Prefeitura, por meio da Secretaria de Urbanismo. “Estou emocionado com o resultado desta parceria entre a Mitra e a Prefeitura. Vamos devolver à comunidade uma obra prima. Um dos cartões postais de Curitiba está de volta, com toda sua beleza e esplendor”, resume o cônego Genivaldo.

Fonte: http://www.defender.org.br/curitibapr-obra-de-restauro-da-catedral-sera-concluida-na-proxima-semana/
































 Foto: Maurilio Cheli/SMCS

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Palacinho e centro de cultura de Santa Cruz do Sul serão patrimônio do Estado

O Palacinho, situado na Praça da Bandeira em Santa Cruz, e o Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz, localizado na Praça Siegfried Heuser, passarão a ser patrimônio histórico e cultural do Estado. Os dois prédios já são bens históricos patrimoniais do município.
O secretário estadual de Cultura, Assis Brasil, vem à cidade nesta quarta-feira, 29, e às 15h30 assina o Livro de Tombo, que registra os bens móveis pertencentes ao acervo do Estado. Mais tarde, às 19h30, ele participa de um bate-papo com o patrono da 25ª Feira do Livro de Santa Cruz, Antonio Skármeta, no auditório central da Unisc.


Fonte das Imagens: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1052711


















Centro de Cultura


















Palacinho - Sede da Prefeitura Municipal

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Símbolo de Roma, Fontana di Trevi terá restauração milionária

Reportagem do site Defender, sobre a restauração da Fontana di Trevi, em Roma:
A restauração da Fontana di Trevi, no coração de Roma, custará 2,5 milhões de euros (R$ 6,3 milhões), segundo anunciou o prefeito da cidade, Gianni Alemanno, que visitou nesta segunda-feira a fonte mais famosa da capital italiana.
“Devemos fazer uma restauração total porque há muitos pontos que podem estar frágeis e que mostram sinais de problemas antigos”, disse Alemanno. Imortalizada pelo sensual banho da atriz sueca Anita Ekberg, no filme “La dolce vita”, de Federico Fellini, a Fontana di Trevi foi construída por Nicola Salvi, em 1732.
A fonte mais famosa da Itália já foi esvaziada para que os trabalhos de restauração comecem. O nome da fonte barroca Trevi vem de tre vie (três vias), pois a fonte está localizada entre três ruas que dão acesso à praça. EFE

Fonte:  http://www.defender.org.br/simbolo-de-roma-fontana-di-trevi-tera-restauracao-milionaria/

















A água da Fontana de Trevi, em Roma, foi retirada para facilitar os trabalhos de restauração. Foto: EFE

Moscou e São Petersburgo - Rússia

Os vídeos abaixo mostram as belezas das duas mais importantes cidades da Rússia - Moscou e São Petersburgo, respectivamente.
Bom passeio!

Recife/PE – Igreja de São Pedro dos Clérigos será restaurada

Sem atividades religiosas há anos e com problemas estruturais graves, a igreja de São Pedro dos Clérigos, no bairro de São José, Centro do Recife, será fechada para reformas.
Na última sexta-feira, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou o edital para a restauração total da edificação, no total de R$ 3,2 milhões.
A licitação vai cobrir a recuperação total das estruturas, banheiros, esquadrias, cantarias, instalações elétricas, forros, coberturas e pisos. Apenas os altares, as imagens e esculturas e a pintura ficarão de fora do pacote.
A igreja tem tombamento federal e é um dos monumentos mais expressivos do período barroco no Brasil. Apesar de sua importância, estava jogada à própria sorte.
Enquanto durarem as obras, apenas a secretaria da igreja ficará aberta para que a comunidade não perca, de vez, o vínculo com o local. Por Ana Cláudia Dolores



Casarão do Século XIX é reconstruído em Nova Era/MG

Os estudantes já podem andar livremente pelo interior do casarão, correr pelo amplo terreno e curtir a natureza, sem medo de se machucar com telhas soltas, madeiras podres ou pregos enferrujados. Da mesma forma, os adultos já desfrutam da beleza do patrimônio, admiram a arquitetura em estilo colonial e aguardam, ansiosos, o início de atividades culturais que valorizem ainda mais o bem público. Com a sua sede – um sobrado de 1840 – restaurada há um ano, a Fazenda da Vargem, localizada a seis quilômetros do Centro da cidade, entra agora na segunda fase de obras que contemplam a reconstituição do antigo paiol, pavimentação com paralelepípedos das áreas frontal e lateral, implantação de projeto paisagístico e construção de uma pista de 1,6 quilômetro para caminhada. “Aqui será um grande espaço de arte e lazer para todos os moradores, em especial as famílias”, informa o diretor municipal de Cultura e Turismo, Albany Júnior Dias. A expectativa é de que tudo fique pronto até o fim do ano.
Desapropriada há mais de três décadas pela prefeitura para ser o parque da cidade, e tombada em 2005 como patrimônio municipal, a Fazenda da Vargem é um dos principais símbolos da história de Nova Era, na Região Central do estado, a 130 quilômetros de Belo Horizonte. Durante anos, no entanto, a construção imponente e os 10 mil metros quadrados no entorno se transformaram num melancólico retrato da decadência, como foi denunciado pelo Estado de Minas em março de 2007.
Na época, de acordo com a reportagem, chamavam a atenção a falta de portas e janelas, muitas madeiras quebradas, mato crescendo entre as tábuas do assoalho, teias de aranha em todos os cantos, galinhas ciscando no pátio de pedras e muitas roupas penduradas em varais. Camisas, calças e outras peças pertenciam a uma família desabrigada pelas chuvas que havia feito do prédio o seu refúgio. Um cenário de abandono totalmente oposto ao do século 19, tempo de intensa produção agropecuária, principalmente de açúcar e de café, e também da década de 1980 e início da de 1990, quando a propriedade foi palco de eventos com apresentação de artistas de renome nacional.
“Conseguimos deixar o casarão de pé”, conta, com entusiasmo, a engenheira civil Stael Pinto Coelho Lott, responsável pelo projeto de restauro e fiscalização da obra. Na primeira fase da empreitada, que demandou recursos de R$ 625 mil, do Fundo Estadual de Cultura (FEC) e da prefeitura, o foco esteve dirigido para a estrutura e cobertura, com troca do telhado, dos esteios e vigas e do piso de madeira, reforma dos banheiros e recuperação das janelas, que eram 44 e agora são 47. Num contraste com a pintura azul e branca do casarão, as janelas, refeitas no atual projeto, ganham destaque por dois motivos: pela cor amarela forte e por desempenharem o seu papel de proteger a casa: antes, não havia nada, apenas os marcos.
Segurança - Ao lado de Albany e da funcionária do Departamento de Cultura e Turismo Consuelo Batista Bueno, Stael mostra o piso do segundo pavimento, substituído totalmente tal a degradação; os novos pilares de madeira; extintores de incêndio e outros detalhes que fazem a diferença para garantir a integridade do prédio e segurança da comunidade. Embora esteja aberto diariamente para visitação, o sobrado ainda não tem mobiliário, equipamentos ou peças que remetam aos tempos de construção. Há apenas uma sala, com quadros de primeiros proprietários e moradores, entre eles Joaquim Martins da Costa, nascido em 1800 e idealizador da casa sede, e cenas da propriedade no início do século 20, com curral, animais e a dinâmica natural do meio rural.
De acordo com informações do Departamento Municipal de Cultura e Turismo, gestor da Fazenda da Vargem, o funcionamento do local (eventos permitidos, programação etc.) vai depender de um regimento interno a ser elaborado em parceria com o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Nova Era. “A fazenda está tão bonita que têm vindo noivas até de Ipatinga, no Vale do Aço, para fazer o álbum de fotografias aqui”, diz Consuelo, lembrando que este ano, por causa das obras, não houve eventos na fazenda.

Restauração da sede da Fazenda da Vargem foi acompanhada de um programa de educação patrimonial

A restauração da sede da Fazenda da Vargem foi acompanhada de um programa de educação patrimonial, desenvolvido pela prefeitura nas escolas da região, e levantamento histórico da propriedade, com pesquisa e elaboração de textos a cargo de Elvécio Eustáquio da Silva, um dos que lutam com empenho pela preservação do patrimônio de Nova Era, município de 18 mil habitantes. Os estudantes se entusiasmam com o patrimônio cultural e o amplo espaço, conforme ficou evidente na quarta-feira durante a visita de mais 40 aluno, de turmas do segundo período de educação infantil e primeiro ano do ensino fundamental da Escola Municipal Antônio Andrade, do Bairro Vila Santa Rosa. Acompanhada das professoras Cybele Araújo e Renata Faustino e da supervisora Vanessa Quaresma Costa, a garotada se esbaldou na propriedade, perguntou sobre a história, viu o pátio de pedras, o lajeado, e as novas obras.”É importante que as crianças valorizem a preservação”, disse Vanessa.
Visitando a fazenda pela primeira vez, Ana Clara dos Santos Belato, de 5 anos, gostou do casarão e das árvores. “É muito bonito”, disse com um sorriso. Larissa Vitória Santos Silva Bicalho, de 6, se interessou pelos quadros pendurados, enquanto Nara Estefânia Rodrigues Gomes, de 6, mesmo estando no lugar pela terceira vez, procurou encontrar novidades. Uma delas foi a criativa capela ao ar livre sob as moitas de bambu, às margens do Rio da Prata, afluente do Rio Piracicaba. Para fazer a cruz, a mesa do altar e os bancos individuais, foram aproveitados troncos de árvores da fazenda que estavam condenadas. “Ficou muito legal e aprendi muito”, comentou José Arthur Carneiro Fernandes, de 6, ao ouvir as explicações dadas por Albany.
Depois dessa parada de descanso e contemplação, a garotada quis saber por que havia tantos pedras empilhadas. Stael explicou que os parealelepípedos foram retirados de ruas do Bairro Centenário e agora serão usadas na pavimentação das áreas frontal e lateral. O projeto para a parte externa prevê ainda um campo de futebol e duas quadras de peteca. Já o paiol está na fase inicial e deverá abrigar uma lanchonete, eventos etc. A segunda fase da restauração vai custar R$ 532,4 mil, com recursos da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e prefeitura local.
Construída em 1840, Fazenda da Vargem e referência na região de Nova Era
A Fazenda da Vargem foi construída em 1840 por Joaquim Martins da Costa, quando Nova Era ainda se chamava São José da Lagoa e pertencia a Itabira. Moradores mais antigos chegaram a ouvir, sentados no passeio de pedras, na lateral do casarão e diante do paiol antigo, as histórias contadas pelo lendário Manuelzã, personagem de Guimarães Rosa, quando da sua visita à cidade.
De acordo com pesquisas, a propriedade representou um marco econômico no município e no Vale do Rio Doce, sendo uma das pioneiras ao mostrar vantagens da agricultura sobre a mineração, que já se mostrava decadente. Depois de Joaquim Martins da Costa, que teve papel importante na Revolução Liberal de 1842, a Vargem passou às mãos do fazendeiro Raymundo Martins da Costa, que deu prosseguimento ao cultivo das lavouras de 24 mil pés de café, 155 alqueires de terra em semeadura de milho e criação de gado leiteiros, além da suínos das melhores raças. Banhada pelo Rio do Prata, afluente do Rio Piracicaba e com grande número de escravos, a fazenda teve 70 anos de apogeu, tornando-se referência em toda a região.
Ao pesquisar em cartórios, livros e outros documentos para fazer o levantamento sobre a fazenda, Elvécio Eustáquio da Silva jogou mais luz sobre a história da Vargem. Com o fim da escravatura e chegada da República, houve mudanças na administração da fazenda. A então proprietária e seus filhos instituíram uma sociedade agrícola industrial e compareceram ao cartório de Nova Era, em 22 de dezembro de 1890, para passar uma escritura a seus representantes no Rio de Janeiro e regularizar a situação. Para Elvécio, a recuperação da Fazenda da Vargem estará completa se for acrescentado um projeto arqueológico para escavações no terreno. Por Gustavo Werneck 

Serviço
Fazenda da Vargem
» Tel: (031) 3861-4228
» Localizada a seis quilômetros do Centro de Nova Era
» Aberta todos os dias das 7h às 11h e das 13h às 17h – Entrada franca
» Excursões devem ser agendadas no Departamento de Cultura e Turismo


 










Anos de abandono levaram a estrutura do imóvel a quase ruir. Janelas foram roubadas, o terreno estava tomado pelo mato e havia infiltrações e buracos no telhado.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O 1º Museu da História da Inquisição do Brasil

“O Brasil terá seu primeiro museu sobre a história da Inquisição, revelando verdades que foram escondidas.”
A inquisição chegou a Portugal em dezembro de 1496, quando Dom Manuel casou-se com a viúva do Rei Ferdinando Aragão da Espanha, que havia expulsado os judeus daquele país em 1492. A partir de então, as leis da Inquisição, o Santo Ofício e os Autos-de-fé foram introduzidos em Portugal.
Assim, o Brasil nasceu durante plena Inquisição Íbero-lusitana que durou quase três séculos e meio. Na verdade, o Brasil foi como um “Mar Vermelho” que se abriu para milhares de judeus portugueses que foram forçados sob pena de morte à conversão ao catolicismo. Eram os chamados Cristãos-Novos. “Marranos”, “Anussim” ou mesmo “Criptos-Judeus” que esperavam encontrar no Brasil um lugar mais seguro para se viver, pelo menos, longe das fogueiras inquisitoriais. Entretanto, em 1591, o Brasil recebeu pela primeira vez o Inquisidor português Heitor Furtado de Mendonça que aqui instalou uma extensão do Santo Ofício para perseguir, processar, deportar, torturar e condenar esses imigrantes e seus descendentes, dos quais muitos terminaram executados nas fogueiras da Inquisição em Lisboa.
Essa parte da história será mostrada no 1º Museu da História da Inquisição do Brasil, que ora se inaugura através de painéis, gravuras e pinturas de artistas como o pintor espanhol Francisco Goya e outros, além da exposição de documentos e livros antigos, objetos e até mesmo através de réplicas de alguns equipamentos de tortura em tamanho real como o polé, o pôtro, o garrote e outros.
Todo este projeto é uma iniciativa da ABRADJIN, Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição, que é uma fundação privada, instituição com caráter cultural e educativo, sem fins lucrativos, fundada em 09 de agosto de 2000 e que já conta com mais de mil associados, respeitando o direito de crença de cada um. Sua sede está localizada no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte-MG, e atua por meio do Centro de Cultura e Memória Sefaradita Anussim. Porém, somente agora a ABRADJIN  dá um importante passo ao inaugurar o primeiro Museu da História da Inquisição do Brasil que muito contribuirá no resgate da memória, cultura e legado dos sefaraditas Cristãos-Novos, os quais marcaram importante presença como colonizadores do Brasil. Portanto, este Museu engloba aspectos históricos, culturais, educativos, artísticos, além de contribuir para a inclusão social, combatendo a intolerância religiosa.
“A inauguração do museu acontecerá no dia 19 de agosto próximo e o mesmo estará aberto ao público em geral, principalmente a visitas de professores de história e alunos interessados em enriquecer o conteúdo programático do currículo escolar. Mesmo antes de sua inauguração a ABRADJIN já foi contatada por universidades e escolas que desejam fazer deste museu um centro de extensão de seus respectivos Departamentos de História. Tal fato mostra que há grande interesse pela busca desta parte da história do Brasil que foi omitida nos livros didáticos”, afirmou o fundador e presidente da ABRADJIN, Marcelo Miranda Guimarães.
O Museu da História da Inquisição oferecerá ao público uma biblioteca com mais de 350 obras, constituída por uma coletânea de raríssimos e antigos livros sobre a Inquisição datados de 1637 e outros documentos originais anteriores a esta data. O Museu também conta com um mini-auditório com recursos de multimídia onde são apresentados filmes e documentos sobre o período da Inquisição, além da exposição de fotos, gravuras, textos e de pequenos objetos. Contamos também com um banco de dados para pesquisas sobre a história e origem do povo judeu como um dos colonizadores do Brasil, coletando e listando nomes e sobrenomes judaicos desses importantes colonizadores, dos quais muitos foram condenados e executados pela Inquisição. Além da exposição de objetos e documentos antigos, o museu mostrará vestuários da época e exibirá um pedaço do rolo de uma Torá (Pentateuco) que sobreviveu a perseguição inquisitorial na Espanha, sendo usada ainda por muitos anos por judeus sefaraditas durante a idade média. Esta será, com certeza, uma das maiores preciosidades do Museu.
Uma sala do Museu é chamada “Memorial dos Nomes”, e foi dedicada aos brasileiros vítimas da Inquisição. Nela constarão os nomes e números dos processos de condenação dessas vitimas da crueldade e da intolerância religiosa em nosso país.
 ara alcançar outros projetos, como o financiamento de Bolsas de Estudos para alunos de mestrados e doutorados que desejam abordar em suas teses o tema da Inquisição, mostrando sua origem, os milhares de processos dos condenados à tortura e à fogueira, suas conseqüências e danos causados. Se você deseja contribuir para este projeto, escreva para abradjin@anussim.org.br
Por meio do Museu da História da Inquisição do Brasil, a ABRADJIN  tem por objetivos:
I-      Disponibilizar para a sociedade parte da história da Inquisição Íbero-Luso brasileira que foi omitida devido à intolerância religiosa no período do Brasil colonial, quando milhares de portugueses (dentre eles, judeus, hereges e outros) imigraram para o Brasil fugindo da perseguição, da tortura e da execução nas fogueiras da inquisição.
II-     Utilizar seu patrimônio cultural como recurso educacional, turístico e de inclusão social.
III-    Oferecer para os interessados um vasto material para consulta e estudo, como livros sobre a Inquisição, recursos de multimídia para apresentação de filmes e exposição de fotos, gravuras, textos, pequenos objetos e documentos do tempo da inquisição.
IV-   Promover visitação de professores de História e alunos que desejam enriquecer o conteúdo programático do currículo escolar, fomentando a pesquisa, investigação, crítica e interpretação dos fatos históricos e culturais.
V-    Disponibilizar seus bens culturais para a promoção da dignidade da pessoa humana.
VI-   Auxiliar todo descendente dos “anussim” interessado em descobrir e aprender mais sobre suas raízes.
O museu fica na Rua Cândido Naves, número 55, bairro Ouro Preto, região da Pampulha. O horário de visitação será de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos domingos, das 10h às 16h. O ingresso custa R$ 8. A entrada é gratuita para estudantes e idosos.

Fontes:  http://ensinandodesiao.org.br/artigos-e-estudos/o-1o-museu-da-historia-da-inquisicao-do-brasil/

http://www.defender.org.br/mg-museu-da-historia-da-inquisicao-e-inaugurado-em-belo-horizonte/














  
Fachada do Museu
















Sala "Memorial dos Nomes" - Vítimas da Inquisição no Brasil

Prédios Históricos de Taquara são Tombados oficialmente

Na tarde da última quinta-feira, dia 16 de agosto, véspera do Dia Nacional do Patrimônio Histórico, em reunião com Conselho Municipal de Cultura o prefeito Délcio Hugentobler, anunciou o Tombamento Provisório do prédio conhecido como Antiga Casa Vidal e do Palácio Municipal Coronel Diniz Martins Rangel.
Os dois prédios de propriedade do Município, são considerados de relevante importância histórica e deverão receber obras de manutenção, conservação e restauração. O tombamento definitivo será realizado por um projeto de lei que espera o parecer oficial do Conselho de Cultura.

Palácio Municipal Coronel Diniz Martins Rangel

 



















Leva o nome do Intendente responsável por sua construção e inauguração em 21 de dezembro de 1908. Estilo neoclássico, foi palco de importantes decisões políticas, é também considerado historicamente como o mais significativo monumento do século XX  do município. O prédio na época de sua inauguração abrigava diversas funções. No térreo, localizava-se o destacamento da polícia municipal, destacamento da Brigada Militar, delegacia de Polícia e Junta do Serviço Militar; no primeiro piso funcionava a administração municipal, gabinete do prefeito, tesouraria e os arquivos e no segundo, o Fórum e os cartórios.

Antiga Casa Vidal

 













Segundo prédio de alvenaria construído em Taquara e o mais antigo ainda existente. A construção foi edificada na segunda metade do século XIX, no ano de 1882, pelo coronel Jorge Fleck, que governou Taquara por um curto e conturbado período na época da Proclamação da República. José Júlio Muller foi o primeiro proprietário da casa de  tecidos e ferragens. A Casa Vidal era referência para os viajantes por ser um importante ponto comercial. Segundo o Dr. Alberto Martins: “Seus tijolos foram unidos com o pó das conchas marinhas vindas de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, hoje município de Osório.”

Renovação do Conselho Municipal de Cultura
São integrantes do Conselho Municipal de Cultura de Taquara – CMCT, para o período 2012/2014, os representantes, da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, Simone Tomazini da Luz (Titular) e Marisa Baptista Haubrich (Suplente); do Gabinete do Prefeito, Edna Fischborn (Titular) e Maria de Lourdes Fröhlich (Suplente); da Faculdades Integradas de Taquara – FACCAT, Berenice Gonçalves Hackmann (Titular) e Patrícia Fernanda Carmem Kebach (Suplente); do CTG “O Fogão Gaúcho”, José Roberto Fischborn (Titular) e Marlene Teresinha de Oliveira (Suplente); da Academia Lítero Cultural Taquarense, Neusa Conrado Dias (Titular) e Marli Schuller Castro (Suplente); da Associação Taquarense de Artes e Artesanato, Vera Regina Schirmer (Titular) e Odete Mioki Shimoda (Suplente); do Grupo da Terceira Idade “Vovós Sempre Vivas”, Sônia Maria Barckfeld (Titular) e Lori Fernandes (Suplente); da Sociedade União da Paz de Rio da Ilha, Odilon de Borba Lopes (Titular) e Elisabete de Assis (Suplente); da Preservação do Patrimônio Cultural, Cristina Mansuetti (Titular) e da representante do Teatro, Sabrina Tesoto Schwan (Titular).
Também participaram do encontro o procurador do Município, Vinícius Carniel; a diretora de Desenvolvimento, Edna Fischborn; a assessora jurídica, Roberta Müller; o presidente da Defender, Telmo Padilha e o Delegado da Defender em Taquara Alex Müller.

Fonte:  http://www.defender.org.br/rs-predios-historicos-de-taquara-sao-tombados-oficialmente/

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

IPHAN inaugura restauro de estação ferroviária na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro

Foi realizado na última quinta-feira, dia 16 de agosto, às 19h, a solenidade de entrega da primeira fase do restauro do Complexo Ferroviário de Conde de Araruama, em Quissamã, no estado do Rio de Janeiro, uma ação do PAC Cidades Históricas. A obra foi realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN), em parceria com a Prefeitura de Quissamã e integra o Complexo Cultural de Conde de Araruama. O projeto contempla remodelamento do espaço urbano e do pátio ferroviário, além da restauração do conjunto composto pela antiga Estação de Conde de Araruama, Armazém Ribeiro & Filhos, galpão e mais cinco casas.
Durante a cerimônia será lançado o livro A Ferrovia Agrícola de Quissamã e suas Conexões Regionais, que aborda o tema do transporte ferroviário na cidade. O IPHAN, por meio de seu Escritório Técnico da Região dos Lagos, e a Prefeitura de Quissamã  também vão assinar um Termo de Cooperação Técnica para implantação da Casa do Patrimônio de Quissamã, a primeira unidade deste tipo externa ao IPHAN no Rio de Janeiro, que vai consolidar A parceria que se estabeleceu nestes últimos anos, especialmente no campo da Educação Patrimonial. O evento faz parte da II Semana Fluminense do Patrimônio, que será aberta oficialmente amanhã, dia 17 de agosto, em Cabo Frio.
A parceria teve início em 2007, quando a Prefeitura de Quissamã solicitou a cessão provisória da Estação Ferroviária. O objetivo era integrar a edificação ao Complexo Cultural Sobradinho, já em atividade. As obras tiveram investimentos de R$ 770 mil. Além da recuperação do conjunto foi feita também a pesquisa arqueológica da área. Ainda durante as obras, IPHAN e prefeitura conseguiram junto ao governo do Estado a transposição da pista da Rodovia RJ-196 (que estava sendo duplicada) e dividia o conjunto ferroviário.
A segunda fase dos trabalhos prevê o restauro das casas de colono, integrantes do conjunto, que serão destinadas a atividades culturais. Para 2013 está prevista a urbanização e paisagismo, concluindo a implantação do Complexo Cultural de Conde de Araruama.

Fonte:  http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=16797&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia












Parceria entre União, Estado e Município pode salvar o Centro Histórico de S. Luís/MA

União, estados e municípios de todo o país, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), estão se unindo em ações integradas e articuladas com a sociedade para preservar bens do patrimônio histórico nacional, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas. O programa abrange 173 municípios, de todas as unidades da Federação, e tem uma meta de investimentos de cerca de R$ 250 milhões por ano.
A histórica decisão chega num momento crucial para o Centro Histórico de São Luís, onde a má conservação dos imóveis, a falta de manutenção (principalmente dos prédios particulares), e a ausência de conscientização de parte das pessoas que o frequentam ameaçam um dos maiores conjuntos arquitetônicos de origem portuguesa no Brasil.
Entre os proprietários que nem ações na Justiça conseguem chamá-los à responsabilidade está o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), membros da família Murad e o ex-prefeito de São Luís e ex-senador Mauro Fecury (DEM).
O processo contra Sarney tramita na 8ª Vara Federal do Maranhão desde 2005. À Justiça, o presidente do Senado alegou que não tinha dinheiro para fazer a recuperação do imóvel, que fica na Rua da Saúde. O Iphan teve de fazer obras de estabilização do casarão para que ele não caísse. Segundo dados do Iphan, apenas a estabilização de um casarão no Centro Histórico de São Luís gira em torno de R$ 1 milhão.
Outro imóvel de Sarney que também teve de ser escorado por estacas pelo Iphan, pois ameaçava desabar, fica próximo à Fundação José Sarney – que leva o nome do senador, mas tem as despesas pagas pelo erário desde que foi estatizada, em outubro do ano passado.
Já Mauro Fecury foi condenado pelo juiz José Carlos do Vale Madeira a efetuar a reforma de seu casarão, localizado na rua da Palma. A decisão foi de 2008 e, em 2011, a Justiça determinou a penhora de parte dos bens de Fecury para que fosse realizada a intervenção na obra.
O magistrado, na época, determinou multa diária de R$ 5 mil por descumprimento da decisão, mas Fecury alegou que teria doado o casarão e até hoje o imóvel está em ruínas no Centro Histórico da capital maranhense.
Até o Estado responde por algumas ações requerendo a reforma e estabilizações de imóveis. Um deles, localizado na Rua da Palma, ao lado do 1º Distrito Policial, virou estacionamento.
Na Praia Grande, a área de maior visibilidade do Centro Histórico – que abrange, ainda, o Bairro do Desterro e os entornos das praças João Lisboa, Deodoro/Pantheon, Benedito Leite/Dom Pedro II, além do Portinho, do Mercado Central, e da Avenida Beira-Mar, entre outros locais –, o cenário de muitos casarões degradados entristece turistas e ludovicences.
Mesmo assim, desde que, em 1987, na gestão estadual de Epitácio Cafeteira, foi criado o Projeto Reviver – que recuperou vários imóveis e ruas, preservando detalhes da arquitetura colonial portuguesa –, o local já foi usado como locação de pelo menos três novelas da Rede Globo. A última delas foi “Lado a Lado”, que teve parte filmada em São Luís em julho e que estreia em setembro, no horário das 18h.
Segundo a superintendente do Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa, em razão do caráter monumental das suas edificações, do traçado urbano e do patrimônio imaterial, o Centro Histórico de São Luís representa um marco referencial para a história do Brasil e do mundo.
Ela explicou que a área de tombamento federal, que ocorreu em 1974, compreende 11 bairros do Centro e agrega pelo menos 1.342 imóveis, construídos nos séculos 18 e 19. “O que tem acontecido com muita frequência é a destruição ou descaracterização do bem cultural, e o tombamento proíbe por lei esse tipo de ação. Os proprietários precisam entender que o imóvel pode ser alugado, vendido, restaurado e até ter seu uso modificado, desde que qualquer intervenção seja notificada ao órgão competente para que as avaliações de riscos e danos ao patrimônio possam ser verificadas”, disse Kátia.
Segundo a superintendente, a prefeitura já desapropriou 19 imóveis, nos dois últimos anos, por motivo de interesse público e pelos mesmos estarem em situação de abandono.
Para Kátia Bogéa, a falta de cidadania e educação também resultam em condutas lesivas contra o espaço público e o patrimônio cultural, uma vez que atos de vandalismos, como depredações, pichações e roubos podem causar danos irreversíveis nas edificações de valor patrimonial.
Ela relatou que alterações na paisagem urbana, uso inadequado dos imóveis e espaços urbanos, danos causados pelo trânsito pesado, poluição visual das fachadas históricas (particularmente nesse período pré-eleitoral) e demolições e descaracterizações dos imóveis são algumas ações humanas que prejudicam o patrimônio material.
“Boa parte dos imóveis do Centro Histórico pertence a estrangeiros ou brasileiros que não residem no Maranhão, e por isso acabam por não conservar esses prédios. Temos, como exemplo, um prédio localizado na Rua do Giz, pertencente a um italiano, aparentemente sem problemas estruturais, mas como o telhado estava comprometido, acabou desabando. O Iphan fez um trabalho emergencial de escoramento, que custou R$ 96 mil, para não ver o resto do imóvel ruir e danificar as edificações vizinhas”, explicou Kátia.
PAC das Cidades Históricas – Com a finalidade de resolver os problemas que provocam danos ao patrimônio histórico, aos cofres públicos e compromete o turismo, o Iphan, os governos federal, estadual e a Prefeitura de São Luís assinaram, em 2010, um Acordo de Preservação do Patrimônio Cultural (APPC), que confirmou a adesão da capital maranhense ao PAC das Cidades Históricas.
As ações, que serão implementadas até 2013, foram planejadas em uma articulação integrando os agentes governamentais e a sociedade civil. O objetivo principal é promover o desenvolvimento sustentável do Centro Histórico de São Luís, conciliando suas funções urbanas e residenciais.
Além do Acordo, foram assinados os primeiros convênios resultantes do Plano de Ação 2010/2013, que incluem:
. Restauração do Cine Roxy, hoje transformado pela Prefeitura em Cine Teatro Municipal;
. Restauração e requalificação do imóvel na Rua do Giz, 445;
. Plano de Mobilidade e Acessibilidade Urbana para a área central da cidade; e
. Modernização do Sistema de Gestão Urbana no âmbito do Centro Histórico.

Prefeitura e Estado são parceiros na segurança da Praia Grande
Outro problema que a cada dia se agrava no Centro Histórico de São Luís é o da segurança. Ladrões e pedintes – e muitas pessoas que são uma coisa e outra – tiram a tranquilidade dos frequentadores do local, e dos turistas em especial. Flanelinhas sem credencial também infernizam a vida de quem escolhe o Centro Histórico para frequentar.
E um conselho aos incautos que quiserem conhecer os casarões ludovicences localizados em áreas mais distantes do Reviver: mantenham-se afastados da esquina da Rua da Palma com a Rua da Saúde, onde, apesar da proximidade com duas delegacias de polícia, um movimentado ponto de tráfico de drogas funciona a pleno vapor, há vários anos.
Nessa área da Segurança, uma parceria que já começou a funcionar também pode levar a bons resultados – entre a Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), por meio da PM-MA.
As duas secretarias devem começar a agir de forma efetivamente integrada assim que sejam colocadas nas ruas – inicialmente nas da Praia Grande – câmeras de monitoramento, como as que já existem em várias cidades brasileiras.
De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), Luís Carlos Magalhães, os custos de instalação das câmeras devem ultrapassar R$ 700 mil. “Nesse momento, o Município prioriza a colocação das câmeras na Praia Grande, dado o grande número de turistas que visitam o local”, afirmou Magalhães.
A Central de recepção das imagens será instalada na Companhia de Policiamento de Turismo Independente (CPTUR-Ind), da Polícia Militar, situada na própria Praia Grande, para melhor eficácia e agilidade na resposta da polícia.
O comandante da CPTUR-Ind, major Jorge Luongo, informou que, além dessa parceria da PM com a Semusc, há outra com a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas).
“Ao identificarmos moradores de rua, adultos ou crianças e adolescentes, em risco social, por conta do uso de entorpecentes ou problemas financeiros, a Semcas é acionada, e todo um trabalho social é feito em relação a essas pessoas”, disse o major Luongo.
Quanto aos traficantes, ladrões e arrombadores que atuam na área do Centro Histórico, o major afirmou que a polícia os prende várias vezes, mas eles sempre voltam às ruas, praticando os mesmos delitos. “Muitos utilizam os casarões abandonados como abrigos, pontos de fuga e esconderijos de armas. Por isso, decidimos fechar esses locais com cadeados e correntes, mas alguns marginais conseguem quebrá-los”, disse o major Luongo.

Projeto Aliança pelo Centro Histórico está sendo implementado
De acordo com o secretário municipal de Turismo, Liviomar Macatrão, problemas como falta de limpeza, depredação de equipamentos urbanos (como as luminárias que imitam lampiões) e serviços urbanos (buracos, calçadas e bueiros quebrados etc.) estão sendo atacados, há um ano e meio, por meio do projeto Aliança pelo Centro Histórico.
Macatrão explicou que o objetivo do projeto é implementar um sistema de gestão compartilhada (poderes público, privado e sociedade civil) para monitorar e realizar serviços urbanísticos, culturais, funcionais e sociais no Centro Histórico.
Lavagem especial de autopressão; licitação para reforma do piso, meio-fio e calçadas; iluminação artística de monumentos; limpeza periódica nas vias, com disponibilização de 48 lixeiras e 15 agentes de limpeza fixos em 24 ruas do circuito; bem como obras sociais e assistenciais, fazem parte do projeto.
Macatrão ressaltou que a Secretaria de Turismo solicitou que a empresa terceirizada, responsável pelos serviços de iluminação e manutenção dos postes – Citéluz – trocasse todos os lampiões danificados do Centro Histórico, e os trabalhos já começaram.
O secretário disse, também, que a obra da feira da Praia Grande, conhecida como Casa das Tulhas, que será concluída em duas etapas, já começou. O secretário explicou que o forro e o telhado da feira – que virou um ponto turístico importante de São Luís – já foram substituídos e um posto da Guarda Municipal foi inaugurado no local.
Por Oswaldo Viviani e Jully Camilo

Fonte:  http://www.defender.org.br/parceria-entre-uniao-estado-e-municipio-pode-salvar-o-centro-historico-de-s-luisma/

















Fonte da imagem: IPHAN

domingo, 19 de agosto de 2012

Concurso – Restauração de Imóveis Tombados – São Paulo

Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo lança edital de concurso para restauro de imóveis tomabados:

Objetivo
Selecionar os projetos de restauração de imóveis tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) de São Paulo, acompanhados de seus respectivos memoriais descritivos e orçamentos, em cidades do interior do estado.
Organização e Promoção:
Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura (Programa de Ação Cultural – 2012). Apoio: IAB-SP.
Quem pode participar:
Consultar item IV do edital do concurso.
Tipo de concurso:
Aberto (desde que atendidas as condições de habilitação.
Cronograma:
Prazo Inicial para inscrições – 13 de agosto de 2012
Prazo Final para inscrições – 03 de outubro de 2012
Previsão para divulgação do resultado – Dezembro de 2012
Premiação em 3 módulos:
Módulo 1: Seleção de 1 (um) projeto para restauração do imóvel “Palácio do Imperador”, tombado pela Resolução de 04/12/1969, cuja área totaliza aproximadamente 300m2, situado no município de Itapura, com prêmio de R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);
Módulo 2: Seleção de 1 (um) projeto para restauração do imóvel “Casa Caramuru”, tombado pela Resolução 61 de 28/10/88, cuja área totaliza aproximadamente 620m2, situado na Rua Caramuru, 232, município de Ribeirão Preto, com prêmio de R$ 310.000,00 (trezentos mil reais);
Módulo 3: Seleção de 1 (um) projeto para restauração do imóvel “Sobrado Coronel Esmédio”, tombado pela Resolução 35, de 11/05/1982, cuja área totaliza aproximadamente 850m2, situado na Praça Coronel Esmédio, 82, município de Porto Feliz, com prêmio de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil reais).
Critérios de Julgamento:
a)   Excelência técnica, funcional e estética do projeto;
b)   Qualificação dos artistas e dos técnicos envolvidos no projeto;
c)    Interesse público e compatibilidade orçamentária com relação à contrapartida (ver item III);
d)   Viabilidade de realização do projeto;
e)   Atendimento às cartas e documentos de restauro, bem como autores notórios no campo da preservação;
f)      Soluções para atendimento de acessibilidade (NBR-9050);
g)     Coerência com as Instruções para Elaboração do Estudo Preliminar;
h)     Facilidade de Manutenção e durabilidade dos materiais.

Fonte: http://concursosdeprojeto.org/2012/08/18/concurso-restauracao-imoveis-sp/

Página oficial do concurso: http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.743e24c3aed90ec40fc55410e2308ca0/?vgnextoid=2f69da4a12c09310VgnVCM1000008936c80aRCRD&vgnextfmt=default#.UDDkkaBmeZi












Foto: Site concursodeprojetos.org

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Projeto Porto Maravilha - Rio de Janeiro

O Brasil vem apresentando um crescimento consistente nos últimos anos. O Rio de Janeiro dá claros sinais de uma nova dinâmica econômica, impulsionada pelos grandes eventos que vão ocorrer na cidade nos próximos anos. A Operação Urbana Porto Maravilha está preparando a Região Portuária, há muitos anos relegada a segundo plano, para integrar este processo de desenvolvimento.
A Lei Municipal n˚ 101/2009 criou a Operação Urbana Consorciada da Área de Especial Interesse Urbanístico da Região Portuária do Rio de Janeiro. Sua finalidade é promover a reestruturação local, por meio da ampliação, articulação e requalificação dos espaços públicos da região, visando à melhoria da qualidade de vida de seus atuais e futuros moradores e à sustentabilidade ambiental e socioeconômica da área. O projeto abrange uma área de 5 milhões de metros quadrados, que tem como limites as Avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco, e Francisco Bicalho.
Operação urbana é uma ação estratégica e inovadora da Prefeitura do Rio de Janeiro com pleno apoio dos Governos Estadual e Federal. Além de criar novas condições de trabalho, moradia, transporte, cultura e lazer para a população que ali vive, fomenta expressivamente o desenvolvimento econômico da região. Já estão adiantadas as obras da primeira fase, que incluem a construção de novas redes de água, esgoto e drenagem nas avenidas Barão de Tefé e Venezuela e a urbanização do Morro da Conceição, além da restauração dos Jardins Suspensos do Valongo.
Ainda em 2011, inicia-se a segunda fase de trabalhos: toda a região será reurbanizada até 2015 e um novo padrão de qualidade dos serviços urbanos será introduzido, como, por exemplo, coleta seletiva de lixo e iluminação pública eficiente e econômica. Como complemento às intervenções urbanísticas já mencionadas, pode-se citar as importantes mudanças viárias: a demolição do Elevado da Perimetral, a transformação da Avenida Rodrigues Alves em via expressa, a criação de uma nova e rota, chamada provisoriamente de Binário do Porto, e a reurbanização de 70 km de vias.
O Porto Maravilha também realizará ações para a valorização do patrimônio histórico da região, bem como a promoção do desenvolvimento social e econômico para a população. A implantação de projetos de grande impacto cultural, como o Museu de Arte do Rio de Janeiro (Mar) , na Praça Mauá, e o Museu do Amanhã, no Píer Mauá, ambos em parceria com a Fundação Roberto Marinho, darão nova cara à entrada do porto.
Para coordenar o processo de implantação do Porto Maravilha, foi criada a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), empresa de economia mista, controlada pela Prefeitura. A CDURP tem como principais funções implementar e gerir a concessão de obras e serviços públicos na região, além da administrar os recursos patrimoniais e financeiros referentes ao projeto.

Como as obras serão financiadas?
Para atrair o interesse de investidores e conseguir financiamento para as obras de renovação urbana do Porto Maravilha, a Lei Municipal Complementar n˚ 101/2009 autoriza o aumento do potencial construtivo na região, ou seja, permite a construção além dos limites atuais, com exceção das áreas de preservação, de patrimônio cultural e arquitetônico, e dos prédios destinados ao serviço público. Para explorar este novo potencial construtivo, os interessados deverão comprar os Certificados de Potencial Adicional Construtivo (CEPACs). Todo o valor arrecadado com a venda dos CEPACs é obrigatoriamente investido na melhoria da infraestrutura urbana e em serviços na região.

Principais obras:
  • Construção de 4 km de túneis;
  • Reurbanização de 70 km de vias e 650.000 m² de calçadas;
  • Reconstrução de 700 km de redes de infraestrutura urbana (água, esgoto, drenagem);
  • Implantação de 17 km de ciclovias;
  • Plantio de 15.000 árvores;
  • Demolição do Elevado da Perimetral (4 km);
  • Construção de três novas estações de tratamento de esgoto.

Principais serviços
  • Conservação e manutenção do sistema viário;
  • Conservação e manutenção de áreas verdes e praças;
  • Manutenção e reparo de iluminação pública e calçadas;
  • Execução de serviços de limpeza urbana;
  • Implantação de coleta seletiva de lixo;
  • Manutenção da rede de drenagem e de galerias universais;
  • Manutenção da sinalização de trânsito;
  • Instalação e conservação de bicicletários;
  • Manutenção e conservação de pontos e monumentos turísticos, históricos e geográficos;
  • Atendimento ao cidadão.

Regras Urbanísticas e Ambientais
  • Para promover um ambiente urbano saudável e sustentável, as novas edificações da região deverão obedecer a parâmetros urbanísticos e ambientais específicos:
  • Afastamento e recuo adequados entre as novas construções;
  • Economia de consumo de água e reaproveitamento de águas pluviais e servidas;
  • Economia e/ou geração local de energias limpas;
  • Uso de aquecimento solar;
  • Uso de telhados verdes e/ou reflexivos do aquecimento solar;
  • Maximização da ventilação e iluminação natural;
  • Uso de materiais com certificação ambiental;
  • Facilitação de acesso e uso de bicicletas.

Compromissos Sociais:
  • Operação Urbana Porto Maravilha parte do pressuposto de que os atuais moradores devem permanecer na região portuária. Pelo menos 3% dos recursos da venda dos CEPACs serão obrigatoriamente investidos na valorização do Patrimônio Material e Imaterial da área e em programas de desenvolvimento social para moradores e trabalhadores.

Para isso são oferecidos vários estímulos, tais como:
  • Criação de habitações de interesse social;
  • Instalação de creches, UPAs e escolas que atendam a densidade populacional prevista;
  • Integração entre os diversos modais de transporte público, facilitando a acessibilidade e a comunicação com outras áreas;
  • Recuperação da qualidade ambiental da área;
  • Geração de empregos diretos e permanentes na região;
  • Regularização e formalização das atividades econômicas;
  • Formação profissional;
  • Criação dos Programas Porto Cultural e Porto Cidadão
  • Apoio a iniciativas de desenvolvimento comunitário.

Principais Impactos
  • Aumento da população de 22 mil para 100 mil habitantes em 10 anos;
  • Aumento da área verde de 2,46 % para 10,96%;
  • Aumento de 50% na capacidade de fluxo de tráfego na região;
  • Redução da poluição do ar e sonora, com a retirada da Perimetral e a redução do transporte pesado na região;
  • Aumento da permeabilidade do solo;
  • Aumento e melhoria da qualidade da oferta de serviços públicos;
  • Transformação da região em referência para a cidade.
Fonte: http://portomaravilha.com.br/web/sup/OperUrbanaApresent.aspx