domingo, 21 de outubro de 2018

Pomerode (SC) recebe projeto para preservação de Conjunto Histórico

Conhecida como a cidade mais alemã do Brasil, Pomerode (SC) abriga o maior conjunto de edificações enxaimel fora da Europa. A preservação desse rico acervo arquitetônico será contemplada pelo Projeto Requalificação do Patrimônio Cultural da Imigração em Pomerode. Fruto de uma parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Prefeitura Municipal de Pomerode e a Universidade Regional de Blumenau (FURB), o projeto busca fazer o levantamento do estado de conservação dos imóveis acautelados da cidade, a fim de identificar as necessidades de restauração dos bens culturais.
Pomerode possui 11 imóveis tombados pelo Iphan, além do Conjunto Rural de Testo Alto, e outras 221 edificações protegidas a nível municipal e estadual. A manutenção desse grande acervo será desenvolvida em quatro etapas pelo Projeto Requalificação: o cadastramento fotográfico dos imóveis e o levantamento das atividades tradicionais da cidade (culinária, artesanato, celebrações, etc.); o diagnóstico do estado de conservação dos bens e a identificação da necessidade da execução de obras de restauração; a elaboração do orçamento dos restauros necessários; e, por fim, a criação de mapas temáticos, que elencará prioridades e estabelecerá as estratégias de ações para preservação. 
O desenvolvimento dessas etapas terá o auxílio de alunos da FURB, que, supervisionados por professores do curso de Arquitetura e Urbanismo e técnicos do Iphan, irão elaborar os projetos de restauro e o levantamento das atividades tradicionais da região. Com a conclusão do projeto, será possível uma melhor exploração do conjunto preservado, tanto em relação ao fortalecimento da cultura, quanto ao desenvolvimento da prática do turismo no município.
A cerimônia de lançamento do Projeto Requalificação será nessa sexta-feira, 05 de outubro, às 10h, e contará com a presença da presidente do Iphan, Kátia Bogéa, do diretor do Departamento de Projetos Especiais do Iphan, Robson de Almeida, do diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Hermano Queirós, da superintendente do Iphan em Santa Catarina, Liliane Nizzola, o prefeito de Pomerode, Ércio Kriek, o reitor da Universidade Regional de Blumenau, João Natel Pollonio Machado, representante do Ministério do Turismo, entre outras autoridades locais. 
Durante a solenidade, também será assinado o Termo de Cooperação entre as instituições responsáveis pelo projeto, que garante a participação de todos na política de gestão das etapas a serem desenvolvidas, na captação de recursos para execução das obras e no gerenciamento do conjunto histórico. Será firmado também um acordo entre o Iphan, o Ministério do Turismo, a Prefeitura de Pomerode, o Governo do Estado de Santa Catarina, para a promoção de diversas atividades relacionadas à preservação do Patrimônio Cultural da imigração no estado, com assinatura de uma carta de intenções. 
O Coração da Imigração
A paisagem de Pomerode é o retrato vivo da cultura dos imigrantes europeus que se estabeleceram em Santa Catarina a partir do século XIX. Entre elas, as tradições alemãs se destacam e se materializam na arquitetura enxaimel que, fundida à natureza brasileira, dá origem à paisagem rural tão própria de Santa Catarina.
Ainda hoje, as comunidades prezam por suas raízes germânicas na mantendo a paisagem bucólica dos vales e perpetuando tradições e costumes, como a língua, a culinária, o artesanato, as celebrações e as técnicas construtivas. Além de orgulho dos pomerodenses, esta é a base da qualidade de vida da cidade.
Serviço:
Lançamento do Projeto Requalificação do Patrimônio Cultural da Imigração em Pomerode (SC)

Data: 05 de outubro, às 10h
Local: Teatro Municipal de Pomerode (Rua Herman weege, 111, centro)
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Fonte das imagens: do site Iphan

Primeiro sítio misto brasileiro avança mais um passo para se tornar Patrimônio Mundial

A riqueza cultural e excepcional beleza natural, faz de Paraty e Ilha Grande em Angra dos Reis um lugar sem igual. É o que defende a candidatura do primeiro sítio misto brasileiro a Patrimônio Mundial. Especialistas do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), órgãos assessores da Unesco, estiveram em missão no Brasil de 10 a 16 de setembro, para avaliar o reconhecimento mundial do sítio. 
A candidatura Paraty: Cultura e Biodiversidade trata de um território de 130 mil hectares, em que o centro histórico se cerca de quatro áreas de preservação ambiental. Com áreas cobertas de vegetação primária, ali estão o Parque Nacional da Serra da Bocaina; o Parque Estadual da Ilha Grande; a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul; e a Reserva Ecológica Estadual da Juatinga. Se aprovado, esse sítio misto terá o reconhecimento como um patrimônio cultural e natural. 
De 1.092 bens inscritos da Lista do Patrimônio Mundial, apenas 38 são mistos. A expectativa é que este sítio receba o título na próxima reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, que irá ocorrer de 30 de junho a 10 de julho de 2019, em Baku, no Azerbaijão. 
A candidatura é fruto de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Prefeituras Municipais de Paraty e de Angra dos Reis.
Patrimônio Cultural e Natural
Ao longo de uma semana, a missão de avaliação percorreu um extenso percurso. Sobrevoaram o Parque Nacional da Serra da Bocaina, caminharam por um trecho do Caminho do Ouro, onde há vestígios preservados desse patrimônio arqueológico, remanescente dos antigos caminhos criados para o interior do país. No centro histórico de Paraty, conheceram exposições de materiais litúrgicos no Museu de Arte Sacra, a Casa de Cultura, exposição de aves raras no SESC e comidas típicas do município que leva o título de Cidade Criativa da Gastronomia.
Nos parques, realizaram observação de pássaros, logo pela manhã. Na Aldeia de Paraty-Mirim, assistiram ao coral Mbyá Guarani. No Quilombo do Campinho viram uma apresentação de jongo. O turismo de base comunitária da região revelou a interação entre cultura e meio ambiente, com a recuperação da mata atlântica com técnicas de agroflorestamento. Na Fazenda Bananal, conheceram a produção agrícola,  em meio a uma agrofloresta.
Em um passeio na Juatinga tiveram a oportunidade de conhecer o recortado litoral com sua exuberante natureza  onde vivem e resistem cerca de cinquenta comunidades tradicionais caiçaras, indígenas e quilombolas. Após um sobrevoo de helicóptero pela área ambiental da Ilha Grande,  desembarcaram em Angra dos Reis, e realizaram de um percurso por lugares onde a natureza se apresenta caprichosa e exuberante.
“A missão demonstrou como cultura e natureza se integram, no território. Nas comunidades tradicionais, ou no próprio sistema de drenagem de Paraty, que respeita o movimento das marés, temos uma lição de cuidado com o meio ambiente”, declara Marcelo Brito, diretor de Cooperação e Fomento do Iphan. 
Etapas da candidatura
O processo de construção de candidatura começa com a preparação técnica do dossiê, entregue à Unesco em janeiro de 2018. Após a avaliação de especialistas do Icomos e IUCN, esses organismos, por meio de seus especialistas, farão um relatório final que irá subsidiar a análise do Comitê do Patrimônio Mundial. Até dezembro, os órgãos responsáveis pela candidatura, Iphan, Ministério do Meio Ambiente, prefeituras de Paraty, de Angra, e demais municípios envolvidos estão construindo, em parceria, um plano de gestão compartilhada do sítio.
Além de dar visibilidade a esse importante destino brasileiro, o título cria um compromisso internacional na proteção do sítio histórico e natural. Em Minas Gerais, Conjunto Moderno da Pampulha recebeu o reconhecimento da Unesco em 2016. Desde então, o sítio recebe cerca de 50 mil visitantes a mais, por ano. Em 2017, mais de 191,3 mil pessoas foram visitar a Pampulha.
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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Palácio Capanema sediará 27º Congresso Mundial de Arquitetos

O EDIFÍCIO QUE CARREGA OS NOMES DE LUCIO COSTA, NIEMEYER E LE CORBUSIER SERVIRÁ, OFICIALMENTE, COMO UMA DAS INSTALAÇÕES DO 27º CONGRESSO MUNDIAL DE ARQUITETOS (UIA2020RIO)

O Palácio Gustavo Capanema - situado no centro do Rio de Janeiro - vai sediar o 27º Congresso Mundial de Arquitetos (UIA2020RIO). O local será um dos principais pontos de visitação dos cerca de 15 mil congressistas que desembarcarão na cidade em 2020, segundo o presidente do CAU/BR, Luciano Guimarães: “O edifício é reconhecido não só aqui no Brasil, como patrimônio histórico nacional, mas internacionalmente como um dos grandes exemplares da arquitetura moderna”.

A autorização para o uso do edifício foi concedida em setembro, durante evento de entrega da obra de restauração de suas fachadas, com a presença de alguns dos representantes de órgãos como Iphan, IAB, UIA, CAU/BR, CAU/RJ e CAU/SP.

“Ter o Palácio Gustavo Capanema restaurado em 2020, abrigando uma série de atividades vinculadas ao UIA2020RIO, é fundamental. Os arquitetos do mundo inteiro poderão conhecer essa obra prima recém-restaurada e, ao mesmo tempo, será um legado que o governo brasileiro, o IAB e os arquitetos e urbanistas vão deixar para a sociedade carioca”, afirmou o presidente do IAB, Nivaldo de Andrade, no dia da oficialização do documento.

O vice-presidente das Américas da UIA, Roberto Simon, ressaltou a importância de parte das atividades do 27º Congresso Mundial de Arquitetos ser sediada no Palácio: “É muito bom saber que teremos o prédio à disposição. É um estímulo gigantesco para que a gente continue caminhando para realizar no Rio de Janeiro o congresso que essa cidade merece”.

Para Simon, a capital fluminense contribuirá diretamente com o projeto do Congresso da UIA, justamente por representar um espaço de reflexão a céu aberto. Durante seis meses, o Palácio Capanema vai abrigar uma série de atividades abertas a todos os participantes do UIA2020RIO.

Já o presidente do CAU/RJ, Jeferson Salazar, afirmou que o prédio será um espaço representativo para ser o ponto de apoio do UIA2020RIO: “Certamente que a exposição do Palácio vai contribuir bastante para despertar na população o interesse pela arquitetura e urbanismo e pelo patrimônio”.

Recentemente, o edifício contou com a restauração de suas fachadas, a partir de recursos provenientes do PAC Cidades Históricas e do Iphan. Serão realizadas ainda outras fases de restauração, que preveem: restauro, conservação e modernização da parte interna do edifício, englobando infraestrutura; sistema de detecção e combate a incêndio; sistema de ar condicionado; modernização dos auditórios; conservação dos jardins de Burle Marx no térreo; e restauração do mobiliário e dos painéis de azulejos de Portinari.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/noticias/noticias/palacio-capanema-sediara-o-27-congresso-mundial-de-arquitetos





















Foto: reprodução / Iphan