sábado, 31 de dezembro de 2011

Restauro da Fonte Talavera em Porto Alegre

O trabalho de restauro da Fonte Talavera, instalada em frente ao Paço Municipal de Porto Alegre, foi concluído nesta quarta-feira. Conforme o arquiteto responsável pelo serviço, Edegar Bittencourt da Luz, o restauro, iniciado em março deste ano, serviu para a limpeza e reforma do sistema hidráulico e elétrico da obra. "Inicialmente, pensávamos que o problema fosse o entupimento da tubulação de cobre, mas, após algumas verificações, constatamos que a tubulação estava danificada devido à ação de algum produto cálcio, provavelmente do excremento de pombos, que causa a corrosão das estruturas", explicou.

Como havia a necessidade de substituição da canalização, sem que houvesse prejuízos aos azulejos, a alternativa foi abrir um túnel sob a Fonte. "Foi um trabalho demorado e de extremo cuidado, em que houve restauração da louça, que já apresentava sinais de oxidação", informou o coordenador de Memória da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), responsável pela parte técnica da obra, Luiz Custódio. O serviço foi executado por uma equipe de arquitetos e restauradores. O custo aproximado da obra foi de R$ 50 mil. A fonte foi um presente da Colônia Espanhola, em 1935, durante as comemorações do centenário da Revolução Farroupilha.



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo

“Que o novo ano não seja como o outono da vida, onde as folhas caem deixando apenas lembranças de dias bons e ruins, mas que seja como a primavera da vida, que produz frutos e dos frutos sementes onde podem ser plantadas a cada dia e colhidas a cada amanhecer”
(Jamesson Junior)

Feliz Ano Novo a todos os leitores do blog.E quem em 2012 possamos continuar juntos e fazer nossa parte por um mundo melhor!

Obrigado a todos pelo carinho!


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Parque Ecológico e Ambiental de São João Marcos

Cerca de 3.000 pessoas mortas e uma cidade destruída. Este foi o balanço de um erro de cálculo somado a interesses políticos do Estado Novo (1937-1945). Para aliviar uma crise de abastecimento de água no Rio de Janeiro, o governo determinou que se aumentasse o nível da represa do Ribeirão das Lages, a 100 quilômetros da capital. São João Marcos, perto dali, foi abaixo entre 1941 e 1945 para evitar o retorno dos moradores, e a água jamais a encobriu. Nas ruínas foi inaugurado, em junho deste ano, o Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, que ganhou o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Iphan.

“Este é o primeiro sítio arqueológico urbano do país. É possível entender todo o formato da cidade. O terreno pertence à Light, mas estava arrendado. Nada foi feito aqui desde que a cidade foi desocupada”, conta o coordenador do projeto, Luís Felipe Younes do Amaral, do Instituto Light. No local há uma exposição com a maquete de São João, depoimentos de antigos moradores e objetos encontrados nas escavações. Um crucifixo de uma das duas igrejas da cidade e a grade da cadeia foram doados pela Casa de Cultura de Rio Claro e também estão expostos.

São João foi fundada no século XVIII e cresceu em torno do mercado de café. Entre suas construções havia uma rica igreja matriz, finalizada em 1801, com o interior todo decorado em ouro. Numa tentativa de salvar o conjunto da destruição, Rodrigo Melo Franco de Andrade, à frente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (antecessor do Iphan), tombou a cidade em 1939. Pouco adiantou. São João foi a primeira cidade a ser tombada no país, mas também a primeira “destombada”, no ano seguinte, por Getulio Vargas.

“Vargas fez um acordo com a Light, na época ainda canadense. Tornaria a empresa praticamente um monopólio caso resolvesse o problema de abastecimento. Os técnicos acreditavam que a solução seria elevar o nível das águas da represa em mais 18 metros, mas acabou não chegando nem perto disso. Não era preciso destruir a cidade”, diz Maria Cristina Fernandes de Mello, pesquisadora e arquiteta aposentada da UFF.

A Light assume parte da história, mas não a culpa. “Na época não se falava em responsabilidade social ou ambiental. A empresa estava inserida naquele contexto. Foi tudo uma decisão do Estado Novo, e agora a Light tem a coragem de mostrar o que aconteceu”, afirma Amaral.

Mas será essa toda a verdade? Segundo Maria Cristina, o acesso a alguns documentos do arquivo histórico da empresa não foi permitido durante a pesquisa: “Nem eu nem uma aluna minha tivemos acesso a parte dos documentos. E não encontrei nada sobre o surto de malária que houve na região por causa do aumento do nível da água. Morreram cerca de 3.000 pessoas”.
Os problemas vão além. A reconstrução de alguns prédios e indenizações prometidas jamais foram adiante. No entanto, embora ainda haja muita coisa a ser investigada nessa história, o parque é um consolo para a população. Trouxe a cidade de volta ao mapa como um local para relembrar bons momentos e não esquecer escolhas duvidosas.

Fonte Original da Notícia: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/de-volta-ao-mapa

Site do Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos:
http://www.saojoaomarcos.com.br/

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Revitalização Econômica de Jaguarão - RS

“A ‘Ouro Preto’ do Sul” é como o jornalista e historiador Eduardo Souza Soares gosta de definir sua terra natal, Jaguarão, cidade do Rio Grande do Sul que faz fronteira com o Uruguai. Nada, porém, que remeta às formas barrocas da cidade mineira. Em Jaguarão prevalece uma arquitetura tão eclética quanto vasta, com direito a um inventário de mais de 700 construções tombadas como patrimônio nacional, sem contar a Ponte Internacional Barão de Mauá, primeiro monumento binacional tombado. A comparação, no caso, remete à abrangência da preservação e à esperança de revitalização econômica da região a partir do patrimônio histórico, que vem sendo reformado com o aporte de mais de R$ 6 milhões do governo federal. Não à toa, o Iphan pretende instalar por lá um escritório técnico, a fim de cuidar da preservação de Jaguarão e de outras quatro cidades do sul gaúcho.

Para chegar até lá, se avança por 390 quilômetros desde Porto Alegre, atravessando uma paisagem sem fim de pradarias, pampas e bosques. Jaguarão se anuncia como uma cidadezinha ainda no século XIX: casas multicoloridas com no máximo três andares. O único sinal de trânsito das ruas, além de ponto de referência, define a calmaria predominante de uma região de rica história. Lá, o orgulho gaúcho toma proporções ainda maiores, baseado numa história recheada de lembranças heroicas.

Na última semana, o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, e a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, estiveram na região visitando as obras de restauração. A expectativa é de que as reformas sejam concluídas até 2013. A ministra caminhou pela cidade, visitou os principais patrimônios e mostrou-se encantada com o orgulho da população pela história da região.

“A cultura tem a capacidade da transversalidade com outras áreas e também entre fronteiras, pois dialoga com os valores do cidadão, com sua história e memória. Temos de preservar, reconhecer e incentivar a diversidade cultural”, comentou.

O prefeito de Jaguarão, Cláudio Martins, explicou que a valorização do patrimônio é uma aposta na recuperação econômica da cidade.

“Não temos perspectiva de crescimento a não ser no turismo. O último censo mostrou que perdemos mais de 15% da população, justamente porque os jovens aqui não têm qualquer perspectiva. Daí a importância de valorizar a história do pampa, da fronteira, como fortalecimento da nossa identidade e atrativo turístico”, argumenta.

O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, aposta na valorização do patrimônio como resgate econômico da região – além, principalmente, de melhorar a autoestima da população.

“Em Minas Gerais, com a derrocada econômica após o encerramento do ciclo do ouro, várias cidades do interior só se revitalizaram a partir do turismo histórico. E a região do extremo sul gaúcho tem um enorme potencial para ser explorado, que esperamos ajudar com a reforma dos monumentos após décadas de abandono”, lembra.

Texto de Felipe Sáles

Fonte Original da Notícia: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/a-ouro-preto-do-sul

Ponte Mauá - Foto: Fernando Damatti

Prefeitura de Jaguarão


Antiga Enfermaria Militar

Restauro da Casa do Padre Toledo - Tiradentes - MG

A casa do Padre Carlos Toledo da Rua do Sol se destacava das demais da Vila de São José, atual Tiradentes. Ela figura entre os mais importantes exemplares da arquitetura colonial mineira. Outros inconfidentes habitaram casas imponentes e amplas, mas merece destaque a casa de João Rodrigues Macedo, que passou a ser conhecida como Casa dos Contos, em Ouro Preto. Cecília Meireles, no Romanceiro da Inconfidência, no poema Fala a Comarca do Rio das Mortes faz um retrato impressionante da antiga Vila de São José, que ficara decadente por quase cem anos, devido ao abandono e esquecimento. Neste poema Cecília Meireles clama por Padre Toledo, seus sonhos libertários e sua casa:

“...– Que era paulista soberbo, / paulista de grande raça, / mação, conforme o seu tempo, / e a alegoria pintara / das leis os Cinco Sentidos / nos tetos de sua casa ...”

No livro Patrimônio Construído – As 100 mais belas edificações do Brasil, a Casa do Padre Toledo figura em quatro páginas, que mostram sua fachada, o interior e destaca a beleza dos forros pintados. O espaço foi tombado em 1938.

O imóvel setecentista teve usos diversos e sofreu intervenções, algumas muito significativas. No final do século XIX, adaptaram o torreão ao gosto afrancesado de “chalé”, com lambriques. Uma outra intervenção grande foi para adequá-lo para abrigar o cinema e teatro que lá funcionaram; nesse período, Antonio Faustino da Cruz (1919) ainda se lembra que vendia pastéis dentro da casa, antes das sessões de cinema. Foi residência do Juiz Edmundo Lins, no período em que Tiradentes fora comarca. Abrigou o Seminário São Tiago, criado pela Diocese de São João Del Rei e para isso se construíram anexos para os serviços e garagens; construiu-se uma quadra para as atividades esportivas dos seminaristas. Foi a primeira residência das freiras do Sacré Coeur de Marie.

No dia 24 de janeiro de 1971, inaugurou-se o Museu Casa do Padre Toledo, criado pela Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, hoje administrada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Logo após a implantação do museu, a quadra esportiva, que era usada por muitos jovens locais, teve seu piso destruído. Vários buracos foram abertos para o plantio de árvores tanto na quadra quanto em todo o terreno, segundo proposta do paisagista Roberto Burle Marx. As árvores cresceram muito, uma paineira trouxe expressivos danos à conservação do imóvel e, após atingir grande porte, teve que ser retirada.

O imóvel passou por uma grande restauração na década de 1940, realizada pelo IPHAN e coordenada diretamente por Rodrigo Mello Franco de Andrade, na época diretor do SPHAN. No início da década de 1960 teve outra obra e adequação para abrigar o seminário. Em 1982, realizou-se mais uma reforma. Especialmente as intervenções ocorridas nos forros foram bastante danosas. Ao longo da restauração, o forro do terreão desabou e sua reconstituição ficou a desejar. O mais curioso é que esta obra foi realizada pelo órgão de proteção do patrimônio estadual em um bem que tem dupla proteção federal, através do conjunto arquitetônico de Tiradentes e de tombamento isoladamente, ambos pelo IPHAN.

A restauração teve início em 2010, com ampla reforma estrutural e artística que está sendo realizada pela Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, através de projeto incentivado e patrocinado pelo BNDES. A restauração artística está cuidadosamente sendo realizada pelo CECOR – Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da Escola de Belas Artes, da UFMG. A restauração artística está resgatando o belíssimo colorido e as formas em estilo rococó dos forros pintados.

Paralelamente às obras, pesquisas estão sendo realizadas e coordenadas pelos professores Luiz Carlos Villalta sobre o Padre Toledo e José Newton Coelho Meneses sobre o quintal da casa. O arqueólogo Carlos Magno Guimarães está coordenando as prospecções arqueológicas no porão e no terreno, onde existiam cavalariça, amurados, sistema hidráulico e senzalas. A professora Ivana Parrela é a coordenadora geral do projeto e o Museu Casa do Padre Toledo terá nova proposta museográfica e deverá ser reaberto em de 2012.

O ex-governador de Minas Gerais Juceslino Kubitschek criou a Semana da Inconfidência, que tinha abertura oficial em Tiradentes, com o acendimento da Pira da Liberdade dentro da Casa do Padre Toledo e, após a cerimônia, realizava-se a Corrida do Fogo Simbólico, que chegava a Ouro Preto no dia 21 de Abril. Na cerimônia ouropretana, o Governo mineiro entrega, ainda, a maior condecoração do Estado: a Medalha da Inconfidência Mineira. Lamentavelmente, a partir a gestão do governador Aécio Neves, o Estado de Minas Gerais deixou de realizar a Semana da Inconfidência. O Largo do Sol, com a Casa do Padre Toledo ao fundo, é o cenário das cerimônias cívicas da cidade de Tiradentes.

Texto de Luiz Cruz, professor e coordenador das Visitas Guiadas às obras artísticas da Casa do Padre Toledo.

Fonte Original da Notícia: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/padre-toledo-um-lider-inconfidente

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Arquiteto do Islã

Mimar Sinan, conhecido por "Grande Mestre", foi um dos maiores arquitetos da história islâmica.Durante o Século XVI, foi autor de vários projetos, principalmente mesquitas.Suas obras tinham como características esplêndidas cúpulas e minaretes e definiram o estilo arquitetônico do Império Otomano e também a imagem da fé muçulmana conhecida no mundo até hoje. Sua origem é da Anatólia, na atual Turquia.
Ao entrar para o serviço militar, aprendeu carpintaria e matemática, mas devido ao seu talento para o desenho e a construção, logo foi promovido a assitente de arquiteto.Em 1514, quando as campanhas militares de Selim I conquistam a cidade do Cairo, no Egito, foi promovido a arquiteto-chefe do Império. Em 1520, sob o comando do Sultão Solimão, recebeu o comando do Corpo de Cadetes da Infantaria, por ter participado com êxito da Batalha de Mohács (1526).Ao longo desses combates, aprendia os pontos fracos dos edifìcios que atacava.
Sua obra consta de mais de 300 projetos, entre Mesquitas, Universidades, Palácios e Pontes, além de construir navios e artilharia para o exército.Em 1539, era responsável pela inspeção de todas as obras públicas do Império. Seu primeiro projeto de mesquita foi a Mesquita de Sehzade.Em seguida veio a construção da Mesquita de Süleymaniye, situada no bairro histórico de Eminönü - zona de Fatih, em Istambul - ocupando toda a área do antigo palácio da corte Otomana. O plano inicial teve como base a catedral bizantina de Santa Sofia.O projeto desta mesquita é um contraponto arquitetónico da catedral: aplicou linhas mais simétricas e funcionais, incluiu mais de cem janelas para uma luminosidade superior e acrescentou à volta da cúpula central várias outras de menor tamanho, e esbeltos minaretes nos cantos. O interior está decorado com azulejos, paredes de mármore e peças em marfim. Desde 1985 que a mesquita está classificada como Património Mundial pela UNESCO.
Outra obra de destaque é a Mesquita de Selimynie, em Edirne - Turquia - Construída entre 1568 e 1574, a pedido de Selim II, Sinam a considerava seu melhor trabalho. O külliye - área em volta da mesquita - tinha estruturas como escolas, balneários públicos, hospitais e refeitórios para os mais pobres. A grandiosidade das construções provava não só a riqueza do próprio Império Otomano, como a importância da sua religião e dedicação a Alá.


Interior da Mesquita de Sehzade


Mesquita Süleymaniye


Mesquita Selimiye


Ponte projetada por Sinam

Restauro da Igreja N. Senhora do Rosário dos Pretos - São Luís - Maranhão

No próximo dia 21 de dezembro, após restauração, a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Maranhão, será entregue à população de São Luís. Em 2004 o telhado da igreja corria o risco de desabar. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em cumprimento a sua missão de proteção ao patrimônio cultural, providenciou a elaboração do projeto de restauração e estabeleceu parceria com a Fundação Rio Bacanga para execução da obra, que foi realizada com recursos do Iphan e da Lei de Incentivo a Cultura, via patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As decisões sobre os elementos que seriam restaurados ou reconstituídos procuraram respeitar o valor histórico e arquitetônico do monumento, com o cuidado de serem tomadas conjuntamente pelos técnicos preservacionistas e a comunidade católica, visando compatibilizar os procedimentos técnicos do restauro com as necessidades de uso. O resultado final da intervenção restaurativa promoveu a revelação dos valores estéticos, respeitando, no entanto, as contribuições das diversas épocas.

Ao longo dos últimos dois séculos e meio a Igreja do Rosário sofreu diversas alterações que modificaram a sua feição barroca original. As mudanças mais significativas foram às substituições do piso de campa em madeira da nave e capela mor para ladrilho hidráulico, do altar-mor barroco do século XVIII, em madeira, para outro em massa e mármore no ano de 1940, e a do forro. Essas intervenções variavam em função do gosto da época, transformando os espaços e alterando materiais de acabamento, contribuindo dessa forma para um efeito plástico e técnico por vezes desastroso para a leitura estilística do monumento.

Histórico
A devoção a Nossa Senhora do Rosário, foi, no início do período colonial, muito popular entre todas as classes sociais, entretanto, devido à segregação dos negros, estes acabaram criando Irmandades próprias, separadas das Irmandades de brancos, onde tinham maior liberdade de ação e através delas promoviam a alforria dos irmãos escravos e garantiam a sua sepultura em solo sagrado. O culto à santa foi introduzido na cultura dos escravos africanos pelos jesuítas, na catequese, para legitimar a religião católica, buscando homens e mulheres negros para a prática religiosa. Esta tendência se consolidou nos séculos XVII e XVIII até que, chegado o século XIX, as Irmandades do Rosário, em sua maioria eram formadas por negros.

Em São Luís, no início do século XVIII, estando a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário à procura de um terreno para fundar uma igreja em homenagem ao seu orago, recebeu em maio de 1717 dos frades carmelitas a doação de um terreno que ficava no mesmo local onde havia sido construída, pelos frades franciscanos franceses, em 1612, a segunda mais antiga edificação religiosa de São Luís, a qual foi ocupada, após a expulsão daqueles, por frades carmelitas durante cerca de uma década, ficando assim o lugar conhecido como “Carmo Velho”.

Os confrades da Irmandade, tendo à frente o negro João Luís da Fonseca, denominado Rei (espécie de presidente ou diretor), levaram aproximadamente sessenta anos para construir a sua Igreja, que foi vistoriada em 1772 e benzida em 1776, ocasião em que também foi trasladada a imagem da Virgem do Rosário da Igreja do Carmo para a nova Igreja. Durante o século XIX a Igreja do Rosário parece ter sido bastante utilizada não apenas pelos seus proprietários, mas por outras Irmandades, pela sociedade em geral e pelo bispado. Em 1814 saiu da Igreja do Rosário, pela primeira vez, a procissão da Caridade, que objetivava realizar enterros gratuitos para as pessoas pobres. Em 1821 ali eram ministradas aulas de primeiras letras pelo padre Domingos Cadavile Veloso e, no período de 1852 até 1861, serviu de Igreja Matriz, visto que a Catedral da Sé havia sido atingida por um raio.

No século XX, com a decadência das Irmandades religiosas em geral, a Igreja do Rosário entrou em processo de rápida deterioração. Diante desse fato, em 1947, o Bispo D. Adalberto Sobral decide transferir para lá a Irmandade de São Benedito (que funcionava na Igreja de Santo Antônio), sob pretexto de que não ficava bem realizar em frente ao Seminário de Santo Antônio a grande festa que a Irmandade promovia todos os anos para o Santo. Desde então a Irmandade de São Benedito é a responsável por zelar e manter a integridade da memória histórica da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e continuam realizando com grande devoção a festa de São Benedito todos os anos no mês de agosto.

Fonte Original da Notícia: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=A7DB0A01EECEDB6D5BFE64AFBC63459E?id=16384&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

Restauro da Casa das Artes Regina Simonis - Santa Cruz do Sul - RS

Um presente de Natal para Santa Cruz do Sul. Assim foi definido o anúncio da Japan Tobbacco International (JTI) de patrocinar o projeto de engenharia para a restauração da Casa das Artes Regina Simonis. O trabalho ficará pronto em oito meses e custará R$ 160 mil.

A empresa, que há poucos dias inaugurou seu Centro Mundial para o Desenvolvimento Agronômico, Extensão e Treinamento em Santa Cruz, promoveu ontem um café da manhã no Quiosque da Praça quando a notícia foi oficializada. O vice-presidente da JTI para a América Latina, Eduardo Renner, confirmou o patrocínio para a realização dos estudos iniciais e do projeto arquitetônico de restauração. “Sabemos da importância deste prédio para a história do município e queremos contribuir para a sua preservação.”

O gerente de Assuntos Corporativos da JTI, Flávio Goulart, explicou que a empresa tem, entre seus objetivos, apoiar projetos comunitários que não estejam vinculados ao seu ramo de negócios. Com sua chegada em Santa Cruz, em 2009, passou a ocorrer a prospecção de iniciativas que poderiam ser auxiliadas. Foram analisadas várias alternativas e a direção optou pela Casa das Artes. Goulart disse que a importância histórica e sociocultural do prédio é incontestável. “Por isso, a JTI vai alavancar este antigo sonho da comunidade e viabilizar o projeto de restauração.” O local será transformado em um verdadeiro centro cultural, inclusive com espaço para palestras, recitais e outros.

O trabalho de engenharia representa a primeira etapa do processo de restauração e reconversão. A partir dele, será feito o projeto arquitetônico. Todos precisarão estar de acordo com as normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). Com esta aprovação, a Associação Pró-Cultura de Santa Cruz poderá protocolar o projeto para captar recursos da Lei Rouanet e implementar as melhorias, que custarão cerca de R$ 2 milhões.

O prédio histórico se localiza na esquina das ruas Marechal Floriano e Júlio de Castilhos. A construção iniciou no final de 1920 e ficou pronta em 1922, quando passou a abrigar a filial do Banco Pelotense.

Com a falência da instituição, em 1931, o local foi ocupado pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul e, mais tarde, pela Exatoria Estadual. Em 1994, foi tombado pelo governo do Estado e cedido para a Associação Pró-Cultura. É considerado um dos mais expressivos exemplos da arquitetura eclética no Rio Grande do Sul.

Fonte da notícia: http://www.defender.org.br/santa-cruz-do-sulrs-casa-das-artes-ganha-projeto-de-restauracao/

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Jeongok Prehistory Museum - Coréia do Sul

Projetado pelo escritório francês X-tu Architects, o Jeongok Prehistory Museum, na Coréia do Sul, é um projeto futurista, mas em plena harmonia com o parque arqueológico da Era Paleolítica onde foi implantado, na província de Kyounggy. "Ele parece uma imensa gota de mercúrio líquido, cujos reflexos de luz deixam o desenho ainda mais misterioso", diz a arquiteta Anouk Legendre. Vencedor de concurso internacional, o sinuoso tubo (108 x 53 x 8 m) coberto por placas de alumínio funciona como uma máquina do tempo para a Idade da Pedra. Apesar da estética moderna ao extremo, o museu acolhe algumas relíquias de 300 mil anos: artefatos rudimentares, pinturas rupestres e esqueletos fósseis.
Ainda segundo a arquiteta "O alumínio tem a vantagem de refletir muito a luz, o que garante um caráter mutante ao formato do museu, conforme a incidência de sol. O Jeongok parece uma miragem no alto das duas colinas e valoriza ainda mais a geografia do lugar."

Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/um-museu-futurista-com-acervo-pre-historico

Site do Museu: http://www.jgpm.or.kr/







terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ponte Khaju no Irã

A ponte Khaju localiza-se na Província de Isfahan, no Irã.Entre suas várias funções, a mais elementar é a ligação entre as duas margens do rio Zayandeh.Serve também de dique e separa dois trechos do rio com níveis diferentes; por fim, é um excelente local de lazer, com os seus pavilhões e degraus sobre a água, numa região onde o calor se faz sentir com intensidade.
A ponte foi construída no Século XVII com vinte e três arcos ogivais feitos em pedra e tijolo vencendo um vão de 105 metros. No nível superior o tabuleiro possui um corredor central pavimentado, por onde passa o tráfego rodoviário (cavalos e carroças, principalmente), e duas galerias laterais cobertas por abóbadas destinadas aos peões. A concepção funcional e a qualidade do espaço são irrepreensíveis.
As arcadas que suportam o tabuleiro são utilizadas com local de repouso e refresco graças à sua sombra e proximidade com a água. Mais abaixo, alicerces bem delineados sustêm e encaminham as águas do nível superior, a montante, para o nível inferior através de um conjunto de degraus muito elegante que agarra toda a estrutura ao leito do rio.

Fonte: http://obviousmag.org/archives/2008/03/ponte_khaju.html#ixzz1gR3I3XBK








segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Novos Bens Tombados no Rio Grande do Sul em 2011

Em 2011 foram retomados e finalizados dois processos de tombamento estaduais em Santa Cruz do Sul: A Antiga Estação Férrea e a Prefeitura Municipal. Os dois prédios já possuem proteção em nível municipal e este ano foram incluídos na lista de bens tombados do IPHAE.

Também foi incluído nesta listagem o tombamento do acervo de bens móveis do Instituto de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, que compreende três grandes telas e será inscrito no Livro Tombo de Belas Artes.

Fonte Original da Notícia: http://www.iphae.rs.gov.br/Main.php?do=noticiasDetalhesAc&item=40811


Prefeitura de Santa Cruz do Sul


Antiga Estação Férrea de Santa Cruz do Sul

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Unesco reconhece Museu da Música, em Mariana - MG

Um dia de festa para Mariana, primeira cidade de Minas, que está em plena comemoração dos 300 anos de elevação a “vila do ouro”. O Museu da Música, instituição vinculada à arquidiocese local, recebe nesta sexta-feira, dia 02 de dezembro de 2011, no Rio de Janeiro (RJ), o Diploma do Registro Regional para a América Latina e o Caribe, em reconhecimento à importância de seu acervo de manuscritos.

O título é concedido pelo Programa Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Este título é de grande importância, pois se trata de uma certificação internacional. Dessa forma, esse patrimônio passa a ser não só de Mariana, mas da humanidade.

O Museu da Música, em funcionamento no antigo Palácio dos Bispos, prédio do século XVIII, abriga um dos mais importantes acervos latinoamericanos de música sacra manuscrita, com mais de 2 mil partituras originais. Ao longo dos anos, com serviço de restauro das obras respeitando a concepção dos seus autores, o conjunto foi salvo da deterioração, pois se encontrava em estado precário.

A cerimônia de entrega do diploma será às 14h, na Ilha Fiscal, no Rio.

A concepção do Programa Memória do Mundo é de que “o patrimônio documental mundial pertence a todos, deveria ser plenamente preservado e protegido e, com o devido respeito aos hábitos e práticas culturais, acessível de maneira permanente e sem obstáculos”. Esse é um trecho de Memória do Mundo: Diretrizes para a Salvaguarda do Patrimônio Documental, de autoria de Ray Edmondson (Paris, 2002).

Em setembro de 2004, o Ministério da Cultura criou o Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco, e, desde a sua instalação oficial, em 2007, foram lançados três editais de nominação ao Registro Memória do Mundo do Brasil, dos quais resultaram 38 acervos documentais certificados.

O Instituto Memória do Mundo valoriza o patrimônio documental dos povos e traça a evolução do pensamento, dos descobrimentos e das conquistas da sociedade humana. Conforme os especialistas, a “memória do mundo” se encontra em bibliotecas, arquivos e museus do planeta, embora grande percentual corra perigo atualmente. A razão é que o patrimônio documental tem se dispersado devido ao deslocamento acidental ou deliberado, em função de “estragos das guerras” e outras circunstâncias históricas. O programa reconhece patrimônios documentais de relevância internacional, regional e nacional, mantém o seu registro e lhes confere um certificado, que os identifica. Além disso, facilita a preservação e o acesso de todos, trabalhando para despertar a consciência coletiva do patrimônio documental da humanidade.

Fonte Original da Notícia: http://www.defender.org.br/unesco-reconhece-museu-da-musica-em-marianamg/

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Revitalização da Casa de Cultura Mário Quintana em Porto Alegre

A Casa de Cultura Mario Quintana será totalmente revitalizada. Em almoço a ser realizado na sexta-feira, 2 de dezembro, às 12h, no Café Santo de Casa, o governo do Estado anuncia a recuperação e modernização da Casa de Cultura Mario Quintana, por meio do Banrisul. Às 11h30, haverá uma coletiva de Imprensa na Fotogaleria Virgílio Calegari (7° andar da CCMQ, ao lado do Café).

Será assinado um termo de parceria entre o Governo, Banrisul e a Associação de Amigos da CCMQ. Desde o inicio do novo governo os titulares da Secretaria da Cultura e da CCMQ se empenharam em refazer o projeto de restauro, que havia sido inabilitado no ano passado pelo Conselho Estadual de Cultura.

O investimento total será de R$ 8 milhões e inclui restauro da fachada, reforma do telhado, revitalização e ambientação interna e sinalética, modernização dos teatros e acessibilidade física e de conteúdo.

A parceria entre o Banrisul e a Casa de Cultura Mario Quintana existe há mais de 20 anos. Desde então, o Banco vem participando da programação da Casa, por meio de patrocínio e como apoio à atividades e projetos culturais, cursos e seminários, e une arte, educação, cinema, música e tecnologia como ferramentas do conhecimento e da cidadania.

No andar térreo da CCMQ, a instituição mantém o Museu Banrisul, de fácil acesso e boa visibilidade aos visitantes. Oferece à comunidade gaúcha e turistas a história do Banco do Estado do Rio Grande do Sul e detalhes sobre a sua trajetória desde a sua fundação.

Já os clientes do Banrisul têm a vantagem de desconto promocional de 50% nos valores de ingressos nos espetáculos realizados na CCMQ. A Rede Banricompras também está presente em diversos pontos comerciais da Casa, como o bazar, salas de cinema, restaurantes e livraria, facilitando o pagamento por meio do cartão bancário.

No projeto de restauro e modernização o Banco vai instalar uma agência bancária no local para estar mais próximo da comunidade e dos frequentadores da Casa de Cultura.

No dia 2 de dezembro, além do almoço haverá, a partir das 13h, uma programação artística especial para comemorar essa importante decisão para a cultura gaúcha. A apresentação terá diferentes linguagens artísticas como teatro, dança, música instrumental, popular, rock e circo, em um palco montado para evento, na entrada da Travessa dos Cataventos da Rua 7 de setembro.

Fonte Original da Notícia: http://www.ccmq.com.br/2011/11/banrisul-assume-restauracao-da-ccmq-2/

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Palacinho será transformado em Centro Cultural – Fototeca do Rio Grande do Su

O Palacete Santo Meneghetti, mais conhecido como Palacinho, será transformado em um Centro Cultural. O prédio deve ser a sede da Fototeca do Rio Grande do Sul, um centro cultural voltado para a fotografia, conservação de acervos e fomento à produção fotográfica. O objetivo é dotar o Estado de uma estrutura capaz de organizar a memória visual dos gaúchos, fomentar a produção contemporânea e servir de fonte de conhecimento para as futuras gerações.

Projetado e construído em 1926 pelo engenheiro italiano Armando Boni, para ser residência de Santo Meneghetti, foi desapropriado pelo Estado em 1954 e, a partir de 1971, passou a ser residência oficial dos vice-governadores do Rio Grande do Sul. Em 1966 foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). O último morador foi Vicente Bogo.

Durante todo o ano de 2011, sob a coordenação da primeira-dama Sandra Genro, o governo estadual manteve uma programação cultural destinada a revelar o prédio até então pouco conhecido e abri-lo como espaço efetivamente público. O próximo passo será transformar o Palacete Santo Meneghetti no Centro Cultural. Para tanto, o governador Tarso Genro assinará nesta quinta-feira (1°), em cerimônia no Palacinho ás 18:30, o Decreto n° 9524 que cria o Centro Cultural Palacinho – Fototeca do Rio Grande do Sul.

Fonte original da notícia: http://rsurgente.opsblog.org/2011/11/30/palacinho-sera-transformado-em-centro-cultural-%E2%80%93-fototeca-do-rio-grande-do-sul/

sábado, 26 de novembro de 2011

Restauração da Oficina da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan autorizou, após minuciosa análise do projeto executivo, o início das obras de restauração da grande Oficina da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho, capital de Rondônia.

A restauração faz parte das medidas compensatórias exigidas pelo Instituto ao empreendimento UHE Santo Antônio, ainda na fase de Licença de Instalação. A empresa vencedora do certame licitatório foi a Hidronorte, que recebeu a ordem de serviço e tem agora 18 meses para concluir esta etapa.

Para Beto Bertagna, Superintendente do IPHAN em Rondônia, “trata-se de uma obra emblemática, porque é a primeira vez que se faz algum tipo de intervenção restaurativa nesta parte da EFMM. Os operários vão receber aulas de Educação Patrimonial para compreenderem a importância e a dimensão do trabalho que vão realizar. Em 2012 comemora-se o centenário da Madeira-Mamoré, e de acordo com o superintendente a melhor forma de homenageá-la é tratando-a com cuidado e atenção. “A intervenção na oficina é pioneira. A velha ferrovia poderia estar num estado muito melhor do que se encontra”, concluiu Bertagna.

Orçadas em R$ 8,6 milhões e com previsão de conclusão em 18 meses, as obras integram o Plano de Revitalização do Complexo Ferroviário Madeira-Mamoré. O projeto executivo foi aprovado pelo Iphan em agosto deste ano, após a realização de estudos referentes ao processo de corrosão da estrutura do conjunto, que possui 5.700 m2 e 13 metros de altura. A Madeira-Mamoré teve o seu tombamento como Patrimônio Cultural Brasileiro homologado pela Portaria 108, assinada pelo então Ministro Gilberto Gil, em 28 de dezembro de 2006.

Fonte original da notícia: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=16342&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cais Mauá é entregue à iniciativa privada para virar complexo de lazer em Porto Alegre

Às12h30min desta terça-feira, às margens do Guaíba, o degradado Cais Mauá foi entregue oficialmente à iniciativa privada para que se torne um complexo de lazer, gastronomia e negócios em Porto Alegre.

Observado pela imprensa, políticos e pelo prefeito José Fortunati, o governador Tarso Genro assinou o documento que repassa a área para que se dê iní
cio às obras de revitalização.

— Não era justo que o porto permanecesse fechado para a cidade. Aqui não se pedirá declaração do Imposto de Renda para que as pessoas possam fruir o rio — afirmou o governador, entusiasmado.

O empreendimento, orçado em R$ 560 milhões, terá o modelo de concessão de 25 anos para a empresa Cais Mauá Brasil. A revitalização da área seguirá o modelo do Porto de Barcelona, na Espanha, e de Puerto Madero, na Argentina.

— Quando o Rio Grande se une as coisas acontecem — afirmo
u o prefeito Fortunati, repetindo o que disse sobre o metrô.

A partir de agora, a empresa vai encaminhar os projetos com a expectativa de começar aos abras em seis meses. A intenção da concessionária é estar com 1
00% do projeto concluído em um prazo máximo de quatro anos.

A zona do Gasômetro ganhará um shopping subterrâneo e, em cima dele, surgirá uma área verde emendada à Praça Brigadeiro Sampaio. Para tornar isso
possível, a Avenida Presidente João Goulart será rebaixada em um trecho de 150 metros. À beira do Guaíba, passarelas de madeira avançarão em toda a extensão do cais, ampliando o espaço.

Fonte original da notícia: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2011/11/cais-maua-e-entregue-a-iniciativa-privada-para-virar-complexo-de-lazer-na-capital-3571342.html

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Theatro São Pedro em 360° - Porto Alegre - RS

Aplicativo do site Clic RBS - http://www.clicrbs.com.br/rs/ - faz um passeio virtual pelo prédio histórico do Theatro São Pedro, em Porto Alegre.
Bom passeio:
http://www.clicrbs.com.br/especiais/diversos/360teatrosaopedro/

Memorial do Gaúcho em Gramado - RS

Gramado – O uso da cuia de taquara com crina de cavalo na bomba, couro preso ao chão com ossos bovinos e o costume de cruzar as terras atrás do gado são tradições que fazem parte da formação do gaúcho e que ganham vida, em peças reais, no memorial Parque do Gaúcho.
Inaugurado ontem e aberto ao público a partir de hoje, em Gramado, o novo museu foi planejado por dois anos para dar forma à história de como o gaúcho vivia nos séculos passados. Um galpão com mil metros quadrados divide em setores os ciclos econômicos e culturais do povo que recebeu influência de indígenas e espanhóis.
Idealizador do projeto, o empresário Marcos Gomes, também diretor do GramadoZoo, envolveu-se pessoalmente na pesquisa de campo. Percorreu quilômetros pelos pampas e pela fronteira gaúcha, indo também à Argentina e ao Uruguai resgatar peças e animais históricos.
Para que tudo ficasse bem próximo da realidade vivida antigamente, os pesquisadores Rodrigo Schlee e Fernanda Valente de Souza, ambos de Pelotas, voltaram ao passado e recriaram, em Gramado, as vivências dos gaúchos antigos.
– Tudo o que há no memorial são peças originais ou feitas com material original, como antigamente, e em funcionamento – explica Fernanda, coordenadora de montagem.

Fonte da notícia: http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/impressa/11,3561522,1228,18368,impressa.html

No vídeo abaixo, o jornalista Lasier Martins mostra as atrações do parque:


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Reidy - A Construção da Utopia

Dirigido por Ana Maria Magalhães, Reidy, A Construção da Utopia, tem depoimentos de Paulo Mendes Rocha, Lucio Costa, Carmen Portinho e Roland Castro

O longa de Ana Maria Magalhães, que é patrocinado pela Petrobras, dividiu o prêmio de melhor documentário com Dzi Croquetes no Festival do Rio 2009. Entra em cartaz no dia 11 de novembro em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Juiz de Fora e Fortaleza.

Nascido em Paris e radicado no Rio, o urbanista Affonso Eduardo Reidy é um dos pioneiros da arquitetura moderna. Em projetos notáveis, como o Conjunto Habitacional do Perdregulho.com o qual ganhou a Bienal de 1953, e o Museu de Arte Moderna, Reidy apresenta apuro arquitetônico e elege o homem como o centro de suas atenções.

O filme “Reidy, a construção da Utopia” aborda a sua trajetória desde os anos 30 até a construção do Aterro e Parque do Flamengo, em que retorna a cidade como tema central de sua arquitetura. Textos do próprio arquiteto nos contam suas alegrias, decepções e vitórias, além da iluminada contribuição para o Rio de Janeiro nos tempos modernos.

Sua obra é debatida nas entrevistas exclusivas do urbanista Lucio Costa, para quem Reidy era o mais elegante e civilizado de sua geração; da engenharia Carmen Portinho, parceira no Pedregulho e no MAM; do arquiteto Paulo Mendes da Rocha que o relaciona ao urbanismo contemporâneo e do francês Roland Castro que apresenta um contraponto entre Paris e o Rio.

Com uma arquitetura generosa e alegre, de significação pública, social e estética, que proporciona bem estar e contato com a natureza. Reidy faz parte do cotidiano dos Brasileiros. O filme resgata do anônimo um arquiteto popular, como atesta o sucesso do Parque do Flamengo, espaço amplamente utilizado e marco da cidade.

Ao construir a paisagem urbana do Rio, Reidy promove a sua transformação em cidade moderna. A atualidade de sua obra permite abordar, entre outros temas, o problema da habitação com o crescimento das favelas, o apartheid urbano na divisão entre bairros ricos e pobres, a função social da arquitetura e a capacidade de ação da utopia em transformar o que se pensa e deseja em realidade concreta e construída.

Mais informações no site oficial: http://reidy-ofilme.blogspot.com/

Fonte da Notícia: http://cinema.virgula.uol.com.br/tempo-real/documentario-sobre-a-obra-do-arquiteto-affonso-eduardo-reidy-estreia-em-11-de-novembro-nos-cinemas.html

Abaixo, o trailer do filme.

sábado, 12 de novembro de 2011

Viagem virtual pelo patrimônio brasileiro

Site permite que internautas vejam patrimônios mundiais, nacionais e estaduais em 360 graus, do ponto de vista de quem está no local.
Com alguns cliques, o internauta pode entrar na clausura de uma igreja do século XVIII, em Pernambuco, seguir viagem até uma casa grande em Campinas, São Paulo, e depois dar um pulinho na Praça Santa Cruz em São Cristóvão, Sergipe, que conserva a arquitetura digna da quarta cidade mais antiga do Brasil.

Esta é a proposta do site Hzoom, que documenta e difunde fotografias de 360 x 180 graus que mostram vestígios dos processos históricos, dimensões das paisagens e traços da arquitetura brasileira. As “fotografias imersivas” permitem ao usuário ver o patrimônio de um ponto de vista de 360 graus – dando a sensação de estar no centro da ação, como se estivesse no local.

Já estão disponíveis três sítios do patrimônio mundial (Serra da Capivara, no Piauí; Olinda, em Pernambuco; e São Cristovão, no Sergipe) e alguns do patrimônio nacional e estadual (em Sete Cidades, no Piauí, e em Campinas, São Paulo).

A empreitada começou pelas mãos do historiador Rafael Vasconcellos depois de notar uma carência de registros do patrimônio mundial do Brasil na internet, à despeito das tecnologias amplamente difundidas na rede que permitem o internauta fazer uma imersão em determinadas regiões. Até contar com o apoio da Secretaria estadual de Cultura de São Paulo, foi com recursos próprios que Rafael – acompanhado da fotógrafa Marília Vasconcellos e da historiadora Mirza Pellicciotta – começou a documentar três sítios do patrimônio mundial.

Agora, eles vão começar a documentar outros 15 sítios do patrimônio mundial, etapa que deve ser concluída dentro de um ano. Paralelamente, outros sítios de âmbito nacional e estadual serão documentados de acordo com aspectos históricos, culturais, de meio ambiente e de turismo. A missão é árdua: são quase 200 bens tombados em todo o Brasil, sem contar cerca de dois mil patrimônios estaduais e municipais. O desafio agora é correr atrás de patrocínio e do apoio de instituições como o Iphan e a Unesco.

Fonte da Notícia: http://www.defender.org.br/viagem-virtual-pelo-patrimonio-brasileiro/


Claustro da Igreja e Mosteiro de Nossa Senhora do Monte - Olinda - Pernambuco

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul está fechado e as peças se deteriorando

Depois de muito coletar materiais arqueológicos, o professor Eurico Miller resolveu doar seu acervo em troca da criação de uma instituição voltada para a Arqueologia. O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), criado em 1966, ficou durante anos em um antigo frigorífico na cidade de Taquara, até ganhar sede própria em um terreno doado pela prefeitura. Hoje, apesar de ter quase 2.000 peças tombadas pelo Iphan, o espaço está fechado e seu único funcionário é o diretor.

“O museu foi fechado em 2009 por falta de estrutura. Até agosto do ano passado, quando comecei a trabalhar aqui como responsável técnico, não tinha ninguém da área de História ou Arqueologia, só o pessoal da prefeitura. Hoje eu sou o único responsável pelo acervo, faço a manutenção, a catalogação, e também cuido da parte administrativa”, conta Jefferson Dias, que se tornou diretor do museu em janeiro deste ano.

A Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul garante que projetos de recuperação estão sendo desenvolvidos, mas ainda sem prazo definido. Nesse meio tempo, o pó vai se acumulando sobre as peças, as caixas de armazenamento vão se deteriorando, e a população continua sem poder ver o vasto acervo, que inclui material de países como Peru e México, além de peças doadas pelo Museu Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, e pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, de Belém

Fonte da Notícia: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/patrimonio-em-perigo-7

Publicação registra ações do Monumenta em Porto Alegre - RS

Todas as ações de restauro e recuperação do patrimônio cultural realizadas em Porto Alegre pelo Programa Monumenta, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan/MinC, estão registradas na publicação Programa Monumenta – Porto Alegre organizado pela arquiteta Briane Bicca, que é a Coordenadora da Unidade Executora de Projetos – UEP do Monumenta na capital gaúcha. O lançamento do livro será na próxima quinta-feira, dia 10 de novembro, às 19h30, na 57ª Feira do Livro de Porto, pela Livraria do Arquiteto, na barraca número 71, à Rua Sete de Setembro.

O livro apresenta a experiência do Monumenta em Porto Alegre e registra as técnicas de restauração empregadas no Palácio Piratini, Biblioteca Pública, Margs, Clube do Comércio e Memorial do Estado. O Programa Monumenta é um instrumento federal de política pública voltado à conservação do patrimônio cultural da nação brasileira, por meio de ações de re-qualificação urbana em municípios que possuem centros históricos reconhecidos pelo Iphan como importantes para a constituição da identidade nacional. Em Porto Alegre o Projeto se tornou conhecido da população pela visibilidade alcançada por suas ações de restauração de edificações públicas e privadas e de espaços públicos de importância sócio-histórica, como é o exemplo da Praça da Alfândega.

Uma sinopse detalhada sobre os conceitos e sobre a implantação do Programa no país e na capital gaúcha pode ser encontrada na publicação que está dividida em duas partes. A primeira faz um registro das atividades, processos de trabalho, investimentos e uma espécie de balanço apresentando os aspectos bem sucedidos e outros que merecem uma reflexão mais profunda sobre as razões de não terem obtido os resultados almejados. A segunda parte da obra é um caderno de restauro cujo objetivo é dar suporte a gestores do patrimônio, arquitetos, engenheiros e outros interessados e estudiosos. A proposta é oferece informações sobre os procedimentos técnicos adotados nas restaurações para levar adiante os projetos e ações de conservação preventiva, evitando assim a aceleração da degradação das edificações e perda de sua capacidade de informação histórica.

Fonte da Notícia: http: //portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=3D0157C5456F7FB98FDE814BB9EAD650?id=16309&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Acampamento Militar da Roma Antiga descoberto na Alemanha

Foi divulgada nesta terça-feira (25) a descoberta de restos de um grande acampamento romano, às margens do rio Lippe, no estado alemão da Renânia do Norte-Westfália. O ponto era estratégico, pois fechava a linha defensiva do local e servia de entrada para a antiga Germânia até o rio Elba.

Wolfgang Kirsch, diretor da Liga Regional de Westfália-Lippe (LWL), que fez a descoberta, informou que os especialistas levaram mais de um século procurando este acampamento, que tem o tamanho de sete campos de futebol e está situado a 30 quilômetros da cidade de Dortmund, no oeste da Alemanha.

Dessa base, os soldados controlavam o rio Lippe, "uma das importantes regiões logísticas para os conquistadores romanos", disse Kirsch, que considerou a descoberta como "sensacional para a investigação da época romana na Westfália".

'Peça de um quebra-cabeça'
O acampamento estava localizado perto de onde hoje é a cidade de Olfen e era o único que faltava para ser descoberto dos cinco grandes assentamentos militares romanos na região, com funções de abastecimento e defesa.

Para conquistar as terras livres da antiga Germânia e avançar as fronteiras do Império até o rio Elba, as forças do imperador Augusto entraram no território a ser conquistado através do rio Lippe, usado como meio de transporte.

O último grande acampamento romano na região foi descoberto em 1968, perto de Paderborn. Desde então, as pesquisas arqueológicas se intensificaram para encontrar o assentamento próximo a Olfen.

"Era como buscar a peça de um quebra-cabeça", disse Kirsch, que comentou que o acampamento descoberto fecha a lacuna dos assentamentos romanos na região, separados entre si por cerca de 18 quilômetros, o que equivalia a um dia de caminhada de uma tropa de soldados armados com todos seus pertences.

Kirsch acrescentou que as primeiras pistas sobre a localização do acampamento surgiram há três anos, quando arqueólogos descobriram moedas de cobre em um campo e escavações de prova posteriores encontraram restos de cerâmica e de uma cerca de madeira.

O acampamento romano de Olfen foi supostamente construído no início da ocupação da Germânia na margem direita do rio Reno, na época das campanhas bélicas de Druso, na última década antes do começo de nossa era.

Fonte Original da Notícia: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/acampamento-militar-da-roma-antiga-e-descoberto-na-alemanha.html


Maquete dos arqueólogos mostra como seria o acampamento

Descobertas Moedas da Roma Antiga

Arqueólogos franceses anunciaram nesta segunda-feira (7) a descoberta de milhares de moedas romanas no campo de L'Isle-Jourdain, perto de Toulouse, no sudoeste da França.

Os pesquisadores acreditam que as moedas de bronze provavelmente foram cunhadas entre os anos 290 e 310 de nossa era em Roma, Londres, Lyon (atual França), Cartago (atual Tunísia) ou Trier (atual Alemanha). Estavam enterradas em três vasos.No final de semana, foram desenterradas e guardadas, disse o responsável regional por descobertas arqueológicas, Michel Vaginay.

"É um achado importante, na medida em que não é frequente falar de objetos do tipo desse período", disse à AFP.

Dois pesquisadores encontraram há dois anos 250 peças num campo arado já mencionado antes, pelo serviços de arqueologia, que entrou logo em contato com o proprietário do terreno. Este pediu que as escavações fossem organizadas só depois da colheita de milho", informou Vaginay.

Assim, durante meses, os arqueólogos torceram para que não houvesse nenhum vazamento da notícia.

Fonte da Notícia: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/arqueologos-descobrem-vasos-com-moedas-de-roma-antiga-na-franca.html

domingo, 6 de novembro de 2011

Ponte centenária é removida e vai virar museu em Riozinho - RS

Para preservar uma ponte centenária, a prefeitura de Riozinho, no Vale do Paranhana, realizou neste sábado uma megaoperação. Dois guindastes de 220 toneladas e duas carretas de contrapeso foram usadas para deslocar a histórica ponte cerca de 10m, no centro da cidade, para onde ela ficará a partir de agora. No seu lugar, o Estado inicia nesta segunda-feira a construção de uma ponte moderna, com duas pistas e passagem para pedestres.

Construída em 1907, a velha ponte faz parte da história do município e agora vai virar museu. A administração municipal irá recuperar a antiga travessia. O entorno também será revitalizado.

Os trabalhos iniciaram às 8h e encerraram às 15h10min, com um foguetório para comemorar o sucesso da operação. Durante três horas, a região central ficou sem luz e telefone, pois foi preciso desligar os cabos de telefonia e energia para mudar a ponte de lugar.Preocupada com a possibilidade de a ponte virar ferro velho, a prefeitura, com o aval do Estado, publicou um decreto municipal declarando-a patrimônio histórico do município. Assim, um projeto de lei foi encaminhado à Câmara de Vereadores, para que a ponte fosse tombada.

Fonte da notícia: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2011/11/ponte-centenaria-e-removida-e-vai-virar-museu-em-riozinho-3552271.html

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Restauração do Viaduto Otávio Rocha em Porto Alegre

A juíza Rosana Broglio Garbin, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, determinou a restauração do Viaduto Otávio Rocha, localizado na Avenida Borges de Medeiros, no centro da cidade. A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público Estadual (MPE).

A partir de agora, o município terá nove meses para elaborar projeto técnico. A magistrada determinou ainda a aplicação de multa diária de R$ 500, caso a decisão não seja cumprida.

A obra foi tombada em outubro de 1988 como patrimônio histórico cultural. No inquérito para apurar pichações no viaduto, os promotores constataram que a última reforma ocorreu em 2001.

Segundo eles, foi verificado ainda que as oito câmeras de segurança instaladas no local não funcionam. O procurador-geral de Porto Alegre, João Batista Linck Figueira, pretende aguardar a intimação para se manifestar.

Fonte original da notícia: http: //zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3547966.xml

Museu de História de Ningbo - China

Ningbo, cidade localizada na costa leste da China, é o centro do projeto de urbanização que deu origem ao distrito de Yinzhou, principal eixo de crescimento dessa metrópole portuária cuja população supera os 2 milhões de habitantes. Rodeada por montanhas, a imensa planície reunia originalmente plantações de arroz, e mais de uma centena de vilarejos milenares tiveram de ser demolidos para dar lugar ao bairro.

Da tradição arquitetônica dessas comunidades nasceu a inspiração do projeto proposto pelos arquitetos do escritório Amateur Architecture Studio para o museu, que foi objeto de um concurso internacional realizado em 2003.

Para salientar o caráter histórico do museu, o projeto também estabelece o uso de materiais locais. É o caso das telhas da cobertura e dos tijolos da fachada, obtidos a partir de casas demolidas nas antigas vilas rurais de Ningbo.

Além disso, boa parte do revestimento interno é de pedras da região e de placas feitas a partir do bambu, planta que predomina na vegetação de todo o leste da China.

“Do interior ao exterior, o volume é feito de aço, concreto e bambu, e mais de 20 tipos de tijolos e telhas reciclados. Graças a essa combinação, a base do edifício, configurada como uma simples caixa, explode em forma de montanhas”, acrescenta Wang Shu.

Tanto nas fendas que resultam da volumetria voltada para a área externa, quanto nas demais entradas e no lobby, salões secundários e pátios complementam a circulação do conjunto e conduzem aos espaços expositivos, às áreas administrativas e aos ambientes de apoio.

“Como na topografia montanhosa, há uma sobreposição de caminhos, que começam no nível do solo e seguem por um labirinto de amplos corredores e saguões. Para nós, esse layout é particularmente flexível porque consegue acomodar exposições em constante transformação”, explica o arquiteto.

Texto extraído do portal Arco Web: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/amateur-architecture-studio-museu-ningbo-china-26-10-2011.html