sábado, 29 de setembro de 2012

Teatro do Engenho - Piracicaba - São Paulo - Brasil Arquitetura

Ao trabalhar o respeito a um edifício histórico, arquitetos do Brasil Arquitetura mantiveram estruturas originais e criaram novas - como o palco prolongado de quatro metros para fora da projeção original, permitindo a abertura para uma praça anexa.

Implantado numa das edificações de escala mediana do conjunto do Engenho Central, lindeira à praça que articula os vários galpões, o projeto teve o programa modificado desde a concepção prelimi­nar arquitetônica. Em vez dos cinemas e restaurantes idealizados inicialmente, surgiu então o novo teatro do município, localizado estrategicamente no par­que que beira o rio Piracicaba no entorno da região central da cidade, famoso por sediar festas e eventos populares.
A edificação de tijolos aparentes é divi­dida em três gomos longitudinais que cor­respondem aos caimentos da cobertura, sendo duas águas centrais - com altura de quatro pés-direitos - e uma em cada lateral, com alturas de ate dois andares. Ferraz e Fanucci ocuparam o setor central com foyer, plateia e palco, invertendo a logica da distinção das fachadas frontal e posterior. A entrada, assim, ocorre pelo que se considera a parte de trás do galpão, enquanto a face voltada para a praça funciona como parede do palco. A iniciativa decorreu da ideia de abrir o espaço cênico para a praça, o que incluiu a expansão física do palco através da inserção de um módulo retangular metálico na área pública, pintado na cor vermelha.
Na outra extremidade, o foyer e a bilheteria são delimitados pela parede de concreto que veda as plateias superior e principal, e ocupam área qualificada pelo pé-direito elevado e pela farta iluminação natural. Havia nessa porção do galpão uma estrutura metálica de aparente ati­rantamento na fachada de tijolinhos, mas testes estruturais indicaram a possibilidade de remover esse apêndice, revelando a densa malha de janelas.
Atualizado passo a passo com a obra, o projeto teve como um de seus esforços equacionar a curva de visibilidade da plateia principal, térrea, com as alturas do palco e da praça publica. O ideal era haver o menor desnível possível entre os dois últimos, o que demandou o desbaste do piso para a acomodação dos assen­tos. Também as paredes longitudinais que dividem as faixas central e laterais da edificação ganharam aberturas junto plateia, por onde se da a circulação do público. Nas laterais assimétricas do galpão foram inseridos, de um lado, restau­rante/área técnica e, do outro (o menor), a sala de ensaios/camarim, localizada no pavimento superior. A exemplo do volume externo do palco, a escada de acesso a este ambiente é conformada por volume metálico, pintado de vermelho.
O projeto é engenhoso na distribuição dos esposo e eixos verticais' de circulação, o que possibilitou a confortável inserção de um programa denso para a escala do galpão, que soma quase 3 mil metros quadrados de área construída.
 
Fontes
 
 
 
Revista AU - Arquitetura e Urbanismo - N° 221 - Agosto 2012
 
Crédito das fotos: Site do Escritório Brasil Arquitetura
 
 
 
 
 









 
































quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Simpósio Transformações Urbanas e Patrimônio Cultural

Arquitetos, urbanistas e engenheiros responsáveis pela revitalização de cinco áreas de importantes cidades do mundo se reúnem para debater sobre políticas públicas e intervenção urbana
O Simpósio Transformações urbanas e patrimônio cultural vai analisar os resultados alcançados, face aos distintos contextos históricos, socioeconômicos, ambientais e culturais de projetos como o de Nova Iorque com o plaNYC (plano estratégico de longa duração e sustentabilidade de Nova Iorque), do prefeito Michael Bloomberg e do parque High Line. Também serão estudados cases como a transformação de Puerto Madero, em Buenos Aires, as estratégias e organização da Copa do Mundo de 2010, na Cidade do Cabo, a revitalização de East London, que fez parte das metas de sustentabilidade dos Jogos Olímpicos de 2012, e a formação da mão de obra especializada na conservação sustentável do patrimônio, em Havana.
Dividido em dois dias, o Simpósio Transformações urbanas e patrimônio cultural vai reunir um time com grandes nomes capazes de redesenhar imensos espaços urbanos com infraestrutura e serviços públicos de qualidade, aliados a novos padrões de mobilidade. Para abrir o evento, o arquiteto e urbanista Jorge Wilheim vai falar sobre “O Legado de Transformação Urbana e Gestão Sustentável do Patrimônio Cultural”. Na mesa estarão presentes o secretário-executivo da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto, a superintendente do Iphan-RJ, Cristina Lodi, e o presidente do IAB, Sergio Magalhães.
“O desafio será, sem dúvida, harmonizar os diversos usos desse território e, nessa perspectiva, terão papel fundamental a valorização do patrimônio cultural existente – tanto material quanto imaterial - e a integração de novos equipamentos culturais que estão sendo construídos, verdadeiras “âncoras” do projeto de revitalização”, destacou o urbanista e curador do evento Ephim Shluger.
Assim como ocorreu no projeto londrino para os Jogos Olímpicos, o projeto da zona portuária carioca prevê o desenvolvimento da região baseado nos princípios de sustentabilidade. Para falar sobre a experiência na realização do Parque Olímpico de Londres, o Simpósio Transformações urbanas e patrimônio cultural traz o ex-diretor de Sustentabilidade dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Dan Epstein.
A “Transformação metropolitana e novos padrões de arquitetura sustentável” também será pauta do painel sobre as mais recentes transformações de Nova Iorque, a cargo dos professores Lance Brown, da School of Architecture, City College of New York, Achva Stein, professora de Paisagismo no Spitzer School of Architecture, City College of New York; e Shawn Amsler, da Columbia University.
Para falar sobre a transformação de Puerto Madero e seus vínculos socioculturais e urbanísticos, Miguel Jurado e Alfredo Garay, arquiteto e economista, respectivamente, abrem debate sobre um dos projetos de renovação de zona portuária mais bem sucedidos do mundo. Direto da Cidade do Cabo, a diretora de Planejamento do Gabinete do Primeiro Ministro de West Cape, África do Sul, Laurine Platzk falará sobre as estratégias de revitalização de Victoria & Alfred Waterfront e a organização da Copa do Mundo 2010 ao lado de Fernando Cavallieri, assessor especial da presidência do Instituto Pereira Passos (IPP), centro de pesquisa, planejamento e projetos estratégicos para a cidade do Rio de Janeiro.
Para fechar o ciclo de debates e encontros, o diretor da Escuella Taller Gaspar Melchor Jovellanos de Habana Vieja, Eduardo González Delgado e o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Eng. Luiz Edmundo da Costa Leite discutirão sobre os fundamentos e práticas da “Formação da mão de obra especializada na conservação sustentável de Habana Vieja”.
“A oportunidade de apresentarmos, neste simpósio, experiências de outras cidades portuárias, inaugura um instigante diálogo entre urbanistas, arquitetos, construtores, pesquisadores, gestores públicos, setor privado e comunidades envolvidas”, declarou Ephim Shluger.
O Clube de Engenharia fica na Avenida Rio Branco, 124 – Centro – Rio de Janeiro. O Simpósio Transformações urbanas e patrimônio cultural é patrocinado pelo BNDES e recebe apoio da Fundação Roberto Marinho, Sect-RJ, IAB-RJ, Itdp e Clube de Engenharia. Inscrições gratuitas no site.
programação
26 de setembro
Manhã
09h às 10h - Credenciamento
10h às 13h - Sessão de Abertura
“O Legado de Transformação Urbana e Gestão Sustentável do Patrimônio Cultural”
Palestra do arquiteto e urbanista Jorge Wilheim
Mesa representante do Bndes, Hugo Barreto (Secretário Executivo da Fundação Roberto Marinho), Cristina Lodi (Superintendente do Iphan-RJ) e Sergio Magalhães (Presidente do IAB)
Moderador Ephim Shluger
Tarde
14h30 às 17h - Painel Rio de Janeiro
Tema: Projeto do Porto Maravilha: a integração social e cultural e salvaguarda do patrimônio cultural
Convidados Jorge Arraes (Diretor-presidente da Cdurp), Washington Fajardo (Presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade), Ana Carmen Alvarenga (Diretora da Tishman & Speyer, Brasil) e Cézar Vasquez (Diretor do Sebrae-RJ)
17h às 18h30 - Painel Londres
Tema: Da revitalização do South Bank às Olimpíadas de Londres 2012 – dois momentos, duas estratégias
Convidado Dan Epstein (ex-Diretor de Sustentabilidade dos Jogos Olímpicos de Londres 2012)
27 de setembro
Manhã
09h às 11h - Painel Nova York
Tema: Transformação metropolitana e novos padrões de arquitetura sustentável
Convidados Lance Brown (Professor da School of Architecture, City College of New York), Achva Stein (Professora de Paisagismo no Spitzer School of Architecture, City College of New York) e Shawn Amsler (Columbia University)
11h às 12h30 - Painel Buenos Aires
Tema: A transformação de Puerto Madero e seus vínculos socioulturais e urbanísticos com o downtown e bairros tradicionais
Convidados Miguel Jurado (Arquiteto e Editor do Diário de Arquitetura do El Clarín) e Alfredo Garay (arquiteto e economista)
Tarde
14h às 15h30 - Painel Cidade do Cabo, África do Sul
Tema: Estratégias de Revitalização de Victoria & Alfred Waterfront e a organização da Copa do Mundo 2010
Convidados Laurine Platzky (Diretora de Planejamento, Gabinete do Primeiro Ministro de West Cape, África do Sul) e Fernando Cavalieri (IPP – Rio de Janeiro)
15h30 às 17h - Painel Havana
Tema: Formação da mão de obra especializada na conservação sustentável de Habana Vieja
Convidados Eduardo González Delgado (Diretor da Escuella Taller Gaspar Melchor Jovellanos de Habana Vieja), e Eng. Luiz Edmundo da Costa Leite (Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro)
17h às 18h30 - Sessão de Encerramento
Mesa redonda, com a participação de todos os expositores e comentaristas, conduzida pelo moderador, com interlocução da plateia, através de perguntas por escrito
18h às 19h - Coquetel de confraternização



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Exposição apresenta histórico do território goiano

O que é um Sítio Arqueológico? O que fazer quando encontrar um sítio? Quem estuda os sítios arqueológicos? Porque é importante preservar e estudar esses sítios? Como viviam os primeiros habitantes do planalto central? Como surgiu a agricultura? Quais plantas serviam de alimento aos primeiros agricultores de Goiás? Como foi a ocupação de Goiás depois da descoberta do ouro?
Essas são algumas questões que serão respondidas na exposição itinerante Patrimônio arqueológico: 50 anos de proteção, 11.000 anos de ocupação do território goiano, organizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Goiás (IPHAN-GO), que começa no dia 25 de setembro na Assembleia Legislativa de Goiás. Fruto da comemoração dos 50 anos da Lei de Proteção do Patrimônio Arqueológico Brasileiro (Lei 3924/61), a exposição conta com painéis fotográficos autoexplicativos, módulos expositores e peças arqueológicas vindas de sítios pesquisados no estado de Goiás. Folders e catálogos com informações claras e didáticas também serão distribuídos. Os visitantes poderão compreender em que período histórico começou o processo de ocupação do estado de Goiás, conhecer os sítios arqueológicos mais antigos da região, entender o que é arqueologia e o que fazem os arqueólogos, além de saber como o IPHAN trabalha na proteção desse patrimônio.
Haverá também uma linha do tempo contando fatos importantes da história da humanidade há 3,2 milhões de anos. Vale lembrar que o patrimônio arqueológico de Goiás possui importância científica mundial, embora seja pouco conhecido pela população. Pensando nisto, a exposição será montada em locais que já fazem parte do cotidiano da cidade e são de grande circulação, como feiras, shoppings e terminais rodoviários, para promover a aproximação do público com o tema.
Após exposição Assembleia Legislativa de Goiás, a mostra segue para a Feira do Cerrado, Portal Shopping, Buriti Shopping, Rodoviária e alguns municípios do interior do estado.

Mais informações Superintendência do IPHAN-GO
(62) 3224-6402/3224-1310
hellen.carvalho@iphan.gov.br
francilene.rocha@iphan.gov.br

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=16874&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

 

Portaria regulamenta intervenções na cidade histórica de Paraty-RJ

histórica Paraty, no estado do Rio de Janeiro, já possui uma legislação que regulamenta as intervenções que venham a ser realizadas em todo o município. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) publicou no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira, dia 14 de setembro, a Portaria Nº 402 (http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=14/09/2012&jornal=1&pagina=14&totalArquivos=264) que é o resultado de um trabalho iniciado em abril de 2009, realizado a partir da formação do Grupo de Trabalho de Revisão de Normas, que envolveu, além dos técnicos do IPHAN, representantes da sociedade civil, da Prefeitura de Paraty, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Paraty (AEAP).
Os principais objetivos são garantir a preservação e conservação do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da cidade de Paraty e a paisagem do município; garantir a integridade e visibilidade do Bairro Histórico; incentivar o aproveitamento racional do território urbano e rural e de seus recursos naturais e paisagísticos; orientar o processo de ocupação das diferentes áreas geográficas do sítio tombado, condicionando-o a critérios de preservação e conservação da paisagem e proteção do patrimônio cultural e natural; e tornar mais eficazes os instrumentos de gestão da cidade.
A portaria estabelece critérios e procedimentos que visam à preservação do patrimônio artístico, histórico, arquitetônico, paisagístico e arqueológico, do município, o único do Brasil integralmente tombado pelo IPHAN. Com a nova regulamentação, qualquer intervenção, de iniciativa privada ou do Poder Público, a ser realizada no Sítio Tombado dependerá de prévia autorização do IPHAN. Em casos de sítios arqueológicos, as intervenções deverão ser precedidas das etapas obrigatórias, como pesquisa, levantamentos, identificação, delimitação, escavação e salvamento de áreas. A nova legislação contempla também a utilização dos chamados Territórios Tradicionais, ou seja, os espaços necessários à reprodução cultural, social e econômica dos povos e comunidades tradicionais.

As Zonas de Preservação do Conjunto Paisagístico de Paraty
A Portaria 402 define três Zonas de Preservação do Conjunto Paisagístico. A primeira, a Zona de Preservação do Patrimônio Natural (ZPPN), compreende áreas com a função de garantir a conservação da paisagem e do patrimônio natural. São áreas que já possuem a condição de proteção integral no âmbito da legislação federal. Os limites abrangem a porção do Parque Nacional da Serra da Bocaina no território de Paraty e todas as áreas classificadas como Zona de Proteção da Vida Silvestre (ZPVS), assim definidas pelo plano de manejo da Área de Preservação Ambiental (APA) do Cairuçu. Nestes locais estão proibidas ações como a construção de novas edificações, movimentos de terra, aterros, canais de drenagem, abertura e alargamento de trilhas, caminhos ou acessos, além dos já existentes.
A Zona Especial de Preservação (ZEP) abrange um círculo de cinco quilômetros de raio, partindo do encontro dos eixos da Praça Monsenhor Hélio Pires e da Rua Marechal Santos Dias. Já na Zona de Preservação (ZP) estão todas as áreas do município que não se classificam nas zonas anteriores. A cidade também está subdividida em áreas que passam a orientar a gestão do patrimônio cultural e a definição dos critérios de intervenção. Elas indicam onde é possível a ocupação humana em alta e baixa densidade, além dos locais onde a presença do homem deve ser desestimulada.
A ideia central dessas três áreas (de Estruturação, de Tolerância e de Contenção) é garantir uma ocupação mais densa nas partes mais baixas do município, impedindo as construções em áreas mais altas. Desta forma, fica protegida a paisagem de todo o município.

Paraty e as riquezas do Brasil
A primeira notícia sobre o povoado é do século XVI. Os portugueses já conheciam a trilha aberta pelos indígenas ligando as praias de Paraty ao vale do Paraíba à Serra do Mar. O povoamento começou à margem do rio Perequê-Açu e a primeira construção de que se tem notícia é a de uma capela, sob a invocação de São Roque, então padroeiro da povoação, na encosta do morro.
A partir de 1654 várias rebeliões se registraram entre os moradores, visando tornar a povoação independente da vizinha Angra dos Reis, o que ocorreu em 1660, com a revolta liderada por Domingos Gonçalves de Abreu. Com a descoberta de ouro  a dinâmica de Paraty ganhou novo impulso com a ordem do o governador da capitania do Rio de Janeiro, em 1702, que incluiu Paraty no caminho do ouro até Minas Gerais.
A partir do século XVII há o incremento no cultivo de cana-de-açúcar e a produção de aguardente. Já no século XIX, para burlar a proibição ao tráfico de escravos, o desembarque de africanos passa a ser feito em Paraty. Assim, as rotas, por onde antes circulava o ouro passaram a ser usadas para o tráfico e para o escoamento da produção cafeeira do vale do Paraíba.
A cidade e o seu patrimônio foram redescobertos em 1954, com a reabertura da estrada que a ligava ao estado de São Paulo e, mais tarde, com a abertura da estrada Rio-Santos. Em 1958, o conjunto histórico de Paraty foi tombado pelo IPHAN. A cidade foi convertida em monumento nacional em 1965. Já o tombamento federal de todo o município ocorreu em 1974. Hoje a Paraty é o segundo polo turístico do estado do Rio de Janeiro e o 17º do país.





segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Belém/PA – Lançamento de site sobre o Ver-o-Peso

Em 2012, o Centro de Memória da Amazônia da UFPA, a Superintendência do Iphan no Pará e a Associação Fotoativa, em conjunto com os trabalhadores do Ver-o-Peso, iniciaram a caminhada rumo à construção de uma “casa” na rede mundial de computadores para o Ver-o-Peso. A ação se efetivou no âmbito da Rede Casas do Patrimônio Pará, que reúne um conjunto de instituições atuantes na área do patrimônio cultural.
O site Ver-o-Site tem como objetivo ser uma ferramenta para divulgação do Ver-o-Peso, seus produtos, histórias e memórias em nível local, nacional e internacional, assim como, ajudará a salvaguardar as referências culturais que mantém o mercado vivo e encanta moradores de Belém e visitantes.
O site possui diversos recursos que buscam interagir e encantar o visitante, entre eles destacam-se, a galeria de imagens atuais e antigas, o fórum sobre o mercado, um passeio pelos setores do mercado e a possibilidade dos trabalhadores do Ver-o-Peso enviem receitas, informações e fotos da sua barraca.
A superintendente do Iphan no Pará destacou que “o Ver-o-Peso é um espaço polissêmico e polifônico e esse trabalho preenche uma lacuna, pois possui informações e recursos variados que serão úteis para diversos públicos: trabalhadores da feira, pesquisadores, turistas e todos aqueles interessados em conhecer um pouco mais sobre o mercado”.
Serviço
Lançamento de site sobre o Ver-o-Peso
Data/Hora: 25/09/2012 às 15h
Local: Auditório do Iphan/PA-Anexo (Av. José Malcher, nº 474, esquina com a Benjamim)
Informações: 3222-7280 (Carla Cruz-Iphan/PA) ou 3252-2843 (Rosivan Ferreira-CMA/UFPA)

Fonte:  http://www.defender.org.br/belempa-lancamento-de-site-sobre-o-ver-o-peso/


domingo, 23 de setembro de 2012

Centro do Rio passa por transformação urbanística

O centro do Rio passa por uma transformação urbanística que levará à região glamour e sofisticação. Imóveis ocupados por motéis, cortiços e bordéis recebem investimentos que revelam a transformação drástica da área histórica. Há anos com casarões abandonados e degradados, a área compreendida entre a Praça Tiradentes, Lapa e Cruz Vermelha passa por valorização e assiste à chegada de escritórios, hotéis e lojas de alto padrão.
Um lote de 19 casarões coloniais na Rua da Carioca é alvo desse processo. Comprado pelo banco Opportunity por R$ 54 milhões, o casario é um tradicional ponto de comércio popular, com restaurantes e lojas, que estão no local há mais de cem anos. Os imóveis pertenciam à Venerável Ordem Terceira de São Francisco, que os colocou à venda para saldar dívidas.
Os casarios integram um conjunto arquitetônico característico do final do século 19, quando o Rio passava por grandes transformações urbanísticas. A arquitetura colonial dos casarões da Carioca perdia espaço para as referências do estilo art déco parisiense. Cafés, confeitarias, salões de chá e lojas de artigos de luxo dominavam a paisagem da época áurea do Rio.
Os atuais investimentos privados caminham para retomar essa aura sofisticada. A Rua da Carioca deverá passar por requalificação urbanística de calçadas e marquises, além de restauro de fachadas, segundo o diretor do fundo que adquiriu os imóveis, Jorge Monnerat. O interior dos casarões será transformado e deverá abrigar escritórios estilizados. “A ideia é que continue sendo um perfil comercial, mas queremos melhorar o uso, sobretudo no segundo pavimento. Em dois anos, a Carioca estará muito mais bonita”, afirma Monnerat.
A valorização também é sentida na Rua do Senado, a menos de um quilômetro da Carioca. Durante as obras de um centro empresarial, a construtora W. Torre viu o valor do metro quadrado saltar de R$ 1 mil para R$ 10 mil em cinco anos. A empresa comprou casarões no entorno, investiu R$ 48 milhões em restauro.
O projeto prevê um centro gastronômico em um dos prédios e o aluguel dos demais para bancos, livrarias, lojas e cafés. “Compramos justamente para mudar o perfil de uso e a forma de comportamento das pessoas em relação ao bairro, que era degradado”, afirma Antonio Magalhães, diretor da construtora. Para ele, o fluxo diário de 14 mil funcionários da Petrobras, com sede na região, garantirá o sucesso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte:  http://arquiteturaeurbe.com/2012/09/23/700/


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Temporada cultural - Primavera dos Museus

“A Função Social dos Museus” foi o tema escolhido para a 6ª Primavera dos Museus, que este ano acontece de 24 a 30 de setembro, na comemoração dos 40 anos da Declaração da Mesa-Redonda de Santiago do Chile, realizada em 1972. Foi a partir da assinatura da declaração que os museus passaram a ser entendidos como instituições a serviço da sociedade, agindo na formação da conscientização das comunidades. A nova edição da Primavera contará com a participação de cerca de 800 instituições filiadas ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), realizando ações educativas, oficinas, exposições e visitas guiadas por todo o país.
 
Destaques
 
A Pinacoteca do Estado de São Paulo montou uma programação especial para a Primavera dos Museus. No dia 27/09, por exemplo, promove palestra sobre “A Representação da Mulher no Acervo da Pinacoteca”, que conta com a presença do antropólogo Roberto da Mata, das 19h às 21h. Além do debate, inaugura no dia 21/09 a exposição “Willys de Castro”, onde apresenta relações entre forma, cor, espaço e tempo, a diversidade presente na obra do artista e os desafios que ela representa para as categorias que organizam sua produção artística. Confira a programação completa no site da instituição.
 
Niterói (RJ) não ficou de fora da programação. Seu Museu de Arte Contemporânea abraçou o tema “Função Social dos Museus” com palestra que discutirá a própria Mesa Redonda de Santiago do Chile e pretende mostrar que os museus não podem ser concebidos como instituições deslocadas da sociedade. O evento acontece no dia 26/09, das 15h às 17h, no auditório do MAC, com vagas limitadas. O público pode aproveitar para visitar a mostra “Arte Contemporânea Brasileira”, que conta com a Coleção João Sattamini e o acervo do próprio museu expostos até 24 de fevereiro de 2013.
 
Em Brasília, acontece a “2ª Semana de Responsabilidade Social do Instituto Bancorbrás” em parceria com o Museu Nacional dos Correios, de 24 a 28 deste mês. Durante o seminário serão apresentados simultaneamente palestras e exposição de produtos socioambientais. O Museu dos Correios também organizou o seminário “Museu e Responsabilidade Social”, que será aberto ao público interessado em museologia, história, e gestão cultural. Leia mais sobre a programação especial do museu no site.
 
Uma visita guiada por três exposições do Museu de Arte Contemporânea de Goiás vai fazer parte de sua programação especial. O Centro Cultural conduzirá o público escolar por três mostras, de 25 a 27 de setembro: “A arte e os ofícios de D.J. Oliveira”, “Cleber Gouvêa: Olhar orgânico” e “A cidade é o lugar”. Soldados dos Bombeiros também podem participar do tour.
 
A região nordeste não ficou de fora desta primavera. Em Alagoas, o Memorial Teotônio Vilela promove a oficina “Histórias em Fios”, com dinâmicas, jogos de palavras e rodas de conversas, no dia 26/09, das 14h às 17h. Já em Recife terá cinema e música no Santander Cultural. O “Curta às Seis" acontecerá de 24 a 28 de setembro, com exibição gratuita de curtas-metragens ibero-americanos, das 18h às 20h, na segunda, quarta e sexta. E no dia 29/09 acontece o “Santander Cultural Instrumental”, programação musical com shows, oficinas e seminários, que pretende trazer ao público diversidade de gêneros e estilos, nacionais e internacionais.
 
Mais de 2.400 eventos estão programados em centros culturais em todo o Brasil. A programação completa da 6ª Primavera dos Museus está disponível no site do Ibram, confira!

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/agenda/temporada-cultural 

 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Biblioteca mais antiga do Brasil

A Biblioteca do Mosteiro de São Bento da Bahia, fundada em 1582, reúne um acervo bibliográfico considerável, tanto no que se refere a quantidade de volumes, como no que diz respeito a qualidade do acervo,
que dispõe de obras escritas nas mais variadas línguas, abrangendo as diversas áreas do conhecimento.

O valioso acervo acumulado e conservado ao longo de mais de quatro séculos de existência conta com uma notável coleção de obras raras dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX (são manuscritos, iluminuras, livros, documentos históricos, cartas, testamentos, mapas, desenhos e plantas de arquitetura, partituras musicais), tornando a Biblioteca do Mosteiro uma das mais importantes do país. A preocupação de preservar o legado cultural ao longo da história sempre foi uma característica dos mosteiros beneditinos.

Durante todo o século XX, o acervo foi sendo ampliado e diversificado. A aquisição de obras deste último século foi complementada com uma importante sessão de periódicos das mais diversas áreas de pesquisa, mantida em constante atualização.

A Biblioteca do Mosteiro é especializada em Teologia, Filosofia e História. O acervo é aberto ao público e as consultas e pesquisas são feitas na própria Biblioteca, sendo vetado o empréstimo de livros e periódicos, como também o acesso direto dos pesquisadores à área destinada ao acervo raro. As visitas mais freqüentes têm sido de estudantes universitários, pesquisadores de universidades e instituições nacionais e estrangeiras.

A sala de pesquisa da Biblioteca tem sido utilizada ainda para o lançamento de livros e exposições. O projeto de ampliação prevê a instalação de gabinetes de estudo individual e coletivo, como também a informatização do acervo, processo que se encontra em estágio bastante adiantado.

Além do trabalho permanente realizado pelos monges, a Biblioteca do Mosteiro conta com a colaboração de voluntários e doadores nas obras de conservação, modernização e ampliação do acervo bibliográfico, das instalações físicas e dos equipamentos técnicos de apoio.

A Biblioteca destaca-se como importante elemento integrante do contexto acadêmico. Caracteriza-se pela oferta, ao corpo docente e discente, de um lastro bibliográfico e de serviços de informação que apóiam os programas de ensino da Instituição. Dessa forma, a Faculdade São Bento da Bahia conta com apoio de uma Biblioteca acadêmica qualificada que garante o suporte aos seus programas de ensino, pesquisa e extensão.

O Mosteiro de São Bento, entidade mantenedora da Faculdade São Bento da Bahia, possui Biblioteca própria, cujo acervo abrange as mais diversas áreas do conhecimento, para o uso dos monges, dos docentes e discentes da Faculdade São Bento e de pesquisadores de outras Universidades e Faculdades.

OBRAS RARAS DISPONÍVEIS ONLINE

Conheça o site “Livros Raros”, na biblioteca do Mosteiro de São Bento da Bahia. O site contém 20 obras que fazem parte do acervo da biblioteca. Os livros digitalizados vão do século 16 ao 19 e para ver o conteúdo basta acessar o site. http://www.saobento.org/livrosraros/
 
 
Conheça o nosso Blog: http://elfikurten.blogspot.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Patrimônio em perigo

Diferentes esferas do poder público e privado parecem disputar para ver quem demonstra maior desinteresse pelo patrimônio histórico de Manaus. No páreo, a Biblioteca Pública Estadual, o Mercado Adolpho Lisboa e o Museu do Porto.
Por muito tempo o Amazonas sofreu com a falta de um porto amplo na capital, que só veio a ser construído entre 1869 e 1910, para dar suporte à crescente exportação de borracha. O prédio onde hoje funciona o Museu do Porto data de 1905 e é tombado pelo Iphan, como todo o conjunto arquitetônico portuário. Mas “funciona” não é bem o termo. O museu está fechado há seis anos, com parte do acervo trancado lá dentro. São cerca de 300 peças ligadas à história do comércio e das atividades portuárias desde o início do século XX.
O porto encontra-se atualmente sob a tutela da União, que reassumiu a condição de Autoridade Portuária, após um período nas mãos da Administração do Porto Privatizado de Manaus. Segundo Luciano Moreira, especialista em infraestrutura do Ministério dos Transportes, que trabalha no agora Porto Público de Manaus, o acervo não corre riscos, mas ainda não há solução para o problema do prédio “abandonado”: “Estamos numa fase de transição. Estamos tratando de alguns assuntos para os quais não temos solução definida. O museu é um desses assuntos”.
Em julho passado, um “abraço coletivo” chamou a atenção para a situação da Biblioteca Pública do Estado, construída em 1907 e um importante exemplar da arquitetura eclética de Manaus. O prédio está fechado há cinco anos para reformas que se arrastam sem prazo de conclusão. Uma das líderes do protesto foi a bibliotecária Soraia Magalhães, que encabeça o movimento “Abre Biblioteca”, pela finalização das obras e a devolução do bem público à sociedade. “Pintaram o prédio, fizeram reformas internas, mas para quê tudo isso, se a população continua sem acesso à informação?”, questiona. A Secretaria Estadual de Infraestrutura, por meio de sua assessoria de imprensa, justificou a demora: “As telhas originais da biblioteca não são mais fabricadas. Foi preciso providenciar um novo molde para a fabricação de 15.000 telhas fiéis ao modelo do século passado”. A promessa, agora, é que a biblioteca será reaberta em meados de outubro.
Construído no século XIX, período áureo da borracha, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa não fica atrás em matéria de prazos vencidos: fechado há mais de seis anos, tem as obras repetidamente paralisadas pelo Iphan. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público do Amazonas, desde 2008 tramita um inquérito para apurar as condições de funcionamento da feira ao lado do Mercado. A situação é intrigante, já que os comerciantes tiveram que sair justamente por causa das obras. Uma inspeção realizada em maio deste ano ainda encontrou irregularidades na execução da reforma.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura, por meio de sua assessoria, disse não ter conhecimento do processo envolvendo os feirantes, mas afirmou que as obras devem ser concluídas ainda este ano e explica a lentidão: “Trata-se de espaço do século passado, que precisa de mais cuidado”.
Será que este campeonato de descaso se estende até a Copa de 2014?

Gabriela Nogueira Cunha

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/patrimonio-em-perigo-10



BA – Beleza natural e de monumentos eleva Cairu a “principado”

Um principado cujos soberanos são a beleza natural, a história contada pelos monumentos e pelo jeito simples do povo. Assim será o Principado de Cairu, ideia que deve se transformar em realidade até 2030 e que põe a cidade arquipélago ligada a outro paraíso, o Principado de Mônaco, famoso por seus cassinos, sua realeza, a riqueza de seus habitantes e pela mais charmosa etapa das corridas de Fórmula 1.
O sonho do principado nasceu ainda em 2000, quando estudo socioeconômico e ambiental começou a ser realizado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que estabeleceu metas de desenvolvimento sustentável.
Apresentando ao mundo as belezas de Cairu, município formado por 26 ilhas, entre elas a de Morro de São Paulo, a intenção é atrair investimentos para o turismo náutico e de aventura e para o ecoturismo. Um dos primeiros ganhos será a instalação, no município, de uma extensão do Museu Oceanográfico de Mônaco.
O estudo que culminou no projeto Cairu 2030 aponta que a cidade arquipélago, por apresentar ainda povoamento em fase inicial, mesmo com a história cinquentenária, é uma zona de elevado valor em relação ao patrimônio natural, mas também de grande fragilidade em relação às pressões existentes que podem degradar de forma irreversível às suas características singulares.
“Queremos que em 2030 as gerações futuras lembrem deste trabalho, nascido para preservar nossa história e nossas riquezas naturais”, comentou o secretário de Cultura de Cairu, Isaías Ribeiro.
Moeda própria
Todo principado que se preze deve ter sua moeda própria, e as notas de Tinharé já circulam pelo povoado de Cairu. Equiparado em valor ao Real, as cédulas estão disponíveis desde 0,50 centavos até 10 tinharés, que valem apenas no povoado de Cairu, mas não em outras ilhas do arquipélago. Se tem moeda própria, banco próprio há de ter.
A exploração de gás natural pela Petrobras levou a empresa brasileira a criar o primeiro banco comunitário da região do baixo sul baiano, o Banco do Sol (Bansol), no qual os moradores da comunidade podem adquirir empréstimos de pequena monta. A Petrobras fez um aporte de R$ 200 mil, e o dinheiro, convertido em tinharés, movimenta o comércio local.
O Bansol funciona em um casarão de 1826, quase em frente à futura sede da prefeitura, a casa número 45, uma edificação de 1790, localizada na Rua Barão Homem de Melo. Mas a rua histórica é conhecida pelo antigo nome: Rua Direita, referência à Rua Direita, em Damasco, onde São Paulo, como diz o entendimento popular, caiu do cavalo. “Em Salvador, tem uma Rua Barão Homem de Melo, a conhecida Ladeira da Montanha. Mas a Rua Direita, aqui em Cairu, tem outra fama”, brincou o secretário de Cultura, Isaías Ribeiro. Por Davi Lemos

Curiosidades

15.973
é o número de habitantes em Cairu, que fica a 230 quilômetros de  Salvador. Mas por ano passam pelas ilhas do arquipélago 250 mil pessoas
Festas religiosas marcam povoados
São Benedito e Nossa Senhora do Rosário são celebrados com congadas,  charangas e ternos de reis. Descobriu-se recentemente  que a Igreja Matriz do Rosário data de 1586.

Fonte:  http://www.defender.org.br/ba-beleza-natural-e-de-monumentos-eleva-cairu-a-principado/


Porto Alegre/RS – MARGS faz exposição sobre o tema gaúcho e a Revolução Farroupilha

Integrando as comemorações dos festejos farroupilhas, o Museu de Artes do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS) realiza a exposição Trânsitos da Iconografia Sul-Rio-Grandense, de 18 de setembro a 28 de outubro, nas galerias João Fahrion e Iberê Camargo, no 2º andar do museu, com entrada gratuita. No total, serão apresentadas 59 obras de 28 artistas com temas sobre o gaúcho e a Revolução Farroupilha.
A curadoria é de José Francisco Alves, curador-Chefe do MARGS, e tem por objetivo mostrar trabalhos cujos autores fixaram-se na representação da figura do gaúcho e sua paisagem, com obras realizadas do final do séc. XIX aos tempos recentes.
A mostra tem seu núcleo no acervo do MARGS, dando sequência a política adotada desde o início de 2011, que sistematicamente busca cumprir o objetivo primeiro do museu: mostrar a sua coleção.
Em Trânsitos da Iconografia Sul-Rio-Grandense persiste o espírito de parceria institucional entre o MARGS e outras instituições culturais, com a apresentação de algumas peças de coleções públicas e privadas, pertencentes ao Museu Júlio de Castilhos, Badesul e City Hotel.
Seguindo o exemplo da exposição atual — Economia da Montagem, Monumentos, Galerias, Objetos — também nessa mostra haverá a exibição de peças que não são obras de arte, como lanças do acervo do Museu Júlio de Castilhos, que pertenceram ao corpo do exército farroupilha, chamado de Lanceiros Negros. Tal procedimento — a presença desses objetos relativos ao tema da exposição — visa o diálogo com as esculturas, pinturas, gravuras, fotografias e desenhos, de forma a enriquecer o contexto dessas obras de arte.

Destaques da exposição
A mostra apresentará duas peças do artista Antônio Caringi (1905-1981), pertencentes ao acervo do City Hotel. Uma delas é uma miniatura de O Laçador, que o artista passou a fazer a partir do início dos anos 1960, em escalas diferentes. A peça que o MARGS exibirá é a de menor escala do Laçador que Caringi executou. A outra peça é mais desconhecida do grande público, e também é uma escultura de pequenas dimensões, em bronze. Caringi executou a  obra O Capataz mais no sentido antropológico do personagem, como trabalhador do pampa, ao contrário de O Laçador, modelado para sintetizar o símbolo mítico do gaúcho.
De Vasco Prado (1914-1998), serão apresentadas sete obras, entre esculturas, gravuras e desenhos. Lado a lado, estarão as duas peças do artista que retratam o gaúcho. A obra original, em gesso, de 1954, e uma réplica póstuma, em bronze, fundida em 2001. Trata-se da obra apresentada no concurso para a escolha do símbolo do gaúcho, vencido por Antônio Caringi (O Laçador).
Do fotógrafo Wolfgang Hoffmann-Harnisch (Alemanha, 1893-1965) serão exibidas 9 fotografias desse documentarista que visitou o Rio Grande do Sul na década de 1930 e realizou notável registro antropológico da paisagem gaúcha, em especial as que mostram o trabalhador rural, na lida do campo, nas charqueadas e outras atividades.
De Glauco Rodrigues (1929-2004) o destaque é uma das aquarelas de grandes dimensões realizadas em 1986 para ilustrar a abertura da série O Tempo e o Vento, da Rede Globo, cuja série de aquarelas foi doada ao MARGS.

Serviço
O que: Trânsitos da Iconografia Sul-Rio-Grandense
Quando: 18 de setembro a 28 de outubro, de terças a domingos, das 10h às 19h
Onde: Galerias João Fahrion e Iberê Camargo, no 2º andar do MARGS (Praça da Alfândega, s/nº)
Entrada franca













sábado, 15 de setembro de 2012

No aniversário de São Luís, construção de nova estrada ameaça o patrimônio histórico e arqueológico da cidade

São Luís completa 400 anos no dia 8 de setembro e vai receber do governo do Maranhão um presente orçado em nada menos que R$100 milhões: a chamada Via Expressa, primeira avenida de grande porte da capital, com cerca de nove quilômetros de extensão. A previsão é que dois quilômetros já estejam prontos este mês. A festança, no entanto, gera polêmica. A obra não foi aprovada pelo Conselho Regional de Engenharia (Crea-MA) e acabou embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),pois foi iniciada em 2011sem nenhum estudo arqueológico, como a lei exige. Mesmo assim, os tratores continuaram a trabalhar, revirando o bairro do Vinhais Velho, onde há vestígios de ocupação anterior à fundação da cidade. 
O caso começou a ser investigado pela Procuradoria da República no Maranhão em agosto de 2011. Segundo o procurador Alexandre Soares, em abril deste ano foi estabelecido um acordo indicando as medidas necessárias de salvamento e proteção do material arqueológico. “A equipe de arqueólogos contratada pelo estado apresentou um relatório afirmando que realmente houve dano ao patrimônio durante as obras, mas que agora as medidas estão sendo cumpridas. As obras na região do Vinhais Velho deverão ficar paralisadas até que o Iphan apresente um relatório confirmando essas informações, e que nós realizemos uma audiência com todos os envolvidos, incluindo moradores”, afirma o procurador.
Os moradores estão envolvidos a fundo nessa história e já conseguiram algumas vitórias. De acordo com Leopoldo Vaz, vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, o traçado da Via Expressa passaria a poucos metros da Igreja de São João Batista, que é tombada, e desalojaria mais de trinta famílias no Vinhais Velho. Protestos dos moradores fizeram o número de casas desapropriadas diminuir para oito e a via se afastar 100 metros da igreja. “Solicitamos a criação de um museu para guardar as peças arqueológicas encontradas aqui e estamos negociando a compensação dos moradores, porque as desapropriações ficaram muito aquém dos valores dos imóveis”, diz Vaz.
Mesmo com as mudanças, a estrada vai cortar a vila ao meio, e a Igreja de São João Batista poderá ser prejudicada. “Certamente haverá prejuízos, mas isso independe da nossa vontade. Já mandamos um documento para a Secretaria de Infraestrutura, responsável pelas obras, dizendo que esse patrimônio é tombado e deve ser respeitado”, conta Andrea Costa, diretora do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão. Procurada pela RHBN, a Secretaria de Infraestrutura do estado (Sinfra) não se manifestou sobre as denúncias.
A igreja tombada tem relação direta com os primórdios do Vinhais Velho. Ali, em outubro de 1612, os índios tupinambás ergueram uma capela, benzida pelos padres capuchinhos da missão francesa que colonizava o Maranhão. É este evento que marca a fundação do bairro. A capela, que desabou várias vezes, foi sempre reerguida no mesmo lugar.
De acordo com a historiadora Antonia da Silva Mota, da Universidade Federal do Maranhão, os franceses cederam o território do Maranhão aos portugueses em 1615. No local onde hoje está Vinhais Velho foi então organizada a primeira missão jesuítica no norte da Colônia. “Em 1757, o local ganhou o nome de Vila dos Vinhais. Acreditamos que durante o século XIX se consolidou o processo de expulsão das populações indígenas. Poucos descendentes resistiram. Entre eles, a família Ribeiro, que tem cerca de 50 membros no Vinhais Velho”, diz Antonia. Segundo ela, há duas cartas no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, enviadas pelo índio Manoel Ribeiro, da Vila de Vinhais, em 1782 e 1790. Ele seria ancestral da família de mesmo sobrenome que vive hoje no bairro. “Além dos traços físicos inegáveis, os mais velhos da família Ribeiro contam que seus avós e bisavós estão enterrados no cemitério da comunidade, fundado pelos jesuítas”.
Outros moradores, como Carlos Jacinto Penha, mudaram-se para o Vinhais Velho há cerca de 30 anos, quando o bairro passou a ser menos isolado. O comerciante é dono de uma das 35 residências que o governo havia decidido desapropriar. Depois das negociações, ele se livrou de parte do problema, mas o quintal da casa ainda está no trajeto da via expressa. “Soubemos disso tudo em setembro de 2011. Os engenheiros da Sinfra diziam que, como é uma obra pública, não teríamos como evitar o despejo. Um dos moradores tentou explicar para uma engenheira a importância das casas, mas ela respondeu que o governo não avalia valor sentimental”, lembra Carlos Jacinto.
Pelo visto, tampouco avalia valor arqueológico. Segundo Kátia Bogéa,superintendente do Iphan no Maranhão, foi preciso entrar na Justiça para ter acesso ao licenciamento ambiental da obra. “Nós pedimos, mas eles não mandaram o licenciamento e iniciaram as obras mesmo assim. Quando finalmente recebemos o material, não tinha uma palavra sequer sobre o patrimônio cultural, que inclui o patrimônio arqueológico. Depois de nos pronunciarmos no Ministério Público Federal, ficou definido que o trecho do Vinhais Velho em diante só poderia passar por obras depois do estudo arqueológico. Ainda assim, as máquinas entraram no bairro”, denuncia Kátia.
Arqueólogos só foram contratados em fevereiro deste ano, depois de nova intervenção do Iphan. A equipe, chefiada por Cínthia Moreira, encontrou mais de 80 peças. “Muito material já estava revirado. Se as obras não tivessem sido iniciadas, teríamos encontrado o sítio com as peças ainda no subsolo. Só conseguimos fazer isso nos quintais das casas, onde havia peças de até 20 centímetros”, conta Cínthia. Em um mês de trabalho, a equipe encontrou artefatos de cerâmica tupinambá e faianças. Ainda não foi feito um estudo para confirmar a datação, mas algumas peças podem ser anteriores à ocupação francesa.

Fonte:  http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/presente-de-grego















Bairro do Vinhais Velho pode ter patrimônio histórico danificado por obras irregulares

Lançamento do livro Cidade, Cultura e Urbanidade

Notícia do Blog Leccur:

Lançamento de mais uma produção LECCUR/PPGAU/UFPB, organizado pela Professora Drª Jovanka Baracuhy C. Scocuglia. 
Ocorrerá em Natal – RN, no dia 18/09, durante o ENANPARQ 2012.

Link da notícia:  http://leccur.wordpress.com/2012/09/15/lancamento-do-livro-cidade-cultura-e-urbanidade/


















Seminário Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto

Em 2012 quando se comemoram os vinte anos de inclusão da categoria “paisagem cultural” na Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO acontece o “2o Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, patrimônio e projeto”, promovido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto de Estudos de Desenvolvimento Sustentável (IEDS), contando ainda com o apoio da Universidad Politécnica de Madrid (UPM) e da Universidade Federico II de Napoles.
Nesse seminário vão se aprofundar as discussões iniciadas na primeira edição, fazendo-se uma avaliação desse conceito e das implicações que ele tem tido nas políticas de patrimônio, especialmente sob a ótica do mundo ibero-americano, no qual nos ultimos anos tem se criado instrumentos para a tutela da paisagem.
O fato é que a ideia de “paisagem cultural” tem aberto novas possibilidades para a área, combinando aspectos materiais e imateriais do conceito, muitas vezes pensados separadamente, indicando as interações significativas entre o homem e o meio ambiente natural.  Com isso, recoloca-se o próprio campo do patrimônio cultural, abrindo-se uma perspectiva contemporânea para, ao lado das novas contribuições, inclusive tecnológicas, se pensar também de forma mais integrada diversas ideias tradicionais do campo da preservação.  
Este colóquio pretende discutir as diversas dimensões da idéia da paisagem cultural, tanto aquelas de natureza conceitual, metodológicas e projetuais, quanto suas implicações para as políticas de valorização e intervenção.  

Mais informações no site do evento:  http://www.forumpatrimonio.com.br/paisagem2012/?pag=apresentacao


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

“Seminário Acervos de Arquitetura: Administração, Conservação, Difusão”, na FAUUSP

SEMINÁRIO ACERVOS DE ARQUITETURA: ADMINISTRAÇÃO, CONSERVAÇÃO, DIFUSÃO.
Local: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
Auditório Ariosto Mila
Rua do Lago, 876 – São Paulo – SP
O evento pretende discutir aspectos gerais ligados ao gerenciamento de acervos de desenhos originais e de documentação variada de arquitetura. Serão apresentados casos que exemplificarão soluções em edificações, instalações e equipamentos para preservação desses materiais, abordando também questões específicas a respeito de sua conservação, administração e difusão.
Programação
Manhãs 9h – 12h30min: Palestras

Dia 15 de outubro de 2012 (Segunda-feira)
8h – Credenciamento
9h – 9h30min – Abertura
9h30min – 10h30min –  Palestra: O sistema de informação e questões acerca da conservação de acervos de arquitetura: os casos do SIPA e do Forte de Sacavém em Portugal.
Dr. João Vieira: coordenador do Departamento de Informação, Biblioteca e Arquivo do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, Sacavém, Portugal.
10h30min – 11h – Intervalo
11h -12h – Palestra: Coleções de modelos tridimensionais de arquitetura e seus cuidados: conservação, abrigo e acondicionamento.
Dr.  Albrecht Gumlich: conservador do Departamento de Conservação e Preservação do Getty Research Institute ,GRI, Los Angeles, CA, EUA.
12h-13h – Debate
Dia 16 de outubro de 2012 (Terça-feira)  
9h – 10h – Palestra: Desenhos de arquitetura do século vinte: os suportes, técnicas e sua conservação.
Dr. Antonio Mirabile: consultor da UNESCO para projetos de conservação do patrrimonio cultural,  Paris, França.
10h-10h30min – Intervalo
10h30min-11h30min – Palestra: Acervos de arquitetura e as coleções em papel: a conservação preventiva.
Dra. Christel Pesme: Técnica Assistente do Getty Conservation Institute, GCI, Los Angeles, CA, EUA.
11h30min – 12h30min – Debate
Dia 17 de outubro de 2012 (Quarta-feira)
9h -10h – Palestra: Exposição de coleção: a relação entre curadoria, pesquisa e extroversão no IEB-USP
Dra. Elly Rozo Ferrari: coordenadora dos  programas educativos do Instituto de Estudos Brasileiros, IEB-USP, São Paulo - Brasil
10h – 10h30min – Intervalo
10h30min -11h30min  – Palestra:Acervos de arquitetura e a apresentação ao público dos documentos originais de arquitetura.
Dra. Valentina Moimas: Historiadora Chefe do Departamento de Arquitetura e de Aquisições de Novas Coleções do Centro Georges Pompidou,  Paris – França
11h30min – 12h30min – Debate
12h30min -13h – Encerramento das sessões

Haverá tradução simultânea.
Inscrições  gratuitas no formulário http://migre.me/agGT7

Tardes -  14h30min – 17h30min: Workshops
15 outubro – 2ª feira
Exemplos de acondicionamento em objetos tridimensionais.
Dr. Albrecht Gumlich – Conservador do Departamento de Conservação e Preservação do Getty Research Institute, GRI, Los Angeles, CA-EUA
Idioma: inglês
16 outubro – 3ª feira
Método de pesquisa e de investigação por amostragem aleatória.
Dr. Antonio Mirabile – Consultor da UNESCO para Projetos de Conservação do Patrimônio Cultural, Paris – França
17 outubro – 4ª feira
Técnicas básicas de conservação de acervos em papel.
Dra. Christel Pesme – Técnica Assistente do Getty Conservation Institute, GCI, Los Angeles,CA-EUA
Idioma: inglês
Inscrições (8 vagas por workshop): até 1 de outubro de 2012, enviar para o e-mail: acervos.arquitetura@gmail.com nome, currículo  resumido (duas páginas), vínculo institucional, justificativa de interesse, dia preferencial para participação (somente um dia para cada participante). As inscrições serão analisadas pela comissão científica do evento.
Coordenação Geral
Prof. Dr. Ricardo Marques de Azevedo – FAUUSP
Dina Elisabete Uliana – Bibliotecária Chefe Técnica – SBI FAUUSP
Comitê Científico
Prof. Dr. Ricardo Marques de Azevedo – FAUUSP
Prof. Dr. Artur Rozestraten – FAUUSP
Profa. Dra. Erica Yoshioka – FAUUSP
Profa. Dra. Helena Ayoub – FAUUSP
Prof. Dr. Rodrigo Queiroz – FAUUSP
Profa. Dra. Stella Miguez Pós-Doutora pela FAUUSP
Prof. Dr. Ricardo Marques de Azevedo – FAUUSP
Lisely Salles Carvalho Pinto – Bibliotecária especialista em Conservação – SBI FAUUSP
Maria Satiko Matsuoka – Bibliotecária especialista em Conservação – SBI FAUUSP