quinta-feira, 26 de maio de 2016

Palácio Piratini comemora seus 95 anos

O governo do Estado comemorou, na última terça-feira (24), às 17h, os 95 anos do Palácio Piratini – sede do Executivo estadual. A celebração contou com pronunciamentos do governador, José Ivo Sartori, e da secretária extraordinária de Políticas Sociais e primeira dama do Estado, Maria Helena Sartori, seguido de apresentação da Ospa (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre), no Salão Negrinho do Pastoreio. Após a cerimônia de comemoração, os convidados conheceram a exposição fotográfica “Palácio Piratini: Arquitetura e Memória”.
“Todos por aqui passaram ajudaram a construir a história do Estado”, afirma Maria Helena. Ela citou em seu discurso nomes como Getúlio Vargas, Júlio de Castilhos, Carlos Barbosa e Borges de Medeiros “que foram pessoas fundamentais durante as obras da memória viva e permanente de todos os gaúchos”. A secretária extraordinária de Políticas Sociais citou também os importantes eventos ocorridos ao longo dos anos no Palácio Piratini, como a Revolução de 1930. “Por isso o Palácio representa valores históricos, políticos, artísticos e arquitetônicos para o Rio Grande do Sul”, acrescenta.
Para José Ivo Sartori, o Piratini representa desde maio de 1921 o simbolismo e a imponência do Estado. “É a força dos gaúchos. A diversidade está presente nos quatro cantos, pois mostra um pouco da construção da nossa história através da arte e arquitetura dos imigrantes”, explica o governador. “Esse é um dia de reflexão. Muitas vezes os nossos olhos acostumados não enxergam a importância que esta casa tem para as decisões de toda a sociedade gaúcha”, completa.
A construção do prédio, em estilo neoclássico, iniciou-se em 1896 e, daí em diante, tornou-se símbolo de história. Veja um pouco da sede do governo gaúcho.






Fonte da imagem - Site Defender-RS

segunda-feira, 23 de maio de 2016

'Noite dos Museus' reúne milhares de pessoas na 1ª edição em Porto Alegre

Contagem inicial da organização é de mais de 16 mil pessoas no evento. Museus abriram portas sem cobrar entrada e ofereceram atrações à noite.


Josmar LeiteDa RBS TV
Milhares de pessoas viveram uma noite cultural em Porto Alegre no sábado (21). Inédito na capital gaúcha, o evento 'Noite dos Museus', criado em Berlim, na Alemanha, abriu as portas de oito prédios para visitação, sem cobrar entrada. As atrações uniram artes plásticas e música das 19h às 23h.

Na avaliação dos organizadores, o evento deu tão certo, que uma nova edição já começa a ser planejada. Desde antes do horário da abertura dos museus, filas se formavam do lado de fora. A estimativa inicial é de que 16 mil pessoas aproveitaram as atrações, mas o número ainda pode aumentar.
"Os museus superaram a sua previsão de público anual na noite de hoje [sábado]. Quanto ao público, não há dúvidas... Extraordinário", destaca Francisco Marschall, curador do evento.
"Já estamos trabalhando para a edição do ano que vem (...) Vamos fazer nossa avaliação interna, o que funcionou, o que não funcionou, o que podemos melhorar, e como podemos crescer. Mas sempre de forma muito calculada, muito bem pensada, planejada", completa o idealizador Rodrigo Nascimento, que vislumbra levar o evento também para o interior, não somente para capitais.
Os visitantes puderam montar seus roteiros entre Fundação Iberê Camargo, Museu de Arte Contemporânea, Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Memorial do Rio Grande do Sul, Museu da UFRGS, Museu Joaquim Felizardo, Pinacoteca Ruben Berta e Planetário. Da parte do público, muitos elogios.
"Maravilhosa, maravilhosa", repete a farmacêutica Beatriz Carneiro. "Nossa, isso aí devia acontecer mais vezes, inclusive no verão (...) Gostaria que isso acontecesse sempre", acrescenta.
Músico que fez parte do evento, Wilton Matos também fez uma análise positiva do que viveu na noite de sábado. "Pra gente é um privilégio enorme. Poder fazer cultura e fazer música para um público desse que tava no outro museu, veio pra cá... Isso é fantástico", diz.
No total, 30 atrações musicais se revezaram entre os museus. Mas do lado de fora, a movimentação também chamou atenção de quem não costuma ver pessoas circulando por regiões como o Centro da cidade, por exemplo.
"O que mais me deixa feliz é as pessoas na rua, ocupando as ruas, perdendo um pouco aquele medo, aquele terrorismo da insegurança. Temos que trabalhar para melhorar a segurança, sem dúvida. Mas não importa ter polícia se as pessoas não vão pra rua, que é uma coisa que esse evento busca muito. O que a gente prega muito é a ocupação dos espacos públicos. Vamos democratizar as praças, vamos retomar as praças", analisa o idealizador Rodrigo Nascimento.
"A gente vinha caminhando e observou isso, o jogo de luzes e o pessoal todo ali embaixo. Não parece até que a gente ta no Brasil, parece Europa, bem legal", comenta o artista plástico Antonio Carlos Rodrigues.










Iberê Camargo com fila para a Noite dos Museus em Porto Alegre (Foto: Cézar Freitas/RBS TV)






Margs também lotou no Centro de Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)







Dentro do Iberê Camargo, público curtiu atrações (Foto: Cézar Freitas/RBS TV)

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Vila Flores é o representante gaúcho na Bienal de Arquitetura de Veneza

Conjunto de prédios no bairro Floresta está entre os 15 trabalhos selecionados para a mostra que será realizada no pavilhão brasileiro
Por: Renata Maynart
20/05/2016 - 04h00min | Atualizada em 20/05/2016 - 04h00min

A 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que será aberta no próximo dia 28, promete lançar uma provocação ao cenário mundial. Com o tema Reporting from the Front, esta edição – liderada pelo arquiteto chileno Alejandro Aravena, vencedor do prêmio Pritzker 2016 – convocará o mercado para menos conceito e mais ação. Ou, traduzido na prática, fará uma defesa de projetos mais humanos e direcionados às passividades das grandes cidades em questões primordiais, como moradia, mobilidade e sustentabilidade. 
No pavilhão brasileiro, o destaque será a mostra Juntos, com curadoria do arquiteto e urbanista Washington Fajardo, que selecionou 15 projetos como representantes do país. As escolhas, afirma Fajardo, apontam autores inseridos na sociedade, e não sendo endeusados por ela. Entre esses escolhidos, Porto Alegre se faz presente com o conjunto de prédios Vila Flores, localizado no bairro Floresta e construído na década de 1920 conforme projeto do arquiteto alemão Joseph Lutzenberger (1882 – 1951).

– Temos que acabar com a ideia de obra-prima. Os trabalhos selecionados têm soluções alcançadas com tempo e esforço. Gosto de dizer que é uma arquitetura conquistada – afirma Fajardo.Presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, Fajardo descreve o conjunto Vila Flores como uma ¿restauração orgânica¿. Nesse conceito, criar vivência no local ao mesmo tempo em que as obras são realizadas torna-se mais valioso do que priorizar questões exclusivamente técnicas, como as cores originais das paredes ou a madeira usada na estrutura.

– A vitalidade é o melhor procedimento de restauração – afirma Fajardo. – Garantir vida ao patrimônio é o princípio mais sustentável que podemos ter. Vejo no Vila Flores de Porto Alegre um trabalho continuado de uso, e que é feliz na sua forma e ressignifica o lugar. Faz sentido ao estar aberto às pessoas, mesmo em processo constante de renovação.
Conjuntos habitacionais, parques, sinalizações em comunidades carentes e até mesmo uma escola integram a seleção brasileira que será apresentada na exposição em Veneza. Ao destacar elementos como cultura negra e centralidades históricas em sua seleção, Fajardo também vislumbra a possibilidade de mostrar novas percepções da arquitetura do Brasil aos demais países participantes:

– Somos muito relacionados ao modernismo ou às favelas. Será importante sair desse binário.
Contudo, os olhos internacionais ainda parecem se voltar à geração modernista brasileira. Foi o que se viu, há duas semanas, com o anúncio do prêmio Leão de Ouro, da Bienal de Arquitetura de Veneza, para o arquiteto e urbanista brasileiro Paulo Mendes da Rocha, 87 anos, pelo conjunto de sua obra. Segundo o Conselho de Diretores da Bienal, ¿o atributo mais marcante de sua arquitetura é a atemporalidade¿.

O diálogo entre inclusão e uso consciente de materiais ganha força na figura do curador desta Bienal. À frente do escritório Elemental, com sede no Chile, Aravena tem entre seus mais relevantes trabalhos obras de baixo custo e inclusão social. Destoante das grandes estrelas, é criador do conceito de meia-casa: imóveis de medidas enxutas, com previsões estruturais para futuros ¿puxadinhos¿. Projeto que tentou implementar sem sucesso em São Paulo, em 2008 – experiência que classificou como decepcionante.

Para a Bienal, a proposta do arquiteto chileno é ir contra o ¿Não faça isso em casa¿. Na divulgação à imprensa, Aravena complementou: ¿Dada a complexidade e variedade de desafios aos quais a arquitetura tem que responder, Reporting from the Front tratará de escutar aqueles que foram capazes de ganhar certa perspectiva e, consequentemente, estão na posição de compartilhar conhecimento e experiências com aqueles de nós que estão no nível do solo.¿


A 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, também classificada como uma cruzada contra a indiferença, terá em seu calendário, que se encerra em 27 de novembro, 19 projetos paralelos, em uma proposta de ocupação por toda a cidade.



















O pátio é o local onde a maior parte das atividades culturais são realizadas. São, no total, 33 unidades no Vila FloresFoto: Omar Freitas / Agencia RBS


















Entre as características que chamaram a atenção do curador da mostra Juntos está a vivência durante as obras de restauroFoto: Omar Freitas / Agencia RBS


















Detalhe do pátio, que ganhou intervenções do locatários, também chamados de residentes. São 22 empresas no momentoFoto: Omar Freitas / Agencia RBS

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Como Brunelleschi construiu a cúpula da Catedral de Florença?

Em 1419, na Itália, o projeto de Filippo Brunelleschi foi o vencedor do concurso de arquitetura para a construção da cúpula da Catedral de Florença, Santa Maria del Fiore. Mais de 500 anos depois de sua construção, o domo projetado por Brunelleschi continua sendo a maior cúpula de alvenaria já construída. Sem vestígios de desenhos ou esboços, os segredos de sua construção permanecem um enigma até os dias de hoje. Esta breve animação, criada por Fernando Baptista e Matthew Twomblym e apresentada pelo National Geographic, oferece uma ideia de como pode ter sido construída a cúpula. O vídeo está disponível apenas em inglês, contudo, é possível, através dos esquemas, perceber a complexidade da tarefa da qual fora incumbido Brunelleschi. Além disso, o vídeo nos coloca a refletir a respeito do tempo que pode levar a construção de obras dessa dimensão, que perduram com o passar dos séculos.

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/627169/como-brunelleschi-construiu-a-cupula-da-catedral-de-florenca

Restauro do Museu de Arte da Pampulha tem início previsto para este ano

O edifício do Cassino foi um marco na arquitetura modernista mundial, sendo inaugurado em 1942. Construído para compor o conjunto arquitetônico da Pampulha, o prédio foi projetado por Oscar Niemeyer a pedido do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek.
O uso do edifício como Cassino foi interrompido em 1946, quando foram proibidos os jogos de azar no Brasil. Ficou sem uso até 1957, quando foi criado o Museu de Arte de Belo Horizonte, atual Museu de Arte da Pampulha. Embora a edificação tenha passado por uma série de reformas para adaptação como Museu (1957-1959, 1984, 1995-1996, e 2005), ainda são necessárias adaptações de uso e restauro dos elementos arquitetônicos.
Além destas melhorias, o Cassino/MAP apresenta algumas carências para pleno funcionamento como museu. O edifício não possui espaços adequados para exposição, pois os grandes salões envidraçados não oferecem condições de controle de luz e temperatura. As reservas técnicas, adaptadas no nível inferior, têm problemas com excesso de umidade, além de não terem espaço suficiente para abrigar todo o acervo. A importância histórica do edifício e seu tombamento nos três níveis de patrimônio impedem soluções com ampliações ou interferências radicais.
Tendo essas questões em vista e com intuito de adequar às novas demandas, o MAP junto com Fundação Municipal de Cultura e a Prefeitura de Belo Horizonte solicitaram ao escritório Horizontes Arquitetura e Urbanismo, em 2012, o projeto para restauração do museu. A restauração integral do MAP é fundamental para reconhecimento do complexo da Pampulha como patrimônio mundial da humanidade pela Unesco.
A primeira etapa do projeto consistiu no levantamento cadastral, pesquisa histórica e diagnóstico de restauração que identificou que o edifício se encontra em mal estado de conservação. O projeto de restauração compreendeu a definição das técnicas necessárias para prolongar o tempo de vida útil da edificação, englobando não apenas sua restauração, mas também a adaptação ao uso como Museu. A partir dos estudos, optou-se pela intervenção mínima nos elementos que constituem a edificação e pelo aproveitamento máximo dos materiais e formas originais de sua arquitetura. O uso atual será mantido, com as alterações de ocupação de alguns espaços.
O projeto contempla a criação de setor educativo e biblioteca, readequação da área administrativa, valorização dos elementos existentes por meio de iluminação cênica e nova comunicação visual. Além disso, é prevista a restauração completa de todas as janelas, fachadas e materiais nobres de revestimento.
Foram desenvolvidos os projetos de arquitetura, restauração, aprovação nos órgãos de patrimônio, comunicação visual, luminotécnico e todos os projetos de engenharia necessárias para completa recuperação da estrutura e infraestrutura do edifício. A restauração ainda não foi iniciada, porém, o início das obras está previsto para este ano.
 


Cassino da Pampulha (1942), atual Museu de Arte da Pampulha, de Oscar Niemeyer. Image © Marcelo Palhares Santiago






Proposta de Restauro, por Horizontes Arquitetura e Urbanismo. Image © Lucas Silva

A casa mais famosa do Mundo celebra 80 anos

O arquitecto norte-americano Frank Lloyd Wright, considerado o 'pai' da arquitectura moderna e orgânica, desenhou a casa mais famosa do Mundo, a Casa da Cascata, que celebra 80 anos em 2016.
A casa de Edgar e Liliane Kaufmann foi projectada por Lloyd Wright, e iniciada a construção em 1936 e terminada em 1939. Localizada a 50 milhas a sudeste de Pittsburgh, em Bear Run, na Estrada Rural 1, secção Mill Run de Stewart Township, Condado de Fayette, nas Laurel Highlands dos Montes Allegheny, Estado da Pensilvânia, Estados Unidos da América.
O projecto estrutural da Casa foi realizado por Frank Lloyd Wright em associação com Mendel Glickman e William Wesley Peters. Depois de alguns desacordos entre Wright, Kaufmann e o empreiteiro da construção, a obra foi realizada. O edifício está feito de tal forma que as quedas de água podem ser ouvidas do seu interior, mas as quedas só podem ser vistas quando se está de pé na varanda do piso mais alto. Este tipo de mistério de arquitectura geométrica intrigou mesmo o próprio arquitecto Wright.
A Casa da Cascata é uma casa pensada ao estilo japonês, tão do agrado de Wright e na sua ideia de integrar a casa na natureza e no convívio cada vez mais estreito entre o construído e a paisagem, na comunhão entre o interior e o exterior e tão bem conseguido neste projecto.
A Casa da Cascata custou na época, um total de 155.000 dólares. 
Até 1963 pertenceu à família Kaufmann e nesse mesmo ano, Kaufmann, Jr. doou a propriedade ao Western Pennsylvania Conservancy. Em 1964, o edifício foi aberto ao público como museu. Actualmente, recebe mais de cento e vinte mil visitantes por ano.
Para saber mais sobre este projecto que ficará para a História da Arquitectura, visite o site: http://www.fallingwater.org/
Frank Lloyd Wright, foi um dos arquitectos mais visionários da História. Além do seu contributo como arquitecto, a sua vida foi também preenchida pelos acontecimentos mais inesperados. O amor e a tragédia fizeram parte da sua vida e além da sua obra arquitectónica, valerá a pena ler o romance histórico da jornalista norte-americana, Nancy Horan, 'Querido Frank', baseado na história de amor entre Mamah Borthwick Cheney e o famoso arquitecto americano Frank Lloyd Wright. Uma história marcada pelo fim trágico mas verdadeiro. Um arquitecto e um homem que vale a pena descobrir.









segunda-feira, 9 de maio de 2016

Passarela do Samba, MAC e Parque do Ibirapuera são tombados pelo Iphan

  • 11:30 - 9 Maio, 2016 
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    Por unanimidade, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural decidiu, nesta sexta, 06 de maio, pela inclusão do Museu de Arte Contemporânea de Niterói , do Conjunto de edificações projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer para o Parque do Ibirapuera e da Passarela do Samba no Conjunto da Obra deOscar Niemeyer, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2007.
    Os três bens complementam a relação, encaminhada pelo próprio Oscar Niemeyer, de 24 monumentos protegidos como patrimônio cultural brasileiro em homenagem ao seu centenário, há nove anos.
    A 82ª reunião ocorreu no Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio de Janeiro, e foi marcada pela comemoração dos 80 anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esteve presente na reunião, além da presidenta do Iphan, Jurema Machado, e dos membros do Conselho, o presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Castanheira. Ele agradeceu ao Iphan o apoio e lembrou que foi possível demonstrar ao próprio arquiteto, ainda em vida, a importância da Passarela do Samba para a comunidade.
    O Parque do Ibirapuera foi inaugurado em 21 de agosto de 1954 em comemoração aos 400 anos da cidade de São Paulo. “A ideia era converter a área alagadiça da região, que havia sido, na época da colonização, uma aldeia indígena, daí originou-se o nome Ibirapuera (ypi-ra-ouêra), que na língua tupi significa árvore apodrecida, em um parque que criasse uma relação entre a natureza e o espaço urbano”, comenta o Iphan. “Coube ao renomado arquiteto Oscar Niemeyer realizar o projeto arquitetônico do parque, e a responsabilidade pelo projeto paisagístico ficou por conta de Burle Marx. O parque, localizado na região central de São Paulo, possui uma área de mais de 1,5 milhão de metros quadrados se transformou nas últimas décadas no mais conhecido espaço livre de lazer, recreação e cultural da cidade.”
    Inaugurado em 1984, o sambódromo do Rio de Janeiro tomou o lugar das arquibancadas provisórias de estrutura tubular que eram montadas anualmente para os desfiles das escolas de samba. Desde o fim do século XIX, grêmios recreativos desfilavam pelas ruas da Cidade do Rio de Janeiro e no início dos anos 30 já existiam as primeiras escolas de samba oficiais. Com o surgimento de novas agremiações, o desfile foi consagrado como a principal tradição do Carnaval carioca.
    Já o Museu de Arte Contemporânea de Niterói foi inaugurado em 1996 e desde então foi incorporado ao cartão postal da cidade e do Rio de Janeiro. Com sua geometria incomum, leve e em equilíbrio, o Museu possui em seu acervo obras de arte contemporânea datadas do século XX, incluindo 1.200 obras da Coleção João Sattamini, a segunda maior de arte contemporânea do Brasil. O acervo do Museu é constituído, ainda, por exemplares de arte abstrata e até obras que retratam a Monarquia Brasileira, obtidas por meio de doações.
    Referências: EstadãoO Globo e Caravalesco
     

    Museu de Arte Contemporânea de Niterói. © Vitorio Benedetti, via Flickr. CC









    Oca, Parque do Ibirapuera. © Romullo Baratto



















    Imagem aérea do carnaval no Rio de Janeiro

    sábado, 7 de maio de 2016

    Ibirapuera se torna patrimônio nacional

    EDISON VEIGA
    06 Maio 2016 | 17:58

    Conselho do Iphan tombou o conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer para o parque paulistano

    O conjunto de edificações projetadas por Oscar Niemeyer (1907-2012) para o Parque do Ibirapuera, cartão postal paulistano, agora é patrimônio nacionalmente tombado. A decisão foi tomada, por unanimidade, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em reunião nesta sexta (6).
    Também passam a ser protegidos pelo órgão o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e a Passarela do Samba, no Rio.
    O Parque do Ibirapuera foi inaugurado em 21 de agosto de 1954 em comemoração aos 400 anos da cidade de São Paulo. “A ideia era converter a área alagadiça da região, que havia sido, na época da colonização, uma aldeia indígena, daí originou-se o nome Ibirapuera (ypi-ra-ouêra), que na língua tupi significa árvore apodrecida, em um parque que criasse uma relação entre a natureza e o espaço urbano”, contextualiza o Iphan, em nota. “Coube ao renomado arquiteto Oscar Niemeyer realizar o projeto arquitetônico do parque, e a responsabilidade pelo projeto paisagístico ficou por conta de Burle Marx. O parque, localizado na região central de São Paulo, possui uma área de mais de 1,5 milhão de metros quadrados se transformou nas últimas décadas no mais conhecido espaço livre de lazer, recreação e cultural da cidade.”
    O Iphan ressalta que “o tombamento se dá especificamente aos monumentos do parque que foram projetados por Oscar Niemeyer”. “E por sua relevância urbanística e cultural poderão ser inscritos no Livro do Tombo Histórico e no Livro do Tombo das Belas Artes. São eles: a Grande Marquise, o Palácio das Nações (Pavilhão Manoel da Nóbrega, atualmente ocupado pelo Museu Afro Brasil), o Palácio dos Estados (Pavilhão Francisco Matarazzo Sobrinho, atualmente desocupado), o Palácio das Indústrias (Pavilhão Armando de Arruda Pereira, atualmente ocupado pela Fundação Bienal), o Palácio de Exposições ou das Artes (Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, também conhecido como ‘Oca’, atualmente ocupado para grandes exposições), e o Palácio da Agricultura (atualmente ocupado pelo Museu de Arte Contemporânea da USP)”, completa a nota.
    Com a resolução desta sexta, cresce a lista de obras de Niemeyer protegidas pelo Iphan. Em 2007, o órgão aprovou o tombamento de 24 projetos do arquiteto. O conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas. No total, são 23 membros.









    Foto: Hélvio Romero/ Estadão