terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Primeira fase do restauro da Alfândega de Rio Grande - RS

Na maior parte do prédio da Alfândega do Rio Grande já se pode ver o resultado das obras da primeira fase de restauro do imóvel histórico, iniciadas em julho de 2010. Em 13 das 16 áreas do imóvel a recuperação do telhado já está pronta. Falta concluir esse serviço nas áreas sete e oito e fazer as obras na 11, que é a área do Museu da Cidade. Na sete, que compreende a ala da rua Marechal Floriano esquina com a rua Andradas, só falta terminar o trabalho no telhado. Com exceção do espaço ocupado pelo museu, as obras de restauro do telhado nas demais áreas devem ser concluídas em abril deste ano. Já o término de toda a primeira fase, incluindo o museu, está previsto para junho.

No Museu da Cidade, localizado na parte da esquina da rua Riachuelo com a Andradas, já foi retirado todo o assoalho, que estava bastante danificado e será substituído por um novo, e feito o escoramento do telhado com andaimes metálicos para as obras. O madeiramento do telhado desta área está em situação crítica e deverá receber reforço com estruturas metálicas. A intenção é intercalar as tesouras de madeira com estruturas metálicas, o que aliviará o peso sobre as primeiras, preservando-as. O inspetor-chefe da Alfândega no Porto do Rio Grande, Marco Antônio Medeiros, disse que está sendo esperada a primeira estrutura metálica para avaliação da medida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Corpo Técnico da Receita Federal. Se ambos aprovarem, serão contratadas as demais pela empresa executora da restauração.

Essa solução para preservar as tesouras de madeira foi definida em reuniões entre a RF, Iphan e a empresa executora. Conforme Silvia Silva, servidora da Alfândega e fiscal do contrato, não se encontra mais madeiras nas dimensões (sete e oito metros de comprimento cada peça das tesouras) das utilizadas na estrutura de sustentação desse telhado. A primeira fase de restauro ainda inclui a adaptação de quatro sanitários para portadores de necessidades especiais, sendo que em dois esse serviço já foi realizado e em outros dois está em execução. A drenagem dos pátios internos e a colocação dos condutores pluviais também já foram feitas.

O prédio histórico, construído entre 1875 e 1879, ocupa uma quadra inteira do centro rio-grandino, tendo as fachadas no alinhamento das ruas Marechal Floriano, Ewbank, Riachuelo e Andradas. Atualmente abriga a Alfândega do Porto rio-grandino e a agência da Receita Federal, além do Museu da Cidade do Rio Grande e a Procuradoria da Fazenda Nacional. Todo o telhado apresentava infiltrações e apodrecimento do madeiramento que o sustenta. O restauro incluiu a colocação de um subtelhado de alumínio, o qual, mesmo que telhas sejam quebradas, evitará que chova dentro do prédio, como vinha ocorrendo em alguns pontos. A troca do sistema de calhas, é outro serviço que integra essa primeira fase. Estão sendo instaladas calhas de cobre cobertas com telas do mesmo material.

Inicialmente orçada em R$ 3,5 milhões, a primeira etapa do restauro já exigiu três aditamentos e atualmente está com custo de R$ 4,2 milhões. São recursos próprios que a RF está investindo no local. Uma segunda fase de obras está programada para conclusão do restauro da Alfândega. Nesta será realizada pintura, recuperação do assoalho de parte do prédio, a restauração dos elementos de decoração e do reboco interno e externo, mais as redes elétrica, lógica e a climatização do prédio. O projeto para a segunda etapa, orçado em R$ 12 milhões, está pronto e aprovado pelo Iphan. Falta licitar. A expectativa de Medeiros é que a licitação seja feita ainda este ano. Será uma obra que deverá estender-se por três ou quatro anos.

Fonte Original da Notícia: http://www.defender.org.br/rio-granders-primeira-fase-do-restauro-fica-pronta-em-junho/

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Restauro do Palácio Gustavo Capanema - Rio de Janeiro - RJ

Já está em andamento a elaboração do projeto de revitalização e restauração total, com a instalação de novos elevadores, para o Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio de Janeiro, bem tombado pelo Iphan em 1948 por sua importância artística. O prazo para a entrega do projeto integral é de 490 dias e para a substituição dos elevadores de trezentos dias. Os recursos de aproximadamente 12 milhões de reais para aplicação só em 2012 provêem do Tesouro Nacional.

A iniciativa contemplará a requalificação dos espaços para sua adequação aos usos atuais institucionais e culturais, a conservação geral, bem como a atualização dos sistemas prediais para o atendimento de várias exigências técnicas e legais posteriores à criação do monumento, como sistemas antipânico, de combate a incêndios, de lógica e monitoramento de segurança, novas instalações elétricas, além de acessibilidade a portadores de necessidades especiais, entre outros, tudo devidamente compatibilizado com o projeto original. Para maior segurança e conforto, os seis elevadores existentes serão substituídos por unidades mais modernas, capazes de garantir o acesso devido aos dezesseis pavimentos do prédio.

Um novo sistema de comunicação também será desenvolvido para a divulgação conjunta das inúmeras ações educacionais e culturais ali promovidas pelas instituições do MINC, como debates, palestras, seminários e cursos, a exemplo das atividades do recém-criado Centro Lúcio Costa, chancelado pela UNESCO para a formação de gestores do patrimônio, e o Programa de Especialização do Patrimônio, do Iphan. A recente passagem da administração do condomínio do Palácio para o Iphan reforça a política do MinC de valorização desse importante marco da arquitetura moderna mundial.


Hoje funcionam no Palácio mais de uma dezena de instituições vinculadas ao Ministério da Cultura, que após a requalificação do edifício atuarão com mais conforto e segurança, tanto para seus funcionários como para o público usuário, pesquisador e visitante. Estes procuram diariamente os arquivos da Biblioteca Nacional e a Biblioteca Noronha Santos (do Iphan), o Ibram, a Funarte, a livraria Mário de Andrade, as exposições em cartaz e a Sala Sidney Miller (da Funarte). O conjunto moderno e de arquitetura arrojada vem atraindo também turistas nacionais e internacionais, por conta de sua coleção de obras de arte do período moderno como pinturas murais, tapeçarias e azulejaria, além dos jardins de Burle Marx .

O monumento

Projetado durante a gestão do Ministro Gustavo Capanema para sediar o antigo Ministério da Educação e Saúde, o prédio é marco da arquitetura moderna em nosso país. É, também, um dos primeiros arranha-céus construídos no mundo com fachada toda em vidro. A área ocupada por ele e seus jardins, projetados pelo paisagista Burle Marx, é de 27.536 metros quadrados. Arquitetos consagrados atuaram na elaboração do projeto de construção do Palácio Capanema tais como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Jorge Machado Moreira, Carlos Leão e Ernany de Vasconcelos, que tiveram como referência estudos feitos por Le Corbusier, que aqui esteve em 1937 especialmente como consultor. O edifício foi construído de 1937 a 1943 e sua estrutura projetada pelo engenheiro Emílio Baungart. Foi utilizado como material de revestimento das empenas o gnaisse (pedra de galho), por sugestão do próprio Le Corbusier. Os azulejos, elementos também de uso tradicional na arquitetura brasileira, utilizados no revestimento dos corpos edificados do térreo e nas paredes laterais do auditório, de figura avulsa ou formando painéis, foram desenhados por Cândido Portinari. Interna e externamente, o prédio possui outras obras de arte representativas do modernismo em nosso país como os painéis de azulejos, quadros e murais, também de de Portinari, as esculturas de Bruno Giorgio, Vera Janacopulus e Celso Antônio, além dos jardins na área em torno e no terraço, de autoria do paisagista Roberto Burle Marx.

Fonte Original do texto: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=356290FF69D3942EB0D2185085E0D1BF?id=16458&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Museu do Café - Santos - SP

Inaugurada em 1922 para centralizar, organizar e controlar as operações do mercado cafeeiro, na época a principal fonte de riqueza do país, a Bolsa Oficial de Café, em Santos, traduzia-se como arquitetura típica do ecletismo que caracterizou as mais importantes obras do período. Estilo e volumetria empregados ofereceram resposta compatível à monumentalidade almejada pelos idealizadores, que, durante sua construção, não pouparam esforços nem recursos para aquisição de materiais de acabamento de alta qualidade. Cúpulas de cobre, grandes figuras escultóricas, vitrais, mosaicos de mármore, robustas colunatas de granito são expressões de riqueza e prosperidade do ciclo cafeeiro no país e, ao mesmo tempo, representam a materialidade do desejo de converter o edifício da Bolsa no "Palácio do Porto de Santos"

Nos dias atuais, a imponência arquitetônica da edificação ainda repercute admiração no cidadão que transita pelo centro. Apesar do adensamento urbano ocorrido na região nas últimas décadas, a Bolsa se mantém como o edifício mais suntuoso e emblemático da Baixada Santista. A elevada torre do relógio, com mais de 40 metros de altura, se impõe, à frente do porto, como importante referência paisagística e temporal da cidade.

Caráter simbólico e expressão arquitetônica são atributos solicitados a uma edificação dessa natureza, inerentes desde a vocação - local de concentração dos negócios cafeeiros do país - à concepção final da obra. Necessidade e responsabilidade que talvez expliquem as mudanças sucessivas do projeto, três ao todo, que objetivaram aprimoramentos necessários até alcançar o escopo almejado. Preocupações que sensibilizaram a Câmara Municipal de Santos, que suspendeu as limitações legais impostas pelo Código de edificações vigente para permitir obter resultados formais e estéticos satisfatórios.

No dia 12 de março de 2009,o Palácio da Bolsa Oficial de Café foi oficialmente tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O edifício da Bolsa Oficial de Café passou por restauração, concluída em 1998, realizada com muita competência pelo Governo do Estado de São Paulo, tornou o prédio um monumento de grandiosa imponência histórica, oferecendo instalações muito adequadas para o funcionamento do Museu do Café, dentro de uma concepção moderna e versátil. No mesmo ano foi concedido à Associação dos Amigos dos Cafés do Brasil, através do Decreto Estadual n° 43.389, de 18 de agosto de 1998, a Permissão de Uso, com o propósito bem definido de ser instituído o Museu do Café.

Aprovado o projeto do Museu pelo Departamento de Museus do Estado de São Paulo pelo Ofício DT/DEMA nº 328/2000, foi instalado no térreo e primeiro pavimento, que tinha como pretensão apresentar aos visitantes a memória do comércio de café que ocorreu na Cidade desde o século XIX repercutindo nacionalmente.

A partir desta aprovação, a primeira iniciativa implementada foi a Cafeteria que se tornou a principal atração turística do centro histórico santista. Em 22 de julho deste ano, retomou-se as exposições de longa duração e temporárias, a mostra do acervo, ainda em captação, Centro de Preparação de Café, e ainda, foi inaugurada uma sala de vídeo onde os visitantes assistem filmes sobre café.

Fonte original do texto e site do museu: http://museudocafe.org.br/index.asp

Cidade de Monte Santo - Bahia

Em outubro de 1775, o Capuchinho Frei Apolônio de Todd se encontrava na Aldeia Indígena de Massacará (hoje situada no Município de Euclides da Cunha) foi convidado pelo Fazendeiro Francisco da Costa Torres, para realizar uma Missão na Fazenda Lagoa da Onça, ali chegando deparou com uma grande Seca e devido à escassez de água no local, não realizou a Missão, decidiu seguir para o logradouro de gado denominado Piquaraçá, onde existia um "Olho d” água em abundância conhecido atualmente como "Fonte da Mangueira", localizado no sopé da serra. Frei Apolônio ao apreciar a serra ficou impressionado com a semelhança com o Monte Calvário de Jerusalém e convidou os fiéis que o acompanhava para transformar o Monte em um “Sacro-Monte”, marcando seu dorso com os passos da Paixão, Mandou tirar madeiras e armar uma capelinha para a Missão, ordenou que fizessem Cruzes para a Procissão rumo ao pico do monte.

A cada parada fincavam as cruzes com espaços regulares na seguinte ordem: A primeira dedicada às almas, as sete seguintes representando as dores de Nossa Senhora e as quatorze restantes lembrando o sofrimento de Jesus em sua caminhada para o Monte calvário em Jerusalém. Contam que quando os fiéis subiam ao monte um forte furacão surgiu e o Frei pediu que invocassem o Senhor Jesus e o furacão cessou, Adiante apareceu um forte Arco-íris que pairava onde estavam as cruzes de madeira, como se quisesse dizer que ali deveriam ser construídas as Capelas e parou onde deveria ser construída a Capela maior, a de Santa Cruz. Isso era 31 de Outubro para 1º de novembro de 1775 e o frei pediu que aquele local não mais fosse chamado de Serra do Piquaraçá, assim chamado devido uma planta nativa, e em abundância "Araçá", mas que passassem a chamá-lo de Monte Santo, e partiu pedindo a todos que construíssem capelas e visitassem sempre as santas cruzes.

E assim os fies construíram as capelas, as menores e a de tamanho médio, a do Senhor dos Passos, a de Nossa Senhora das Dores e, sendo a maior no final do trajeto de aproximadamente 04 km da sede, a capela de Santa Cruz onde ficam as Imagens de Nosso Senhor Morto, Nossa Senhora da Soledade e São João Evangelista. Em 1790, devido à grande romaria e ainda o santuário não estava totalmente construído, o local foi elevado à Categoria de Freguesia por Decreto de Lisboa, recebendo o nome de Santíssimo Coração de Jesus de Nossa Senhora da Conceição de Monte Santo, sendo nomeado o seu primeiro pároco o Padre Antônio Pio de Carvalho.

Em 1794, foi criado o Distrito de Paz de Monte Santo, pertencente ao Termo da Vila de Itapicurú de Cima. Em 21 de março de 1837, por força da Lei provincial nº 51, foi o Povoado elevado à categoria de Vila, que criou também o Município, ocorrendo a inauguração em 15 de agosto do mesmo ano. O Município recebeu o nome de Coração de Jesus de Monte Santo, sendo seu primeiro prefeito o Padre José Vítor Barberino.

Em 28 de junho de 1850, o Distrito de Paz foi elevado à categoria de Comarca, pela Lei provincial nº 395, sendo seu primeiro Juiz de Direito o Bel. Boaventura Augusto Magalhães Taques. Em 25 de julho de 1929, a Vila foi elevada à Cidade, pela Lei Estadual nº 2.192, voltando a receber o nome de Monte Santo.
A fama do Local sagrado percorreu todo o Sertão, todo o Brasil e até no exterior. Peregrinos de toda parte visitam o Santuário para pagarem promessas e pedirem graças. Subir o Monte é indispensável a todos que visitam Monte Santo, ladeira íngreme, construída de pedras, ladeada por balaustres, Ao longo do caminho, de quase 4 km, encontram-se 23 capelas, sendo que suas alvenarias chamam atenção por representar os quadros da Via Sacra de Cristo. A 500 metros acima do nível do mar, A paisagem do alto do monte é belíssima. Dá para avistar toda a cidade, os vales e montanhas que circundam o município. À medida que o visitante vai subindo a serra, o clima vai ficando mais ameno e a brisa no rosto provoca uma sensação de bem-estar e prazer, envoltos pela áurea sagrada da localidade.

Peregrinos de todas as partes sobem a serra para pagar promessas, muitas vezes de joelhos e com pedras na cabeça, numa demonstração de fé e abnegação, São inúmeros os relatos das graças alcançadas pelos Romeiros que tendo sua Grande festa na Semana Santa de cada ano, mas recebe milhares de Romeiros na tradicional Festa de Todos os Santos em 31 de outubro para 1º de novembro, também de cada ano. Monte Santo, o seu município foi criado pela Lei de número 51 de 21 de março de 1837, data que tem seu feriado municipal, e, em 25 de julho de 1929, pela Lei estadual nº 2.192 houve a Emancipação. Deste município já foram desmembrados os municípios de Cansanção, Euclides da Cunha e Uauá; Atualmente possui uma área territorial de 3.285,41Km², Coordenadas geográficas: -39º19"58,80"" Longitude e -10º26"16,80"" Latitude; Localizado na Grande região Geográfica baiana (Nordeste), possuindo o Código no IBGE: 292100; Atualmente possui 56.938 habitantes.

Texto transcrito do Site: http://www.montesanto.net/index.php

Monte Santo teve importância estratégica na Guerra de Canudos, servindo como base de operações do Exército contra Canudos, em 1893, sendo escolhida por ser um local privilegiado e por conter uma nascente de água, usada para matar a sede dos soldados. Monte Santo abrigou também por diversas vezes, o bando de cangaceiros de Lampião, que costumava se alojar próximo da Serra do Acaru. Em umas de suas aparições encontrou-se com o padre Francisco César Berenguer, pároco de Monte Santo, o sacerdote, que se encontrou com Lampião em Euclides da Cunha, teve de contar com a ajuda de colegas para escapar da morte. O cangaceiro pediu que o padre lhe cedesse o Ford de sua propriedade para transportar o bando até a vizinha cidade de Tucano. Nas proximidades de Algodões, Berenguer simulou um problema mecânico no carro. Os oito cangaceiros acabaram passando para um caminhão de propriedade do também padre José Eutímio. Dias depois, Lampião ficou sabendo que o padre Berenguer estava se gabando de tê-lo ludibriado. Sem perda de tempo, fez chegar ao sacerdote a seguinte ameaça: “padre Berenguer, no dia em que a gente se encontrar, vou ensinar o senhor a enganar Lampião”. Graças à intervenção do também religioso Zacarias Matogrosso, o sacerdote escapou da vingança terrível do líder cangaceiro.

Na cidade nasceu Gereba, músico que realizou importantes projetos para a música brasileira como instrumentista, compositor, arranjador e produtor cultural. Seu primeiro disco solo é de 1973, "Gereba - Bendegó". Em 1976 lançou junto ao grupo Bendegó, "Onde o olhar não mira". Com o mesmo grupo, lançou mais três discos: "Bendegó", de 1979, "Bendegó 2", de 1981 e "La Nave Vá", de 1986. Em 1985 lançou disco solo "Te Esperei". Vários outros discos vieram, entre eles, "Cantando com a platéia - Tom Zé e Gereba", de 1990; "Gereba convida" com Cássia Eller, Na Ozzetti, Vânia Bastos e outros, de 1993, "Serenata na Umes Gereba convida" coletânea de 6 CDs gravados ao vivo com grandes interpretes de Silvio Caldas a Arrigo Barnabé, de 1997, "Canudos", (homenagem ao centenário de Canudos); de 1997 "Forró da baronesa", de 2000; "Canções que vêm do sol", de 2001 e "Sertão", de 2002 (homenagem ao centenário da obra de Euclydes da Cunha), no qual contou com a participação de Dominguinhos, Orquestra Sinfônica de Natal e Júlio Medaglia, como arranjador.

Monte Santo é famoso também por abrigar o local onde foi encontrado o meteorito mais famoso do Brasil, o Meteorito de Bendegó, hoje em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro. O referido meteorito foi encontrado em 1874 por Joaquim Bernardino da Mota Botelho, no interior do Estado da Bahia. O ponto de queda está localizado a 48 quilômetros da cidade de Monte Santo e a 180 metros do riacho Bendegó, que daria nome ao meteorito. Tanto o riacho quanto o rio que ele deságua, o Vaza Barris, ficariam conhecidos no futuro. Menos pela queda do meteorito e mais pelos acontecimentos envolvendo Canudos, na resistência montada por Antônio Conselheiro e narrada por Euclides da Cunha no clássico "Os Sertões". O Meteorito Bendegó possui forma irregular, com os seguintes valores aproximados: 2,15 metros de comprimento, 1,5 metros de largura e 58 centímetros de altura. Sua massa foi calculada em 5360 kg, constituída basicamente de ferro (92,70%) e níquel (6,52%), contendo ainda traços menores de outros elementos químicos. Essa composição permite classificá-lo no grupo dos "sideritos", i.e., meteoritos com aproximadamente 90% de ferro e níquel.

Fonte do texto e imagens: http://www.montesanto.net/index.php


Vista Aérea de Monte Santo


Vista Aérea da Praça Central


Vista da Praça Central


Igreja


Romaria ao Morro da Santa Cruz

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Abertura do Museu do Holocausto - Curitiba - PR

O primeiro Museu do Holocausto no Brasil abre as portas ao público no último domingo – 12 de fevereiro, em Curitiba. O espaço também presta homenagem aos brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundial e aos que receberam os sobreviventes no país.

Foram reunidos objetos, documentos e depoimentos de judeus que sobreviveram à perseguição na Europa e vieram reconstruir a vida no Brasil. O museu é divido em salas e cada uma mostra um período da história dos daquele povo.

O espaço mostra ainda como funcionavam os guetos onde os judeus moravam e a moeda própria de um deles, na antiga Tchecoslováquia. Uma das principais peças em exposição veio de Jerusalém. É o fragmento de um exemplar do livro sagrado dos judeus, a Torá, queimado pelos nazistas.

De acordo com a Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, aproximadamente 80 pessoas que sobreviveram ao holocausto reconstruíram a vida no Paraná e 15 ainda estão vivas.

Para conhecer as instalações é preciso agendar um horário no site do museu, que fica na Rua Coronel Agostinho de Macedo, no bairro Bairro Bom Retiro. Não é recomendável a visita de crianças menores de 12 anos.

Fonte da Notícia: http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/02/museu-do-holocausto-inedito-no-brasil-e-inaugurado-em-curitiba.html

Site do Museu: http://www.museudoholocausto.org.br/


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Memorial Jesuíta da Unisinos - São Leopoldo - RS

É uma operação delicada. Depois de cumprimentar repórter e fotógrafo, nossa guia veste luvas cirúrgicas e nos conduz por um salão trancado a chave. Um termo-higrômetro monitora a temperatura do ambiente, que deve estar entre 18°C e 22°C, e a umidade do ar, o mais próximo possível de 55%. Isabel Cristina Arendt é historiadora e assistente de pesquisa do Memorial Jesuíta da Unisinos, em São Leopoldo, cujo acervo está no terceiro e no sexto andares do prédio da biblioteca da universidade. Estamos no terceiro, onde são guardados os livros. No sexto, ficam periódicos e documentos.

– “Arendt” como Hannah Arendt – observa com um sorriso, referindo-se à celebre cientista política e filósofa alemã (1906 – 1975). – Mas não sei se há relação de parentesco.

Isabel, 42 anos, lê em alemão, inglês, latim e grego antigo e lamenta ainda não saber francês. Embora não haja mais ninguém no local, por vezes fala quase sussurrando enquanto folheia os volumes, como se guardasse um respeito sagrado. É que, entre os títulos do acervo de 200 mil a 300 mil itens (o número é impreciso porque nem tudo está catalogado), estão raridades de áreas como teologia, filosofia, literatura e ciências naturais. As luvas servem para evitar que os resíduos naturalmente depositados nos dedos danifiquem as páginas, já agredidas pelo tempo. Cerca de 2,3 mil volumes publicados entre os séculos 15 e 18 compõem a coleção mais rara.

O Memorial Jesuíta recebe pesquisadores desde 2001, quando o acervo foi constituído, mas será aberto oficialmente para consulta em cerimônia no dia 29 de março. Como ocorre em qualquer biblioteca de livros raros e especiais, os estudantes deverão comprovar interesse acadêmico para ter acesso, e nenhum livro poderá ser retirado do local. Uma armário com fichas de papel que abrangem parte do acervo confere certo charme à sala de leitura, mas o catálogo também pode ser consultado em formato digital.

Os livros mais antigos ficam em uma sala separada a que os funcionários se referem como “cofre”. Isabel prefere não divulgar os detalhes de segurança. Não é sem motivo: ela está escaldada pela notícia de que, na quinta-feira, dia 2, três homens armados invadiram o Instituto de Botânica do Estado de São Paulo e roubaram 15 volumes de três obras raras publicadas entre 1827 e 1913. Embora sem valor de mercado, os títulos – sobre palmeiras, bambus e a flora fluminense – são valiosos para pesquisadores da área.

Está no cofre o livro mais antigo do Memorial Jesuíta: Repertorii Totius Summe Domini Antonini Archiepiscopi Florentini Ordinis Predi, de Santo Antonino de Florença (1389 – 1459), publicado em latim em 1496. Trata-se de um incunábulo, como são chamadas as primeiras obras impressas com tipos móveis, não manuscritas. São quatro volumes com capa de madeira, dos quais a biblioteca não tem o terceiro. Há pouquíssimos exemplares no mundo: sabe-se que está no catálogo de sete instituições americanas. Curador adjunto do memorial e professor do Programa de Pós-Graduação de História da Unisinos, Luiz Fernando Medeiros Rodrigues explica:

– É basicamente uma obra de direito canônico, mas naquela época o direito civil e o canônico se confundiam um pouco. O livro é importante porque tem os princípios que vão fundar o direito moderno. Aí se pode fazer uma história jurídica, cultural.

O acervo foi reunido de bibliotecas de escolas e seminários do Rio Grande do Sul como o Colégio Máximo Cristo Redentor, em São Leopoldo (que dá nome a uma das coleções), que começaram a ser desativados na década de 1950 e onde também se formou o clero de Santa Catarina e Paraná. As obras vinham da Europa, doadas por instituições de lá, enviadas pelas famílias dos estudantes ou adquiridas pelos próprios em viagens. Assim, os títulos remontam aos diferentes interesses dos jesuítas, cujos primeiros representantes chegaram ao sul do país no século 19, vindos principalmente de países falantes de alemão e italiano – dois dos povos que formavam a base da colonização europeia no Estado.

– O foco dos livros que vieram da biblioteca do Cristo Rei é filosofia e teologia, mas se encontra ali toda a cultura necessária para fazer um trabalho pastoral nas colônias das comunidades do Interior. Há livros que ajudam a realizar partos, a construir pontes, a fazer contabilidade. São 360 graus em termos de cultura: passa por geografia, história, economia, política, direito e sociologia, entre outras áreas – afirma o professor Rodrigues.

Nem todos os títulos estão em condições de serem lidos. Muitos estão deteriorados; alguns praticamente não podem ser folheados sob pena de se desmancharem. É o caso de um livro de sermões de autoria de Mathias Faber (1587 – 1653) publicado em 1653. Devido à contínua ação dos insetos, lembra mais um queijo suíço. As páginas se desprenderam da encadernação do livro, o que torna impossível fechá-lo com a capa de madeira. Fica sempre semiaberto.

Depois da catalogação, que ainda não está concluída, a fase seguinte será a restauração, um trabalho altamente especializado e caro. A recuperação de apenas um livro pode custar entre R$ 10 mil e R$ 30 mil, segundo o professor Luiz Fernando Medeiros Rodrigues. Para esta etapa, a equipe da biblioteca vai estabelecer um critério de prioridade baseado na relevância da obra e na procura de pesquisadores.

No momento em que as bases de dados migram em velocidade espantosa para o formato digital, nunca foi tão importante recuperar o conhecimento em papel, inclusive para que possa ser posteriormente convertido em bytes, como diz Arthur Blásio Rambo, professor de antropologia aposentado da UFRGS e da Unisinos e pesquisador do Memorial Jesuíta, tendo participado de sua fundação:

– As duas formas (papel e digital) terão que coexistir. Algumas destas obras já estão disponíveis na internet. O acesso não é uma questão de suporte, mas de compreensão da língua. Cerca de 80% das nossas obras são em latim, francês, alemão e grego. O 2º grau (atual Ensino Médio) das escolas não oferece mais aos alunos os instrumentos necessários para acessar o conteúdo destes livros como fazia antigamente.

Nas palavras do professor Rambo, o Memorial Jesuíta reúne obras fundamentais para se entender a “modernidade ocidental ou o chamado grande século 19”. Exemplo disso é a histórica primeira edição da Enciclopédia organizada pelos filósofos franceses Denis Diderot (1713 – 1784) e Jean Le Rond d’Alembert (1717 – 1783), publicada entre 1751 e 1772. São 17 volumes de textos e 11 de imagens que representam o espírito progressista do Iluminismo no prelúdio da Revolução Francesa. Na expectativa da abertura oficial do acervo a pesquisadores, Rambo adianta que há mais a ser explorado:

– Pouco tem se falado da grande coleção de 1,2 mil periódicos. Acredito que está lá a maior mina de informação. As revistas normalmente contêm as grandes discussões, em forma de artigo, antes de surgirem consolidadas na forma de livros.

Como ainda não há previsão de catalogação dos periódicos, os pesquisadores que subirem ao sexto andar da biblioteca deverão levar em suas pastas uma dose extra de paciência e perseverança para se localizar em meio ao material.

Outras informações sobre o Memorial Jesuíta podem ser obtidas no site www.unisinos.br/memorialjesuita, pelo e-mail memorialsj@unisinos.br ou pelos telefones (51) 3590-8802 e (51) 3590-8821.

Fonte Original da Notícia: http://www.defender.org.br/sao-leopoldors-a-grande-biblioteca-da-modernidade/

Museu Virtual do Porto de Santos - SP

O Porto de Santos, um dos maiores da América Latina, comemorou 120 anos este mês com um presente para os historiadores: um Museu Virtual, com direito a imagens do material encontrado em escavações arqueológicas e fotos do entorno. Além do site histórico, a data será comemorada até abril com várias atrações.

Em 2 de fevereiro de 1892, o porto foi inaugurado com os primeiros 260 metros de cais. O processo de construção, porém, revelou uma série de vestígios de antigas civilizações em três poços arqueológicos. Há, por exemplo, fragmentos de conchas, solo formado por sedimento escuro e fragmentos ósseos – remetendo a um contexto indígena de grupos construtores de sítios do tipo sambaqui. Aos vestígios – espalhados por cerca de 150 metros –, somam-se itens recentes de aterro, como tijolos e fragmentos de telhas.

O município de Santos, juntamente com os vizinhos Guarujá, São Vicente e Cubatão, abrange um território que traz uma extensa história de ocupação humana de, pelo menos, 4.500 anos atrás. Entre os diferentes grupos que se desenvolveram na região estão sociedades construtoras de sambaquis – mais antigas ocupantes da área – e grupos de língua Tupi, que tiveram contato com os primeiros colonizadores europeus, no século XV.

Além do site, também foi lançado o livro “Paisagens Culturais da Baía de Santos”, com depoimentos de trabalhadores do porto e moradores do entorno. A obra será distribuída gratuitamente para bibliotecas e escolas, e poderá também ser baixado, em formato digital, no próprio site do Porto de Santos.

Há, ainda, passeios de escuna patrocinados pela Prefeitura de Santos, que distribuiu 1,2 mil ingressos. O passeio conta com guias turísticos contando a história do porto e curiosidades sobre a cidade. O Teatro Municipal também recebe várias atrações até o fim deste mês. A programação incluiu ainda passeios ciclísticos e exposições.

Fonte Original da Notícia: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/nota/porto-virtual

Site do Museu: http://www.portogente.com.br/museudoporto/apresentacao/index.php