terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

'Estamos quase no fim', diz Niéde ao ameaçar venda de carros do Parque

A arqueóloga, diretora-presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham) e também administradora do Parque Nacional Serra da Capivara, patrimônio arqueológico internacional, ameaça a venda dos veículos do parque para poder pagar direitos trabalhistas de pelo menos 80 funcionários que foram demitidos em 2015 da Fundação.

Ela contou que a decisão se deu por conta de repasses que o parque ainda não recebeu. Em 2016, por exemplo, ela contou que não foram repassados nenhum valor e lamentou um 2015 ao qual ele definiu como "muito difícil".

Niéde diz que a manutenção do Parque Nacional da Serra da Capivara custa em todo de R$ 6 milhões por ano, dinheiro que vinha da união e de compensações ambientais.

"O que acontece é que não estamos mais recebendo esses repasses que eram feitos naturalmente todos os anos, e garantia a manutenção do parque. Mas infelizmente, o governo mudou a lei de compensação ambiental e as empresas não são mais obrigadas a passar esse valor diretamente para as instituições, mas sim, mandam para Brasília, para o fundo de compensação ambiental. Então nós estamos praticamente no fim", contou.


A manutenção, segundo alguns dos poucos funcionários que sobraram no Parque, fica prejudicada. Segundo a direção do parque, 16 das 28 guaritas foram fechadas. Sobrecarregado, em uma delas, o agente de manutenção José Pedro reclama da dificuldade de cuidar de mais de 16 km de estradas e trilhas todos os dias.

"Como a gente tem o prazer de cuidar do parque, para que os acessos fiquem melhor, a gente sempre estende um pouco mais além do que podia fazer. Mas sem os recursos, não temo como mantermos isso", contou.

O dinheiro que poderia ser arrecadado com as visitações no parque poderia injetar no parque mais de R$ 84 milhões por ano, bem mais necessário do que o precisaria para manter o parque. Mas o impasse no aeroporto da região que foi inaugurado no ano passado, está fechado, ainda não recebe vôos comerciais e está totalmente parado.

"O ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) não está sendo protegido. Nós agora estamos mantendo seis guaritas abertas, com recursos que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) nos mandou, mas só foram R$ 400 mil. Dá para manter o parque durante uns três a quatro meses, e só", contou.

Resposta
Em nota, o Governo do Estado informou que negocia com uma empresa aérea a oferta de voos regulares para o Aeroporto Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, e contou também que oferece isenção de tarifas e subsídios às empresas. O governo se propôs ainda a patrocinar publicidade nas aeronaves.
A nota diz ainda que o Governo trabalha um plano para desenvolver o turismo na região. As ações vão desde o treinamento e capacitação de guias e trabalhadores de hotéis, pousadas  e restaurantes até a divulgação e promoção do roteiro turístico da região dentro e fora do Brasil, como forma de atrair turistas.





















Serra da Capivara (Foto: André Pessoa/Arquivo pessoal)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"Arranha-céu" histórico em risco ameaça desabar no Vale do Jequitinhonha


O primeiro “arranha-céu” do Brasil corre o risco de cair por terra e levar junto parte da história mineira. A Justiça determinou a interdição do prédio conhecido como Sobradão da Vila do Fanado ou simplesmente Sobradão, em Minas Novas, na Região do Vale do Jequitinhonha, a 520 quilômetros de Belo Horizonte. Na ação proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi pedida a recuperação, pela prefeitura local, do imóvel de quatro pavimentos datado do início do século 19, que abrigava setores administrativos, escola de música, museu e loja de artesanato até pouco tempo. “A situação é deplorável. Trata-se de uma edificação histórica, do período colonial, sofrendo com a falta de cuidados” disse o promotor de Justiça da comarca de Minas Novas, Daniel Lessa Costa.

Com tombamento municipal e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Sobradão “poderá ruir” se não forem tomadas medidas urgentes. “Nesse imóvel, de propriedade da prefeitura, funcionava uma escola de música para crianças, daí aumentar nossa preocupação. Além de vidas humanas – que devem ser prioritariamente acauteladas – o patrimônio cultural nacional corre iminente risco de perda irreparável e não podemos nos calar”, acrescentou o autor da ação civil pública. Nesse trabalho, atuou também o titular da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC), Marcos Paulo de Souza Miranda.

No documento, os promotores explicam que, “apesar da extraordinária relevância para todos os entes da Federação, o imóvel está completamente abandonado e corre o risco iminente de ruir. O proprietário, município de Minas Novas, tem se omitido no dever de realização de medidas rotineiras de conservação e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), enquanto guardião do patrimônio cultural mineiro, apesar de ter realizado intervenções no prédio na década de 1980 e ter prometido, recentemente, investimentos em prol da edificação, nada fez além do exercício retórico”. O promotor explica que a prefeitura recebe recursos do ICMS Cultural (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e poderia aplicar no imóvel para preservá-lo.

PROVIDÊNCIAS O secretário municipal de Cultura, Turismo e Comunicação de Minas Novas, Adão Domingos Ramalho Coelho, informa que todas as providências foram tomadas, pela prefeitura, para resolver a situação. “Estamos em entendimentos com o Iphan e fomos informados de que a reforma da estrutura e obras emergenciais serão feitas”, disse o secretário. No prédio agora vazio, funcionavam a Secretaria de Cultura, o Museu Regional do Artesanato do Vale do Jequitinhonha, loja de artesanato e o Grêmio Lítero-musical Euterpe Conceição. A superintendente do Iphan em Minas, Célia Corsino, diz que os serviços emergenciais deverão ser feitos com dispensa de licitação, para evitar demora.

A direção do Iepha reconhece a importância histórica do imóvel e esclarece que ele não tem proteção por tombamento na esfera estadual. “A responsabilidade de manutenção e conservação é do proprietário, de forma compartilhada com o Iphan, órgão federal que fez o tombamento. O Iepha prioriza a preservação de bens culturais que não têm nenhuma forma de proteção. Entretanto, o Iepha está à disposição para prestar apoio técnico e orientações para busca de recursos para a recuperação do imóvel”, dizem os técnicos da instituição.

Saiba mais - Referência arquitetônica

Surgida no início do século 18, Minas Novas, antigo Arraial do Fanado, é uma das mais importantes cidades do período colonial mineiro, ainda guardando templos, ruas, além de edificações residenciais, comerciais e oficiais que contam parte da história do estado, conforme pesquisa do MPMG. A principal referência arquitetônica da cidade é o Sobradão, que conta com quatro pavimentos e é considerado o primeiro arranha-céu de Minas e do Brasil Colônia. Construído em 1821, tem estrutura de madeira e taipa, com dimensões incomuns para a época. A fachada considerada como principal apresenta quatro portas de loja no térreo, em vergas alteadas e vedação tipo calha. Nas laterais, há 30 janelas, três portas de loja e a porta principal. O prédio serviu como sede da Câmara e do Fórum de Minas Novas e, em 1856, quando o deputado Gabriel de Paula Fonseca apresentou à Assembleia Geral do Império projeto de lei propondo a criação da Província de Minas Novas – englobando o Sul da Bahia e o Norte – Nordeste de Minas Gerais, o Sobradão foi indicado para ser aproveitado como o Palácio do Governo.





Construído em 1821, com quatro pavimentos, o Sobradão ameaça ruir (foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press - 15/10/2004)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Casa onde Tarsila do Amaral nasceu será restaurada para virar museu interativo

Antigo casarão de fazenda em Rafard (SP) foi doado a organização social. ‘Objetivo é que visitante tenha acesso ao Abaporu’, diz diretor da entidade.

Meia dúzia de homens retira cuidadosamente as velhas telhas do casarão principal da Fazenda São Bernardo, na zona rural de Rafard (SP). Enquanto isso, no chão, outro funcionário as lava uma por uma antes de subi-las novamente aos devidos lugares, onde estão desde 1875. Esse processo minucioso faz parte da primeira etapa de restauração da casa onde Tarsila do Amaral nasceu e viveu até 9 anos de idade. O local será transformado em um museu interativo ligado ao modernismo, movimento que influenciou as artes e o design na primeira metade do século 20 e do qual a pintora fez parte. Nesta quinta-feira (11) são comemorados 94 anos do início da Semana de Arte Moderna de 1922. O evento foi realizado até 18 de fevereiro daquele ano e “inaugurou” o movimento modernista no Brasil.

O diretor cultural da organização social Abaçaí Cultura e Arte, Toninho Macedo, conta que o objetivo é que o visitante do museu possa acessar, por exemplo, o Abaporu, obra de 1928 que ocupa lugar de destaque no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba), na Argentina. “Isso vai exigir muita discussão. Teremos que negociar com os proprietários das obras”, explicou Macedo. A Abaçaí recebeu como doação o terreno onde está a casa que abrigou Tarsila do Amaral.

A restauração

Armado com uma mangueira a motor, óculos de proteção, avental e botas impermeáveis, o funcionário remove o limbo das telhas em cima de um andaime improvisado ao lado do casarão. Na sequência, elas passam por um processo de impermeabilização e são recolocadas sobre uma manta de proteção aluminizada no chamado “telhado de quatro águas”, que era símbolo de status há 150 anos. No sábado (6), o grupo estava concentrado. Era preciso aproveitar ao máximo a manhã nublada de fevereiro que, apesar de disfarçar a beleza das paredes brancas do imóvel, poluídas pelo tempo, evidenciava as janelas azuis e retangulares de madeira que fazem toda a volta da casa. O conjunto só não está mais abatido do que o portão de mesma cor, corroído por baixo, e da portinhola que restou ao lado, uma espécie de guarda-ferramentas.

Quadrante Caipira

Quem chega pelo portão principal da residência logo vê a escadaria do casarão, que leva à varanda. A porta de duas folhas exibe sua beleza em meio a algumas teias de aranha. De lá de cima é possível contemplar um amplo campo de futebol de várzea e um rancho, palcos de luais e outros eventos promovidos pela Abaçaí. Em volta, atrás das árvores, há escola, igreja, laboratório da usina, cocheira, tudo desativado. A casa também é rodeada de várias moradias menores, algumas tombadas e outras não. Com tantos espaços disponíveis, a Abaçaí abraçou o lugar com o objetivo de transformar a Fazenda São Bernardo no “Quadrante Caipira”, um espaço para fomentar a cultura do interior paulista por meio de aulas de teatro, dança, música, artesanato, apresentações, encontros, manifestações tradicionais e ações com a comunidade. O espaço será denominado Centro Cultural Luz de Pirilampos.

O turismo também deve ser explorado. Em pouco mais de um ano de trabalho, um dos projetos desenvolvidos pela entidade está em fase avançada. “Estamos ensinando adolescentes da cidade a lidar com cavalos e já temos algumas charretes. As pessoas trazem os cavalos e os meninos são preparados para conduzirem os turistas em passeios, não só pelo ambiente interno da fazenda, mas por alguns pontos de Rafard, como a antiga Usina Hidrelétrica Leopoldina”, detalhou Macedo.

Verba

A primeira etapa da restauração é realizada com uma verba de R$ 424 mil cedida pela Raízen, empresa do Grupo do Cosan, por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Há pouco mais de um ano, o casarão foi doado à Abaçaí pela Radar, gestora de propriedades da companhia sucroalcooleira, com mais 31 hectares de terras.

Parte da Fazenda São Bernardo é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) desde 2011, por ser considerado patrimônio histórico e cultural de Rafard, Capivari (SP) e Mombuca (SP). Antes de Rafard conquistar emancipação, há 51 anos, a área onde a propriedade está localizada pertencia a Capivari.

A segunda parte do restauro será voltada ao interior da casa, que é feita de pau a pique e barrotes de bambu amarrados com cipó. “É o único bem significativo em pau a pique de Rafard”, disse o diretor cultural da Abaçaí. Somando todos os prédios hoje pertencentes à entidade, Macedo prevê que a intervenção deve custar aproximadamente R$ 1 milhão. “Mas estamos trabalhando por etapas. Nosso fôlego no momento é para cuidarmos do casarão.”

Fonte: Portal G1
Texto: Laila Braghero
Fotos: Laila Braghero/G1 e Carlos Caravita
























































11 de fevereiro de 2016 - Por  - Fonte das Imagens: do Site

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Jamaica quer tornar reggae um patrimônio cultural da Unesco

San Juan - O Ministério de Cultura da Jamaica iniciou o processo para inscrever o reggae na lista de patrimônio cultural intangível da Unesco, onde pode figurar como um bem jamaicano, informou nesta terça-feira o governo da ilha caribenha em sua conta no Twitter.
A diretora da Divisão de Indústrias Culturais e Criativas do Ministério, Janice Lindsay, explicou que a ideia é designar um comitê que preparará a proposta com o objetivo de apresentá-la em março de 2017.
"Temos que proteger a história distintiva do reggae como um patrimônio intangível e devemos fazê-lo antes que alguém mais apresente elementos desta proposta como sua", disse Lindsay em comunicado.
A funcionária ressaltou a importância que esta designação teria para as futuras gerações, já que serão elas as que "não nos perdoarão se tiverem que ler ou escutar trechos de obras musicais de nosso país porque o resto foi se perdendo com o passar do tempo".
Além disso, assegurou que a inscrição como patrimônio cultural intangível daOrganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) será vista como evidência da "origem e distinção do que é ser um jamaicano". 








Bob Marley: Jamaica quer inscrever o reggae como patrimônio intangível da Unesco antes que outro país o faça

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Carnaval brasileiro é caracterizado por bens culturais protegidos pelo Iphan

Prepare as marchinhas e a fantasia que o Carnaval está chegando. Caracterizada pela multiplicidade de suas manifestações, a festa é um dos eventos que mobiliza comunidades de Norte a Sul do país. Inserida em meados do século XVII no Brasil, as comemorações agitam desde os centros urbanos às pequenas vilas com diversas expressões culturais.
Nesse contexto, reconhecendo a importância de bens culturais que exercem forte influência nos desfiles, alegorias, blocos de rua e trios elétricos, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem sob sua salvaguarda o FrevoMaracatu NaçãoMaracatu de Baque Solto e Matrizes do Samba.
As ações de salvaguarda realizadas pelo Instituto em conjunto com as comunidades tradicionais buscam, principalmente, viabilizar a continuidade de integração de seus povos e a transmissão dos saberes e práticas relacionados aos bens culturais. Dessa forma, o registro, além de fundamentar o reconhecimento, também contribui para que haja uma atuação direta desses atores sociais para a formulação de políticas públicas.
Frevo
O Frevo se constituiu, principalmente, por ser um protesto político em forma de música, dança e poesia que surgiu no final do século XIX. Denominada inicialmente de “Marcha Carnavalesca Pernambucana”, a expressão se configurou, sobretudo, pelas classes populares, as bandas e suas rivalidades, os escravos recém-libertados e os capoeiristas.
Manifestação densamente enraizada em Recife e Olinda, no estado de Pernambuco, em 2007 foi inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão como Patrimônio Imaterial Brasileiro. Sendo reconhecida pela UNESCO, em 2012, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Com uma mescla de estilos musicais, o gênero se evidenciou por sua riqueza melódica e deu origem a outras modalidades, como o frevo de rua, frevo de bloco e frevo canção. Bem como resultou numa dança improvisada e contagiante tipicamente do frevo.
Maracatu Nação
O Maracatu Nação – também conhecido como Maracatu Baque Virado – como expressão cultural cumpre uma função essencial para a formação da identidade afro-brasileira. Composto por um conjunto musical percussivo, o espetáculo apresentado durante o Carnaval é destacado pela harmonia estética e pela musicalidade.
Além de carregar inúmeras simbologias voltados ao culto religioso, os grupos também remontam as antigas coroações de reis e rainhas congo. Por isso, em dezembro de 2014, o Maracatu Nação foi inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão como Patrimônio Imaterial Brasileiro.
Maracatu de Baque Solto
Criado em engenhos por trabalhadores rurais e do canavial, na Zona da Mata do Norte de Pernambuco, o Maracatu de Baque Solto é uma herança símbolo da resistência e da convivência com as adversidades existentes no final do século XIX. Conhecido também como Maracatu Rural, a expressão é marcada por sua musicalidade que transmite um tipo de batuque ou baque solto que nomeia a manifestação.
Esse Maracatu também é diferenciado por se tratar de uma brincadeira popular que se funde à música, dança e encenações dramáticas, provenientes de outras manifestações populares. Desse modo, em dezembro de 2014, a brincadeira foi inscrita como Patrimônio Imaterial no Livro de Registro das Formas de Expressão.
Matrizes do Samba – Partido-Alto, Samba de Terreiro e Samba-Enredo
Mais do que um gênero musical, o samba é uma prática sociocultural que se originou, em meados do século XX nos terreiros. Esses espaços serviam como ponto de encontro para as comunidades, principalmente das áreas populares da cidade do Rio de Janeiro, que se reuniam para cantar as experiências da vida, o amor, as festas e a própria exaltação das escolas e da música.
Com influências nas expressões afro-brasileiras, a manifestação se consolidou em três novas formas de samba: o partido alto, marcado pela disputa de partideiros em que os participantes se propõem a criar soluções poéticas a um determinado tema; o samba de terreiro, faz referência aos espaços de encontro e celebração dos sambistas, que ali dançam um samba livre com as marcas de sua ancestralidade; e o samba-enredo, composto de maneira melódica e narrativa para desfiles carnavalescos. 
Inicialmente perseguido e marginalizado pela sociedade, hoje o samba é consagrado como uma das referências culturais brasileiras. Em 2007, inclusive, as Matrizes do Samba do Rio de Janeiro foram inscritas no Livro de Registro de Formas de Expressão. O Registro desse saber visa não somente preservar a tradição, mas também resgatar a espontaneidade e a improvisação dos sambas de raiz - como o partido-alto e o samba de terreiro.