sábado, 31 de agosto de 2013

Antigo engenho vai virar museu em Sertãozinho, no interior paulista

Fundado nas primeiras décadas do século 20, o Engenho Central de Sertãozinho conserva até hoje sua arquitetura original, maquinário e galpões da época. Por isso, está sendo restaurado e vai virar museu – um sonho de longa data da família Biagi, atual proprietária da Fazenda Vassoural.
 
Para tirar o projeto do futuro Museu Nacional do Açúcar e do Álcool do papel, foi criado o Instituto Cultural Engenho Central. Até agora, a fundação conseguiu levantar R$ 3 milhões, suficientes para custear a primeira fase do projeto, mas a Lei Rouanet já autorizou a captação de R$ 10,5 milhões.
 
Uma das primeiras desta região do interior paulista, a antiga usina de cana de açúcar estava prestes a ver seu telhado desabar quando as obras começaram. Hoje, o risco de queda já não existe mais, embora os trabalhos caminhem em um ritmo lento, por conta dos cuidados necessários para a restauração.
 
Com velhas fornalhas, centrífugas escocesas do século 19 importadas pela família de Santos Dumont, telhas inglesas, balanças, tonéis e maquinário europeu, o engenho ganhou também projeto de zeladoria de patrimônio, implementado pelo Estúdio Sarasá, da capital paulista. Estudantes do ensino médio, 14 jovens da região foram selecionados para aprender a restaurar o prédio histórico.
 
"Algumas patologias do prédio vão ser estabilizadas, outras serão corrigidas. É preciso analisar caso a caso. Em breve, deixaremos este local em condições de visitação", explica o arquiteto Fabio Di Mauro, um dos responsáveis pelo projeto, a reportagem de Edison Veiga no jornal O Estado de S. Paulo
 
Para acompanhar as obras e saber mais sobre a história do engenho, basta acessar o site do Instituto Cultural Engenho Central.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/noticias/antigo-engenho-vai-virar-museu-em-sertaozinho.html 






























Os toques dos sinos de Ouro Preto: sons que permeiam histórias

Matéria do site Defender, que reproduzo abaixo:

Os sinos, ao longo dos séculos, detiveram o poder de atuar junto às sociedades como um mítico comunicador espiritual e temporal a partir de toques, interpretados de forma sui generis de região para região. Tais toques têm como base organizacional prescrições litúrgicas. No entanto, comunidades religiosas foram compondo, à maneira local, os seus meios e modos característicos de ensino, execução e entendimento destes, valendo tanto para os anúncios litúrgicos quanto para os anúncios civis.
A reivindicação funcional a cerca dos sinos não aparece como uma exclusividade da região mineira. De uma maneira geral, os sinos são vistos pela sociedade como um objeto intimamente ligado à religiosidade. Existem diversas associações entre este objeto e os símbolos tradicionais da fé, sejam eles cristãos, mulçumanos, budistas etc. São muitos os exemplos e narrativas que trazem este objeto como centro do religare humano, que talvez não se expresse somente pelo visual, mas antes de tudo por um conjunto de relações sonoras que implicam sensações ritualísticas, espirituais, xamânicas e mitológicas nas sociedades que o tem como objeto funcional.
Em Minas Gerais, particularmente, percebe-se que este instrumento, além de assumir uma relevante função de comunicação sócio-religiosa, assume também o papel de componente estético, sempre presente nas construções dos templos erguidos para o ato do religare. São muitos os exemplos de igrejas e capelas, que mesmo nas mais afastadas regiões, abrigam sinos através de diversas soluções arquitetônicas e que anunciam a vida, a festa, a calamidade e a morte. Este fato demonstra que a colonização nas Minas do século 18 traz neste vasto número de construções religiosas – fruto da fausta demonstração de fé e poder – ações que privilegiam aspectos sensitivos diversos: o som, a cor, o sabor, o corpo etc.
Estes espaços públicos destinados aos atos religiosos existiam à medida que fossem liberados pela Santa Igreja e coordenados por grupos gerenciadores – no caso as Irmandades, Confrarias e Ordens Terceiras – que se organizavam em torno de interesses comuns, abarcados muitas vezes pela raça, cor, nível social, etc. Ao surgirem, esses grupos, reuniam em sua concepção de fé e sociedade diversas formas de atuação. Dentre elas a busca pelo instrumento sino, objeto sagrado, religioso e requisitado elemento presente nas construções religiosas e exercendo relevante papel na comunicação entre a igreja e a sociedade.
O lugar de destaque dado ao sino contribuía para o maior fervor da ordem e com isto do seu culto religioso. Ainda havia o desejo de que o sino tivesse um tamanho considerável, demonstrando o quanto era importante suprir o aspecto sensitivo e de poder e propagando uma sonoridade de intensidade respeitável. Esta exigência traz à tona não somente a questão do fausto das aquisições assim como a reafirmação social.Sineiros, músicos por vocação – Curt Lange em seu livro Os Irmãos Músicos da Irmandade de São José dos Homens Pardos de Vila Rica não deixou de citar o tema:
[...] A fundição de sinos e o seu içamento também pertecem à história da Música brasileira, e particulamente à das Minas Gerais, outrora região muito perigosa que cerceou milhares de vidas. Naqueles longíquos anos, dos toques das horas às chamadas para as Missas, Novenas e grandes solenidades religiosas, dos anúncios de morte de um soberano aos toques de fogo ou finados, os sons, ora alegres, ora lúgubres, interferiram com a sua amálgama de vibrações bronzíneas como significativa linguagem na existência dos homens. (LANGE, 1968:16).

Ora, se “a fundição de sinos e o seu içamento fazem parte da história da música brasileira e particularmente à das Minas Gerais” como disse o grande pesquisador Lange, não faria também parte desta história os sineiros, que seriam os indivíduos que perpetuaram esta prática ao longo dos séculos? Tal esquecimento inscreve-se na linha de grande parte das pesquisas realizadas sobre a prática da música mineira dos séculos 18 e 19, pois estas pesquisas deixaram de lado ou simplesmente não contemplaram os diversos elementos que circundavam, e, portanto, contextualizavam a música religiosa. Dentre estes elementos estão os sineiros, pois ainda hoje são desconhecidos trabalhos que reflitam sobre os tangedores dos sinos, sineiros ou simplesmente tocadores de sinos.
Toda esta fabricação comunicativa, que tem como elemento principal o instrumento sino, somente ganhou séculos de vida devido à figura de um agente detentor das peculiaridades idiomáticas regionais construídas sócio-religiosamente para este ato. Logo, se torna necessário refletir sobre o tocador de sinos, figura conhecida entre os seus pares como sineiro. Estes “pedreiros anônimos” são os responsáveis por toda uma prática sonora e funcional que atua no sentido de comunicar à cidade acontecimentos de diversas ordens, além, é claro, de fazerem parte do contexto religioso das atividades religiosas assim como: músicos, cantores, padres, fiéis, fogueteiros, dentre outros.

Mas quem seria o sineiro?
Por ser uma prática de execução, ensino e aprendizagem de tradição oral, o sineiro nunca foi considerado como músico e tampouco despertou ao longo dos anos o interesse de estudiosos. Segundo Mário de Andrade, o sineiro seria aquele “Indivíduo que tem como profissão tocar sinos de igreja”. Durante todo processo de entrevistas em campo, foi notório que nenhum dos sineiros fez uso da expressão “profissão” atrelada ao ofício de tocar sino. Para muitos, o não emprego do termo vem do fato da não remuneração cotidiana pelos toques e pela ligação direta de tal ofício com a questão da fé religiosa, que seria inegociável do ponto de vista do fiel.
O envolvimento com os sinos é de entrega à atividade onde Deus é na maioria das vezes citado. Sendo assim, pode-se afirmar que o sineiro em Ouro Preto – ao contrário do que diz o grande mestre Mário de Andrade – é aquele indivíduo que está constantemente nas torres sineiras sem nenhuma intenção profissional tocando os sinos por envolvimento religioso.
Na cidade de Ouro Preto a atividade sineira está, hoje, nas mãos de sineiros que são em sua maioria adolescentes que têm em média a idade de 9 a 20 anos e que compõem o contexto religioso do lugar, ou seja, atuam como coroinhas, ajudam nos afazeres da igreja e tocam sino. No entanto, este universo etário faz parte da história recente dos sinos de Ouro Preto. Este fato, pelo que se pôde constatar, deu-se a partir de meados do século 20, pois até então a atividade sineira estava destinada à figura do sacristão. Este além das atividades de zelar e dar manutenção ao templo, também se ocupava do ofício de tocar e ensinar o toque dos sinos. O ensino da prática sineira. Esse será nosso próximo artigo.
*Chiquinho de Assis é Licenciado em Educação Musical UFOP e Mestre em Música e Sociedade pela Escola de Música/UFMG

Fonte: http://defender.org.br/2013/08/31/os-toques-dos-sinos-de-ouro-preto-sons-que-permeiam-historias/ 













Sino “Elias”, o maior e mais imponente de Ouro Preto, na torre direita da Igreja Nª Sª do Carmo | Foto: Beto Figueiroa

terça-feira, 27 de agosto de 2013

IPHAN elabora Dicionário de Patrimônio Cultural.

Com o objetivo de produzir uma obra referência que reflita as dimensões prática e teórica do trabalho de preservação empreendido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Coordenação-Geral de Pesquisa e Documentação, do Departamento de Articulação e Fomento do IPHAN está organizando o Dicionário de Patrimônio Cultural.

O trabalho, em construção, foi concebido para ser uma publicação coletiva que contou e contará com a participação de todos os servidores, aposentados, alunos do Programa de Especialização em Patrimônio, membros do Conselho Consultivo, ex-funcionários e reconhecidos colaboradores da instituição. A ideia é estabelecer e socializar conceitos com os quais o IPHAN opera ao longo de mais de 70 anos para estimular a discussão e problematização do uso dessa terminologia.

A estrutura do Dicionário está constituída por duas partes principais: uma enciclopédica, formada por artigos temáticos; e outra por verbetes. A conclusão desta obra será de grande relevância para a consolidação do patrimônio cultural como um campo de conhecimento, e essencial para o trabalho de todos aqueles que atuam na preservação da memória nacional.
 
 
 
 
 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vassouras, RJ, recebe R$ 26 milhões para recuperar patrimônios históricos

O município de Vassouras (RJ) receberá mais de R$ 26 milhões do Governo Federal para recuperar o patrimônio histórico. A cidade é a única do Sul do Rio de Janeiro a ser contemplada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das cidades históricas. Ao todo R$ 26.850 milhões serão destinados à restauração de oito imóveis tombados do Centro Histórico. São casarões, museus e um conjunto de sete chafarizes.
O dinheiro será gerido por um consórcio firmado entre os governos estadual, municipal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Seis projetos ficarão sob responsabilidade do IPHAN e dois com a prefeitura. Ainda não há informações de quando a verba será liberada, mas a expectativa é fazer a recuperação integral da parte arquitetônica dos monumentos. “Nós vamos recuperar o prédio na sua totalidade, menos o recheio mobiliário, essa parte móvel não. Mas tudo que diz respeito a construção será feito”, explicou a arquiteta do IPHAN, Isabel Rocha.
As ações devem ser desenvolvidas durante os próximos três anos. Com o programa, o Governo Federal pretende garantir que as cidades tenham como manter os patrimônios históricos, incentivar o turismo e assim gerar emprego e renda para a população.
As condições das construções históricas é uma preocupação antiga, já que muitas se encontram em situação de abandono. O asilo Barão do Amparo pegou fogo em 2008 e foi desativado. Em julho de 2012, uma das paredes do segundo andar do Paço Municipal desmoronou. Mas a mais preocupante é a antiga casa do Barão de Vassouras, que está sem telhado e apenas a fachada continua em pé.
Para o IPHAN, o anúncio da verba dá força à antiga luta pela preservação. “Eu não tenho palavras para medir essa importância. Para a gente é uma vitória sem preço. É a possibilidade da gente resgatar Vassouras e devolver a esses prédios a integridade que um dia eles tiveram”, comemorou a arquiteta Isabel. A população também vibra com a conquista. “Eu acho importante, tem que restaurar sim o patrimônio, tem que preservar a história da nossa cidade”, disse a estudante Thaís Patrocínio Pereira dos Santos.

Fonte: http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2013/08/vassouras-rj-recebe-r-26-milhoes-para-recuperar-patrimonios-historicos.html 



Noronha recebe verba para recuperação do patrimônio histórico

Esta semana a presidente Dilma Rousseff liberou mais de cem milhões para recuperação de patrimônio histórico em Pernambuco. Fernando de Noronha não foi esquecida, a ilha receberá 30,8 milhões de reais para implantação de quatro projetos: Restauração do Forte Nossa Senhora dos Remédios, Requalificação da Vila dos Remédios, Forte de Santo Antônio e o Forte São Pedro do Boldró. “Essa é uma liberação muito importante, a preservação da cultura num local turístico como Noronha” avaliou o administrador da ilha Romeu Baptista.
O administrador disse também que foi decisiva a parceria firmada com a Superintendência Estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN. A deputada federal Luciana Santos ajudou para liberação da verba. A partir da liberação desses recursos, o governo agora toca os processos burocráticos para repasse do dinheiro, elaboração de termos de referência e licitações. “A minha expectativa é iniciar, ao menos parte das obras ainda este ano”, previu o diretor de infraestrutura do Distrito, Gustavo Araújo.
Segundo o diretor, todo trabalho deve estar concluído até 2015. No caso da requalificação da Vila dos Remédios, por exemplo, será realizado um trabalho para que a fiação elétrica não seja mais aparente e deve ser feita também a recuperação do calçamento histórico. Os fortes do Boldró e Santo Antônio não serão reconstruídos, mas terão as ruínas consolidadas. Já o Forte dos Remédios vai ser recuperado. “Estamos avaliando qual o uso das edificações depois da recuperação, o que também é muito importante”, afirmou Gustavo.A notícia da libração dos recursos está sendo comemorada pela pesquisadora Marieta Borges, responsável pelo trabalho de resgate histórico de Fernando de Noronha há quase quatro décadas.  “Saber que haverá a recuperação de edificações como o Forte Nossa Senhora dos Remédios, do século 18, é maravilhoso. A  consolidação das ruínas como o Fortim do Boldró também é ótimo. É muito bom saber que as pessoas vão poder apreciar o entardecer num local com tanta história”, comemorou a pesquisadora.

Fonte: http://g1.globo.com/platb/pe-viver-noronha/2013/08/22/noronha-recebe-verba-para-recuperacao-do-patrimonio-historico/ 















Ruínas do Forte de Santo Antônio (Foto: Antonio Melcop / Acervo ADFN)















O Forte dos Remédios será recuperado (Foto: Antonio Melcop / Acervo ADFN)

Gigantões pela própria natureza

Museu dos bonecos de Olinda recria personalidades brasileiras do Brasil Colônia à República

Aline Salgado

Pedro I, José Bonifácio, Princesa Isabel, Zumbi dos Palmares e até a presidenta Dilma: estas e mais outras 45 personalidades brasileiras, da Colônia à República, estão ganhando corpo e forma nas mãos de artesãos para contar a História do Brasil. Até o próximo mês, os famosos bonecos de três metros de altura irão compor o mais novo time dos gigantões de Olinda.
Mas não apenas no município vizinho ao Recife. A ideia é que as criações possam viajar por todas as cidades do país, em uma exposição itinerante, com ponto de partida em São Paulo, para preservar e transmitir a memória de forma lúdica.
"Ainda estamos em busca de patrocínio, mas a nossa meta é que em outubro já comecemos as exposições em um espaço a ser cedido em São Paulo. Queremos atrair alunos de escolas públicas e privadas, com ingressos entre R$ 10 a R$ 20 para ajudar a Embaixada dos Bonecos a levar a exposição para outras cidades", antecipa o idealizador do projeto, Leandro Castro.
Empresário e produtor cultural da Embaixada de Pernambuco dos Bonecos Gigantes de Olinda, museu que existe há dez anos e que hoje guarda mais de 110 criações, Leandro se diz um amante de história. Ele conta que, com a ajuda da esposa, Sineide, responsável pelo figurino dos bonecos, pensa em dar vida também a personagens da história geral, como Napoleão Bonaparte. "São muitos os projetos. Pensamos ainda em materializar a cultura do carnaval de Pernambuco com a criação de personagens-símbolos, como o passista do frevo, o Caboclo de Lança, além de uma réplica de três metros do Zeppelin, para contar a passagem do dirigível por Recife", empolga-se Leandro.
Com a bênção e a responsabilidade de quem nasceu no mesmo ano em que a tradição dos bonecões tomava as ruas de Pernambuco, o folclorista Olímpio Bonald Neto explica que os gigantões, como gosta de chamá-los, apareceram em Olinda em 1932 e foram inspirados nas grandes imagens dos santos católicos das igrejas da cidade.
"Os bonecos gigantes de formas carnavalescas passaram a representar seres poderosos, como o Homem da Meia-Noite. Em Pernambuco, a tradição tem suas origens em Petrolina, na Baixa do São Francisco. Mas suas bases se remetem à Europa, onde há quase três séculos se cultua essa tradição", conta o autor de Gigantes foliões em Pernambucosobre exemplos similares que existem na França, na Bélgica e em Portugal.
Para Bonald, mesmo tendo hoje incluído conhecidas personalidades, como Michael Jackson, Pelé e Lampião, os bonecos ainda carregam um sentido místico e religioso. "Quando menino, via os bonecos passarem nas ruas e eles já me impressionavam. Ainda hoje, eles são os grandes responsáveis por dar ao carnaval toda essa aura de fantasia e misticismo", afirma o pesquisador no alto dos seus 81 anos de vivência da tradição carnavalesca de Pernambuco.

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/gigantoes-pela-propria-natureza 



O Rio do morro ao mar: demolições e comemorações em 1922

A exposição virtual "O Rio do Morro ao Mar: demolições e comemorações em 1922" trata de dois eventos importantes para o Rio de Janeiro, que além de marcar a memória da cidade, consistiram em grandes intervenções no espaço urbano: a demolição do morro do Castelo e a realização da Exposição Internacional do Centenário da Independência.
A mostra tem curadoria da historiadora Renata William Santos do Vale, da Coordenação de Pesquisa e Difusão do Acervo do Arquivo Nacional, e foi produzida exclusivamente para ambiente virtual. Ela visa às comemorações dos 90 anos de desmonte do Morro do Castelo e da Exposição Internacional do Centenário da Independência, dos 170 anos de nascimento do fotógrafo Marc Ferrez e dos 450 anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro, que acontecerá em 2015.
Para a exposição foram usados unicamente acervos pertencentes ao Arquivo Nacional, principalmente dos arquivos Família Ferrez e Comissão Executiva da Comemoração do Centenário da Independência. Composta por mais de 90 imagens, entre fotografias e documentos textuais ou iconográficos, a mostra está dividida em cinco módulos:
  • De cidade colonial a capital civilizada, examina o projeto de transformação do Rio de Janeiro em uma capital civilizada,vitrine da nascente República brasileira. Imagens de obras de arruamento e embelezamento da cidade contrastam aqui com a extinção dos vestígios coloniais no espaço urbano;
  • A era das demolições: o morro do Castelo, no qual são exibidas cenas raras da demolição do Castelo, produzidas pelos irmãos Júlio e Luciano Ferrez, que se dedicaram a registrar e documentar amiúde o arrasamento do morro, destacando os aspectos técnicos, o ritmo das obras e o papel dos trabalhadores.
  • A era das demolições: o morro de Santo Antônio, dedicado ao aumento do largo da Carioca, que implicou na demolição do chafariz da Carioca e que dá início ao plano de derrubar o morro de Santo Antônio, considerado território quase "selvagem" no coração da cidade, ocupado por favelas e seus moradores "indesejáveis" na visão daqueles que idealizavam a nova capital.
  • Do Castelo à Exposição: o Rio civiliza-se é dedicado às obras de construção do espaço a ser utilizado pela Exposição do Centenário e dos pavilhões e palácios, que ficavam no antigo bairro da Misericórdia, vizinho à praça XV, e na nova avenida das Nações, da Ponta do Calabouço (hoje Museu Histórico Nacional) até o final da avenida Rio Branco.
  • A Exposição Internacional de 1922: memória e civilização, neste módulo, o maior deles, propõe-se um passeio pelos muitos pavilhões e palácios que compuseram a Exposição Comemorativa do Centenário da Independência e pelos espaços públicos de circulação. Nele pretendeu-se discutir a construção de uma memória de civilização e progresso e a desconstrução de uma memória calcada no passado colonial e imperial do Rio de Janeiro, inaugurando sua entrada na modernidade.
A exposição pode ser visitada pelo portal do Arquivo Nacional www.arquivonacional.gov.br ou diretamente pelo sítio de Exposições Virtuais www.exposicoesvirtuais.arquivonacional.gov.br

Fonte: http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1895&sid=40 








sábado, 24 de agosto de 2013

Paulo Mendes da Rocha - Projetando um museu

Paulo Mendes da Rocha, arquiteto brasileiro ganhador do Prêmio Pritzker, projetista do Mube e da revitalização da Estação da Luz, em São Paulo, conta sua experiência em projetos de museus e como eles estão relacionadas com a vida urbana. 
O renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha conta sua experiência em projetos de museus e fala como a inovação e a criatividade estão presentes na otimização dos espaços. Paulo Mendes ressalta a importância de entender os museus como parte da memória e da nossa cidade. Paulo e seu filho, Pedro Mendes da Rocha, comentam a intervenção arquitetônica feita no prédio de 1897, antiga Secretaria de Educação e hoje sede do MMM. Paulo Mendes da Rocha ganhou o prêmio Pritzker, em 2006, considerado o “Nobel da Arquitetura”.

 Fonte: http://www.mmm.org.br/index.php?p=9&pa=ini&n=254 

  

O renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha conta sua experiência em projetos de museus e fala como a inovação e a criatividade estão presentes na otimização dos espaços. Paulo Mendes ressalta a importância de entender os museus como parte da memória e da nossa cidade. Paulo e seu filho, Pedro Mendes da Rocha, comentam a intervenção arquitetônica feita no prédio de 1897, antiga Secretaria de Educação e hoje sede do MMM. Paulo Mendes da Rocha ganhou o prêmio Pritzker, em 2006, considerado o “Nobel da Arquitetura”. - See more at: http://www.mmm.org.br/index.php?p=9&pa=ini&n=254#sthash.Qn8JhRiO.dpuf
O renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha conta sua experiência em projetos de museus e fala como a inovação e a criatividade estão presentes na otimização dos espaços. Paulo Mendes ressalta a importância de entender os museus como parte da memória e da nossa cidade. Paulo e seu filho, Pedro Mendes da Rocha, comentam a intervenção arquitetônica feita no prédio de 1897, antiga Secretaria de Educação e hoje sede do MMM. Paulo Mendes da Rocha ganhou o prêmio Pritzker, em 2006, considerado o “Nobel da Arquitetura”. - See more at: http://www.mmm.org.br/index.php?p=9&pa=ini&n=254#sthash.Qn8JhRiO.dpuf
O renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha conta sua experiência em projetos de museus e fala como a inovação e a criatividade estão presentes na otimização dos espaços. Paulo Mendes ressalta a importância de entender os museus como parte da memória e da nossa cidade. Paulo e seu filho, Pedro Mendes da Rocha, comentam a intervenção arquitetônica feita no prédio de 1897, antiga Secretaria de Educação e hoje sede do MMM. Paulo Mendes da Rocha ganhou o prêmio Pritzker, em 2006, considerado o “Nobel da Arquitetura”. - See more at: http://www.mmm.org.br/index.php?p=9&pa=ini&n=254#sthash.Qn8JhRiO.dpuf

Patrimônio cultural brasileiro estará em evidência na Feira do Livro de Frankfurt

O Brasil é o homenageado deste ano na Feira do livro de Frankfurt, que acontece entre os dias 09 e 13 de outubro na Alemanha. Pela segunda vez (a primeira foi em 1994), os visitantes poderão conhecer um pouco mais sobre a riqueza, a diversidade e a vitalidade da criatividade cultural brasileira. A participação do país tem a organização dos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Câmara Brasileira do Livro (CBL).
Mais de 100 editoras, de dez Estados e Distrito Federal estarão presentes. Além disso, mais de 70 autores representarão os escritores brasileiros no evento. Para contribuir ainda mais com este cenário, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) leva ao maior evento literário do mundo as coleções Grandes Obras e Intervenções e os Roteiros do Patrimônio.  Ao todo, são 23 publicações bilíngues que retratam a diversidade patrimonial do Brasil. Para o curador das publicações brasileiras no evento, Michael Kegler, será um grande prazer mostrar estas publicações em Frankfurt. Confira aqui o vídeo de apresentação do país como convidado de honra.
Publicações do IPHANDesde sua criação, há 76 anos, o IPHAN publicou mais de 1,5 mil títulos, um grande esforço editorial para proporcionar a estudantes, pesquisadores, professores e ao público em geral um conjunto de obras de referência, essencial ao conhecimento do processo de formação do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Conheça as publicações do IPHAN clicando [aqui].  As obras são relacionadas às atividades de registro e valorização do patrimônio material e imaterial, e a projetos de restauração e recuperação de centros históricos. Inúmeros títulos estão disponíveis para download, reunidos em catálogos, coleções, manuais, séries, revistas e títulos diversos, entre outras classificações.
O IPHAN distribui suas publicações, gratuitamente, às bibliotecas públicas, universidades e escolas em todo o Brasil. As consultas podem ser feitas em suas próprias bibliotecas.
Confira aqui uma das obras publicadas.
Fonte: Ascom-IPHAN 

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=DA5936C8D381FD5CA6960B4A4BB5429E?id=17842&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia 



terça-feira, 20 de agosto de 2013

Dilma anuncia em Minas R$ 1,6 bi para PAC de cidades históricas

A presidente da República, Dilma Rousseff, anunciou, nesta terça-feira (20), R$ 1,6 bilhão para investimentos em ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para 44 cidades históricas de 20 estados, em São João Del Rei, a 185 quilômetros de Belo Horizonte. A previsão é a de que o recurso seja aplicado em requalificação e obras de infraestrutura urbana, recuperação de monumentos, sítios históricos e patrimônio. As ações devem ser desenvolvidas nos próximos três anos.
“Me sinto muito feliz por estar nessa linda região para colocar em prática o PAC das cidades que vai apoiar a recuperação de praças e espaços públicos de grande relevância”, disse Dilma em seu discurso.
"Conhecer, respeitar e preservar esse passado é requisito para construirmos nosso futuro como nação democrática e civilizada e como nação capaz de se erguer com seus próprios pés. Nós precisamos investir na preservação das nossas cidades históricas porque estamos investindo em nós mesmos", completou a presidente.
Participaram da cerimônia o vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o prefeito de São João Del Rei, Professor Helvéio, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, e outras autoridades políticas e prefeitos da região.
Antes da cerimônia, em entrevista à Rádio Emboabas, de São João Del Rei, a presidente detalhou que R$ 41 milhões serão diretamente aplicados em obras em 15 monumentos da cidade. Dilma citou, entre os monumentos, o Complexo Ferroviário, que inclui maquinário da antiga estrada de ferro inaugurada pelo imperador dom Pedro II, e a Catedral Basília Nossa Senhora do Pilar, que terá as telhas e parte da estrutura de madeira substituídas.
Segundo a presidente, 119 projetos do PAC nas 44 cidades históricas brasileiras já estão prontos e licitados, esperando apenas a liberação dos recursos. Ao todo, 425 prédio serão revitalizados. Estas são as obras mais importantes dentro do PAC. Em São João Del Rei, serão revitalizados ainda mais seis igrejas, as pontes da Cadeira e do Rosário, a biblioteca da cidade, e museus, além das casas de Bárbara Heliodora e do Barão de São João Del Rei, além de praças e chafarizes. Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Diamantina, Serro e Sabará vão receber R$ 216 milhões ao todo para obras do PAC.
Dilma também citou alguns monumentos que serão beneficiados com o PAC, como o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (RJ), o Mercado Público, em Porto Alegre (RS), e o Mosteiro de São Bento, em Olinda (PE).
"Não tenho dúvida de que as nossas cidades históricas são uma extraodinária afirmação para o provo brasileiro", disse a presidente, quando ressaltou a importância cultural e potencial turístico e econômico destes municípios. Com o PAC cidades históricas, vamos cumprir mais um compromisso com o Brasil, um compromisso com a nossa autoafirmação do povo brasileiro", afirmou.
A presidente ainda anunciou a abertura de linhas de crédito no total de R$ 300 milhões para donos de imóveis tombados em cidades históricas que queiram revitalizar o prédio de acordo com as normas do tombamento. A intenção do governo é garantir que as cidades se tornem polos turísticos, o que garante emprego e renda para a população.
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, ressaltou a importância da preservação do patrimônio cultural para a memória do país. "No momento da escolha da apresentação das 11 cidades históricas o seu governo [o de Dilma Rousseff] fez história. Quando aumentou para 44, a senhora inicia o mais ambicioso projeto de conservação que esse pais já vivenciou.  O povo que não preserva é fadado a deturpar sua memória", comentou.
Dilma Rousseff anunciou também que o aeroporto Prefeito Octávio de Almeida Neves, em São João Del Rei, que fica no bairro São Francisco, terá ampliação do terminal de passageiros e da pista.
A presidente destacou ainda a ampliação do curso de medicina na Universidade Federal de São João Del Rei para a criação de mais 40 vagas de estudantes. Dilma Rousseff afirmou que o objetivo é formar cada vez mais médicos nas regiões onde nasceram para que o atendimento de saúde seja descentralizado de grandes cidades, e atenda a toda a população brasileira. Neste momento, a presidente disse que o programa Mais Médicos, que prevê a contratação de médicos brasileiros e estrangeiros por bolsa de R$ 10 mil para atuarem em regiões fora dos grandes eixos, pretende formar mais 11 mil profissionais por ano além dos que já se formam, e mais 12 mil residentes.

Tancredo Neves
Em palco montado atrás da estátua de Tancredo Neves, Dilma se disse satisfeita em estar na cidade-natal do ex-presidente, morto em 21 de abril de 1985.  Tancredo foi o primeiro presidente eleito, pelo PMDB, após o movimento Diretas Já, e o primeiro na era da redemocratização brasileira. Tancredo nunca assumiu a presidência porque ficou doente às vésperas da posse, e morreu pouco mais de um mês depois. O senador Aécio Neves, neto de Tancredo, é o possível candidato do PSDB à Presidência da República nas próximas eleições.
A presidente ainda citou duas mulheres importantes para a história de Minas Gerais, Nhá Chica, beatificada neste ano pelo Papa Francisco, e a inconfidente Bárbara Heliodora.

Outras obras
Dilma Rousseff anunciou também que os municípios pequenos, de até 50 mil habitantes, vão recber um kit para revitalização e construção de estradas e vias para escoamento de produtos e para o trânsito da população. Estas cidades vão receber um caminhão-caçamba grande, uma retroescavadeira e uma motoniveladora. O conjunto tem valor de mercado de R$ 1 milhão, e os prefeitos os receberão para a cidade com doação do governo federal.

Royalties para educação
Assim como fez no discurso desta segunda-feira (19), em São Bernardo do Campo (SP), Dilma comemorou a aprovação do projeto de lei que destina royalties da União e 50% do Fundo Social do pré-sal para a educação e saúde.
Para Dilma, o país tem um "longo caminho a percorrer" para "alfabetizar crianças na idade certa" e dar condições de aprendizado. Segundo a presidente, como os recursos dos royalties, a melhoria na educação será possível.

Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2013/08/dilma-anuncia-em-minas-r-16-bi-para-pac-de-cidades-historicas.html 

















Dilma Rousseff recebe artesanato da região de São João Del Rei das mãos do prefeito Professor Helvécio (Foto: Pedro Ângelo/G1)

sábado, 17 de agosto de 2013

17 de Agosto - Dia Nacional do Patrimônio Histórico - Iphan fará debate sobre políticas públicas e patrimônio histórico

Em comemoração ao Dia Nacional do Patrimônio Histórico, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Pará (Ipham), realiza de 19 a 23 de agosto, o Balaio do Patrimônio 2013, em Belém. O objetivo do evento é informar e fomentar o debate sobre as políticas públicas na área do patrimônio histórico e artístico nacional. A participação do público é gratuita e as inscrições estão abertas no site do Iphan.
O Balaio vai propiciar momentos de diálogo em torno de projetos públicos e da sociedade civil que estão contribuindo para a proteção, salvaguarda e valorização do patrimônio cultural. Este ano, a temática está centrada nas possibilidades e nos desafios na captação de recursos e realização de projetos.
O evento é voltado para gestores, técnicos, profissionais, docentes e discentes que atuam em áreas relacionadas ao patrimônio cultural e sociedade civil interessada nas temáticas abordadas no evento. Na ocasião, serão apresentados tanto os meios para obtenção de recursos quanto alguns instrumentos de gestão e identificação de bens patrimoniais e ações que tenham sido efetivadas por meio do acesso a esses recursos públicos e privados de fomento à cultura.
Durante as palestras com pesquisadores das áreas “Patrimônio Arquivístico”, “Patrimônio Cultural Quilombola” e “Patrimônio Cultural Indígena”, os participantes terão a oportunidade de compartilhar informações e reflexões. Os municípios que integram o PAC Cidades Históricas também apresentarão ações e projetos na área do patrimônio realizados em Afuá, Aveiro, Belterra, Belém, Bragança, Cametá, Óbidos, Santarém e Vigia.

Fonte: http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/08/iphan-promove-debate-sobre-politicas-publicas-e-patrimonio-historico.html 















  
Catedral Metropolitana Belém, na Cidade Velha,  é
patrimônio histórico de Belém. (Foto: Paula Sampaio
/O Liberal)

Comemora-se o Dia do Patrimônio Histórico na mesma data em que nasceu o historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade (Belo Horizonte-MG, 1898-1969). Por meio da Lei nº 378, de 1937, o governo Getúlio Vargas criou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), onde o historiador trabalhou até o fim da vida.

Em seu esforço de preservação dos bens culturais do país, o IPHAN já tombou 16 mil edifícios, 50 centros urbanos e 5 mil sítios arqueológicos brasileiros. Dono de um acervo monumental, o instituto tem mais de um milhão de objetos catalogados, entre livros, arquivos, registros fotográficos e audiovisuais.

O Museu Nacional de Belas Artes, o Museu Imperial, o Museu Histórico Nacional, o Museu da República, o Museu da Inconfidência, o Paço Imperial, a Cinemateca Brasileira e o Sítio Roberto Burle Marx são algumas das principais instituições sob a responsabilidade do IPHAN.

O Brasil tem ainda doze monumentos culturais e naturais na Lista do Patrimônio Mundial (World Heritage), da Unesco. Até 1999, havia 630 bens de 118 países inscritos nessa lista. Desses, 480 são patrimônios culturais, 128, naturais e 22, mistos. 

Fonte: http://www.educacional.com.br/reportagens/patrimonio/patrimonio.asp 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Patrimônio arquitetônico e histórico passa por restauração em Sorocaba

Após ser destruída pelo fogo há um ano, a capela Nossa Senhora da Imaculada Conceição, construída em Sorocaba (SP), vai passar por reforma e revitalização para atrair moradores e visitantes ao espaço.
Segundo o restaurador Salvador de Cápua, a obra no bairro Inhaíba deve ser concluída no meio do ano que vem, para se tornar também um espaço de cultura e lazer.
“São vários profissionais atuando na área, como artistas plásticos especialistas em caixilharia sacra, artistas plásticos especializados em pinturas parietais, pesquisas e buscas nos originais de parede, pedreiros selecionados. É preciso muito cuidado”, explica Salvador.
Antes de dar inicio as atividades, foi preciso um ano de estudo, recuperação de documentos, fotos e ouvir os relatos da comunidade. Além disso, diversas peças usadas na obra vieram de fora do país, exemplares idênticos que seguem as normas de restauro.
O local é considerado um dos únicos exemplares no estilo neoclássico, sendo projetado pelo arquiteto paulista Ramos de Azevedo. Além de receber os moradores, a capela também era visitada por Santos Dumont, que segundo os historiadores, passava as férias na região.
Há um ano, o Ministério Público conseguiu uma liminar na justiça que obriga a empresa, dona da área, a fazer a limpeza e manutenção do local. A obra também será custeada por ela e ficará em torno de R$ 500 mil.
Além da reforma, o projeto também prevê adaptações na estrutura externa para permitir que outras atividades sejam desenvolvidas. Para o consultor Israel Batista Gabriel, o entorno deve resgatar costumes antigos do local. “A estrutura vai permitir recuperar um ponto turístico. A ideia da revitalização é deixar a capela do jeito que era antes”, afirma ele.

Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/08/patrimonio-arquitetonico-e-historico-passa-por-restauracao-em-sorocaba.html 
















Obra no bairro Inhaíba deve ser concluída no meio
do ano que vem (Foto: Reprodução TV TEM)


















Área onde fica a Capela de Inhaíba foi destruída por incêndio em 2012 (Foto: Emerson Ferraz/PMS)

Patrimônio histórico mais antigo do ES é alvo de atos de vandalismo

O patrimônio histórico e religioso mais antigo do Espírito Santo, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, amanheceu pichado, nesta terça-feira (13), na Prainha, em Vila Velha, Grande Vitória. O local é protegido por um sistema de alarme. Os vândalos atacaram e rabiscaram a igreja, e os muros, bancos e placas de sinalização da Praça da Bandeira. No Parque da Prainha, monumentos históricos e o chão também foram pichados. Em nota, a Igreja do Rosário informou que qualquer  pintura ou intervenção só pode ser feita com a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Caso o órgão tenha interesse, a prefeitura pode remover a pichação.
A Igreja Nossa Senhora do Rosário é de 1535 e foi a terceira igreja construída no Brasil. Atualmente, ela é a mais antiga em atividade. O local foi tombado em 1950 como patrimônio histórico e artístico. O taxista Paulo Merighetti faz parte da equipe administrativa do patrimônio e questiona os motivos da depredação. "O que leva uma pessoa a chegar a esse ponto? Aqui começou o Espírito Santo. Tudo começou aqui", disse.
Antônio Lino Mamedi é guardião há sete anos na igreja. Ele se emocionou ao encontrar a instituição depredada. "Uma depredação do patrimônio que é de todo mundo. Não é meu, é de todo mundo. Ver isso tudo pichado foi muito triste", afirmou.
Os atos de vandalismo também puderam ser vistos pela Praça da Bandeira. Bancos, placas, lixeiras, hidrantes e árvores foram depredadas. Para o aposentado nascido e criado na Prainha, a falta de policiamento na região facilita a ação dos vândalos e de bandidos. "Os assaltos estão diários e isso é uma vergonha. Isso aqui sempre foi um paraíso, morar aqui era um privilégio de poucos. Os moradores de rua ficam aqui na pracinha, além dos moradores, tem muita gente infiltrada. Agora, nós estamos sofrendo assaltos todos os dias e acordamos com essa pichação", afirmou Jether Lima.
De acordo com o capitão Bruno, comandante da 1ª Cia. do 4º Batalhão da Polícia Militar, a região possui policiamento 24 horas. Ele afirmou ainda que o policiamento vai ser reforçado durante a madrugada para impedir pequenos furtos e atos de vandalismo. A polícia pede ajuda à população para que denuncie caso saiba alguma informação sobre suspeitos. O telefone é o 190.
Segundo a administração da Igreja do Rosário, a Prefeitura de Vila Velha e a igreja estudam um termo de compromisso para ser assinado e fazer uma guarda patrimonial no local. A prefeitura de Vila Velha informou que vai debater com os moradores, durante uma reunião na noite desta terça-feira, sobre a população em situação de rua. O órgão pretende buscar uma solução junto à comunidade.

Fonte: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/08/patrimonio-historico-mais-antigo-do-es-e-alvo-de-atos-de-vandalismo.html