sábado, 31 de março de 2012

Santuário da arte rupestre no Piauí

O sudeste do Piauí é o destino perfeito para quem gosta de história e mistério. No Parque Nacional Serra da Capivara estão catalogados, atualmente, 976 abrigos naturais apontados como sítios arqueológicos – também chamados de tocas –, 654 deles com pinturas rupestres.

Entre esses últimos, 172 estão abertos à visitação. Paga-se R$ 10 por dia para ter acesso a trilhas, além de R$ 50 pelo serviço de guia (o preço vale para um grupo de até 10 pessoas). Mas são tantas opções que torna-se impossível conhecer todas elas em um dia.

A capivara, espécie que habita as margens de rios e lagos, apesar de dar nome ao parque, deixou de viver na região há milhares de anos. Só é vista em imagens gravadas nos abrigos. Assim como ela, outros animais desenhados nas rochas – como o veado –galheiro e a tartaruga gigante – comprovam que o sertão do Piauí já foi uma região de clima tropical úmido.

Além da fauna préhistórica, as pinturas rupestres retratam o cotidiano dos antigos habitantes da região, com cenas de caça, dança, rituais e sexo. Pesquisadora da Fundação Museu do Homem Americano, a arqueóloga Gisele Daltrini Felice diz que, até o momento, só se conhece a matéria-prima do pigmento das pinturas.

A cor vermelha, predominante nas figuras piauienses, deve-se ao minério de ferro retirado das rochas presente na região. Mas o verdadeiro fixador da tinta, que permitiu à arte rupestre permanecer tão nítida por milhares de anos, ainda é uma verdadeira incógnita.

Pedra Furada

Imagem mais famosa da serra, a Pedra Furada não pode ficar de fora do roteiro. Ao pé do monumento natural, há um anfiteatro, palco do Festival Cultural Acordais, realizado em novembro, com música, dança e teatro apresentados por artistas locais e nacionais. O local já abrigou eventos internacionais e serviu de cenário para parte do filme Onde Está a Felicidade?, de Carlos Alberto Riccelli e estrelado por Bruna Lombardi.

Patrimônio cultural

Vale conhecer o Boqueirão da Pedra Furada, sítio que abriga a mais importante descoberta arqueológica na região: vestígios de uma fogueira com cerca de 50 mil anos. Suas paredes abrigam pinturas sobrepostas nas cores vermelho, branco e amarelo, de diferentes épocas de ocupação. Custa R$ 50 ( até 12 pessoas). Santuário da arte rupestre.

Fonte Original da Notícia: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/viagem/noticia/2012/03/santuario-da-arte-rupestre-no-piaui-3710734.html

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