quarta-feira, 7 de junho de 2017

Niemeyer eterno: obras do arquiteto viram patrimônio histórico nacional

Prédios públicos em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo passam a ser preservados pelo Iphan


O Ministério da Cultura determinou o tombamento de 27 obras públicas projetadas pelo arquiteto e urbanistas Oscar Niemeyer (1907-2012). Passam a fazer parte do patrimônio histórico brasileiro o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Itamaraty, o Museu de Arte Contemporânea em Niterói, o Sambódromo do Rio de Janeiro, o Conjunto do Parque Ibirapuera em São Paulo e a Casa de Chá em Belo Horizonte. Agora a preservação de todas essas edificações fica a cargo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Constitui patrimônio histórico elementos “cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”. Segundo o Iphan, a medida representa uma consolidação do processo iniciado pelo próprio Niemeyer em 2007.
A decisão ratifica a importância de Oscar Niemeyer para a Arquitetura, brasileira e mundial. Seus traços sinuosos agregaram poesia à arquitetura. Ele ensinou ao mundo que a beleza é leve. “É o arquiteto que construiu a obra mais diversa em toda a história da civilização humana, com sua presença inscrita em todos os continentes”, afirma o arquiteto e urbanista Cláudio Queiroz, professor da UnB e parceiro de Nimeyer em diversos projetos. “As colunas criadas por Niemeyer, a exemplo do Palácio Alvorada, são os feitos arquitetônicos mais importantes desde as colunas gregas, o primeiro grande tratado do Ocidente”.

“Niemeyer é indiscutivelmente a grande referência da arquitetura brasileira, está acima de qualquer crítica. Embora não seja perfeita, é uma obra soberba”, avalia o professor José Carlos Córdova Coutinho, um dos principais pesquisadores da obra de Niemeyer no Brasil. “Eles sempre perseguiu, confessadamente, surpresa, emoção, encantamento. Sua obra é espetacular, pois entende a arquitetura como espetáculo”.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DAS OBRAS TOMBADAS COMO PATRIMÔNIO HISTÓRICO


  • Praça dos Três Poderes
  • Congresso Nacional
  • Conjunto do Palácio da Alvorada
  • Palácio do Planalto
  • Supremo Tribunal Federal
  • Ministérios e anexos
  • Quartel General do Exército
  • Palácio Jaburu
  • Palácio da Justiça
  • Palácio Itamaraty e anexos
  • Museu da Cidade
  • Espaço Lúcio Costa
  • Panteão da Liberdade e Democracia
  • Teatro Nacional
  • Memorial JK
  • Memorial dos Povos Indígenas
  • Conjunto Cultural Funarte
  • Espaço Oscar Niemeyer
  • Conjunto Cultural da República
  • Edifício do Touring Club do Brasil
  • Casa de Chá
  • Pombal
  • Capela Nossa Senhora de Fátima
  • Casa das Canoas (Rio de Janeiro)
  • Conjunto da Passarela do Samba (Sambódromo da Marques de Sapucaí)
  • Museu de Arte Contemporânea – MAC (Niterói)
  • Conjuntos do Parque do Ibirapuera (São Paulo), especificamente: a Grande Marquise, o Palácio das Nações (Pavilhão Manoel da Nóbrega), o Palácio dos Estados (Pavilhão Francisco Matarazzo Sobrinho), o Palácio das Indústrias (Pavilhão Armando de Arruda Pereira), o Palácio de Exposições ou das Artes (Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, também conhecido como “Oca”) e o Palácio da Agricultura



















Congresso Nacional e Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
















Museu de Arte Contemporânea em Niterói (RJ)


















Pavilhão Gov. Lucas Nogueira Garcez (Oca) no Parque Ibirapuera, em São Paulo

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