Desastre destruiu Bento Rodrigues, lugarejo que surgiu no século XVIII como uma das primeiras unidades mineradoras em Minas Gerais. Veja como era o local antes da tragédia.
Thiago Ventura
Além das mortes, desaparecidos e dano ambiental causados pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Região Central de Minas, a tragédia também acabou com um patrimônio histórico. A Igreja de São Bento, padroeiro do lugarejo, foi arrasada pela lama.
A primeira igreja de São Bento foi construída em 1718 e a construção atual foi erguida no mesmo local, com um recuo maior. Segundo informações da Prefeitura de Mariana, reunidas pelo portal do Patrimônio Cultural, o templo afundado pela lama foi construído no período colonial.
Apesar de não ser tombada pelo patrimônio municipal ou estadual, a Igreja de São Bento estava em bom estado e exibia detalhes típicos das construções barrocas, com cruz latina e paredes de pau-a-pique. O povoado de Bento Rodrigues surgiu no século XVIII como uma das primeiras unidades mineradoras do estado.
A outra igreja do local, Nossa Senhora das Mercês escapou da avalanche por ser construída num ponto mais alto. Moradores buscaram refúgio no templo para escapar da tragédia. O altar original da Igreja de São Bento estava nesse templo e ficou preservado.
Em nota, a Arquidiocese de Mariana lamentou a tragédia: “Manifestamos nossa mais sentida solidariedade às famílias que tiveram suas casas e seus bens destruídos e às que choram a morte de seus entes queridos, vítimas dessa catástrofe de proporções incalculáveis”, destacou a instituição em comunicado.
Vilarejo foi arrasado; teto no canto inferior esquerdo era da escola de Bento Rodrigues (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Imagem de satélite mostra Bento Rodrigues antes da tragédia. Igreja de São Bento ficava na praça no canto inferior direito (foto: Google)
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