Um legado arquitetônico singular que transforma a materialidade em poesia. Em poucas palavras, assim é possível descrever a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi que, como poucos, entendeu a cultura brasileira, disseminando um espírito revolucionário que transformou as formas de se entender a arte e a arquitetura no Brasil. Integrando a série de atividades em comemoração ao seu centenário (1914-2014), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e as Edições Sesc São Paulo, lançam, em parceria com o Instituto Lina Bo Bardi, uma coleção de seis livros sobre sua obra, sendo um inédito (sobre o Solar do Unhão) e cinco revistos e ampliados. Com organização de Marcelo Ferraz, textos da própria Lina, de André Vainer, Cecília Rodrigues dos Santos, dentre outros, os livros trazem croquis, aquarelas, desenhos simples feitos à mão, imagens da época das maquetes e construções e fotos atuais.
Sua obra intelectual e profissional estava em consonância com a herança libertária dos movimentos de vanguarda do início do século XX, marcado pela renovação da arte de caráter social e revolucionário, que instaurou a modernidade no país. A coleção, que será lançada no próximo dia 22 de outubro, no Sesc Pompeia, em São Paulo (SP), descreve algumas obras mais importantes: Solar do Unhão, em Salvador; Igreja do Espírito Santo do Cerrado, em Uberlândia; e os paulistanos MASP, Sesc Pompeia, Teatro Oficina e Casa de Vidro. A edição bilíngue (português e inglês) traz depoimentos de Lina Bo Bardi a respeito de seus projetos, somados a análises contemporâneas dessas obras e farta ilustração. Os títulos foram originalmente publicados em Portugal.
Museu de Arte de São Paulo (MASP)
Uma das obras mais icônicas da capital paulista, o projeto é analisado tanto nas questões de sua estrutura, como de seu uso. No livro, a arquiteta conta uma curiosidade a respeito do seu famoso vão: “não foi uma excentricidade, o que em linguagem popular se poderia chamar uma ‘frescura arquitetônica’”. Ela detalha que o terreno foi doado por uma família de São Paulo que impôs como condição a manutenção daquela vista, que deveria ficar para sempre na história da cidade. Se a vista fosse perdida, o terreno voltaria aos herdeiros. Esta publicação também conta com textos do arquiteto holandês Aldo van Eyck.
Uma das obras mais icônicas da capital paulista, o projeto é analisado tanto nas questões de sua estrutura, como de seu uso. No livro, a arquiteta conta uma curiosidade a respeito do seu famoso vão: “não foi uma excentricidade, o que em linguagem popular se poderia chamar uma ‘frescura arquitetônica’”. Ela detalha que o terreno foi doado por uma família de São Paulo que impôs como condição a manutenção daquela vista, que deveria ficar para sempre na história da cidade. Se a vista fosse perdida, o terreno voltaria aos herdeiros. Esta publicação também conta com textos do arquiteto holandês Aldo van Eyck.
Sesc Pompeia
Com textos de Lina, André Vainer, Marcelo Ferraz e Cecília Rodrigues dos Santos, este livro remonta a história da obra, a partir do primeiro contato da arquiteta com o local. “Entrando pela primeira vez na então abandonada Fábrica de Tambores da Pompeia, em 1976, o que me despertou curiosidade, (...) foram os galpões distribuídos racionalmente conforme os projetos ingleses do começo da industrialização europeia (...). Na segunda vez em que lá estive, num sábado, (...) (encontrei) um público alegre de crianças, mães, pais e anciãos passava de um pavilhão a outro”, rememora Lina Bo Bardi na publicação.
Com textos de Lina, André Vainer, Marcelo Ferraz e Cecília Rodrigues dos Santos, este livro remonta a história da obra, a partir do primeiro contato da arquiteta com o local. “Entrando pela primeira vez na então abandonada Fábrica de Tambores da Pompeia, em 1976, o que me despertou curiosidade, (...) foram os galpões distribuídos racionalmente conforme os projetos ingleses do começo da industrialização europeia (...). Na segunda vez em que lá estive, num sábado, (...) (encontrei) um público alegre de crianças, mães, pais e anciãos passava de um pavilhão a outro”, rememora Lina Bo Bardi na publicação.
Solar do Unhão
Segundo André Vainer, “Sua proposta para uma dialética entre o conhecimento popular das técnicas dos artesãos de ofício e o conhecimento científico via universidade criou um programa extremamente ambicioso de ensino e produção em contraponto com a extrema simplicidade de sua intervenção em um monumento histórico, o que explodiu em um museu totalmente sui generis”
Segundo André Vainer, “Sua proposta para uma dialética entre o conhecimento popular das técnicas dos artesãos de ofício e o conhecimento científico via universidade criou um programa extremamente ambicioso de ensino e produção em contraponto com a extrema simplicidade de sua intervenção em um monumento histórico, o que explodiu em um museu totalmente sui generis”
Teatro Oficina
Neste livro, o arquiteto Edson Elito, narra, sobre a grande reforma do espaço, nos anos 1980, que “as reuniões de trabalho eram feitas ao redor de uma grande mesa circular de mármore, após a pasta e o vinho, ou ao pé da lareira, na Casa de Vidro, residência de Pietro e Lina”. Na publicação, ainda há texto de José Celso Martinez Corrêa, diretor teatral à frente do Oficina há mais de 60 anos e que vem encenando inúmeros textos teatrais e épicos em seu espaço.
Neste livro, o arquiteto Edson Elito, narra, sobre a grande reforma do espaço, nos anos 1980, que “as reuniões de trabalho eram feitas ao redor de uma grande mesa circular de mármore, após a pasta e o vinho, ou ao pé da lareira, na Casa de Vidro, residência de Pietro e Lina”. Na publicação, ainda há texto de José Celso Martinez Corrêa, diretor teatral à frente do Oficina há mais de 60 anos e que vem encenando inúmeros textos teatrais e épicos em seu espaço.
Casa de Vidro
O livro dedicado à residência oficial de Lina e seu marido, Pietro, em São Paulo, tem textos da própria Lina e de Marcelo Ferraz. Lina conta que “a casa Bardi foi a primeira que se construiu no Jardim Morumbi, quando o bairro ainda tinha esse nome (antiga Fazenda de Chá Müller Carioba). (...) Atrás da antiga Casa da Fazenda, toda branca e azul, que conservava ainda os ferros e as correntes do tempo da escravidão; os enormes tachos, bacias de cobre e outros utensílios; e atrás ainda da senzala (...), estendia-se o lago (...), com uma mata Atlântica ao fundo”.
O livro dedicado à residência oficial de Lina e seu marido, Pietro, em São Paulo, tem textos da própria Lina e de Marcelo Ferraz. Lina conta que “a casa Bardi foi a primeira que se construiu no Jardim Morumbi, quando o bairro ainda tinha esse nome (antiga Fazenda de Chá Müller Carioba). (...) Atrás da antiga Casa da Fazenda, toda branca e azul, que conservava ainda os ferros e as correntes do tempo da escravidão; os enormes tachos, bacias de cobre e outros utensílios; e atrás ainda da senzala (...), estendia-se o lago (...), com uma mata Atlântica ao fundo”.
Igreja Espírito Santo do Cerrado
Única obra de Lina em Minas Gerais, na cidade de Uberlândia, hoje tombada como patrimônio cultural, é um conjunto de igreja, centro comunitário e casa paroquial e foi construída em conjunto com a comunidade. Lina conta: “A igreja foi construída por crianças, mulheres e pais de família, em pleno cerrado, com materiais muito pobres: coisas recebidas de presente, em esmolas. (...) O que houve de mais importante na construção da Igreja do Espírito Santo foi a possibilidade de um trabalho conjunto entre arquiteto e mão de obra”.
Única obra de Lina em Minas Gerais, na cidade de Uberlândia, hoje tombada como patrimônio cultural, é um conjunto de igreja, centro comunitário e casa paroquial e foi construída em conjunto com a comunidade. Lina conta: “A igreja foi construída por crianças, mulheres e pais de família, em pleno cerrado, com materiais muito pobres: coisas recebidas de presente, em esmolas. (...) O que houve de mais importante na construção da Igreja do Espírito Santo foi a possibilidade de um trabalho conjunto entre arquiteto e mão de obra”.
Ficha técnica
Coleção Lina Bo Bardi
Organização Marcelo Ferraz
ISBN: 978-85-7995-181-7
Formato: 24 × 16,5 cm (caixa com seis livros)
Português/inglês
Coleção Lina Bo Bardi
Organização Marcelo Ferraz
ISBN: 978-85-7995-181-7
Formato: 24 × 16,5 cm (caixa com seis livros)
Português/inglês
Serviço:
Lançamento Coleção Lina Bardi (caixa com seis livros)
Organização Marcelo Ferraz
Data: 22 de outubro de 2015
Horário: a partir de 20h
Local: Sesc Pompeia – Choperia (SP)
Lançamento Coleção Lina Bardi (caixa com seis livros)
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Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
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Fonte: http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/3329/obra-de-lina-bo-bardi-e-exibida-em-seis-livros
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