quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tombamento da Catedral de Pelotas - RS

Encontra-se em processo de tombamento estadual a Catedral de São Francisco de Paula, em Pelotas. Iniciada em 1913, sofreu várias alterações, e sua configuração atual data de 1951. Internamente destacam-se as pinturas murais de Aldo Locatelli e Emilio Sessa, e os elementos decorativos de Adolfo Gardoni.
A construção da Igreja mais importante de Pelotas é divida em três fases distintas.A primeira, foi com a construção da capela em 1813, por iniciativa do Pe. Felício da Costa Pereira, que foi seu autor, projetou e executou a obra, um pequeno santuário, construído em alvenaria com duas águas e telhas de barro. Era constituído de uma nave de 6,6 m x 13,20 m (incluindo a capela-mor), sem torres e sacristia.
A Catedral abriga a imagem de São Francisco de Paula, de origem artística desconhecida, tendo sido trazida da Colônia do Sacramento.Em 1826, após ter sido destruída por um raio, foram iniciadas as obras de um "novo templo", pelo lado de fora do primitivo. Em 1846, o Imperador D. Pedro II, lança, na Praça da Regeneração (hoje Cel. Pedro Osório), a pedra fundamental para a construção de uma nova catedral, no entorno da praça.
Em meados do século XIX, a Catedral já apresentava a fachada atual, com seu pórtico e terraço, com seu jogo de ordens superpostas (dóricas no térreo, jônicas no primeiro pavimento e coríntias nas torres) com sua platibanda e pequeno frontão; com duas torres sineiros e com duas cúpulas. Era ainda muito primitiva: nave única, tribunas laterais, altar-mor ao fundo e duas bases nas torres. Em 1915, sofreu uma ampliação: um prédio de dois pavimentos é anexado para servir de salão paroquial. Em 1933, uma nova reforma ampliou sua capacidade para 1700 pessoas. O altar-mor foi recuado para o fundo, a sacristia ocupou o pavimento térreo do salão paroquial, eliminaram-se as tribunas. As janelas laterais foram retiradas e substituídas por vitrais com passagens bíblicas.
A Catedral só veio assumir sua configuração atual entre 1947 e 1948, quando foram construídas a cripta e a grandiosa cúpula(desenho do arquiteto Roberto Offer, de 1847), pelo arquiteto Victorino Zani. Para completar seu trabalho, vieram da Itália os artistas Aldo Locatelli e Emílio Sessa, que se encarregaram da decoração interna do templo, a convite de Dom Antonio Zattera. A pintura mural foi realizada com têmpera sobre reboco seco. A tinta resulta da mistura de pigmentos com aglutinantes solúveis em água, que podem ser cola, ovo, caseína, etc.
Composição figurativa, estruturada sobre uma base geométrica, onde se pode sentir unidade, harmonia e equilíbrio. A combinação de cores determina a oposição entre os claros e escuros, o artista modela e produz texturas por meio da cor. Vários estilos foram utilizados pelo pintor Aldo Locatelli: renascentista, na composição, perspectiva, "sfumato" (sombreados), maneirista, complexidade das posturas, graça, forma serpentinada, variedade dos aspectos do corpo, barroco, força na ação, combinação de luminosidade e dramaticidade, iluminação em diagonal.
Aldo Locatelli ficou conhecido pelo seu magnifico trabalho. Foi contratado depois para pintar a Catedral de Porto Alegre, o Palácio Piratini e a Igreja de Caxias do Sul. Mas sua obra maior está na Catedral de São Francisco de Paula, que originou sua vinda diretamente da Itália a fim de executá-la.






Fonte:
http://www.pelotas.rs.gov.br/cidade_atracoes/pelotas_atracoes_catedral.htm
http://www.iphae.rs.gov.br/Main.php?do=noticiasDetalhesAc&item=40104

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Série sobre o Patrimônio Histórico de Porto Alegre

O site Sul 21 começou neste domingo (24), a publicar uma série de reportagens sobre 61 bens tombados em Porto Alegre. A cada final de semana, até dezembro, o site mostrará dois ou mais patrimônios da cidade. O escolhido para começar é o Viaduto Otávio Rocha.
No link abaixo, a leitura da primeira reportagem:

http://sul21.com.br/jornal/2011/07/serie-patrimonio-historico-viaduto-otavio-rocha-um-alumbramento/

terça-feira, 19 de julho de 2011

Arquitetura Brasileira - Críticos respondem a enquete sobre a arquitetura brasileira

O balanço da produção arquitetônica no Brasil nos últimos dez anos não seria completo se não fossem ouvidos alguns dos principais pensadores desse setor. PROJETO DESIGN elaborou cinco perguntas e as submeteu a dez críticos de arquitetura baseados em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Brasília e Recife. Dentre eles, nove são arquitetos e professores universitários de diferentes instituições de ensino, públicas e privadas (a única exceção é André Corrêa do Lago, que tem formação em economia).

No link abaixo, a íntegra das entrevistas:

http://www.arcoweb.com.br/artigos/arquitetura-brasileira-criticos-respondem-25-03-2011.html

sábado, 16 de julho de 2011

Lajeado - RS Elabora Lei de Preservação do Patrimônio

A Secretaria de Cultura e Turismo de Lajeado está elaborando um projeto de lei para preservar edificações da cidade a fim de serem declaradas Áreas de Interesse Cultural e Histórico. O titular da Pasta, Gerson Teixeira, diz que a intenção é manter viva a memória arquitetônica urbana. No projeto, podem ser incluídos parques, terrenos ou locais públicos e privados. A iniciativa visa incentivar os proprietários de imóveis incluídos na área de interesse cultural e histórico do município a manterem os prédios. Também dá a opção de pelo menos preservar a fachada original.
Segundo a proposta, os imóveis incluídos no Inventário do Patrimônio Cultural e Histórico de Lajeado não serão tombados pelo município, havendo possibilidade de comercialização. O projeto foi avaliado pelo Conselho Municipal de Cultura. Os integrantes dizem que o ideal é preservar o prédio inteiro, mas, quando não for possível, que sejam mantidas pelo menos as características originais. Os membros manifestam preocupação com a demolição de casas históricas e que deram lugar a edifícios. Na etapa seguinte, o projeto será submetido à Câmara de Vereadores.Atualmente, a Casa de Cultura (foto abaixo), é o único prédio histórico tombado no município.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sabará - MG - 336 anos

Sabará completará no dia 17 de julho de 2011, 300 anos de “Vila Real”, assim como Vila Rica (Ouro Preto) e Vila do Carmo (Mariana), e 336 anos de fundação, pois a cidade foi o primeiro povoamento de Minas Gerais. As primeiras expedições chegaram a Sabará por indicação dos índios. Eles contaram aos bandeirantes paulistas sobre um local que povoava o imaginário coletivo da época, o Sabaraçu, (hoje Serra da Piedade), cuja fama era de possuir, em abundância, ouro e outros metais preciosos.
Mais Informações no link abaixo:
http://www.defender.org.br/mg-no-proximo-dia-17-sabara-completa-300-anos-de-vila-e-336-de-fundacao/

Restauro da Capela do Taim - RS

A Capela de Nossa Senhora da Conceição, situada na localidade do Taim, no sul do estado, já tem projeto para restauro há um ano, mas se mantém em condições precárias e fechada. Em uma obra feita pela Prefeitura, há algum tempo, para proteger o templo das infiltrações, foi colocado forro novo. Também foram realizadas melhorias na base para evitar mais prejuízos às paredes. No entanto, há rachaduras no altar e nas paredes. Das janelas, restam só os marcos. A sacristia está cheia de restos de bancos e a porta de acesso à área externa, na lateral, já não existe.
No final de julho do ano passado, a Furg entregou à Diocese do Rio Grande e à Associação Pró-preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (Aphac) os resultados do trabalho desenvolvido durante quatro anos, a partir de 2006, pela equipe da universidade na Capela do Taim, como é conhecida, e o projeto de restauro. Porém, a execução do projeto está esbarrando na falta de recursos. Conforme o bispo diocesano dom José Mário Stroeher, a Diocese não tem verba para fazer a restauração e está buscando, por meio da Prefeitura, recursos do Governo Federal.
U
m dos problemas que vinha entravando esse processo, era a falta de título de propriedade da capela, "porque ela foi construída antes da existência dos cartórios de registro civil no Brasil". Este problema foi solucionado por via judicial. A Justiça concedeu a propriedade à Diocese. O secretário municipal de Coordenação e Planejamento, Paulo Renato Cuchiara, disse que a capela do Taim está incluída no Plano Municipal de Patrimônio Cultural e também na proposta feita pelo Município ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) buscando patrocínio para alguns projetos da cidade.Segundo ele, o restauro da Capela do Taim está orçado em R$ 1,1 milhão (valor atualizado).
De acordo com o trabalho realizado pela Furg, envolvendo equipes de engenharia, arquitetura, história e arqueologia, esse templo provavelmente foi erguido junto à primeira edificação da fronteira Sul do Brasil. Nas escavações arqueológicas, foi verificado que a primeira edificação de capela no local data, provavelmente, das primeiras décadas de 1700.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

STONEHENGE

Stonehenge (do inglês arcaico "stan" = pedra, e "hencg" = eixo) é um monumento megalítico da Idade do Bronze, localizado na planície de Salisbury, próximo a Amesbury, no condado de Wiltshire, no Sul da Inglaterra.
Constituí-se no mais visitado e conhecido círculo de pedras britânico, e até hoje é incerta a origem da sua construção, bem como da sua função, mas acredita-se que era usado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos.
Cientistas afirmam que Stonehenge foi construído entre os anos 2800 e 1100 a.C., em três fases distintas:
• O chamado Período I (c. 3100 a.C.), quando o monumento não passava de uma simples vala circular com 97,54 metros de diâmetro, dispondo de uma única entrada. Internamente erguia-se um banco de pedras e um santuário de madeira. Cinquenta e seis furos externos ao seu perímetro continham restos humanos cremados. O círculo estava alinhado com o pôr do Sol do último dia do Inverno, e com as fases da Lua.
• Durante o chamado Período II (c. 2150 a.C.) deu-se a realocação do santuário de madeira, a construção de dois círculos de pedras azuis (coloridas com um matiz azulado), o alargamento da entrada, a construção de uma avenida de entrada marcada por valas paralelas alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do Verão, e a ereção do círculo externo, com 35 pedras que pesavam toneladas. As altas pedras azuis, que pesam quatro toneladas, foram transportadas das montanhas de Gales a cerca de 24 quilômetros ao Norte.
• No chamado Período III (c. 2075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas e pedras de grandes dimensões (megálitos) - ainda no local - foram erguidas. Estas pedras, medindo em média 5,49 metros de altura e pesando cerca de 25 toneladas cada, foram transportadas do Norte por 19 quilômetros. Entre 1500 a.C. e 1100 a.C., aproximadamente sessenta das pedras azuis foram restauradas e erguidas em um círculo interno, com outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também dentro do círculo.
Stonehenge é um megálito formado por círculos concêntricos de pedras (algumas com 45 toneladas e 5 metros de altura).Existe evidência arqueológica que permite afirmar que havia atividade humana no local há mais de 10 000 anos. Contudo, o megálito propriamente dito só foi iniciado c. 2 100 AC, tendo sido construído em três etapas, entre 2 100 AC e 1600 AC.A maior parte dos historiadores que estudaram Stonehenge afirma que o mesmo era usado como uma calculadora de pedra, um verdadeiro computador megalítico com o objetivo de prever o nascimento do Sol e da Lua no solstício e no equinócio. Contudo, existem historiadores que não aceitam os argumentos e dados associados e apresentam outras explicações para a construção desse monumento.
Recolhendo os dados a respeito do movimento de corpos celestiais, as observações de Stonehenge foram usadas para indicar os dias apropriados no ciclo ritual anual. Nesta consideração, é importante mencionar que a estrutura não foi usada somente para determinar o ciclo agrícola, uma vez que nesta região o Solstício de Verão ocorre bem após o começo da estação de crescimento; e o Solstício de inverno bem depois que a colheita é terminada. Desta forma, as teorias atuais a respeito da finalidade de Stonehenge sugerem seu uso simultâneo para observações astronômicas e a funções religiosas, sendo improvável que estivesse sendo utilizado após 1100 a.C
No dia 21 de Junho, o Sol nasce em perfeita exatidão sob a pedra principal.
Segundo dados mais recentes, obtidos por arqueólogos chefiados por Mike Parker Pearson, Stonehenge está relacionada com a existência do povoado Durrington. Este povoado formado por algumas dezenas de casas construídas entre 2600 a.C. e 2500 a.C., situado em Durrington Walls, perto de Salisbury, é considerada a maior aldeia neolítica do Reino Unido. Segundo os arqueólogos foi aí encontrada uma espécie de réplica de Stonehenge, em madeira.
Denominado pelos Saxões de "hanging stones" (pedras suspensas) e referido em escritos medievais como "dança dos gigantes", existem diversas lendas e mitos acerca da sua construção, creditada a diversos povos da Antiguidade.
Uma das opiniões mais populares foi a de John Aubrey. No século XVIII, antes do desenvolvimento dos métodos de datação arqueológica e da pesquisa histórica, foi quem primeiro associou este monumento, e outras estruturas megalíticas na Europa, aos antigos Druidas. Esta idéia, e uma série de falsas noções relacionadas, difundiram-se na cultura popular do século XVII, mantendo-se até aos dias atuais.
Na realidade, os Druidas só apareceram na Grã-Bretanha após 300 a.C., mais de 1500 anos após os últimos círculos de pedra terem sido erguidos. Algumas evidências, entretanto, sugerem que os Druidas encontraram os círculos de pedra e os utilizaram com fins religiosos.
Outros autores sugeriram que os monumentos megalíticos foram erguidos pelos Romanos, embora esta idéia seja ainda mais improvável, uma vez que os Romanos só ocuparam as Ilhas Britânicas após 43, quase dois mil anos após a construção do monumento.
Somente com o desenvolvimento do método de datação a partir do Carbono-14 estabeleceram-se datas aproximadas para os círculos de pedra. Durante décadas não foram formuladas explicações plausíveis para a função dos círculos, além das suposições de que se destinavam a rituais e sacrifícios.
O mais famoso monumento da pré-história pode ter sido um centro de cura, para onde iam peregrinos há mais de 4.500 anos. A afirmação é de um grupo de arqueólogos que trabalha, desde o começo do mês, nas primeiras escavações em mais de 40 anos no monumento. O grupo acredita ter encontrado indícios que podem, finalmente, explicar os mistérios da construção de blocos de pedra. A equipe descobriu um encaixe que, no passado, abrigou as chamadas pedras azuis, rochas vulcânicas de tom azulado, a maioria já desaparecida, que formava a primeira estrutura construída no monumento. Eles acreditam que as pedras azuis podem confirmar a tese de que Stonehenge era um local onde as pessoas iam em busca de cura.
Nas décadas de 1950 e de 1960, o professor Alexander Thom, coordenador da Universidade de Oxford e o astrônomo Gerald Hawkins abriram caminho para um novo campo de pesquisas, a Arqueoastronomia, dedicado ao estudo do conhecimento astronômico de civilizações antigas. Ambos conduziram exames acurados nestes e em outros círculos de pedra e em numerosos outros tipos de estruturas megalíticas, associando-os a alinhamentos astronômicos significativos às épocas em que foram erguidos. Estas evidências sugeriram que eles foram usados como observatórios astronômicos. Além disso, os arqueoastrônomos revelaram as habilidades matemáticas extraordinárias e a sofisticação da engenharia que os primitivos europeus desenvolveram, antes mesmo das culturas egípcia e mesopotâmica. Dois mil anos antes da formulação do teorema de Pitágoras, constatou-se que os construtores de Stonehenge incorporavam conhecimentos matemáticos como o conceito e o valor do (Pi) em seus círculos de pedra.
A explicação científica para a construção está no ponto em que o monumento tenha sido concebido para que um observador em seu interior possa determinar, com exatidão, a ocorrência de datas significativas como solstícios e equinócios, eventos celestes que anunciam as mudanças de estação. Para isto basta se posicionar adequadamente entre os mais de 70 blocos de arenito que o compunham e observar-se na direção certa. Esta descoberta se deu em 1960, demonstrando, através da arqueologia, que os povos neolíticos, 3000 anos antes de Cristo, já tinham este conhecimento.
A importância estaria vinculada diretamente à agricultura dos povos da época. Segundo o historiador Johnni Langer, a vida dos povos agrícolas está ligada ao ciclo das estações, e o homem pré-histórico precisava demarcar o tempo para saber quais eram as melhores épocas para colheita e semeadura, e a observação do céu nasceu daí.



Nascer do Sol em Stonehenge

Pôr-do-sol em Stonehenge


Vista do Monumento

Vista aproximada dos monumentos de pedra


Vista ao longe de Stonehenge


Mapa da evolução do Monumento



Planta de Stonehenge


Vista aérea


Localização de Stonehenge nas Ilhas Britânicas

Fonte: http://www.misteriosantigos.com/stonehenge.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stonehenge

Revitalização da Praça da Alfândega - Porto Alegre - RS

Localizada no centro de Porto Alegre, a Praça da Alfândega passará por uma máquina do tempo nos próximos meses. O trabalho de revitalização do local, ponto de efervescência da capital gaúcha no século XX, tem a missão de recuperar o mesmo desenho dos anos 1930. Nesse período, a cidade passava por transformações, deixando para trás as características portuguesas para assumir um visual mais eclético, influencia trazida por arquitetos e mestres de obras italianos e alemães fugidos de uma Europa em crise, mas impregnados por essa influência mais “moderna” que correspondia ao estilo arquitetônico dominante em seus países.
Na época em que a Praça foi inaugurada, em 1856, ela fazia parte de todo um conjunto que compunha a porta de entrada da cidade. O local era a principal via de acesso para mercadorias e viajantes que chegavam pelo rio. A praça herdou o nome do antigo prédio da alfândega, que assim como o antigo porto, já não existem mais.
Segundo a coordenadora do projeto Monumenta em Porto Alegre, Briane Bicca, a revitalização busca resgatar as características originais da praça. A primeira fase da obra, iniciada em 2004, fechou a praça com tapumes em março de 2010, e deve ser entregue antes do início da Feira do Livro, em outubro deste ano, e contempla a parte central. A segunda fase, que prevê a recuperação do entorno, deve ser concluída até o primeiro trimestre de 2012.
Segundo Briane, o conjunto arquitetônico urbanístico, idealizado originalmente pelo arquiteto alemão Theo Wiedersphan, visava compor com o Museu de Arte Moderna do Rio Grande do Sul (Margs) e o Memorial do Rio Grande do Sul (antigo prédio dos Correios), essa “porta de entrada” da cidade, “a grande Praça do Comércio da época”, como define a coordenadora.
Nos anos 70, a praça passou pela sua principal transformação. Foi unida a mais duas outras praças, e as ruas que a contornavam transformadas em calçadões, soterrando os trilhos dos bondes. “Os canteiros, nos anos 70, aumentaram de tamanho e ocupavam os passeios dos pedestres. Foi retornado à dimensão original para que os passeios pudessem voltar a ser bem generosos”, diz Briane sobre o projeto.
A praça da Alfândega corresponde ao período em que e influência francesa se fazia presente em capitais como Manaus, Rio de Janeiro, Belém, Curitiba e São Paulo com os Passeios Públicos. “Os franceses disseminaram os passeios públicos, que é onde as pessoas se encontravam, encontravam os amigos, namoros… É um tipo de jardim que tem os passeios largos para uma locomoção confortável do público, sempre em regiões centrais, isso é uma tradição francesa”, explica Briane.
Na região, surgiram hotéis de luxo, bancos e os principais cinemas. Junto com a rua da Praia, formava o “shopping” dos porto-alegrenses, onde a cidade se encontrava. Na fotografia atual, vários prédios antigos desapareceram, trocados por arranha-céus e por um shopping-center. Desde 1955, a praça recebe a tradicional Feira do Livro.
Sobre o estilo da praça, Briane diz que a Alfândega é uma praça clássica e eclética, bem ao estilo francês, com grandes passeios com eixos transversais, mas com jardins de influencia inglesa. “A vegetação já não corresponde a uma praça clássica, a distribuição é bem informal”.
Do antigo prédio da Alfândega, foram encontradas as fundações, além das antigas escadarias do porto, antes da construção do Cais. Esse levantamento foi feito com a ajuda de um georadar, uma espécie de escâner que identificava o que estava sob o solo. “Foram detectando onde era o porto, a morada do cais, a escadaria do cais, o antigo trapiche, onde eram as fundações da antiga alfândega, que deu nome à praça”.
Briane diz que foram encontradas ainda a mureta da antiga morada do cais, de 1850, o passeio que ia da Alfândega até a murada do cais e o espelho d’ água em meio ao qual ficava o antigo chafariz, em frente ao Memorial, porque antes, o primeiro ficava em frente ao Margs.
A coordenadora adianta que uma das escadarias do antigo porto será exposta com uma placa explicativa e fotografias antigas. “Nesse pedaço, vamos deixar uns três degraus, porque cavando mais do que 50 centímetros já verte água”. Os bancos originais, no estilo “bolo de noiva” foram descartados pelo tamanho e desconforto. Os atuais foram reformados e recolocados.
Um dos maiores desafios da obra foi encontrar as pedras portuguesas que compunham as muretas e o piso da praça, já que o granito usado, o róseo, está em extinção. “Depois, tivemos que encontrar um artesão chamado canteiro, que é o responsável pela lavra da pedra, que faz os cortes, que soubesse fazer meios fios curvos para refazer os canteiros da avenida Sepúlveda, mas só tinha um (profissional) disponível com uma fila de trabalhos”, disse Briane.
“Olhando pronto, não tem a menor idéia da complexidade daquilo, veio um calceteiro (especialista em calçadas) de Cuiabá para refazer aquilo, porque não havia outro”, finaliza.O projeto, além de revitalizar a praça, busca trazer de volta toda a história de um local que foi testemunha das mudanças vividas pela capital gaúcha a partir do final do século XIX. Influencias que atravessaram o oceano e que até hoje se fazem presentes, tanto na personalidade, quanto na fisionomia do povo do porto-alegrense.

sábado, 9 de julho de 2011

A Sustentabilidade das Cidades

Uma pergunta assalta e perturba muitos cidadãos conscientes, autoridades preocupadas como o meio ambiente e as organizações que militam na área: Como garantir a sustentabilidade ambiental nas grandes cidades?Promover a sustentabilidade não é tarefa fácil, pois cada mudança impõe seus obstáculos. E diante da cultura materialista da sociedade contemporânea, esse desafio se torna ainda maior.A população urbana é dependente do consumo desenfreado que a sociedade em geral impõe.
A resposta a esse questionamento atinge um caráter de urgência quando percebemos claramente os sinais de degradação e constatamos que o planeta sente o impacto das ações predatórias longamente praticadas por nós. Manter as bases da economia e o estilo de vida das populações urbanas nos níveis atuais, onde o consumismo, o descarte de grandes quantidades de lixo e materiais tóxicos é o ordem reinante, é a lógica por trás das ações de quaisquer ações humanas.Cedo ou tarde, os impactos desse modo de vida se tornarão irreversíveis e populações inteiras sentirão os transtornos causados pela devastação ambiental.A grande realidade é que, para garantir a sustentabilidade ambiental nas grandes cidades, devemos abandonar o modo de vida que experimentamos até hoje e criar devida consciência nas massas e na classe dirigente de que a exploração desenfreada dos recursos naturais levará a destruição do planeta.
A aplicação de políticas garantidoras de sustentabilidade nas cidades representa uma realidade que leva em consideração à capacidade de reposição que o planeta tem de seus recursos e, ao mesmo tempo, manter medidas que permitam uma maior justiça social. Conseguir alterar as relações de consumo e educar a população para o real significado das políticas de conservação do meio ambiente pode ser a única forma de garantir a sustentabilidade ambiental de forma efetiva e com resultados em médio e longo prazo.
Fazer com que nossas populações questionem o seu modo de vida e fazê-las entender que se os recursos do planeta não tiverem a “oportunidade” de renovarem-se e de sustentarem-se sob a pressão da constante demanda do consumo exacerbado, a vida na terra como a conhecemos acabará de forma dramática. Somente através desse processo de conscientização poderemos garantir a renovação e o equilíbrio dos recursos naturais.Do modo como agredimos a natureza hoje, o colapso das grandes cidades e os conflitos sociais serão inevitáveis e de grandes proporções.Seremos os “vitoriosos herdeiros” de uma terra exaurida e devastada, incapaz de sustentar a vida.
Dados estatísticos mostram que para sustentar apenas um quarto da população mundial que habita nos países ricos, são necessários três quartos de todos os recursos naturais do planeta. Diante dessa constatação, percebe-se claramente que será impossível fornecer os recursos necessários para que todos os seres humanos possam atingir um padrão de vida razoável.Somente através do desenvolvimento sustentável será possível garantir a sustentabilidade ambiental e com isso reverter a atual situação.Vencer a resistências locais e as políticas tradicionalmente aceitas como verdade absolutas; é o desafio e o desejo de todos, de que este pensamento se espalhe e domine as mentes o os corações dos governantes e do cidadão.

Fonte: http://www.revistasustentabilidade.com.br/
http://www.sustentabilidade.org.br/
http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/sustentabilidade/

sábado, 2 de julho de 2011

Copenhagem - Dinamarca - Cidade para as Pessoas

Os dois vídeos abaixo mostram o exemplo da capital dinamarquesa, onde as bicicletas são o principal meio de tranporte público.Um exemplo que poderia ser seguido aqui no Brasil para melhorar o trânsito caótica nas nossas metrópoles.
Mais informaçãoes no site: http://cidadesparapessoas.com.br/2011/06/copenhagen-a-cidade-das-bicicletas/