Nos dias atuais, a imponência arquitetônica da edificação ainda repercute admiração no cidadão que transita pelo centro. Apesar do adensamento urbano ocorrido na região nas últimas décadas, a Bolsa se mantém como o edifício mais suntuoso e emblemático da Baixada Santista. A elevada torre do relógio, com mais de 40 metros de altura, se impõe, à frente do porto, como importante referência paisagística e temporal da cidade.
Caráter simbólico e expressão arquitetônica são atributos solicitados a uma edificação dessa natureza, inerentes desde a vocação - local de concentração dos negócios cafeeiros do país - à concepção final da obra. Necessidade e responsabilidade que talvez expliquem as mudanças sucessivas do projeto, três ao todo, que objetivaram aprimoramentos necessários até alcançar o escopo almejado. Preocupações que sensibilizaram a Câmara Municipal de Santos, que suspendeu as limitações legais impostas pelo Código de edificações vigente para permitir obter resultados formais e estéticos satisfatórios.
No dia 12 de março de 2009,o Palácio da Bolsa Oficial de Café foi oficialmente tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O edifício da Bolsa Oficial de Café passou por restauração, concluída em 1998, realizada com muita competência pelo Governo do Estado de São Paulo, tornou o prédio um monumento de grandiosa imponência histórica, oferecendo instalações muito adequadas para o funcionamento do Museu do Café, dentro de uma concepção moderna e versátil. No mesmo ano foi concedido à Associação dos Amigos dos Cafés do Brasil, através do Decreto Estadual n° 43.389, de 18 de agosto de 1998, a Permissão de Uso, com o propósito bem definido de ser instituído o Museu do Café.
Aprovado o projeto do Museu pelo Departamento de Museus do Estado de São Paulo pelo Ofício DT/DEMA nº 328/2000, foi instalado no térreo e primeiro pavimento, que tinha como pretensão apresentar aos visitantes a memória do comércio de café que ocorreu na Cidade desde o século XIX repercutindo nacionalmente.
A partir desta aprovação, a primeira iniciativa implementada foi a Cafeteria que se tornou a principal atração turística do centro histórico santista. Em 22 de julho deste ano, retomou-se as exposições de longa duração e temporárias, a mostra do acervo, ainda em captação, Centro de Preparação de Café, e ainda, foi inaugurada uma sala de vídeo onde os visitantes assistem filmes sobre café.
Fonte original do texto e site do museu: http://museudocafe.org.br/index.asp
Boa Noite, já pesquisei uma centena de sites mas não consegui a informação de quem projetou a Bolsa do Café de Santos, poderia me ajudar a obter esta informação?
ResponderExcluirtambém gostr
ExcluirErnest Henri Chaineux nasceu em Saint-Josse-ten-Noode, Bruxelas, em 22 de julho de 1886. Seu pai era diretor de ferrovias. Completou seus estudos de arquitetura na Real Academia de Bruxelas em 1908. Em 1909, ele se tornou associado de Franz Van Ophem, braço direito Ernest Acker (1852-1912). Pelo escritório de Van Ophem, Chaineux, que desenhou a maioria das fachadas da parte da antiga Bruxelas, chamado Bruxelas-Kermesse.
ResponderExcluirChaineux mudou-se para Schaerbeek, rue Frédéric Pelletier, e ficou conhecido por uma medalha de prata em Schaerbeek fachadas concurso em 1910-11 por sua rua/construção Artan 128. Em 1912-13, ele ganhou um 4º prêmio por sua casa, rue Joseph Coosemans 99. É a partir deste período que data a sua realização no bairro Opale-Opaal, a casa Avenue Diamond 135.
Vem a 1ª Guerra Mundial e, em 1920, Chaineux muda-se para o Brasil, onde foi contratado em Santos, o porto de São Paulo, por uma grande empresa de construção civil. Ele projetou a Bolsa do Café e um hospital da cidade.
http://www.opale-opaal.be/ernest-chaineux/