terça-feira, 3 de março de 2015

Sesc Pompéia (SP) pode receber proteção federal

O conjunto arquitetônico do SESC Pompeia (SP), pode se tornar Patrimônio Cultural, protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido da inclusão na relação de bens protegidos foi feito quando o SESC Pompeia completou 30 anos de atividades.  A inscrição será avaliada na 78ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, no dia 05 de março, na Sede Iphan, em Brasília.
A justificativa é de que o SESC Pompeia seja integrado ao patrimônio cultural nacional por ser considerado um marco da arquitetura brasileira e por seus valores técnicos e estéticos, em especial pelas intervenções em sua estrutura, desenvolvidas por Lina Bo Bardi. 
O complexo da Pompeia se tornou uma referência arquitetônica nacional e internacional e um dos mais importantes centros de convivência e de cultura da cidade de São Paulo. 
Sobre o SESC Pompeia
Em 1976, a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi foi convidada para projetar um centro de lazer em um prédio ocupado por um conjunto de galpões da antiga fábrica de tambores Pompeia. O espaço era usado pela comunidade local, o que norteou o projeto de intervenção.
A obra foi dividida em duas etapas: a primeira foi o centro de lazer nos antigos galpões, iniciada em 1977 e concluída em 1986; a segunda foram os blocos esportivos, inaugurados no mesmo ano.
O projeto conciliou as antigas estruturas industriais e o novo uso do local, o de lazer. Além disso, trabalhou a inserção de novos volumes arquitetônicos de forma harmônica com seu entorno, mantendo a leitura do tecido urbano, de forma a preservar a memória operária e permitindo, ainda, a criação de um espaço aberto à população, garantindo o convívio coletivo já existente no local.
O conjunto é marcado pela brutalidade dos blocos de concreto, quebrada pelos rasgos irregulares do bloco das quadras ou pelos vãos assimétricos do bloco dos vestiários. É composto, ainda, por passarelas que ligam os blocos, formando uma paisagem leve devido ao posicionamento único de cada uma.
Atualmente, o local está em bom estado de conservação e preservação. Ainda que tenha sofrido algumas alterações para adequar o espaço às atividades do SESC, não houve descaracterização do bem. 
Lina sobre a Pompeia 
“Assim numa cidade entulhada e ofendida, pode, de repente, surgir uma lasca de luz, um sopro de vento. E aí está, hoje, a Fábrica da Pompeia, com seus milhares de frequentadores. As filas da choperia, o ‘Solarium-Índio’ do deck, o Bloco Esportivo, a alegria da fábrica destelhada que continua”. 
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho, que avalia os processos de tombamento e registro, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros que representam instituições como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e mais 13 representantes da sociedade civil, com conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

Serviço:
78ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
Data: 05 de março de 2015 
Local: Sede do Iphan - SEPS 713/913 Bloco D – Ed Iphan – Asa Sul - Brasília – DF

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Iphan 
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Isadora Fonseca – isadora.fonseca@iphan.gov.br 
Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br
Gabriela Sobral Feitosa – gabriela.feitosa@iphan.gov.br
(61) 2024-5461 / 2024-5479/ 2024-5459 / 9381-7543




























Imagem: Pedro Kok (http://www.flickr.com/photos/kuk/)

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