Não há um prazo para começar a obra, já que o Executivo municipal ainda precisa obter o dinheiro necessário
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As reivindicações da população pela renovação do degradado Viaduto Otávio Rocha, na Avenida Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre, parecem enfim ter encontrado eco na prefeitura, que revelou a Zero Hora, com exclusividade, as imagens do projeto de restauração da estrutura. O objetivo é transformar o local em um espaço gastronômico e que atraia mais turistas. No entanto, não há um prazo para começar a obra, já que o Executivo municipal ainda precisa obter o dinheiro necessário.
O secretário municipal de Obras e Viação, Mauro Zacher, disse que a prefeitura quer atrair um novo comércio, com lancherias, por exemplo, e instalar ali uma sala com controle por câmeras, que poderá ser operada pela Guarda Municipal ou uma empresa terceirizada. A situação dos moradores de rua que ocupam a parte inferior do viaduto ainda será definida. E a permanência dos comerciantes atuais é incerta.
— Será tratada a situação dos moradores de rua nos espaços revitalizados. Não se pode esquecer a questão social. Quanto ao comércio, o município vai ter que ver como manter o existente e instalar o contemporâneo — afirmou Zacher.
A obra, que custará R$ 33 milhões, prevê ainda a solução dos problemas de infiltração, novo revestimento e pintura, restauração das escadarias e dos banheiros, além de instalação de iluminação com lâmpadas de LED e piso acessível. Também será criado um memorial sobre o monumento, entregue à cidade em 1932 e tombado como patrimônio histórico do município em 1988.
O projeto, da empresa Engeplus, é de responsabilidade do engenheiro Luiz Carlos Campos e do arquiteto Alan Furlan, e foi iniciado em outubro de 2012. O valor do projeto ficou em torno de R$ 400 mil.
A restauração do viaduto Otávio Rocha começou a gerar controvérsia em 2004, apenas três anos depois de o monumento ter sido reinaugurado com pompa, em seguimento a demoradas obras de recuperação. Os trabalhos haviam se estendido de 1997 a 2001. Saíram, na época, por R$ 835 mil.
A promessa era que se tratava de uma intervenção profunda. Foram reformados passeios, pisos, revestimentos, esquadrias e instalações hidráulica e elétrica. Também houve restauração da iluminação e reparos na estrutura. Mal a obra terminou, os problemas voltaram com toda a força.
Projeto prevê restauração das escadarias e dos banheiros, instalação de iluminação com lâmpadas de LED e piso acessível Foto: PMPA / Divulgação
Imagem: PMPA, divulgaçãoImagem: PMPA, divulgação
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