O Castelinho, prédio que simboliza a história de Erechim, teve a 1ª
etapa de seu processo de restauro concluída. A obra, entregue nesta
quinta-feira (2) pelo prefeito Paulo Polis, secretários de governo e
vereadores, teve duração de 5 meses, e prepara o antigo prédio da
Comissão de Terras para sua reabertura à visitação, o que deve ocorrer
até o final de 2014 – ano em que a edificação completa 100 anos de sua
construção.
Neste primeiro momento, o trabalho buscou restaurar – em caráter
artesanal – a estrutura do prédio, incluindo pintura e recuperação das
partes externas comprometidas (madeiras, esquadrias e telhas), e
envolveu pelo menos 80 pessoas, sob os cuidados da empresa Referência
Obras e Sinalizações Ltda., vencedora da licitação para o serviço.
Para a 2ª etapa, o município deve lançar até o dia 10 de janeiro novo
edital de licitação (modalidade concorrência), prevendo a recuperação
da parte interna da edificação (madeiras internas), além de novas
instalações elétricas, hidráulicas e o Plano de Prevenção a Incêndios.
Durante visita à obra nesta quinta-feira (2), o prefeito Paulo Polis
destacou as diversas etapas que se sucederam até a entrega desta 1ª
parte do trabalho. “Em 2011, contratamos uma empresa especializada para
realizar estudo de aproveitamento e recuperação do prédio. Em 2012, o
projeto foi finalizado, apresentado e aprovado pelo Conselho Municipal
de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (COMPHAC) e
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE).
Prontamente, encaminhamos a execução da proposta, que foi dividida em
etapas. Hoje, entregamos os trabalhos que buscaram reforçar a estrutura
do prédio, para que logo ali na frente, possivelmente em março de 2014,
consigamos dar sequencia aos projetos complementares, como o
hidrossanitário, elétrico, prevenção a incêndios, e de acessibilidade
universal. Ao final, entregaremos um prédio que representa com todo o
seu vigor e importância o símbolo vivo da colonização, que traduz o
esforço, o trabalho e o progresso dos nossos pioneiros”, pontuou Polis.
Acompanharam a visita os secretários de Cultura, Esporte e Turismo,
Rodrigo Alves Pereira; Planejamento, Anacleto Zanella; Comunicação,
Salus Loch; além dos vereadores José da Cruz, Jorge Psidonik, Clarice
Moraes, Lucas Farina, Fernando Barp e Sargento Fávero, assessores
parlamentares, a técnica em Turismo da prefeitura, Michele Sansigolo,
membros da imprensa e equipe diretiva e técnica da empresa Referência.
Segunda etapa deverá ser concluída ainda em 2014
Conforme a arquiteta e urbanista Ariane Pedrotti de Ávila Dias, que é
técnica do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da secretaria de
Cultura, Esporte e Turismo, a segunda etapa da obra tem previsão de
conclusão em até 8 meses. Logo em seguida, será a vez do paisagismo e
acessibilidade. Segundo ela, o prédio passará a funcionar como uma
espécie de Centro Cultural, sendo palco de apresentações permanentes de
arte e cultura, abrindo novos espaços para os artistas locais. Dois
auditórios também serão disponibilizados à comunidade (um com 70 e outro
de 30 lugares). Além disso, o Centro de Apoio ao Turista também deverá
voltar a funcionar no prédio.
Para o secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Rodrigo Alves
Pereira, o restauro do Castelinho é vital para que a cidade mantenha sua
história viva. “A partir do prédio da Comissão de Terras, se projetaram
ruas, avenidas, lotes urbanos e rurais do Município. Este era o centro
responsável por sediar a coordenar todo o processo imigratório local.
Assim, para a cultura de Erechim, o restauro do prédio dignifica nossa
história e engrandece nosso futuro”, destaca.
A obra de restauro do Castelinho, na 1ª etapa, teve um investimento
de R$ 438,9 mil dos cofres da prefeitura e foi acompanhada de perto,
também, pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico,
Artístico e Cultural (COMPHAC), que esteve, representado pelo seu
presidente, Alexandre Lyrio, visitando os trabalhos, ao lado do prefeito
Polis e comitiva, no último mês de outubro.
Saiba mais O prédio da Comissão de Terras foi contratado por
Guilherme Franzmann e construído por Germano Müssig, entre 1912 e
1914/15. A madeira veio do município de Getúlio Vargas, e as pedras, que
formam os alicerces, vieram das cabeceiras do Rio Dourado. O prédio
ocupa uma área equivalente a 603,91 m². O Castelinho está tombado como
Patrimônio Histórico pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Em
1988 passou para o domínio do município de Erechim.
Fonte: Jornal Boa Vista
Fotos: Rodrigo Finardi
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