A Prefeitura do Rio de Janeiro e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) deram início à elaboração do dossiê técnico para reconhecer a candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. O primeiro passo foi dado em janeiro, quando houve a aceitação da proposta de candidatura. O pedido de inclusão que obedece a critérios e procedimentos preestabelecidos pelo Comitê do Patrimônio Mundial - fase principal do processo - se dá justamente no momento em que se comemoram os 450 anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro e a década do Afrodescendente instituída pela Assembleia Geral da ONU. A candidatura faz parte de um processo de reconhecimento das matrizes africanas da cidade do Rio de Janeiro, expressa no Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana.
De forma assegurar a participação social, a legitimidade, a autenticidade e a inserção comunitária, fundamentais para a preservação dos bens culturais protegidos, todo o trabalho será acompanhado pelo Comitê Consultivo da Candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio da Humanidade. Composto por membros de associações sociais e comunitárias, acadêmicos, pesquisadores e representantes das três esferas de governo, o Comitê manterá permanente diálogo com a equipe técnica responsável, composta por especialistas na preservação do patrimônio cultural. A posse e primeira reunião do Comitê será no dia 30 de setembro, às 16h, na Sala Portinari do Palácio Capanema, à Rua da Imprensa, 16, 2º andar, no Centro.
Revelado em 2011 durante as obras do Porto Maravilha, que está revitalizando área de 5 milhões de metros quadrados na Região Portuária do Rio, o Cais do Valongo foi construído em 1811 pela Intendência Geral de Polícia da Corte do Rio de Janeiro, com o objetivo de concentrar o comércio de escravos, que antes era principalmente localizado na antiga Rua Direita, hoje Primeiro de Março. A vinda da família real portuguesa para o Brasil e a intensificação da cafeicultura ampliaram consideravelmente o tráfico. Entre sua construção e a proibição do tráfico em 1831, ingressaram no país entre 500 mil a um milhão de escravos de diversas nações africanas.
A inscrição do Cais do Valongo na lista do Patrimonio Mundial representará o reconhecimento do seu valor universal excepcional, como memória da violência contra a humanidade representada pela escravidão, fortalecendo as responsabilidades históricas, não só do Estado brasileiro, como de todos os países membros da UNESCO. É, ainda, o reconhecimento da inestimável contribuição dos africanos na formação dos povos do continente americano.
SERVIÇO:
Primeira reunião do Comitê Consultivo da Candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio da Humanidade Data: 30 de setembro de 2014, 16h Local: Salão Portinari – Palácio Gustavo Capanema Rua da Imprensa, 16 – 2º andar – Centro Rio de Janeiro – RJ
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sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Cais do Valongo pode se tornar mais um Patrimônio da Humanidade no Rio de Janeiro
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