Rússia, Índia, França, Turquia - em todo o mundo, e sobretudo onde cresceram civilizações poderosas e com sociedades complexas, os palácios instalaram-se como símbolo na paisagem.
Palácio
de Inverno – São Petersburgo – Rússia
Localizado na cidade de São Petersburgo, entre o Cais do Palácio e a Praça do Palácio. Foi construído entre 1754 e 1762 para servir de residência de Inverno aos czares russos e suas famílias. Em 1764 foi iniciada a construção do Salão Pequeno do Hermitage, que duraria até 1775.
Desenhado por Bartolomeo Rastrelli, o palácio verde-e-branco em estilo rococó
possui 1.786 portas e 1.945 janelas. Catarina, a Grande, foi a primeira czarina a ocupá-lo.
O palácio faz parte, atualmente, de um
complexo de edifícios conhecido como Museu Estatal do Hermitage, o qual acolhe
uma das maiores coleções de arte no mundo. Como parte do museu, muitas das
1.057 galerias e salas do Palácio de Inverno estão abertas ao público. A
Galeria Militar, aberta em 1826, acomoda 332 retratos de líderes
militares do exército russo durante a Campanha da Rússia (1812).
Palácio Potala – Lhasa –Tibete
O Palácio Potala é, desde o século VII, o palácio oficial de Inverno do Dalai Lama e, consequentemente, um dos maiores símbolos do budismo tibetano. Situado no centro do vale de Lhasa, sob a Montanha Vermelha e a uma altitude de 3.700m, é aí que o líder desempenha o seu papel tradicional na administração do Tibete. No complexo em que está inserido encontram-se também os palácios Branco e Vermelho, com os seus respectivos edifícios anexos.
O
Lugar foi usado para refúgio de meditação pelo Rei Songtsen Gampo, que construiu, em 637, o primeiro palácio
como saudação à sua noiva, a Princesa Wen
Cheng
da Dinastia Tang da China. A construção do atual palácio começou em 1645,
durante o reinado do quinto Dalai Lama, Lozang Gyatso. Em 1648, o "Potrang
Karpo" (Palácio Branco) foi concluído, e o Palácio de Potala passou a
ser usado como palácio de Inverno pelo Dalai Lama a partir dessa época. O "Potrang
Marpo" (Palácio Encarnado) foi acrescentado entre 1690 e 1694.
Palácio de Versailles –
Versailles - França
O Palácio de Versailles foi mandando construir por Luís XIII, em 1624, como local dedicado à caça. No entanto, o seu sucessor, Luís XIV, manda remodelá-lo e aumentá-lo em inícios de 1669, para não só passar aí a residir, mas também usá-lo como esconderijo nos seus furtivos encontros amorosos.
Em 1660, de acordo com os poderes
reais dos conselheiros que governaram a França durante a menoridade de Luís
XIV, foi procurado um local próximo de Paris mas suficientemente afastado dos
tumultos e doenças da cidade apinhada. Paris crescera nas desordens da guerra
civil entre as facções rivais de aristocratas, chamada de Fronde. O monarca
queria um local onde pudesse organizar e controlar completamente um Governo da
França por um governante absoluto. Resolveu assentar no pavilhão de caça de
Versalhes, e ao longo das décadas seguintes expandiu-o até torná-lo no maior
palácio do mundo. Versalhes é famoso não só pelo edifício, mas como símbolo da
Monarquia absoluta, a qual Luís XIV sustentou.
Considerado
um dos maiores do mundo, o Palácio de Versalhes possui 2.153 janelas, 67
escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. É
um dos pontos turísticos mais visitados de França recebe em média oito milhões
de turistas por ano e fica a três quarteirões da estação ferroviária. Construído
pelo rei Luís XIV, o "Rei Sol", a partir de 1664 foi por mais de um
século modelo de residência real na Europa, e por muitas vezes foi copiado e a sua beleza inspirou outras
construções como o Palácio de Herrenchiemsee, na Alemanha, e o Palácio
Schönbrunn, na Áustria.
Incumbido da tarefa de transformar o
que era o pavilhão de caça de Luís XIII, no mais opulento palácio da Europa, o
arquiteto Louis Le Vau reuniu centenas de trabalhadores e começou a construir
um novo edifício ao lado do já existente. Foram assim realizadas sucessivas
ampliações - apartamentos reais, cozinhas e estábulos - que formaram o Pátio
Real.
Le Vau, não conclui as obras. Após sua
morte Jules Hardouin-Mansart tornou-se, em 1678, o arquiteto responsável por
dar continuidade ao projeto de expansão do palácio. Foi quem construiu o
Laranjal, o Grande Trianon, as alas Norte e Sul do Palácio, a Capela e a
Galeria de Espelhos (onde foi ratificado, em 1919, o Tratado de Versalhes). A
última trata-se de uma sala com 73m de comprimento, 12,30m de altura e
iluminada por dezessete janelas que têm a sua frente, espelhos que refletem a
vista dos jardins.
Palácio Jag Niwas – Udaipur – Índia
O Palácio Jag Niwas fica numa ilha privada no meio do lago Pichoa em Udaipur, Rajastão. Assenta sobre uma base natural de um rochedo de 4 acres (16.000 m²). Foi mandado construir no século XVIII pelo maharana Jagat Singh como palácio de verão e acolhe atualmente um hotel de luxo de renome mundial: o Taj Lake Palace. O edifício possui 83 quartos com paredes de mármore branco e um transporte exclusivo de barco para os hóspedes desde o cais. Além disso, todos os “mordomos reais” que trabalham no hotel são descendentes dos servos do antigo Palácio.
A
sala superior do palácio é um círculo perfeito, possuindo cerca de 6,1 metros
(21 pés) de diâmetro. O seu pavimento apresenta incrustações de mármores
brancos e pretos, as paredes estão ornamentadas com nichos e decoradas com
arabescos em pedras de diferentes cores no mesmo estilo do Taj em Agra, embora
os padrões sejam hindi, e a forma da cúpula é refinadamente bela. Uma sala construída
com 12 enormes blocos de mármore, o trono de Shah Jahan esculpido a partir dum
único bloco de serpentina e a pequena mesquita dedicada a Kapuria Baba, um
santo muhammediano, são outros motivos de interesse na ilha.
Palatul Parlamentului – Palácio do Parlamento – Bucareste – Romênia
Localizado na capital romena, o Palácio do Parlamento – com os seus 350.000 m² - é considerado o maior palácio do mundo. Foi mandado construir durante os anos 70 do século XX pelo chefe do regime comunista vigente na época, Nicolae Ceauşescu, e é no seu edifício que estão instaladas as câmaras dos deputados do Parlamento. O palácio tem 1.100 salas, 12 andares e 6 pisos subterrâneos. Para além disso, o seu estilo neoclássico combina a mistura de vários materiais de origem romena como o mármore da Transilvânia, cristais, bronze, madeira, veludo e bordados.
O palácio mede 270 metros de
comprimento por 240 de largura, 86 de altura e 92 abaixo do solo. Possui 1.100
salas, duas garagens subterrâneas e 12 pisos de altura, com mais quatro pisos
subterrâneos adicionais atualmente disponíveis e em uso, além de outros quatro
em diferentes estados de conclusão.
A estrutura combina elementos e
motivos com origem em múltiplas fontes, num estilo arquitetônico neoclássico. O
edifício foi construído inteiramente com materiais de origem romena. Estimativas
dos materiais utilizados incluem um milhão de metros cúbicos de mármore da
Transilvânia, principalmente Ruschita; 3.500 toneladas de cristal — foram
manufaturados 480 candeeiros, 1.409 luzes de teto e espelhos; 700.000 toneladas
de aço e bronze para portas e janelas monumentais, candeeiros e capitéis;
900.000 m³ de madeira (mais de 95% doméstica) para parquet e apainelamentos,
incluindo madeira de juglans, carvalho, cerejeira, ulmeiro e
sicómoro; 200.000 m² de tapetes de lã de várias dimensões (tiveram que ser
instaladas máquinas dentro do edifício para tecer alguns dos tapetes maiores);
cortinas de veludo e brocado adornadas com bordados e passamanarias em prata e
ouro.
Palácio de Verão – Pequim – China
O Palácio de Verão de Pequim é o maior e mais bem preservado jardim da era imperial na China. Rodeado pela Colina da Longevidade e pelo Lago Kunming, era usado como residência de verão pelos governantes imperiais quando saiam do palácio oficial, a “Cidade Proibida”, para descansar no campo. O “Yiheynuan”, nome original chinês que significa literalmente “Jardim da harmonia cultivada”, tem 70.000 metros quadrados preenchidos com outros palácios e construções arquitetônicas de estilo clássico e, claro, muitos jardins.
Conhecidos
pela sua extensa coleção de jardins, pela arquitetura dos seus edifícios e por
outras obras de arte, os Jardins Imperiais foram inteiramente destruídos pelas
tropas britânicas e francesas em 1860. Atualmente, a destruição dos Jardins do
Perfeito Brilho ainda é vista, na China, como uma agressão estrangeira e uma
humilhação.
A construção inicial teve início em
1707, durante o reinado do Imperador Kangxi, e tinha uma escala muito menor.
Foi pensado como um presente para o seu quarto filho, mais tarde Imperador
Yongzheng. Em 1725, já durante o reinado do Imperador Yongzheng, os Jardins
Imperiais foram fortemente expandidos. Yongzheng introduziu os trabalhos de
água dos jardins, os quais criaram alguns dos lagos, riachos e tanques que
complementaram, em grande medida, as colinas ondulantes e os campos. Yongzheng
também deu nome a 28 lugares cénicos dentro do jardim.
Na época do reinado do Imperador
Qianlong, a segunda expansão foi bem encaminhada. Qianlong, pessoalmente, teve
interesse e dirigiu os trabalhos de ampliação. Este imperador também fez
aumentar, para 40, o número de lugares cenográficos nos jardins.
Em meados do século XIX, os Jardins
Imperiais tinham sofrido expansões, de uma forma ou de outra, por mais de 150
anos.
Fonte Geral da Pesquisa: http://obviousmag.org/archives/2012/05/palacios_do_mundo.html
Crédito das Imagens: Site Obvious
Nenhum comentário:
Postar um comentário