terça-feira, 12 de junho de 2012

Palácios Marcantes na Arquitetura Mundial - Parte II

Palácio Dolmabahçe – Istambul – Turquia

Entre 1853 e 1922, o Palácio Dolmabahçe serviu como principal centro administrativo do Império Otomano em Istambul. Situado no lado europeu do Bósforo, foi construído por ordem do sultão Abdülmecid I (entre 1842 e 1853) segundo o estilo dos palácios europeus e decorado com várias toneladas de ouro.
Ocupa ao todo uma área de 45.000 m, com 285 quartos, 46 salas e 68 sanitários. Está dividido em três partes: a Humayun Mabeyn-i, composta pelo quartos reservados apenas aos homens; os Muayede Salonu, que são os salões cerimoniais; e os Humayun Harem-i, compostos pelos aposentos da família do Sultão.
O maior lustre de cristal da Boêmia, presenteado pela rainha Vitória do Reino Unido, decora o salão central. O candeeiro tem 750 lâmpadas e pesa 4,5 toneladas. O Dolmabahçe tem a maior coleção de lustres feitos de cristal da Boêmia e Baccarat do mundo.

Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_Dolmabah%C3%A7e


Palácio de Schonbrunn – Viena – Áustria

Este edifício é conhecido como o palácio de Versailles de Viena. Foi, aliás, mandando construir para rivalizar com o de Paris e servir de residência de verão para a imperatriz Eleonora Gonzaga entre 1638 e 1643. Desde aí e até ao final da II Guerra Mundial foi ocupado pela família imperial austríaca. De grande magnificência e em estilo barroco, o palácio está rodeado por jardins, falsas ruínas romanas, um laranjal (considerado um luxo na época) e um labirinto dentro dos próprios jardins. É um dos principais monumentos históricos do país.
O palácio barroco foi residência de Verão da Família Imperial austríaca desde meados do século XVIII até ao final da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, o edifício foi habitado quase continuamente por várias centenas de pessoas da vasta corte, tornando-se num centro cultural e político do império Habsburgo. Aqui viveu até 1817, data de seu casamento com D. Pedro I, a arquiduquesa D. Leopoldina de Habsburgo, que teve tão grande papel na independência do Brasil.
O Schönbrunn tem sido uma das principais atrações turísticas da cidade de Viena desde o século XIX, sendo um dos mais importantes e mais visitados monumentos culturais da Áustria. O palácio e o seu parque de cerca de 160 ha está classificado desde 1996 como parte do Património da Humanidade pela UNESCO. Tem aparecido em postais, documentários e diversas produções cinematográficas. Uma das principais atrações do parque palaciano é o Tiergarten Schönbrunn, o mais antigo jardim zoológico do mundo, com os seus 16 ha.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Sch%C3%B6nbrunn




El Escorial – Madrid – Espanha

Localizado em San Lorenzo de El Escorial, na comunidade autónoma de Madrid, este mosteiro-palácio foi mandado construir pelo rei Filipe II de Espanha, em 1563, para celebrar a vitória sobre os franceses na batalha de San Quintin, em 1557. Diz-se que a sua estrutura foi inspirada nas descrições do Templo de Salomão (pelo historiador Flávio Josefo) e adaptada às necessidades determinadas pelo rei. O complexo onde se encontra inclui: palácio, convento, biblioteca com cerca de 40.000 volumes, basílica, museu de arquitetura e um panteão onde estão sepultados vários casais reais. O El Escorial está ainda rodeado pelos Jardins do Frade, considerados um dos locais ideais para meditar em Madrid.
A planta do edifício, com as suas torres, recorda a forma de uma grelha, pelo que tradicionalmente se diz que se fez assim em honra a São Lourenço, martirizado em Roma no suplício da grelha e cuja festividade se celebra a 10 de Agosto, dia da Batalha de San Quintín. Daí o nome do conjunto e da localidade criada à volta deste.
Na realidade, a origem arquitetônica da planta é muito controversa. Deixando por um lado a feliz casualidade da grelha, que só surgiu quando Herrera eliminou as seis torres interiores das fachadas, a planta parece estar baseada mais nas descrições do Templo de Salomão do historiador judeu-romano Flávio Josefo, modificadas pela necessidade de adaptar essa ideia às necessidades do programa monástico e às múltiplas funções que Filipe II quis que albergasse o edifício: panteão, basílica, convento, colégio, biblioteca, palácio, etc. Tudo isto conduziu à duplicação das dimensões iniciais do edifício.
As estátuas de David e Salomão, reis de Israel, flanqueiam a entrada da igreja como que recordando a sua origem e mostrando o paralelismo com o guerreiro Carlos V de Habsburgo e o prudente Filipe II de Espanha. Do mesmo modo, o fresco de Salomão situa-se no centro da biblioteca, mostrando o seu momento de maior sabedoria: o famoso episódio com a Rainha de Sabá.
A obra iniciou-se com a colocação da primeira pedra em 23 de Abril de 1563, tendo sido entregue ao arquiteto Juan Bautista de Toledo, o qual não pôde finalizá-la uma vez que morreu em 1567. A direção da mesma passou então para Juan de Herrera, discípulo do anterior, que a dirigiu até à conclusão, em 1584, com tanto acerto que a sua obra deu origem à denominada escola herreriana de arquitetura.
Em 2 de Novembro de 1984 a UNESCO declarou El Real Sítio de San Lorenzo de El Escorial como Património da Humanidade.


















Palácio de Neuschwanstein – Baviera – Alemanha

O palácio ou castelo de Neuschwanstein foi edificado na segunda metade do século XIX na região da Baviera, muita próxima da fronteira com a Áustria. Mandado construir por Luis II da Baviera (conhecido como “o Rei louco”), a planta do edifício foi inspirada no compositor alemão Richard Wagner – seu amigo e também protegido. A sua arquitetura neogótica e o estilo fantasioso serviram de cenário ao castelo do filme de animação Disney “Cinderela”. Possui 360 quartos e uma decoração eclética e com muitas peças artesanais. Apesar de não ser permitido tirar qualquer fotografia no interior, o seu exterior é um dos mais registados no mundo.
A primeira pedra do edifício foi colocada no dia 5 de Setembro de 1869. O Neuschwanstein foi desenhado por Christian Jank, um desenhador de cenários teatrais, em vez de um arquiteto, o que mostra muito das intenções de Luís II, e explica grande parte da natureza fantástica do edifício resultante. A perícia arquitetônica, vital para um edifício colocado num lugar tão periclitante, foi providenciada inicialmente pelo arquiteto da Corte de Munique, Eduard Riedel, e mais tarde por Georg Dollman e Leo Von Klenze.
O castelo foi originalmente chamado de "Novo Castelo Hohenschwangau" até à morte do Rei, quando foi renomeado como Neuschwanstein, o Castelo do Cavaleiro Cisne, Lohengrin, da ópera de Wagner do mesmo nome. Originalmente, o castelo havia sido Schwanstein, a sede dos cavaleiros de Schwangau, cujo emblema era o cisne.
O castelo compreende uma portaria, um caramanchão, a Casa dos Cavaleiros com uma torre quadrada e um Palas, ou cidadela, com duas torres no extremo oeste. O efeito do conjunto é altamente teatral, tanto no exterior como no interior. A influência do Rei é evidente por todo o lado, tendo este demonstrado um entusiástico interesse no desenho e decoração. Um exemplo disto pode ser visto nos seus comentários, ou ordens, face a um mural representando Lohengrin no Palas; "Sua Majestade deseja que (...) o navio seja colocado mais distante da costa, que o pescoço de Lohengrin seja menos inclinado, que a corrente do navio ao cisne seja de ouro e não de rosas e, finalmente, que o estilo do castelo seja mantido medieval".
O conjunto de salas no interior do Palas contém a Sala do Trono seguida pela suíte de Luís II, pelo Hall dos Cantores e pela Gruta. Por todo o lado, o desenho presta homenagem às lendas alemãs de Lohengrin, o Cavaleiro Cisne. O Castelo de Hohenschwangau, onde Luís II passou grande parte da sua juventude, tinha decorações destas sagas. Estes temas foram tomados nas óperas de Richard Wagner. No entanto, muitas das salas interiores permanecem sem decoração; apenas catorze delas foram finalizadas antes da morte de Luís II.
















Palácio Nacional da Pena – Lisboa – Portugal

O Palácio Nacional da Pena, popularmente referido apenas por Palácio da Pena ou Castelo da Pena, localiza-se na vila de Sintra, freguesia de São Pedro de Penaferrim, concelho de Sintra, no distrito de Lisboa, em Portugal. Representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitetônico do século XIX no mundo, constituindo-se no primeiro palácio nesse estilo na Europa, erguido cerca de 30 anos antes do carismático Castelo de Neuschwanstein, na Baviera. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das Sete maravilhas de Portugal.
Quase todo o Palácio assenta em enormes rochedos, e a mistura de estilos que ostenta (neogótico, neomanuelino, neo-islâmico, neo-renascentista, com outras sugestões artísticas como a indiana) é verdadeiramente intencional, na medida em que a mentalidade romântica do século XIX dedicava um fascínio invulgar ao exotismo.
Estruturalmente o Palácio da Pena divide-se em quatro áreas principais:
  • A couraça e muralhas envolventes (que serviram para consolidar a implantação da construção), com duas portas, uma das quais provida de ponte levadiça;
  • O corpo, restaurado na íntegra, do Convento antigo, ligeiramente em ângulo, no topo da colina, completamente ameado e com a Torre do Relógio;
  • O Pátio dos Arcos frente à capela, com a sua parede de arcos mouriscos;
  • A zona palaciana propriamente dita com o seu baluarte cilíndrico de grande porte, com um interior decorado em estilo cathédrale, segundo preceitos em voga e motivando intervenções decorativas importantes ao nível do mobiliário e ornamentação em geral.
Durante a construção, apesar de se manter a estrutura básica, foram feitas alterações em quase todos os vãos, ao mesmo tempo em que a pequena torre cilíndrica que se encostava à maior passou para a retaguarda do edifício. O arco do corpo, ladeado por duas torres, recebeu uma profusa decoração em relevo a imitar corais.
Sobre ela, uma janela, a "bay window", recebeu na sua base, também em relevo, uma figura de um ser híbrido, meio-peixe, meio-homem, saindo de uma concha com a cabeça coberta por cabelos que se transformam num tronco de videira cujos ramos são sustentados pela enigmática personagem, relembrando propositadamente o homem barbado da janela da sala do coro do Convento de Cristo em Tomar, transformado aqui num ser monstruoso de carácter quase demoníaco. Este conjunto, conhecido por "pórtico do Tritão", foi projetado pelo próprio D. Fernando, que o desenhou como um "Pórtico alegórico da criação do mundo", e parece condensar, em termos simbólicos, a "teoria dos quatro elementos". Reforçando esta relação com Tomar, a janela existente no lado oposto deste corpo copia com alguma liberdade o célebre vão manuelino da autoria de Diogo de Arruda, "achatando-a". Nicolau Pires foi a Tomar desenhá-la para o príncipe, que reformulou o conjunto.



















Palácio de Westminster – Londres – Inglaterra

O Palácio de Westminster, também conhecido como Casas do Parlamento, (em inglês Houses of Parliament) é o palácio londrino onde estão instaladas as duas Câmaras do Parlamento do Reino Unido (a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns). O palácio fica situado na margem Norte do Rio Tamisa, no Borough da Cidade de Westminster próximo de outros edifícios governamentais ao longo da Whitehall.
O palácio é um dos maiores Parlamentos do mundo, constituindo um dos ex-libris de Londres, o que faz dele um dos edifícios mais célebres do planeta.
O esquema do palácio é intrincado, com os edifícios existentes a conterem mais de 1000 salas, 100 escadarias, e 3 milhas (5 km.) de corredores. Apesar da maior parte da construção datar do século XIX, entre os edifícios originais do Palácio encontra-se o Westminster Hall, usado atualmente para importantes cerimónias públicas, tal como os Funerais de Estado, e a Torre da Jóia (Jewel Tower).
O controle do Palácio de Westminster e do seu recinto foi exercido durante séculos pelo representante da Rainha, o Grande Lord Camareiro (Lord Great Chamberlain). Por acordo com a Coroa, o controle passou para as duas Câmaras em 1965. Certas salas de cerimónia continuam a ser controladas pelo Grande Lord Camareiro.
Depois de um incêndio em 1834, as presentes Casas do Parlamento foram reconstruídas nos 30 anos seguintes, obra do arquiteto Sir Charles Barry (1795-1860) e do seu assistente Augustus Welby Pugin (1812-1852). O desenho incorporou o Westminster Hall e o que restava da capela de St. Stephen.
Todos os cidadãos britânicos têm o direito tradicional de pedir para verem os seus membros do Parlamento, encontrando-se no decoradíssimo Salão Central (Central Lobby). Durante as reuniões do Parlamento é possível assistir aos debates a partir da Galeria dos Estranhos (Strangers' Galleries). Até a Rainha está sujeita a restrições. Durante a Estado de Parlamento Aberto (State Opening of Parliament) a soberana deve sentar-se no trono entre os Lordes enquanto o Primeiro-Ministro e os membros do Gabinete são convidados a entrar pela Câmara dos Comuns - um costume que remonta à intrusão arbitrária de Carlos I para pedir a prisão de cinco membros do Parlamento, tendo, no entanto, falhado no seu propósito.
O desenho de Sir Charles Barry para o Palácio de Westminster usa o Estilo Gótico Perpendicular (a terceira divisão histórica do Gótico inglês), o qual foi popular durante o século XV e voltou a estar na moda com o Neogótico do século XIX. Barry era um arquiteto clássico, mas foi ajudado por Augustus Pugin, um arquiteto do Neogótico. Westminster Hall, o qual foi construído no século XI e resistiu ao incêndio de 1834, foi incorporado no desenho de Barry. Pugin ficou descontente com o resultado do trabalho, especialmente com o esquema simétrico desenhado por Barry, o que o levou a observar numa frase memorável: "Todos Gregos, sir; detalhes Tudor num corpo clássico".
















Crédito das Imagens: Portal Obvious

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