quarta-feira, 19 de setembro de 2012

BA – Beleza natural e de monumentos eleva Cairu a “principado”

Um principado cujos soberanos são a beleza natural, a história contada pelos monumentos e pelo jeito simples do povo. Assim será o Principado de Cairu, ideia que deve se transformar em realidade até 2030 e que põe a cidade arquipélago ligada a outro paraíso, o Principado de Mônaco, famoso por seus cassinos, sua realeza, a riqueza de seus habitantes e pela mais charmosa etapa das corridas de Fórmula 1.
O sonho do principado nasceu ainda em 2000, quando estudo socioeconômico e ambiental começou a ser realizado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que estabeleceu metas de desenvolvimento sustentável.
Apresentando ao mundo as belezas de Cairu, município formado por 26 ilhas, entre elas a de Morro de São Paulo, a intenção é atrair investimentos para o turismo náutico e de aventura e para o ecoturismo. Um dos primeiros ganhos será a instalação, no município, de uma extensão do Museu Oceanográfico de Mônaco.
O estudo que culminou no projeto Cairu 2030 aponta que a cidade arquipélago, por apresentar ainda povoamento em fase inicial, mesmo com a história cinquentenária, é uma zona de elevado valor em relação ao patrimônio natural, mas também de grande fragilidade em relação às pressões existentes que podem degradar de forma irreversível às suas características singulares.
“Queremos que em 2030 as gerações futuras lembrem deste trabalho, nascido para preservar nossa história e nossas riquezas naturais”, comentou o secretário de Cultura de Cairu, Isaías Ribeiro.
Moeda própria
Todo principado que se preze deve ter sua moeda própria, e as notas de Tinharé já circulam pelo povoado de Cairu. Equiparado em valor ao Real, as cédulas estão disponíveis desde 0,50 centavos até 10 tinharés, que valem apenas no povoado de Cairu, mas não em outras ilhas do arquipélago. Se tem moeda própria, banco próprio há de ter.
A exploração de gás natural pela Petrobras levou a empresa brasileira a criar o primeiro banco comunitário da região do baixo sul baiano, o Banco do Sol (Bansol), no qual os moradores da comunidade podem adquirir empréstimos de pequena monta. A Petrobras fez um aporte de R$ 200 mil, e o dinheiro, convertido em tinharés, movimenta o comércio local.
O Bansol funciona em um casarão de 1826, quase em frente à futura sede da prefeitura, a casa número 45, uma edificação de 1790, localizada na Rua Barão Homem de Melo. Mas a rua histórica é conhecida pelo antigo nome: Rua Direita, referência à Rua Direita, em Damasco, onde São Paulo, como diz o entendimento popular, caiu do cavalo. “Em Salvador, tem uma Rua Barão Homem de Melo, a conhecida Ladeira da Montanha. Mas a Rua Direita, aqui em Cairu, tem outra fama”, brincou o secretário de Cultura, Isaías Ribeiro. Por Davi Lemos

Curiosidades

15.973
é o número de habitantes em Cairu, que fica a 230 quilômetros de  Salvador. Mas por ano passam pelas ilhas do arquipélago 250 mil pessoas
Festas religiosas marcam povoados
São Benedito e Nossa Senhora do Rosário são celebrados com congadas,  charangas e ternos de reis. Descobriu-se recentemente  que a Igreja Matriz do Rosário data de 1586.

Fonte:  http://www.defender.org.br/ba-beleza-natural-e-de-monumentos-eleva-cairu-a-principado/


Nenhum comentário:

Postar um comentário