Reportagem da Revista Arquitetura & Construção da edição de Julho destaca o projeto de de reforma de uma casa portuguesa do Século 19.
Abaixo, a matéria da revista:
“Engraçado” não signifca a mesma coisa para brasileiros e portugueses.
Do lado de lá do Atlântico, quer dizer gracioso, bonito. É exatamente
assim esta casa na pacata Torres Vedras, nos arredores de Lisboa,
pontuada de cores vivas e instalações com ar futurista – mas isso só
descobre quem nela entra. Um dos primeiros ambientes à vista, a
biblioteca, montada com MDF laqueado, remete a um cenário teatral. “A
intenção é contrastar a nova linguagem com o espaço existente,
respeitando-o, mas conseguindo ser lúdico e usar novas peças para
alterar os usos da moradia”, explica o arquiteto Pedro Gadanho. O ferte
com a arte tem suas razões: ele também é curador de Arquitetura
Contemporânea do MoMA, de Nova York.
Na reforma, o arquiteto Pedro Gadanho recorreu a referências que
permeiam sua eclética trajetória profssional. Buscou elementos tanto na
fcção científca dos anos 60 e 70 (uma desuas paixões na adolescência),
que se revela no design do banheiro-cápsula, quanto em modelos que
representam hábitos antigos – caso da releitura da namoradeira junto à
janela, peça comum em construções medievais e renascentistas. A
recorrência a cores exuberantes também se justifca. Ele procurou fugir
das regras da arquitetura minimalista, em que dominam branco, cinza e
preto – para tanto, usou objetos que apenas pela cor têm certo impacto
no que chama de “percepção psicológica” do espaço.
Escritório e Biblioteca ficam dentro de uma caixa verde
"Namoradeira moderna" - cabine no final do corredor para acesso à janela do alto
Banheiro cápsula
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