Este domingo, dia 1º de julho de 2012, é um dia histórico para o
Brasil. É a data em que a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a primeira
do mundo a receber o título da UNESCO de Patrimônio Mundial como
Paisagem Cultural. A candidatura, apresentada pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foi aprovada durante a
36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, que está reunido em São
Petersburgo, na Rússia, desde o dia 25 de junho. A Ministra da Cultura,
Ana de Hollanda, e o Presidente do IPHAN, Luiz Fernando de Almeida, que
acompanharam os trabalhos, comemoraram a decisão que resultou na
inclusão de mais um bem brasileiro na Lista de Patrimônio Mundial.
Para a Ministra Ana de Hollanda, “o resultado é a consequência de um
estudo minucioso do Iphan em que se avaliou a forma criativa com que o
habitante se adaptou à topografia excepcionalmente bela e irregular da
cidade, inventando modos inéditos de usufruir a vida”. O Presidente do
IPHAN explicou que “a paisagem carioca é a imagem mais explícita do que
podemos chamar de civilização brasileira com sua originalidade,
desafios, contradições e possibilidades”.
A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título da
UNESCO serão alvo de ações integradas visando à preservação da sua
paisagem cultural. São eles o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da
Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico e famosa praia de
Copacabana, além da entrada da Baía de Guanabara. Os bens cariocas
incluem o forte e o morro do Leme, o forte de Copacabana e o Arpoador, o
Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo.
O Rio como Patrimônio Cultural da Humanidade
O IPHAN trabalhou na candidatura do Rio de Janeiro como Paisagem Cultural, em parceria com o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Fundação Roberto Marinho e a Associação de Empreendedores Amigos da UNESCO. Em setembro de 2009, o IPHAN entregou à UNESCO o dossiê completo da candidatura, justificando seu valor universal pela interação da sua beleza natural com a intervenção humana.
O IPHAN trabalhou na candidatura do Rio de Janeiro como Paisagem Cultural, em parceria com o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Fundação Roberto Marinho e a Associação de Empreendedores Amigos da UNESCO. Em setembro de 2009, o IPHAN entregou à UNESCO o dossiê completo da candidatura, justificando seu valor universal pela interação da sua beleza natural com a intervenção humana.
O conceito de paisagem cultural foi adotado pela UNESCO em 1992 e
incorporado como uma nova tipologia de reconhecimento dos bens
culturais, conforme a Convenção de 1972 que instituiu a Lista do
Patrimônio Mundial. Até o momento, os sítios reconhecidos mundialmente
como paisagem cultural relacionam-se a áreas rurais, a sistemas
agrícolas tradicionais, a jardins históricos e a outros locais de cunho
simbólico, religioso e afetivo. O reconhecimento do Rio de Janeiro
culminará uma nova visão e abordagem sobre os bens culturais inscritos
na Lista do Patrimônio Mundial.
Patrimônios Mundiais no Brasil
Além da Paisagem Cultural do Rio de Janeiro, o Brasil conta hoje com outros 18 bens culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela UNESCO.
Além da Paisagem Cultural do Rio de Janeiro, o Brasil conta hoje com outros 18 bens culturais e naturais na lista de 911 bens reconhecidos pela UNESCO.
Os bens culturais estão compostos por: Conjunto Arquitetônico e
Urbanístico de Ouro Preto, Minas Gerais (1980); Centro Histórico de
Olinda, Pernambuco (1982); Ruínas de São Miguel das Missões, Rio Grande
do Sul (1983); Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas
(1985); Centro Histórico de Salvador, Bahia (1985); Conjunto Urbanístico
de Brasília, Distrito Federal (1987); Centro Histórico de São Luís,
Maranhão (1997); Centro Histórico de Diamantina, Minas (1999); Centro
Histórico de Goiás, Goiás (2001); Praça de São Francisco em São
Cristovão, Sergipe (2010).
Já os bens naturais são: Parque Nacional do Iguaçu, Paraná (1986);
Costa do Descobrimento, Bahia e Espírito Santo (1997); Parque Nacional
Serra da Capivara, Piauí (1998); Reserva Mata Atlântica, São Paulo e
Paraná (1999); Parque Nacional do Jaú, Amazonas (2000); Pantanal
Mato-grossense, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (2000); Reservas do
Cerrado: Parque Nacional dos Veadeiros e das Emas, Goiás (2001); e
Parque Nacional de Fernando de Noronha, Pernambuco (2001).
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