quarta-feira, 5 de março de 2014

Florianópolis (SC) – Restauração da Casa Rosa valoriza patrimônio histórico e história do Ministério Público

Tombada por seu valor histórico e arquitetônico, a Casa Rosa, na rua Bocaiúva, Centro de Florianópolis, ficou abandonada durante nove anos, servindo de refúgio a moradores de rua e usuários de drogas. Agora, o casarão será restaurado pela construtora responsável pela obra do novo prédio do MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), que fica atrás do imóvel. A ideia é que a Casa Rosa receba um memorial do MP-SC e conte com um espaço para eventos culturais.
Para garantir que as exigências legais e os requisitos técnicos da restauração sejam cumpridos, o Ministério Público se comprometeu em acompanhar todas as etapas do processo. Representantes do MP-SC e do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) vistoriaram o casarão. Na Casa Rosa foram feitos o mapeamento dos danos e a análise da edificação. Também será realizado um levantamento histórico para o processo de recuperação.
O MP-SC quer que a história e a arquitetura original do imóvel sejam preservadas de forma integral, para isso o processo demanda mais tempo. O objetivo é que até o segundo semestre de 2017, a casa esteja restaurada.
O primeiro passo são as obras de proteção, para que as máquinas que estão trabalhando na construção do prédio ao fundo não abalem a estrutura da Casa Rosa, e a limpeza controlada, que identificará se nos entulhos tem algum tipo de objeto histórico, importante para o resgate cultural. As pinturas das paredes internas contêm parte da história do casarão. Por isso, especialistas vão ao local para fazer o resgate.

Estilo do novo prédio aliado ao patrimônio tombado
Para valorizar a Casa Rosa, o MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) pediu à construtora que altere da fachada do prédio em construção para que fique em harmonia com as edificações tombadas no entorno, como a Casa do Barão, ao lado, além da Casa Rosa. A adequação, de acordo com o MP-SC, atende ao pensamento do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), que, em parecer, manifestou a preocupação de que o novo prédio deve se adaptar aos imóveis tombados.
A restauração da Casa Rosa é apoiada pelo aposentado Rogemar Coelho, 65, morador da rua Bocaiúva. “A comunidade precisa aproveitar este espaço. A modernidade vai chegando e acabamos perdendo muito da história. É uma atitude nobre e que só acrescentará à nossa cultura”, assegurou. Por Elaine Stepanski

Fonte da Matéria: http://defender.org.br/noticias/florianopolis-sc-restauracao-da-casa-rosa-valoriza-patrimonio-historico-e-historia-do-ministerio-publico/ 
















Local também receberá eventos artísticos e culturais após as obras de recuperação. Fernando Mendes/ND

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