As obras de recuperação do prédio histórico da Prefeitura do Rio
Grande, iniciadas em janeiro de 2009, estão chegando ao fim. Conforme o
arquiteto Willian Pavão Xavier, responsável pelo projeto de restauro do
imóvel construído em 1824, estão em fase final a aplicação de resina
acrílica no assoalho, os acabamentos do reboco e a pintura da fachada
voltada para a rua General Neto, incluindo a realização do mesmo serviço
no parlatório nela existente. Também falta pintar uma parte da fachada
voltada para o pátio. As calçadas estão praticamente prontas.
Concluídos estes serviços, será feita demolição das garagens
existentes no pátio, a reposição dos paralelepípedos nesta área e
recuperação do portão de entrada, segundo o mestre da obra, Ilton
Teixeira Almeida. A previsão é de que as obras sejam concluídas no final
deste mês ou no início de novembro. Pavão Xavier disse que o restauro
do imóvel, que foi parcialmente destruído por um incêndio ocorrido em
abril de 2006, já poderia ter sido terminado, mas as chuvas atrapalharam
a realização do serviço na parte externa. O trabalho na parte interna
foi possível prosseguir.
Apesar de ainda faltarem alguns serviços, o prédio já está com novo
visual e até recebendo a mobília nova. O mobiliário adquirido pela
Prefeitura de uma empresa paranaense já está sendo montado e colocado
nas salas a que se destinam, trabalho que deve ser terminado nesta
sexta-feira. O projeto do restauro do Paço Municipal foi orçado em R$
3,7 milhões e dividido em quatro etapas.
A primeira e a segunda etapas foram realizadas com verba repassada
por várias empresas do Rio Grande. A partir do final de junho de 2010, a
restauração do prédio histórico passou a ser feita com recursos
provenientes de apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) que, no total, é de R$ 2,2 milhões. As obras
de recuperação do prédio histórico são realizadas com recursos captados
através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Escada de mármore
Depois que os serviços restantes foram concluídos, o prédio estará
pronto para voltar a ser ocupado. No entanto, ainda faltarão dois
trabalhos a serem feitos para que se possa dizer que foi totalmente
recuperado: o restauro da escada de mármore e das escariolas da janela
grande do fundo da escada e de suas paredes laterais.
Pavão Xavier relatou que foi discutida com o diretor do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), arquiteto Eduardo
Hahn, a medida a ser adotada em relação à escada. Isso porque como o
mármore foi destruído no incêndio, havia duas alternativas: tentar
reconstituí-la com suas características originais ou não, já que há
posicionamento de que depois de ocorrida a perda não há motivo para ser
feito um cenário novo. O diretor do Iphae entendeu que ela deveria ser
restaurada.
Como essa decisão invoca pesquisa de mármores na Itália, para
encontrar um veio mais próximo do usado originalmente na escada, não há
recursos no projeto atual. Portanto, o Iphae pediu novo projeto,
específico para a recuperação da escada e das escariolas, a ser
encaminhado à Lei de Incentivo à Cultura (LIC) do Estado, para busca de
recursos à sua execução. E enquanto isso, uma escada funcional a
substitui para dar possibilidade de uso do prédio. Por Carmem Ziebell
Últimos serviços incluem acabamentos do reboco e a pintura da fachada voltada para Neto. Fotos: Leandro Carvalho
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